PRINCESA ISABEL Nossa primeira grande mulher, foi fundamental para a evolução da nossa nação e principalmente para a raça negra que foi libertada por uma atitude forte e confiante, apesar das conseqüências que isso poderia gerar. Às 6:26 horas da tarde do dia 29 de julho de 1846 nascia a Princesa Isabel. Segunda filha do Imperador D.Pedro II, assistida pelo Dr. Cândido Borges Monteiro, no Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Batizada na capela Imperial no dia 15 de novembro daquele ano pelo Bispo Capelão- Mor. Conde de Irajá. Recebeu o pomposo nome Isabel Cristina Leopoldina Augusta. Isabel, por causa da avó materna, Rainha de Nápoles; Cristina, que lembraria sua mãe, a Imperatriz Dona Tereza Cristina; Leopoldina. em homenagem a sua avó paterna, a primeira Imperatriz do Brasil e Augusta como premonição do futuro que a aguardava. A esses nomes acrescentaram-lhe os tradicionais dos príncipes de Bragança. A Redentora segunda filha de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina. Casou-se em l864 com o Conde D’Eu. Foi por três vezes regente do Império. Nas ausências do Imperador D. Pedro II, substituiu o Governador, com os gabinetes Rio Branco 1871 a 1872, Caxias 1876 a 1877, Cotegipe e João Alfredo 1877 a 1888. Sancionou as Leis relativas ao primeiro recenseamento do Império, naturalização de estrangeiros, desenvolvimento da viação férrea, solução de questões de limites territoriais, e relações comerciais com países vizinhos. Em 28 de setembro de 1871, sancionou a Lei do Ventre Livre, e em 1888, a Lei Áurea, lei esta que extinguiu a escravidão em todo Brasil. Recebeu o cognome de “A Redentora”. Logo depois da Proclamação da República, tendo sido a família Imperial banida do território nacional, a Princesa acompanhou-a no exílio; teve três filhos: Pedro de Alcântara, Luiz Maria Felipe e Antônio Gusmão Francisco. Seus restos mortais foram transferidos para o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido em 6 de julho de 1953. Por ter promulgado a Lei Áurea, a Princesa Isabel alcançou um lugar de destaque na História do Brasil. Esse ato conteve um longo combate, sustentado pelos abolicionistas, que não concordavam em aceitar a aplicação da escravidão de seres que tinham o mesmo direito à liberdade. Essa atitude persuadiu o destino da monarquia teve suas colunas abaladas a tal ponto que não cederam as investidas dos republicanos. Com a Proclamação da República, embarca a Família Imperial para o exílio na Europa. A velhice transcorreu tranqüila e calma para a Princesa Isabel. Rodeada do marido - que amava e que a amava - e dos filhos (dois dos quais levados pelas conseqüências da Primeira Guerra Mundial) e por seus netos, que passaram a constituir o seu encantamento. Nos últimos anos, com dificuldade para se locomover, era empurrada numa grande cadeira de rodas pelos corredores e salões do castelo d’Eu, e a 14 de novembro de 1921, fechava para sempre "aqueles Olhos cheios de lembranças do Brasil”.