Serenidade e acomodação Você já observou que um dos maiores inimigos do homem é a acomodação? Irmã da indiferença, aparentada com a preguiça, a acomodação é como uma doença que aos poucos paralisa as iniciativas humanas. A acomodação vai contra o ritmo da vida. Sim, porque aqui na Terra tudo nos convida ao trabalho. A ação move a roda do progresso e é responsável pelos avanços humanos. Sem trabalho, o homem se afasta de seu grupo social. Sem agir, ele se torna praticamente invisível aos outros. E assim foge ao contato que pode enriquecer sua experiência de vida. Você já notou como há gente acomodada no Mundo? Pessoas que, à primeira dificuldade, simplesmente desistem. Outras há que sequer começam qualquer coisa que dê trabalho dobrado. São vítimas da preguiça. É óbvio que essa acomodação não se restringe apenas ao trabalho. Quem é acomodado, leva isso para todos os demais aspectos da vida. Assim, o acomodado não busca se aperfeiçoar ou se aprimorar. Pior: geralmente, costuma reclamar que não é valorizado. Esquece que não é valorizado porque está parado no tempo. A atitude do acomodado é muito diferente da atitude de uma pessoa que enfrenta os acontecimentos da vida com serenidade. Vamos ver qual a diferença? Sereno é aquele que, diante de uma situação adversa analisa todas as variáveis: verifica onde errou, como pode corrigir e pesa os prós e os contras. Em geral, a pessoa realmente serena não se deixa perturbar pelas dificuldades, mas busca soluções. O acomodado é bem diferente. Ele diz simplesmente: “Deus quis assim e eu não vou contra Ele” . E cruza os braços! Ora, é indiscutível que tudo o que acontece é porque Deus permite. Também não se trata de ser contra a vontade divina. No entanto, as dificuldades chegam para que aprendamos a lidar com elas. Ou seja: toda situação difícil traz uma lição. Mas esse aprendizado é longo e tem várias fases. Depois de observar quais lições aprendemos com determinados episódios, o passo seguinte é verificar se podemos minimizar os efeitos negativos. A diferença entre uma pessoa tranqüila e uma pessoa acomodada é que a segunda não aproveita a lição de forma completa. Ela pára no meio do caminho. Quando algo aparentemente ruim acontece, chora, se lamenta e fica por isso mesmo. Algumas vezes até permanece calma, mas não reflete, nem toma qualquer atitude para que no futuro não mais seja atingida por situações semelhantes. Em verdade, o acomodado tem preguiça de pensar no que fará daí por diante. Para ele é mais fácil varrer as dificuldades para debaixo do tapete do esquecimento. E esse conformismo paralisa a criatura, faz com que ela se torne apática, sem iniciativa. Por isso, vale a pena observar os nossos atos perante a vida. Que estamos fazendo com as lições que Deus nos permite vivenciar? Será que estamos aproveitando para mudar hábitos negativos? Para modificar a maneira de ver as coisas? Não esqueça de que cada momento vivido é um instante único em nossa trajetória. Cada lágrima ou sorriso carrega consigo um mundo de ricas experiências que devemos aproveitar. Pense nisso! Redação do Momento Espírita.