BANCO DAVIDA Um dia na igreja eu me sentei num banco e ouvi o pregador dizer: - Nós precisamos de alguém para dar algumas aulas. Quem assumirá essa tarefa? Eu senti Deus ao meu lado, sussurrando: - Filho, essa é para você. - Mas, Senhor, falar para tanta gente é uma coisa que não sei fazer! O Sr. Carlos seria o homem ideal para chamar. Não há o que ele não saiba fazer. Eu prefiro ficar aqui no banco assistindo às suas aulas. Um outro dia, ouvindo o coral, eu sentado no banco, escutei o maestro dizer: - Nós precisamos de alguém para voz principal nos cânticos. Quem quer assumir essa tarefa? Novamente eu ouvi a voz de Deus sussurrando: - Filho, essa é com você. - Mas, Senhor, cantar diante de uma multidão é uma coisa que eu não posso fazer! Mas há o Jonas, que poderá fazer isso. É melhor eu ficar ouvindo as músicas aqui sentado no banco. Uma outra vez, eu sentado no banco, ouvi o pregador dizer: - Eu preciso de alguém para atuar como anfitrião na entrada da Igreja. Quem aceita essa tarefa? Mais uma vez ouvi a voz de Deus sussurrando: - Filho, é algo que você pode fazer! - Senhor, ficar falando com estranhos é coisa que não consigo fazer! Mas há o Mário, Senhor: ele pode dar boas vindas às pessoas. Não é retraído como eu e fará isso muito bem. Eu preferiria que alguém viesse me cumprimentar aqui no banco. Os anos se passaram e eu nunca mais ouvi aquela voz. Até que uma noite eu fechei os olhos e acordei numa praia do céu. Éramos quatro lá, encontrando a eternidade: Carlos, Jonas, Mário e eu. Deus nos disse: - Eu preciso só de 3 de vocês para fazerem um trabalho para mim. - Senhor, eu farei o trabalho. - eu clamei - Não há nada que eu não faria. Mas Deus me respondeu: - Obrigado, meu filho, mas sinto muito: no céu não há bancos.