ATÉ O FIM DA VIDA O calor da fé e do amor os acompanhou E o casal o atalho tortuoso da montanha contemplou Ele perguntou à ela com um sorriso amigo: "Querida, mais um quilômetro, você vem comigo?" Ela olhou nos olhos que lhe pediam amor, Olhou o caminho íngreme e ameaçador E disse, contemplando além, o riacho na floresta: "Eu vou com você querido, todo o caminho que resta". Permaneceram na floresta o outono inteiro. E o murmúrio das folhas era constante companheiro, Ele sacudiu a carga acumulada E perguntou-lhe, olhando para a estrada: "Você vem comigo querida, até aquela encosta varrida pelos ventos"? Ela olhou para o vale abaixo, o coração cheio de pensamentos. Ante o vale ameaçador, com voz embargada... "Eu vou com você querido, até o fim da caminhada". Pararam na crista do monte para descansar; A claridade fraca do sol, o céu escuro a manchar. Profundo e sombrio era o vale e a jornada Que enfrentaram, difícil e prolongada. A primavera e o outono, quão distantes, E quão longe a mocidade com seus apelos ressoantes. Os cabelos dela, cheios de listras de neve, ele olhou, O vale cheio de agruras assim o tornou. Ele não conseguiu encontrar palavras - Seu coração explodia. Mas ele sabia que ela sabia, - desde o começo sabia - E, então, apenas seus olhos lhe perguntaram: "Querida..." Ela ternamente respondeu: "Até o fim da vida".