Um Testemunho de Amor Giovana Márcia Zagnoli faleceu em 1980, aos 17 anos, de uma doença do sangue chamada púrpura trombocitopênica. Seis meses antes, ela escreveu este texto: "Um dia, um médico determinará que meu cérebro parou de funcionar. De um modo essencial, minha vida parou. Quando isso acontecer, não tentem introduzir uma vida artificial em meu corpo através de uma máquina. Neste instante, deem minha vista para um homem que nunca viu o nascer do sol, a face de um bebê, ou o amor nos olhos de uma mulher. Meu coração, para uma pessoa a quem seu próprio coração tem causado dias de sofrimento. Meus rins, deem para quem depende de uma máquina para existir, semana após semana. Deem meu sangue, meus ossos, todos os meus músculos, meus nervos e encontrem um jeito de fazer uma criança paralítica andar. Explorem cada canto do meu cérebro. Tomem minhas células, e se necessário, deixem-nas crescer; Algum dia um garoto mudo vai ser capaz de gritar quando seu time fizer gol e uma garota surda vai poder o ouvir o som da chuva através de sua janela. Queimem o que restou de mim e joguem as cinzas ao vento para ajudar as flores a crescerem. Se realmente quiserem enterrar alguma coisa, enterrem minhas falhas, minhas fraquezas e tudo com que prejudiquei meu semelhante. Se desejarem se recordar de mim, façam isso com uma doação ou uma palavra para alguém que esteve necessitado. Se fizerem tudo isso, eu viverei para sempre"