Mesopotamia e seus povosUntitled DocumentA MESOPOTÂMIA E SEUS POVOS Esta estátua segundo a escrita cuneiforme representa Gudea, rei da cidade de Lagash, por volta de 2150 a.C. No mesmo milênio em que ia sendo formada a civilização egípcia, desenvolvimento semelhante se verificava ao longo das margens dos RIOS TIGRE E EUFRATES, apenas a poucos centenas de quilômetros de distância. Ali como no Egito, o progresso técnico ocorria muito mais rapidamente do que na Europa. Antes que todos os povos europeus houvessem adotado o uso do metal, haviam os povos orientais passado pela ERA DO COBRE E DO BRONZE e ingressado na IDADE DO FERROEe seus primitivos centros no Egito e na terra entre os RIOS TIGRE E EUFRATES, a civilização logo se espalhou por todo o FERTÌL CRESCENTE - a área de terrenos produtivos em forma de ferradura -- que se estende no rumo norte de BABILÔNIA para o planalto do EUFRATES, e depois se curva no rumo sul, outra vez, passando pela SÍRIA e pela PALESTINA. Gradualmente, a civilização ainda mais se difundiu: na direção leste para a terra dos medos e dos persas; na do oeste pela Ásia Menor, até as ilhas e península de Grécia e da Itália, até as costas distantes do MEDITERRÂNEO. Por conveniência, os historiadores se referem a essa civilização como "MESOPOTÂMICA", embora seja às vezez o termo MESOPOTÂMIA restringido à parte norte da terra que fica entre os dois rios. A civilização mesopotâmica era completamente diferente da egípcia. Sua história política á assinalada por interrupçoes bruscas; sua composição racial era menos homogênea e sua estrutura social e econômica oferecia campo mais longo à iniciativa individual. A cultura egípcia era predominantemente ética; a mesopotâmica jurídica. O desprezo dos egípcios pela vida, excetuando-se o período do Médio Império era geralmente uma atitude de alegre resignação relativamente liberta de superstições grosseiras. A atitude mesopotâmica, ao contrário era melancólica, pessimista e inquietada por terrores mórbidos. Enquanto o nativo do Egito acreditava na imortalidade da alma e debicava grande parte de seus esforços a preparação da vida futura, seu contemporâneo mesopotâmico vivia no presente, olhava com indiferença seu destino após a morte. Finalmente a civilização do Vale do Nilo compreendia conceitos de monoteísmo uma religião de amor e iqualdade social, a do Tigre - Eufrates era egoísta.Uma religião raramente ultrapassava o estágio de um politeísmo primitivo e seus ideais de justiça se limitavam em grande parte à observância literal dos termos de um contrato. Hoje em dia não se considera a Mesopotâmia uma região muito especial a não ser pelo petróleo que possui . Na antiguidade porém era um lugar privilegiado para a sociedade humana. Na época das cheias os Rios Tigre e Eufrates transbordavam e provocavam enchentes em sua planície. Quando as águas retornavam ao leito normal, uma rica camada de " húmus" (matéria orgânica que se origina da decomposição de restos de animais e vegetais) ficava depositada sobre a terra tornando-a fértil e própria para o cultivo. Irrigado e fertilizado pelas enchentes, o solo mesopotâmico possibilitada a produção de grande parte dos legumes, grãos. Além disso, os rios cheios de cardumes favoreciam a pesca. Havia ainda, a caça abundantes nas margens dos rios e condições para criação de animais. O bom aproveitamento dessas vantagens naturais dependia, entretanto do trabalho e do planejamento dos homens, com o esforço coletivo dos membros da comunidade. A escrita cuneiforme consistia em sinais que representavam um son ou uma imágem, pelos quais o leitor chegava ao objeto representado. A foto mostra um texto cuneiforme de teor jurídico-administrativo cer ca de 2300 a.C. O trabalho do controle das cheias do Tigre e Eufrates e de construção de sistemas de irrigação era fundamental para a sobrevivência das populações da região e gerado essa necessidade de uma organização coletiva. Essas atividades eram exercidas por homens livres e por escravos que tinham alguns direitos definidos em leis. Todo este esforço coletivo para o abastecimento de água visava ao desenvolvimento da agricultura ( cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas ) principal atividade econômica da região. Para o desenvolvimento da agricultura e das cidades, foi necessário a construção de diques ( construção sólida utilizada para represar águas correntes ) para conter as violentas enchentes, além de canais de irrigação para levar a água dos rios às terras distantes. A exploração da terra na Mesopotâmia baseava-se em um complexo sistema de propriedade, segundo a qual a posse privada ainda não ser exercida na plenitude. De modo geral a propriedade da maioria das terras era dos templos e do Estado que as distribuíram para rendeiros, colonos e funcionários públicos. Para realizar todas as tarefas, exigiu esforços de todos e com o tempo sentiu-se a necessidade de um poder centralizado que dirigisse essa sociedade. Desse processo surgiu o ESTADO. O poder do Estado justificava-se inicialmente porque um governo centralizado poderia coordenar melhor o trabalho da população na construção de grandes obras de interesses comum Houve, no entanto um desvio de funções que se esperavam do Estado. O pequeno grupo de pessoas controlavam o governo passou a usar o poder que detinham para explorar o restante da sociedade. Os governantes aumentavam suas riquezas e privilégios. A maioria do povo era vítima da pobreza e da exploração, desta forma acentuam-se a distancia entre governantes e governados Assim o nascimento da civilização na MESOPOTÂMIA foi marcada não só pela formação do Estado, mas também pelo início da desigualdade e da exploração social entre homens, que passaram de uma sociedade comunitária para uma sociedade dividida em classes. O controle político era exercido por uma elite que obrigatoriamente também era o chefe religioso ( patesi) e responsável pelo templo (zigurate). Diferente do Egito, onde o chefe do Estado era visto como um deus, na MESOPOTÂMIA ele era apenas um dos representantes dos deuses na Terra. Ele mantinha um grupo de sacerdotes para ajuda-lo a administrar as cidades. Estabeleceram assim uma íntima relação, muito presente e forte nesse período da história entre o poder político e o religioso; um não existia sem o outro. Pode-se perceber que a organização da sociedade mesopotâmica dividida de forma geral entre os chefes religiosos e sacerdotes (no comando) os ricos comerciantes e proprietários, a população livre e escravos. As atividades administrativas das cidades (arrecadação de impostos e obras públicas) o trabalho coletivo e o intenso comércio foram importantes para o gradativo desenvolvimento da escrita, da matemática, do calendário, das leis, dos padrões monetários de pesos e medidas. Toda essas normas eram registradas por meio de escrita cuneiforme, os símbolos eram registrados em pedaços de barro úmido e mole, que depois secavam e endureciam ao sol. Esse processo de registro alterou radicalmente as formas de transição de conhecimento, causando uma verdadeira "revolução cultural". Era muito instável o quadro político na MESOPOTÂMIA, em razão dos confrontos, disputas entre os povos e as cidades da região. Por ser área muito fértil ao meio de um deserto, atraia invasores nômades a região. Com o passar dos tempos, alguns povos e cidades destacaram-se, assumiram um relativo poder durante um determinado período. A VIDA DOS MESOPOTÂMICOS Escravos e homens de condições humildes levavam o mesmo tipo de vida. A alimentação era muito simples: pão de cevada, um punhado de tâmara, um pouco de cerveja leve. Isso era essencial no cardápio diário. Às vezes comiam legumes, lentilhas, feijão, pepinos ou ainda algum peixe ´pescado nos rios ou nos canais; a carne era um alimento muito raro. Na habitação era a mesma simplicidade. Às vezes a casa era um simples cubo de tijolos crus revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeiras e argila comprimida. Esse tipo de telhado tinha a desvantagem de deixar passar a água nas chuvas mais torrenciais, mas em tempos secos eram usados como terraços. As casas não tinham, janelas e à noite eram ilumindadas por lampiões de óleo de gergelim. Os insetos eram abundantes nessas moradias. Embora os ricos se alimentassem melhor, e morassem em casas mais confortáveis que os pobres, suas condições de higiene não eram mais adequadas. Quando as epidemias se abatiam sobre as cidades a mortalidade era a mesma em todos as classes OS POVOS DA MESOPOTÂMIA A história da mesopotâmica é marcada por uma sucessão de guerras e conquistas de um povo sobre o outro. Povos que de modo geral disputavam as melhores terras junto a rica planície dos RIOS TIGRE E EUFRATES além disso seus exércitos realizaram expedições de roubo fazendo guerras para conquistar as riquezas dos adversários e submete-los à escravidão. Entre os principais povos que estabeleceram na MESOPOTÂMIA destacaram: os sumerianos, os acádios, os amorritas, (antigos babilônios) os assírios, os caldeus (novos babilônios), os hebreus, hititas, fenícios, arameus, dentre outros. Carro de guerra Assírio OS SUMÉRIOS Entre os montes ZAGROS e o DESERTO DA ARÁBIA correm dois rios caudalosos que desembocam no Golfo Pérsico: o Eufrates e o Tigre. O vale que eles fertilizam é conhecido como MESOPOTÂMIA, designando-se Assíria a sua parte norte, e Caldeia a sua parte sul. Na zona mais meridional da MESOPOTÂMIA onde antes desembocavam separados os dois rios foi que os sumérios se estabeleceram no quarto milênio antes de Cristo. Sua origem é desconhecida, mas parece que vieram do planalto da Ásia Central. Fundaram cidades como UR, NIPPUR, LAGASH, cada uma constituindo um pequeno estado, regido por um chefe religioso e civil chamado de patesi. Os sumérios tinham rebanhos bovinos, ovinos e praticavam agricultura para a qual haviam ideado um arado e uma semeadora puxados por bois. Em seu novo lar apreenderam como aumentar a produtividade natural do vale fluvial construindo canais de irrigação. Aprenderam a construir suas aldeias em outeiros naturais ou artificiais, de modo a ficarem a salvo das águas de enchentes e terem maior segurança contra ataques. Por volta de 3.500 a .C., como sabemos por escavações feitas em UR, os sumerianos haviam atingido uma brilhante civilização. Provavelmente sua cultura continuou a dominar a BAIXA MESOPOTÂMIA por mais de 1500 anos enquanto em BABILÔNIA reinava a dinastia de HAMURABI. Uma acentuada evolução técnica chegou a caracterizar a vida das cidades sumerianas. Para edificar sus moradias tiveram que recorrer ao tijolo, material cujas as possibilidades souberam aproveitar ao máximo e que deu uma fisionomia singular à arquitetura mesopotâmica; a pedra porém costumava utiliza-la para esculpir estátuas de deuses e de reis dos quais algumas eram de notável expressão Os sumérios desenvolveram um sistema de escrita que inicialmente se destinava ao registro de contabilidade dos templos. Os registros escritos eram necessários para a administração do rico patrimônio acumulado pelos templos através de oferendas religiosas, como escravos, rebanhos, terras. A administração desses bens exigia que os sacerdotes mantivessem um console preciso de operações como empréstimos de animais ou sementes, pagamentos a construtores de barcos ou a comerciantes estrangeiros, relação de mercadorias vendidas, emprestadas e estocadas. Para manter esse controle a solução foi registrar por escrito as operações realizadas. A escrita sumeriana foi desenvolvendo com o tempo e, por volta de 3000 a .C., passou a ser utilizada também no registro de textos religiosos, literários e de algumas normas jurídicas. Originalmente, essa escrita feita na argila mole, com um estilete em "forma de cunha", o que determinou o formato dos sinais. Por isso a escrita sumeriana ficou conhecida como "cuneiforme" ( em forma de cunha ) Estastueta suméria do templo de TELL ASMAR, mostra um rei em oração. SISTEMA POLÍTICO Através da maior parte de sua história os sumerianos viveram numa frouxa confederação de cidades-estados, unidas unicamente para fins militares. À frente de cada uma estava um patesi, que acumulava as funções de primeiro sacerdote, comandante do exército e superintendente do sistema de irrigação. Ocasionalmente um desses governadores mais ambiciosos teria estendido seu poder sobre certo número de cidades a assumindo o título de rei. No entanto foi só na época de DUNGI, mais ou menos 2300 a .C., que todos os sumerianos se uniram sob a autoridade única de um chefe de sua nacionalidade. O enfraquecimento político dos sumerianos, decorrentes da desunião, permitiu que povos semitas vindos do norte da cidade de ACAD, invadissem a região. ECONOMIA Os sumerianos possuíam um sistema econômico muito simples, e dava importância aos empreendimentos individuais do que geralmente se concebiam no Egito. A terra não era propriedade cimente do rei, nem a atividade comercial, nem industrial era monopólio governamental. As massas populares não tinham quase nenhum patrimônio como também propriedades. A escravidão não era uma instituição importante, muitos dos que eram considerados escravos não passavam na realidade de servos que haviam hipotecado sua pessoa por dívida. A agricultura era o principal interesse econômico da maior parte da população, sendo os sumerianos excelentes lavradores. Devido ao seu conhecimento de irrigação, conseguiram farta colheita de flutues e também de cereais. Sendo a terra divididas em grandes latifúndios que achavam nas mãos dois governadores, dos padres e dos oficiais do exército, o cidadão médio ou era rendeiros ou um servo. No comércio estava a segunda parte da riqueza sumeriana. Em todas as transações comerciais maiores, serviam como dinheiro, barras ou lingote de ouro e de prata, sendo a unidade-padrão de trocas um círculo de prata de valor de aproximadamente de dois dólares ao câmbio moderno. Os sumerianos eram muito religiosos Consideravam o culto a seus deuses a principal função a desempenhar na vida. Quando interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedras que os representavam diante dos altares para rezarem em seu nome. Dentro dos templos havia oficinas para artesãos, cujos produtos contribuíram par a prosperidade da SUMÉRIA. Os sumerianos acreditavam num dado número de deuses, tendo cada um deles uma personalidade distinta com atributos humanos. Podemos citar alguns deuses: ISTAR, a deusa do princípio feminino da natureza, SHAMASH, era o deus do sol, dava o calor, luz em beneficio do homem, mas também podia mandar seus raios abrasadores para secar o solo e as plantas. O dualismo religiosos, envolvendo a crença em divindades inteiramente separadas do bem e do mal, só aparecem na civilização muito depois. Os sumerianos destinavam sua religião exclusivamente a este mundo e não ofereciam qualquer esperança à outra vida, não partejavam a mumificação e nem construíram túmulos complicados. Os mortos eram enterrados sob o piso da casa sem caixão. Os sumerianos não realizavam grades coisas nas atividades intelectuais. Sua grande realização no entanto, foi a escrita que esta destinada a ser ossada durante milhares de anos depois ao desaparecimento de nação. Na matemática, descobriram o processo de multiplicação e divisão a até a raiz quadrada e cúbica. Seu sistema de numeração, pesos e medidas, era duodecimal, com o número sessenta como unidade mais comum. A astronomia era pouco mais que astrologia e a medicina, um curiosos misto de ervaria e magia. O receituário dos médicos consistia principalmente em feitiços para exorcizar os epítetos maus e acreditavam serem causas das doenças. Como artistas os sumerianos, destacaram-se nos trabalhos com metal, na lapidação de pedras preciosas e esculturas. Os edifícios característicos da arquitetura sumeriana é o ZIGURATE, depois de muito copiado pelos povos que se sucederam na região,era uma construção em forma de torre composta por sucessivos terraços e encimada por pequeno templo. A educação estava nas mãos dos sacerdotes e assim sua influência era culminante sobre e a vida intelectual total da nação. Nas escolas dos templos, ensinavam aos estudantes o complicado sistema de escrita. Também se ensinava a matemática e ainda a língua sumeriana e semítica. Os estudantes que desejassem podia continuar em estudos mais especializados, visando a profissão como medicina, o sacerdócio e a arquitetura. OS ACÁDIOS As cidades sumerianas ocupavam as melhores terras da MESOPOTÂMIA. Por esse motivo atraíram a atenção dos acádios povos que habitavam a cidade de ACAD, esses povos estabeleceram ao norte dos sumérios, fundando algumas cidades, vindo ACADÉ a ser a mais importante. Ali reinaram pouco depois o Rei SARGÃO, e seu neto NARAM- SIN, conquistaram um vasto império englobando todos os povos da CALDEIA, o ELÃ - no extremo ocidental da meseta do IRÃ - seria a Alta Mesopotâmia, até chegar à Ásia Menor. Por volta de 2.500 a .C., os acádios dominaram as cidades dos sumérios. Nas batalha os acádios utilizaram o arco e a flecha, mostrando-se mais rápidos e eficientes que a infantaria (tropa que luta a pé) armada com pesadas lanças e escudos. Comandados por SARGÃO I, os acadianos conquistaram e unificaram as cidades sumerianas, fundaram o primeiro império mesopotâmico que expandiu desde o Golfo Pérsico até as regiões de AMORRU e da ASSÍRIA Sargão foi um homem notável que se ergueu da humilde posição de copeiro para tornar-se o primeiro dos construtores de império semita. Estendeu seus domínios sobre os assírios, invadiu as Montanhas Zagros para leste e chegou mesmo a alcançara a Ásia Menor, a Síria, assim como a conquistar terras da Suméria e tornar a influência semítica, ali mais forte do que nunca. Por suas conquistas Sargão obteve o controle de regiões de grande riqueza mineral re comercial que pretendiam organizar como partes de seu império. A unidade do Império Acádio porém durou pouco. Revoltas porém interferiram nos planos de Sargão I e seus sucessores não foram capazes de manter o império. O sistema político acadiano era centralismo na pessoa do rei, a ponto de tornar-se divinizado. Com a morte de Sargão seguiu uma nova dinastia que estabeleceu na cidade de UR unificando acádios e sumérios. Nesta época - 2050 a l950 a C., - a região começou a sofrer a invasões e apesar dos sistemas de fortificações construídos ao longo do Rio Eufrates, não foi possível evitar a penetração dos cananeus e o desmembramento do Império Acádio. Estandarte sumério representando os grupos sociais.Na parte superior, o rei e sua corte.Nas duas partes inferidores pescadores, agricultores. OS CASSITAS Os cassitas eram, segundo parece de raça indo-européia, embora seja possível que, como os hicsos, constituíssem um conglomerado heterogêneo em que os indo-europeus seriam apenas os donos da situação O certo é que, pouco depois do reinado de HAMURABI os cassitas - unidos talvéz aos hititas - apareceram na Mesopotâmia e a percorreram em rápidas conquistas. Muitos deles permaneceram ali, tais como soldados mercenários; mas por volta de 1769 a .C., um grupo de cassitas se apoderou do poder e fundou uma dinastia que se radicou na Babilônia e dominou a região durante quase dois séculos. A história desse período é pouco significativa e não se conhece muito bem. Os cassitas assimilaram prontamente a civilização babilônica e não introduziram nela alterações importantes, motivos por que os aspectos do país pouco mudou durante o tempo de sua dominação. Não foi uma brilhante era, mas o comércio continuou a ter importância e são conhecidos as relações que a Babilônia teve naquela altura com todos os estados da época. Finalmente, ante a violência da agressão dos assírios, a Mesopotâmia Meridional caiu em poder deste povo que estava destinado a impor sua hegemonia sobre uma vasta extensão do Mundo Antigo AMORRITAS OU BABILÔNICOS Vindo do deserto Arábico por volta de 2000 a .C. o povo amorrita, também conhecido como babilônico, chegou a Mesopotâmia e estabeleceran-se na babilônia.Por isso os Amorritas ficaram conhecidos como babilônicos. Dali governaram um vasto império que ultrapassou os limites do que tinham logrado formar Sargão e Naran-sin: organizaram com prudência e firmeza. A características mais importante dos dominadores da Babilônia consistiu em saberem assimilar prontamente a civilização cuja as bases tinham sido lançados pelos sumérios. Sua técnica arquitetônica, suas invenções para o controle das inundações, sua escrita, suas industrias, tudo foi aproveitado pelos babilônios e desenvolvidos até em grau notável de progresso. A cidade cuja, a divindade protetora chamava-se MARDUC. e possuía notáveis templos, cobriu-se de construções belíssimas e se tornou centros importantes de atividades de toda a sorte. Ali reinou entre 2133 a 2081 a .C. um rei chamado HAMURABI que passou a história como um dos grandes codificadores da Antiguidade. Hamurabi decidiu ampliar seus poderes políticos e econômicos na região e chefiando os amorritas, venceu os povos vizinhos e expandiu os domínios babilônicos por toda a Mesopotâmia desde o Golfo Pérsico até o norte da Assíria. Com efeito, Hamurabi mandou recopilar os diversos dispositivos que regiam a vida civil e ordenou que fossem gravados em pedra para que tosos os povos submetidos a sua autoridade os conhecessem. Esses dispositivos foi na realidade o primeiro códigos jurídico, com leis escritas que se conhece: O CÓDIGO DE HAMURABI Zigurate de Ur, reconstrução de sua escadaria. CÓDIGO DE HAMURABI -O PRIMEIRO CÓDIGO JURÍDICO- *Vejamos algumas normas que mostram o rigor das punições* *Se um filho bater com as mãos em seu pai, terá suas mãos cortadas.* *Se um homem furar o olho de um homem livre, terá o seu olho também furado*. *Se furar o olho de um escravo pagará metade do seu valor*. *Se um médico tratou a ferida grave de um homem com faca de bronze e ele morrer, o médico terá suas mãos cortadas, se um homem arrancar os dentes de outro homem livre, seus próprios dentes serão também arrancados.* *Se um arquiteto construir uma casa e ela cair matando o dono, o arquiteto poderá ser morto*. *Se o filho do dono da casa morrer, o filho do arquiteto também será morto.* *Se um homem roubar uma casa, será morto no local onde praticou o roubo.* Ali podemos estudar qual era a organização da família, a variada condição dos indivíduos, o regime da propriedade, o sistema penal. Para as punições, esse código adotava a "lei de talião", que determinava que a pena aplicada ao criminoso fosse igual ao crime por ele cometido ou seja " olho por olho, dente por dente". Ficamos sabendo ao estudar essas leis, que as leis que regiam o Império Babilônico eram muito semelhante às que Moisés outorgou ao hebreu e conhecedor pormenores da vida cotidiana de tão remotos tempos. Hamurabi também empreendeu uma ampla reforma religiosa, transformando o deus MARDUC da Babilônia no principal deus da Mesopotâmia, mesmo mantendo as antigas divindades. A Marduc foi levantando um templo, junto ao qual foi erguido o zigurate da BABEL, citado pelo LIVRO GÊNESIS (Bíblia) como uma torre para se chegar aos céus. A influência da arquitetura sumeriana pode ser vista atualmente no minarete (torre) da Mesquita de Samara, no Iraque. Construido em 848, o minarete tem uma rampa exterior em forma de um caracol que termina em um pequeno templo. OS HITITAS Os hititas eram de origem indo-européia e haviam chegado à Ásia Ocidental no princípio do segundo milênio. Percorreram durante algum tempo extensas regiões, estabelecendo transitoriamente na Mesopotâmia; mas acabaram preferindo radicar-se no centro da meseta da Anatólia, no país que depois chamou Capadócia. Ali fundaram sua capital HATI, onde começaram a se estender em diversos sentidos; não tardou que se chocassem com os egípcios, iniciando-se uma série de lutas em que estes últimos levaram a melhor, devido a sua aliança com os mitanianos, os assírios, e os babilônicos. Contudo no século XIV os hititas conseguiram algumas vantagens por causa da crise interna que debilitou o poderio egípcio; de modo que as forças chegaram a contrabalançar-se. Em tais circunstancia eis que irrompeu um novo povo que lhes invadiu os territórios, ameaçando a ambos que, então resolveram se unir. O domínio hitita trouxe consigo duas invenções de importância fundamental para o progresso da humanidade: a utilização do ferro e o uso do cavalo. Esse animal era muito ágil para o transporte veloz de carros de guerra, construídos não mais com rodas cheias já conhecidas pelos sumérios, mas rodas com raios mais leves e de fácil manejo. O rei hitita era chefe do exército, juiz supremo e sacerdote.As rainhas dispunham de um certo poder. Apesar da decadência o Império Hitita durou em torno de 1200 a .C., certos elementos do mundo hitita sobreviveram três séculos nos pequenos reinos situados no sudeste da Anatólia e no norte da Síria. A importância desta civilização reside no fato de ter sido ela que nos legou os mais antigos documentos escritos numa língua indo-européia (língua que deu origem a maior parte das línguas faladas na Europa) até hoje descobertos. A maior parte dos textos que tratavam de história, de política, de legislação, de literatura e de religião, eram gravados em cuneiforme sobre tabelinhas de argila. OS FENÍCIOS Os fenícios também eram de origem semita e estavam estabelecidos na costa do Mediterrâneo desde épocas remotas. Ficaram submetidos a diferentes senhores que dominaram aquelas regiões mas, sem prejuízos disso, realizaram intensa atividade comercial em suas cidades entre as quais foram de maior importância naquela época SIDON e BIBLOS. Biblos foi a primeira cidade fenícia que alcançou certo esplendor. Esteve em estreita relação comercial com o Egito e caiu sob sua dependência aumentando-lhe então as possibilidades mercantis porque muitos produtos egípcio se vendiam quase que exclusivamente por seu intermédio. Biblos, não pode manter sua hegemonia na fenícia; outra cidade Sidon principiou a desenvolver-se e obscureceu a sua rival. Sidon foi uma das principais posições egípcia na época das guerras da Síria, porém o seu verdadeiro esplendor foi atingido quando começou a explorar o comércio marítimo que antes era realizado pelos cretenses. Com efeito, após 1400 quando Creta caiu ante os ataques dos aqueus, os fenícios de Sidon aproveitaram as circunstâncias favoráveis para dominar as regiões do cobre e para açambarcar o intercambio comercial das ilhas do Mar Egeu e essencialmente a de Creta e das cidades das costas da Síria e da África. Construida por Nabucodonosor, a Porta de Ishtar(deusa da amor e da guerra na mitologia mesopotâmica) era a mais grandiosa das oito portas que permitiam entrar na cidade de Babilônia. Os fenícios eram antigos colonos de parte Ocidental do Fértil Crescente. Fazendo parte embora dos povos semíticos, eram de ancestrais mesclados, assim como os canaanitas. E, do mesmo modo que os hebreus e filisteus, os fenícios nunca se organizaram fortemente como nação. As cidades que fundaram compartilhavam de uma cultura comum mas não tinham elos políticos mútuos,nem se agrupavam na aventuras mercantis. Foram capazes de manter sua independência enquanto nenhum grande império as ameaçou.Mas, no século IX a .C., os assírios os subjugaram. No período de sua independência porém, os fenícios desenvolveram extenso e lucrativo comércio, e especialmente por mar, através do Mediterrâneo, levando mercadorias - e idéias - das terras civilizadas do Oriente para os povos atrasados da Europa e do Ocidente. Entre as suas mais velhas estações comerciais e coloniais havia GADES (CADIS) na costa atlântica da Espanha, ÚTICA no litoral mediterrâneo da África e próxima de Cartago, que se tornou sua maior colônia. A religião dos fenícios estava longe de ser admirável. Abrangia superstições cruéis, ritos licenciosos em honra da deusa ASTARTE e o sacrifício de crianças, que eram queimadas vivas. Alguns desses costumes chegaram até aos judeus de Israel. Por exemplo, AHAB construiu um templo ao BAAL de TIRO para JEZEBEL, uma de suas esposas que era fenícia. Felizmente, os fenícios tinham algo melhor do que sua religião para oferecer à civilização.Sua maior realização foi o alfabeto, que começaram a usar por volta de 1500 a .C., provavelmente como um aprimoramento dos símbolos egípcios. Entre os povos a que os fenícios ensinaram seu alfabeto estavam os gregos do Egeu, que o aperfeiçoaram acrescentando-lhe vogais - os próprios fenícios só usavam consoantes. Juntamente com a nova escrita veio o uso do papiro e da tinta que lhes haviam ensinado os egípcios e que se mostrou um sistema muito menos incômodo do que a escrita em pedras ou tabuinha de barro. Os fenícios eram hábeis na navegação, tinham adquiridos conhecimentos astronômicos dos babilônicos e usavam as estrelas, especialmente a estrela POLAR, para a orientação nas viagens a noite Ficaram muito conhecidos na engenharia e na produção da jóias. Entre as obras de engenharia, destacam-se a famosa canalização de água para abastecer a população das cidades como por exemplo TIRO e a construção do templo de JERUSALÉM, na época de SALOMÃO;além disso muitos dos principais artífices e técnicos especializados eram fenícios. Os produtos comercializados pelos fenícios iam desde os navios, tecidos, madeiras, azeite, jóias, vidro (transparente ou colorido),até os mais diversos artigos que conseguiam com outros povos como escravos. Ficaram famosos os tecidos tingidos na Fenícia com um molusco o múrice de cor viva, conhecido como "púrpura de TIRO", usado especialmente pelas altas camadas sociais dos grandes impérios da Antiguidade.O próprio nome fenício, da palavra grega phoinix, significa púrpura. OS ARAMEUS Os arameus semíticos, valeram-se da queda dos antigos impérios a fim de mudar-se do deserto para o norte da Síria. Embora facilmente dominassem ou expulsassem os nativos dos locais em que se estabeleceram, tiveram depois dificuldades com os hebreus, que eram vizinhos. Conquistados e incorporados ao Império Hebreu pelo rei Davi, mais tarde recuperaram a independência. No século VIII a .C., foram conquistado pelos assírios e daí por diante não recobraram a liberdade. A civilização aramaica contudo, não desapareceu, mas continuou sob dominação alheia. A carreira cultural dos arameus nos séculos após a sua derrota foi parecida à dos fenícios, com exceção de que, em vez de se voltarem no rumo do oeste, pelo mar, desenvolveram um comércio terrestre para o Oriente. Adotaram o alfabeto fenício e transmitiram aos povos orientais: assírios, persas e indianos, assim como os vizinhos hebreus. Sua escrita simplificada e seu amplo e valiosos comércio tornaram-nos e a sua lingua, conhecidos em toda a parte do Oriente Próximo Baixo relevo Persa OS ASSÍRIOS Assíria é uam palavra derivada de assur, que significa lugar de passagem. A criação do Império assírio no século IX a .C. pós termo à era dos pequenos Estados da Síria e Palestina. Dali por diante os assírios ocuparam o centro do malco da Ásia Ocidental, até a sua queda no fim do século VII a .C.. A assíria ficava na Alta mesopotâmia e na região a leste. A parte ocidental do apís era antiplano ondulado, ao passo que a área a leste do Rio Tigre, estendendo-se até as Montanhas do Zagros era terra de colinas, matos e grandes rios. Ali haviam estabelecidos os semíticos assírios antes dos meados do terceiro milênio A .C, e haviam avançado ainda mais longe, enquanto seu domínio se ia estendendo de Élan até as fronteiras do Egito. O Império Assírio chegou ao ápice sob SARGÃO II ( 722-705 a . C ) . Derrotou ele os israelitas e todos os outros inimigos, incluindo os egípcios, mas quando revoltas irromperam em ELÃ e BABILÔNIA os egípcios se valeram da oportunidade para recobrar sua independência A Assíria estava localizada em um lugar de fácil acesso e possuir muitos atrativos, por isso sofreu ataques de muitos invasores. Foi talvez o perigo constante de invasões que despertou no povo assírio um feroz espírito de guerra. Os assírios organizaram um dos primeiros exércitos permanentes do mundo. Comandados por reis como Sargão II, Senequerib, Assurbanipal, os assírios fizeram grandes conquistas militares e construíram um dos maiores impérios da antiquidade. Do século VIII ao século VI a .C. dominaram uma extensa região que incluía toda a Mesopotâmia, o Egito e a Síria. As conquistas sem precedentes dos assírios foram devidas ao seu exército que foi o mais altamente organizado da história do Oriente Antigo. Nos primeiros tempos, o exército baseava-se no recrutamento dos camponeses porém mais tarde tornou-se uma força permanente constituída de soldados que se engajavam por longo tempo Posteriormente estrangeiros tiveram que ser alistados, assim como os assírios. O exército compendia vários ramos: engenheiros, cujos os serviços eram usados em operações de sitio como nas marchas, cavalaria, corpo de carretas, infantaria em que se incluíam ladeiros e arqueiros. Os soldados eram providos de malhas protetoras, escudos de metal ou vime. Utilizavam muitos espiões e a topografia da região a ser invadida era cuidadosamente estudada antes de ser iniciada uma campanha. Em suas campanhas, os assírios deliberadamente recorriam a uma política de aterrorização. Não só matavam ou escravizavam seus inimigos e devastavam-lhes as terras, como se vangloriavam com o maior sangue-frio de suas atrocidades. Cidades eram arrasadas ou destruídas por meio do fogo e inundações. As cabeças dos cadáveres eram cortadas e amontoadas em pirâmide, oi fincadas em seteiros.Vítimas eram esfoladas vivas, cegadas, empaladas ou sepultadas vivas. Outras eram mutiladas e deixadas ao sol para morrer lentamente. Faziam-se holocausto de jovens virgens e para culminar, os reis registravam seu prazer em face do sofrimento e do temor que causavam AGRICULTURA Era o elemento mais importante da vida econômica dos Assírios. Muita terra era de propriedade do rei, dos nobres e sacerdotes, mas algumas estavam nas mãos de indivíduos, livre de posição inferior. Contudo,a maioria dos camponeses eram de servos. Produziam tâmaras, uvas, legumes e temperos; o carneiro e a cabra eram criados pelos donos dos grandes terrenos COMÉRCIO E INDÚSTRIA Nunca foram tão importantes para a economia assíria. Essas fontes de riqueza eram deixadas a escravos e estrangeiros, como os arameus, que obtinham muitos lucros comerciando. A mineração porém, era fonte de riqueza que interessava aos reis do mesmo modo que a guerra, que também na Assíria era quase negócio. SOCIEDADE O grupo mais privilegiado da sociedade assíria compreendia a família real, os nobres e os sacerdotes. A seguir vinham os ricos mercadores, os proprietários de terra e os artesãos, em baixo ficavam os servos, os escravos cuja a sorte era dura. A integridade da família era moita respeitada pelos assírios.Por essa razão, os escravos raramente eram separados de seus parentes próximos.As mulheres todavia, ficavam sob absoluto controle de seus maridos, considerados proprietários legais das esposas. O mundo dos assírios, como o de outros povos antigos era um mundo masculino. O rei prepara-se para abater o leão, simbolo da luta entre o Bem e o Mal. RELIGIÃO A religião assíria era uma crença sombria, baseada na ignorância e no medo das forças de natureza, entretecida de magia e adivinhações e quase nada oferecendo no sentido de inspiração étnica e de esperança para o futuro. O deus principal era ASUR, originalmente o deus solar, que fora proclamado o rei dos deuses e o senhor de toda a criação. Em certa época foi exaltado a tão elevada posição que a religião assíria esteve a beira do monoteísmo, mas nunca chegou inteiramente a isso. ISTAR, também era adorada, tanto como uma deusa-mãe da fertilidade quanto como uma severa senhora da caça. Outras divindades eram MARDUK, NABU, de origem babilônica e SHAMASH que se tornou deus-sol quando ASUR subiu a uma categoria superior como rei dos deuses. A vida futura era concebida como tediosa e fantasmal exigência como também era por outões semitas. Grande grupo de sacerdotes existia para a realização dos ritos de adoração nos templos. Outros sacerdotes serviam como interpretes da vontade divina, oráculos do futuro e senhores de encantamento mágico que afastariam as forças maléficas. REIS ASSÍRIOS Tiglath-Pileser I............(aprox) lll5-ll02 A.C. Assurnasirpall III...............(aprox) 884-860 Salmaneser II......................morto em 825 Tiglath-Pileser III..............745-728 Salmaneser IV....................728-722 Sargão II.............................722-705 Senaqueribe........................705-687 Esar-Haddon.......................681-668 Assurbanipal.....................(aprox) 669-626 ARTES A arquitetura era imponentes e ornamentada. Vastos palácios foram construídos de tijolos e madeira sobre alicerce de pedra e decorados com relevos, estátuas de metal, pintura nas paredes e trabalhos coloridos de esmalte. Intrincados arranjos de pátios, salas, escadarias, corredores e jardins, davam-lhes grandes qualidades de grandeza. As abobadas e portas arqueadas aparecem assim como colunas. CIÊNCIAS Os assírios praticamente nada acrescentaram de próprio, foram celebres em adotar dos babilônios a medicina, a astronomia e a matemática e realizaram esplêndido trabalho e esclarecer detalhes, neste fundo de conhecimento. A vasta biblioteca da Assurbanipal em Nínive é uam indicação dessa capacidade dos assírios.nela os eruditas da corte reuniram tudo quanto puderam encontrar da herança cultural babilônica, muita da qual de outra forma já teria desaparecido. Por volta de 612 a C ., os caldeus aliaram-se aos medos e conseguiram destruir as principais cidades assírias entre elas ASSUR, JARRAN e a capital NÍNIVE. O fim do Império assírio foi comemorado com entusiasmo pelos povos que sofreram as brutalidades de sua dominação A VIOLÊNCIA ASSÍRIA CONTRA OS POVOS VENCIDOS Numa inscrição de 884 a . C .,o rei assírio ASSURBANIPAL, relatou o modo cruel com que trata os vencidos Ao fazer esse relato, seu objetivo era provocar medo nos povos vizinhos. "A cidade de TÉLA era protegida por três fortalezas. Seu povo confiava nessas fortes muralhas e nas suas tropas. Por isso não se atirou aos meus pés, em súplica. Por meio de violentas batalhas, conquistei a cidade de TÉLA. Matei três mil guerreiros, lancei muitos outros,ao fogo, fiz grande número de prisioneiros vivos. De uns cortei as mãos e os dedos; de outros, cortei o nariz as orelhas ou furei os olhos, seus filhos e filhas, afoguei nas águas Ruínas de Persépolis, cidade constuida por Dario I; no relevo da escadaria,cortejo de nobres, entre eles os medos. " CALDEUS OU NEOBABILÔNICOS Com o fim do Império Assírio, a cidade da Babilônia ficou independente, logo depois foi novamente dominada agora pelos caldeus. Com a morte de Assurbanipal, Nabopolossar, governante da Babilônia, estabeleceu a independência babilônica e aliando-se a medos e persas, ajudou a levar a cabo a tomada de Nínive e a queda dos assírios. Embora a poderosa força da Babilônia durasse menos de cem anos, sua influência foi imediatamente sentida e o Império que Nabopolossar criou é conhecido tanto como Império Caldeu quanto Império Neobabilônico Dominando seguramente a área do Fértil Crescente, Nabopolassar empenhou-se em reprimir os intentos egípcios de restabelecer seu império no Oriente Próximo e após uma série de lutas, seu filho, Nabucodonosor, derrotou totalmente os egípcios na Batalha de Carchemish em 605 a . C. Daí para diante, a Síria passou para o domínio caldeu e, quando o Reino de Judá se rebelou em 597 a . C., Nabucodonosor tomou Jerusalém. Onze anos depois verificada nova rebelião, ele saqueou Jerusalém e deixou-a em ruínas, aprisionando em Babilônia o rei e muitos nobres; este foi o chamado "cativeiro da Babilônia " dos judeus. Sob Nabucodonosor, o Império Caldeu chegou ao auge e babilônia tornou-se breve a cidade que historiador grego Heródoto descreveu. As grandes muralhas foram reconstruídas, erigiram-se templos e imensos palácios; e os famosos jardins em terraços - Jardins Suspensos, que eram uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo - foram restaurados. Leão alado, edscultura de marfim de aproximadamente 1000 a.C., período do rei Salomão. AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO SÃO: Pirâmides do Egito Jardins Suspensos da Babilônia Estátua de Júpiter Olímpico Colosso de Rodes Templo de Diana Túmulo do Rei Mausolo Farol de Alexandria O número 7, tem tido grande influência na vida da humanidade: 7 são aos dias da semana; 7 são as notas musicai; 7 são as cores do arco-iris; 7 foram as maravilhas do mundo; 7 foram os sábios da Grécia; 7 são os sacramentos; 7 são os pecados mortais; 7 são os eclipses; 7 é conta de mentiroso. Se os caldeus, cujo o nome só aparece na história pouco antes da ascensão do Império, eram exilados de retorno a babilônia ou um povo semítico aparentando, é coisa sem importância. Seus governantes, de qualquer modo eram antigórios por excelência e cuidaram de restaurar muitos aspectos da antiga civilização de Hamurabi no governo, nas leis, na literatura, e na industrias. Quando verificaram ter pobre sucesso e tentativa de reviver a velha religião babilônica, os caldeus removeram dos deuses todas as qualidades humanas e identificara-se com os planetas. Mais tarde essa religião "celeste" deveria influenciar os romanos e, sob eles MARDUK tornou-se JUPITER; NABU, Mercúrio; Istar, Vênus. Elevados os deuses a tais altitudes, os caldeus, a fim de aprenderem o futuro que as divindades lhes preparavam, começaram a estudar intensamente as estrelas, numa mistura de astronomia e astrologia. REIS CALDEUS Nabopolassar............aprox. 625-695 a . C Nabucodonosor.........aprox. 605-562 a . C Nabonid.....................morto em 538 a . C. É bastante curioso não ter ao que parece o pessimismo dos caldeus afetado gravemente sua moral. Tanto quanto se sabe, eles não se abandonaram aos rigores do ascetismo. Não modificaram a carne, nem mesmo praticavam o abandono de si mesmo. Aparentemente tinham como certo que o homem não podia evitar o pecado, por mais que tentasse. Mostram-se tão presos aos interesses materiais da vida e à busca de prazeres dos sentidos quanto os povos que precederam. Parece mesmo que foram ainda mais cobiçosos e sensuais. Referências ocasionais a reverências, à benevolência e à pureza do coração como virtudes, à opressão, a calunia e a ira como vícios aparecem em seus hinos e preces, mas de mistura com concepções ritualista de limpeza ou falta de limpeza e com expressões do desejo de satisfação física. Quanto os caldeus oravam, nem sempre era por poderes aos deuses torna-los bons, mas com maior freqüência porque eles lhes poderiam conceder longos anos, descendência numerosa e uma vida de prazeres. Ao lado da religião, a cultura caldaica diferia da dos sumerianos, babilônio e assírios principalmente no que diz respeito às realizações científicas. Os caldeus foram, sem dúvida os mais capazes cientistas de toda história mesopotâmica, apesar de se limitarem suas conquistas principalmente à adstronomia. Criaram o mais perfeito sistema de registro cronológico até então imaginado, inventando a semana de sete dias e a divisão do dia em doze horas duplas de 120minutos cada uma. Guardaram assentamento minuciosos de suas observações dos eclipses e de outros fenômenos celeste durante mais de 350 anos, até muito depois da queda do império. Duas de suas notáveis realizações foram efetuadas por astrônomos cujos os nomes chegaram até nós. No século VI a .C. NABU-RIMANNU calculou a duração do ano com uma aproximação de vinte seis minutos e mais ou menos uma centena de anos depoois KIDINNU descobriu e provou a variação anual da inclinação do eixo da Terra. A força investigadora a astronomia caldaica era a religião. O principal objetivo dos mapas celestes e da coleção de dados astronômicos era descobrir o futuro que os deuses tinham preparado a raça humana ,sendo os próprios planetas deuses, podia-se melhor adivinhar o futuro pelo movimento dos corpos celestes. Por esta razão a astronomia era principalmente astrologia ,outras ciências que não as astrologia continuavam em situação inferior por não se relacionar intimamente com a religião. Em particular a medicina mostrou pequeno adiantamento, além do alcançado pelos assírios. A mesma coisa quanto aos restantes aspectos da cultura caldaica. A arte distinque-se apenas por sua maior magnificência. A literatura dominada pelo gosto das antiguidades, revelava uma monótona falta de originalidade. Os escritos dos antigos babilônios foram extensamente copiados, mas ganharam pouca coisa de novo. Até muito depois da queda do Império, permaneceram os caldeus como os cientistas mais capazes do Antigo Oriente Médio. Foram eles que fizeram mapas de todo o céu e durante séculos observaram e registraram todos os acontecimentods do firmamento. Mas a construção de templos, a religião e a ciência não bastaram. NABONID, o último rei - na Bíblia, o último rei é chamado de BELCHAZAR- estava em tais disputas com os sacerdotes e era tão detestado pelo povo, que Babilônia facilmente caiu nas mãos de CIRO em 538 a . C., passando a tornar-se parte insignificante do Império Persa. Jarros Fenícios CIVILIZAÇÃO HEBRAICA Os hebreus, povo de pastores nômades, viviam na cidade de UR no sul da Mesopotâmia. Partiram de UR, subindo o Rio Eufrates, e fixaram em HARAN, ao norte de Assíria. Posteriormente, chefiados por ABRAÃO segundo a Bíblia, Abraão foi escolhido por deus para ser o pai de um povo bastante numerosos; ele deveria fixar-se no lugar que um dia seria de seus filhos e netos, a TERRA PROMETIDA onde se estabeleceram por volta do ano de 2000 a .C. A Palestina, uma estreita faixa de terra que se estende pelo Vale do rio Jordão, naquela época tinham limites, ao norte a FENÍCIA (região onde se desenvolveu uma civilização marítima mercantil) ao sul o deserto do SINAÍ, leste o deserto da SÍRIA, a oeste o Mar Mediterrâneo. A história política dos hebreus (também chamados israelitas ou judeus) pode ser dividida em três períodos caracterizados pelo governo dos patriarcas, dos juizes e dos reis. Nenhum dos povos do Antigo oriente, com exceção, talvez dos egípcios, teve maior importância para o mundo moderno do que os hebreus. Foram eles, já se sabe, que nos deram grande parte do substrato da religião cristã, como os mandamentos, as histórias da criação e do dilúvio, o conceito de Deus como legislador e juiz, e ainda mais dois terços da Bíblia. As concepções hebraicas da moral e da teoria política influenciaram profundamente as nações modernas, em especial aquelas em que a fé calvinista foi particularmente vigorosa. Por outro lado é necessário lembrar que os próprios hebreus não desenvolveram sua cultura no vácuo. Não foram capazes que qualquer outro povo de fugir à influência das nações circunvizinhas. A religião hebraica em conseqüência disso, continha numerosos elementos cuja a origem egípcia ou mesopotâmica é evidente. A despeito de todos os esforços de profetas para expurgar a fé hebraica de corrupções estrangeiras, muitas permaneceram e outras foram adicionadas depois. Com um breve descobrimento, a lei hebraica baseou-se largamente em fontes de antigas culturas babilônias, ainda que certamente com modificações. A filosofia hebraica era parte egípcia e em parte grega; muito antes mesmo de ser escrito o LIVRO DE JÓ, existia já um antigo drama babilônio de caráter semelhante. Ninguém pode negar por certo que os hebreus fossem capazes de realizações originais; mais inda assim não podemos passar por alto o fato de terem sido eles grandemente influenciados pelas civilizações mais antigas que os rodeavam. A origem do povo hebreu constitui um problema ainda confuso. Certamente não constituíram uma raça à parte, nem possuíam qualquer caráter físico capaz de despenque-los nitidamente dos povos vizinhos. A origem de seu nome é devidos, segundo alguns ele deriva de KLABIRU ou HABIRU, apelativo dado pelos seus inimigos e significando "estrangeiros ou nômades". De acordo com outras autoridades se relacionam com a palavra EVER, ou EBER a qual designava os que procediam do outro lado do EUFRATES. Seja qual for sua origem o nome parece ter sido aplicado originalmente a vários povos imigrantes, restringindo-se mais tarde os israelitas. A maioria dos historiadores, admitem, que o berço primitivo dos hebreus foi o DESERTO DA ARÁBIA. A primeira vez que os fundadores da nação de Israel apareceram na história, é contudo no noroeste da MESOPOTÂMIA. Já em l800 a . C, segundo todas as possibilidades, um grupo de hebreus, sob a chefia de ABRAÃO, se estabeleceram ali. Mais tarde o neto de ABRAÃO, JACÓ conduziu uma emigração para o poente e iniciou a cupação da PALESTINA. Foi com JACÓ, subseqüentemente chamado ISRAEL, que os israelitas derivaram seu nome. Em época incerta, mas posteriormente a 1700 a . C., algumas tribos israelitas em companhia de outros hebreus desceram ao Egito para escapar às conseqüências da fome. Segundo parece, instalaram-se nas vizinhanças do Delta e foram escravizados pelo governo do faraó. Por volta de 1300-1250 a . C., os seus descendentes encontraram um novo líder no indômito MOISÉS, que os libertou da escravidão, conduzindo-os à PENÍNSULA DO SINAÍ e os converteu-o ao culto da IAVÉ. Até então IAVÉ tinha sido a divindade dos povos pastores hebreus que habitavam o SINAÍ. Utilizando como núcleo, o culto iavista, MOISÉS uniu as várias tribos de seus seguidores numa confederação por vezes chamada Anfictionia de Iavé. Foi essa confederação que desempenhou o papel dominante na conquista da PALESTINA OU TERRA DE CANAÃ. Estatueta de ouro que exibe um modelo dos carros persas.Por todos os caminhos do império, veículos como este facilitavam a comunicação. Em sues dias primitivos as tribos de Israel eram um povo pastoril e algumas sempre permaneceram assim, especialmente as que viviam no sul. Após a conquista da Canaã, porém também se dedicaram á agricultora a às profissões simples, que aprenderam dos cananeus, mais adiantados. No tempo de SALOMÃO, haviam também organizado extenso comércio, cujos os lucros ajudaram a sustentar o dispendiosos esplender da corte salomõnica, com seu grande templo e palácio. Especialmente no norte da região de Israel, floresce a vida citadina, o que significava que o comércio e a indústria estavam em explosão. Enquanto os demais povos ganhavam destaque por conquistas militares ou por realizações no campo da arte e das ciências, o povo hebreu destacou-se por sido o primeiro a afirmar sua fé num único deus. Os hebreus acreditavam na vinda de um Salvador, o Messias. Os israelitas, porém nunca reconheceram Jesus como salvador esperado por eles. O deus único do judaísmo, a religião dos hebreus, é Jeová. A imagem do Deus judaico não podia ser reproduzida em pintura ou estátua. Os hebreus deixaram um documento muito importante para a compreensão de sua história: Bíblia (da palavra grega biblion, que significa conjunto de livros). Este livro sagrado é dividido em duas partes: o Antigo Testamento (que conta a história do povo hebreu) e o Novo Testamento ( que foi escrito por seguidores da doutrina de Jesus). No tempo de MOISES - 1200 A . C.,-a organização social dos hebreus era de um simples povo de pastores. Com o começo da vida em cidades entretanto e mais tarde com a criação do Reino de Davi, mudaram as condições. Os anciãos das tribos que outrora haviam exercido a autoridade, foram substituídos por uma nova aristocracia que compreendia os parentes e os servidores do rei. Outro elemento novo foi à classe média, composta dos ricos mercadores das cidades, cuja posição social ficava entre os nobres e a dos criadores de gado, mais pobres. Como nas antigas sociedade, os escravos formavam a classe mais baixa. As leis dos hebreus revelam considerável preocupação pela justiça e uam séria tentativa de manter alto padrão de moralidade.As mulheres, embora não igualadas aos homens na sociedade judia, gozavam de uma posição de respeito. Contudo os judeus do tempo de DAVI eram quase tão cruéis e sanguissedentos como seus vizinhos, embora suas leis fossem superiores às do CÓDIGO DE HAMURABI, que data de talvez mil anos antes. Não se distinguiram os judeus nem nas ciências, nem nas artes embora aprendessem a executar simples beldade e indústrias, eram tão fracos na perícia que SALOMÃO teve que importar artesãos fenícios para planejar e decorar seu grande palácio em JERUZALÉM. Selo da época do rei Salomão.O original desapareceu em Istambul, era esculpido em jaspe. Com a literatura foi diferente. Neste setor, os antigos hebreus sabiam como expressar-se de modo admirável. Em suas lendas, tradições históricas e poesia, tinham como registradas no Velho testamento, criaram um dos maiores monumentos literários de todos os tempos. A história de suas peregrinações de suas guerras, seus crimes, suas tragédias e seus sucessos foi inspirada e embelezadas pelo motivo magnífico, que percorre toda a sua literatura, do desenvolvimento de sua poderosa religião, a qual foi realmente, a sua mais significativa contribuição à civilização. É na literatura religiosa que encontramos uma dos grandes brihos da cultura hebraica. O melhor exemplo são os livros bíblicos do Antigo testamento, dentre os quais se destacam os SALMOS, CÂNTICO DOS CÂNTICOS, LIVRO DE JÓ, e PROVÉRBIOS. O estilo vibrante dessa literatura e sua bela vigorosos imagens poéticas inspiraram grande parte da produção artística o Ocidente cristão. Politicamente os hebreus conheceram três tipos de governo: o patriarcado, o juizado e a monarquia. O PATRIARCADO Os patriarcas eram ao mesmo tempo, sacerdotes, juizes e chefes militares. O primeiro patriarca, ABRAÃO, foi substituído pelo seu filho ISAAC, e este por JACÓ, que teve seu nome mudado para ISRAEL que significava 'forte com deus". Essa é a razão de o povo hebreu ser conhecido como israelita ou povo de Israel. Por volta de 1700 a .C, a PALESTINA enfrentou uma grande crise de fome, causada pela seca assolou a região. Sob o comando de JACÓ UMA PARTE DAS TRIBOS HEBRAICA MIGROU PARA O EGITO, ONDE HAVIA ALIMENTOS, ESTABELECENDO-SE NUMA DELTA DO RIO NILO. Permaneceram neste país cerca de quatrocentos anos. Alguns hebreus chegaram a ocupar altos cargos no governo. A presença dos hebreus no Egito coincidiu com a invasão dos hicsos. Davi é sagrado pelo profeta Samuel O relato bíblico nos informa que JOSÉ era filho predileto de JACÓ e, por isso seus irmãos o invejavam. Um dia, quando estavam no campo cuidando dos rebanhos, os irmãos de José planejaram mata-lo. Entretanto, graças a um deles, RUBEM, acabaram desistindo ,mas venderam-no a uma caravana de mercadores que se dirigiam ao Egito. No país do Nilo, JOSÉ FOI VENDIDO COMO ESCRAVO, MAS GRAÇAS À SUA INTELIGÊNCIA, ATINGIU ALTOS POSTOS. Ganhou fama pelas interpretações que fazia dos sonhos. Certa vez, foi chamado para interpretar dois sonhos do faraó.No primeiro, o faraó havia visto, perto do Rio Nilo, sete vacas gordas e belas serem devoradas por sete vacas magras e feias.No segundo, vira sete espigas grossas serem comidas por sete espigas finas. A interpretação que José deu foi a que haveria no Egito sete anos de fartura seguidos por sete anos de miséria e fome. Então, sugeriu ao faraó que armazenassem os alimentos produzidos nos anos de fartura, para suprir as necessidades do povo nos sete anos de miséria. Satisfeito, o faraó escolheu JOSÉ para administra o palácio. Durante longo tempo, os hebreus gozavam de liberdade no Egito. Viviam unidos, preservando seus costumes e tradições. Contudo. Essa situação mudou após a expulsão dos hicsos. Os hebreus passaram a ser perseguidos, perderam seus bens e foram escravizados. Por volta de 1250 a .C., sob o comando de MOISÉS, conseguiram sair do país, acontecimento concedo como ÊXODO. Ainda segundo a bíblia, após a saída do Egito, MOISÉS, recebeu de Deus, no alto do MONTE SINAÍ, as Tábuas da Lei. Eram os mandamentos que deveriam nortear o comportamento do povo em relação a DEUS e à comunidade. Os hebreus vagaram quarenta anos pelo deserto. Moisés morreu antes de chegar à PALESTINA e foi substituído por JOSUÉ. A Bíblia nos informa que um Faraó teve medo de que o povo de Israel tornasse numeroso e dominasse o Egito.Por isso ordenou que todos os recém-nascidos judeus do sexo masculino fossem mortos. Para salvar seu filho, uma judia colocou-o num cesto e lançou-o no Rio Nilo. O menino foi encontrado e criado por uma filha do faraó,foi chamado de Moisés que significa "salvo das águas". Durante a juventude Moisés viveu na corte do faraó. Descobrindo sua origem, revoltou-se contra a opressão ao seu povo e o conduziu de volta a Canaã. O JUIZADO Josué liderou a luta de seu povo pela reconquista da Palestina que estava ocupada por vários povos. Essa luta levou o fortalecimento dos chefes militares, que assumiram o comando político e religiosos e são conhecidos como juizes. Dentre eles destacaram-se: GEDEÃO, SANSÃO, SAMUEL. Após a reconquista da Palestina, o território foi dividido entre doze tribos de Israel. Com o objetivo de manter a unidade do povo e garantir a defesa do território, Samuel, o último juiz por volta de ano 1000 a . C.., instituiu a monarquia. Festa religiosa reunindo família judaica. MONARQUIA A monarquia durou um século. O rei centralizava todo o poder, sendo ao mesmo tempo chefe religioso, político e militar. O primeiro rei foi SAUL. Em sue governo, os filisteus atacaram e derrotaram os hebreus. \para não cair em mãos inimigas, o rei suicidou.Seu sucessor foi DAVI, que unificou as tribos e estabeleceu em Jerusalém. Fez inúmeras campanhas expandindo o território da \Palestina. Os SALMOS, pomas contidos na BÍBLIA são atribuídos a DAVI. Em 966 a .C.,foi sucedido por seu filho SALOMÃO, que herdou uma monarquia consolidada. Em seu governo houve grande desenvolvimento do comércio, do artesanato e das construções públicas. Nessa época foi construído o TEMPLO DE JERUZALÉM, um santuário onde deveria ficar a ARCA DA ALIANÇA, uma urna com as TÁBUAS DA LEI. Para cobrir os gatos com a realização dessa obra, houve significativo aumento dos impostos, o que descontentou o povo. Bracelete em ouro que pertenceu ao filho do rei Salomão Foram instituídas várias festas religiosas como SABBAT: comemoração do sétimo dia da criação PÁSCOA: comemoração do Êxodo PENTECOSTE: comemoração do recebimento das Tábuas da Lei TABERNÁCULOS: comemoração da permanência no deserto Com a morte de SALOMÃO, seu sucessor não foi aceito pelos hebreus. Ocorreu o CISMA, que representou o rompimento da unidade política do povo hebreu. As tribos formaram dois reinos: ISRAEL: ao norte com a capital em SAMARIA formado por dez tribos JUDÁ: ao sul com a capital em Jerusalém, formado por duas tribos SALMO 2 DEUS, PASTOR DO HOMEM O Senhor é meu pastor, nada me falta. Em verdes prados ele me faz deitar Conduz-me junto às águas refrescantes, Refaz a minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, Por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, Nada temerei, pois estás comigo. Vosso bordão e vosso báculo São o meu amparo. Preparais para mim a mesa À vista de meus inimigos. Ungis de óleo a minha cabeça, Transborda a minha taça. Graças à misericórdia hão de seguir-me Por todos os dias da minha vida. E habitarei na casa do Senhor Na amplidão dos tempos. A separação enfraqueceu o povo hebreu, que acabou sendo dominado pelos povos conquistadores do oriente Próximo. E, 722 a . C., o Reino de Israel, foi dominado pelos assírios, chefiados por SARGÃO II, em 586 a . c., o Reino de Judá caiu nas mãos dos caldeus comandados por NABUCODONOSOR.Muitos habitantes foram aprisionados e levados a BABILÔNIA ( CATIVEIRO DA BABILÔNIA) Em 539 a .C., quando o Rei CIRO da PERSIA, dominou a MESOPOTÂMIA, libertou os hebreus e permitiu que voltassem a Palestina. Posteriormente, a Palestina foi conquistada por ALEXANDRE MAGNO da MACEDÔNIA -333 a . C.,- e pelos romanos - 63 a C. Em 70 d. C. os romanos destruíram o TEMPLO DE JERUSALÉM, provocando a revolta dos hebreus. A cidade de Jerusalém foi arrasada pelos invasores. Mais tarde, em l3l d. C., o Imperador Romano Adriano empreendeu violenta repressão aos hebreus, levando-os a dispersar pelo mundo;esse episódio é conhecido como DIÁSPORA. Durante muitos anos os judeus viveram em diferentes países, mas conseguiram manter a sua unidade cultural. Isso se deve a principalmente à religião, que os une. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos judeus conseguiram retornar à Palestina. Em 1948 foi criado e reconhecido o ESTADO DE ISRAEL. IMPÉRIO PERSA Durante séculos antes da criação do vasto Império Persa do sexto século a .c , uma série de povos de além do MAR CÁSPIO, estiveram movimentar-se no rumo do OCIDENTE. Alguns passaram para a Europa sul-oriental, enquanto outros se espalharam pela Ásia menor destruindo o IMPÉRIO HITITA,assolando a SÍRIA e a PALESTINA e mesmo atacando o Egito,os mais poderosos desses invasores foram os últimos a aparecer os MEDOS do Irã noroeste de nosso dias, que varreram a Assíria e se mudaram para a Ásia Menor. Mas os medos não deveriam ser conquistadores de todas as antigas civilizações, pois em 550 a . C., seu rei foi derrubado por CIRO, o governante dos persas que eram estreitamente aparentados com os medos. Esses herdeiros dos séculos, que iriam edificar o último e macero dos impérios do Antigo oriente Médio, haviam vivido por desconhecido espaço de tempo na parte mais meridional do que á atualmente o Irã. Além de dar início a suas mais amplas conquistas, seu grande Rei Ciro, derrotou o rei dos medos e começou a movimentar-se para oeste. Em pouco tempo Ciro conquistou o reino LÍDIO de CRESO na Ásia menor e as cidades gregas da costa. A sequir aniquilou o IMPÉRIO CALDEU. Por volta de 538 a . C ., quando caiu BABILÔNIA, o domínio persa chegava as fronteiras do Egito, incluindo todas as outras terras. Assim em onze anos Ciro bem merecera ser chamado de CIRO O GRANDE, pois transformara num dos grandes e principais lideres militares da história. Infelizmente pouco se conhece a respeito além da simples menção de suas vitórias. Merece nota especial, entretanto, a libertação dos judeus concedida por Ciro. Embora permaneça vago como personalidade, Ciro o grande é famoso como fundador de um Império que durou mais de dois séculos - até que outro gênio Alexandre Magno lhe pôs fim-. CAMBISSES, o cruel filho de Ciro, arredondou as vitórias de seu pai com a tomada do Egito em 525 a . C.. só três anos depois o rei, que sofria de epilepsia, perdeu a cabeça e suicidou. Já irrompera uma revolução no Império, mas logo dominada pelos nobres que em 521 a . C., elevaram Dario ao trono. A pintura tinha função decorativas, com temas religioosos ou cenas de guerras. Dario I o grande, como é chamado, dominou a Império de 521 a 486 a . C. Ocupou os primeiros anos de seu reinado em reprimir revoltas de povos submetidos em reforçar a organização administrativa do estado. Em ambas tarefas conseguiu êxito considerava, mas suas ambições de poder levar longe demais. A pretexto de reprimir as incursões dos citas, atravessou o Helesponto, conquistou uma grande parte da costa da Trácia e dessa forma provocou a hostilidade dos atenienses. Além disso, aumentou a opressão sobre as cidades jônicas da costa da Ásia Menor, que tinham caído sob o domínio persa com a conquista da Lídia.Interferiu em seu comércio, impôs-lhes tributos mais pesados e forçou os seus cidadãos a servir nos exércitos imperiais. O resultado imediato foi a revolta das cidades jônicas com o apoio de Atenas. Quando Dario tentou punir os atenienses pela participação na rebelião, encontrou-se envolvido numa guerra com quase todos os estados da Grécia. REIS PERSAS Ciro, o Grande = 550-529 a .C. Cambisses= 529-521 a . C Dario I = 521-485 a . C Xerxes I= 485-465 a . C. Artaxerxes= 465-425 a . C Xerxes II = -424 a . C. Dario II= 423-404 a . C Artaxerxes II = 404-358 a . C Artaxerxes III = 358-338 a . C Dario III = 336-330 a .C. Em teoria o rei persa era um monarca que governava pela graça do deus da luz. Nenh8uma constituição ou princípio da justiça limitava a sua autoridade soberana. Na ética porém, devia deferência aos principais nobres do reino, e dispersar alguma consideração aos costumes antigos e as leis tradicionais dos medos e depois persas. Para efeito da administração local o império era dividido em vinte e uma sátrapa ou governador civil. Apesar de absoluto em todos os assuntos de jurisdição civil, o sátrapa não tinha autoridade militar. As forças militares eram confiadas ao comandante das guarnições em toda a província, como uma salvaguarda adicional, designava-se um secretário para cada província a fim de examinar a correspondência do sátrapa e denunciar quaisquer provas de deslealdade. E finalmente para maior segurança, o rei enviava inspetores especiais uma vez por ano, com uma poderosa guarda, afim de visitar cada província e investigar a conduta do governo. Esses funcionários eram conhecidos como "olhos e ouvidos do rei" eram geralmente membros da família real ou outras pessoas em que o monarca poderia depositar toda a sua confiança. RELACIONAMENTO DOS PERSAS COM OS POVOS VENCIDOS Ao contrário do modo extremamente cruel dos Assírios, os persas tratavam os povos submetidos de maneira mias tolerante, respeitando sua religião e seus costumes, desde que não se revoltassem. O rei persa, porém, não deixava de ser tirano com os povos conquistados, impondo-lhes elevados tributos e obrigando-lhes ao serviço militar sob o comando de oficiais persas. Aqueles que desobedecessem às ordens do governo persa podiam ser esfolados vivos, ter seus corpos mutilados ou mesmo sofrer decapitação Apesar de trabalhoso e caro o sistema funcionou tão eficientemente que as revoltas dos sátrapas figuraram entre as causas principais da queda da Pérsia. Quase toda a atividade do governo imperial visavam a fins de eficiência militar e segurança política. Dario I principalmente enviou esforços para adestrar os jovens de nacionalidade persas em hábitos que os tornassem aptos a vida militar. Procurou incutir nas classes superiores as virtudes de austeridade, de lealdade e da honra e impedir que sucumbissem ao luxo e ao vício. Todos os seus esforços foram afinal em vão pois os persas não colocaram remitência mais do que os assírios, as tentações de um poder e de uma riqueza inesperada.Outro trabalho importante do governo foi a construção de uma esplêndida rede de estradas, a melhor que se conheceu da época dos romanos. A mais famosa era a ESTRADA REAL de cerca de 2.500 Km de extensão que ligava SUSA A SARDIS. Tão bem conservada era esta estrada real que os mensageiros do rei, viajando noite e dia, podiam cobrir sua extensão total em menos de uma semana. Quase todas as províncias eram ligadas a uma ou outra das quatro capitais persas:SUSA, PÉRSEPOLIS, BABILÔNIA, ÉCBATONA Ainda que contribuindo naturalmente para o desenvolvimento do comércio, essas estradas foram construídas com o objetivo principal de facilitar o controle sobre as partes remotas do Império. A boa condição das estradas possibilitou o desenvolvimento de um eficiente serviço de correios, com diversos postos espalhados pelo caminho. A adoção da língua aramaica em todos os documentos oficiais foi mais uma das medidas adotadas que visava a unidade do Império. A economia persa era baseada na agricultura ( centeio, trigo, cevada ) e na criação do gado. Com a expansão do Império, cada região ainda exercia suas atividades costumeiras. Entretanto, a unidade política imposta e a construção de estradas que facilitou a comunicação entre as satrapias, incentivaram o crescimento das atividades artesanais e do comércio. Para facilitar as trocas mercantis, Dario mandou cunhar moedas de ouro - daricos - ( importantes sociedades do mundo antigo, egípcios, babilônios, desenvolveram-se sem a utilização da moeda - dinheiro. As transações comerciais faziam-se pela troca direta de um produto por outro.Mais tarde em algumas regiões, estabeleceu-se o uso da certos objetos como unidades de valor para facilitar as trocas. Exemplos: anzóis, bois, alimentos. Segundo o historiador JEAN PIERRE VERMANT, a moeda no sentido atual (cunhada) e garantida pelos Estado é uma invenção grega do século VI a . c ) mas a quantidade foi insuficiente. Posteriormente, permitiu-se a cunhagem de moedas de prata cuja a quantidade ainda não atendia às necessidades do comércio. Na verdade, os reis persas em vez de cunhar moedas, preferiram acumular tesouros em metais preciosos, obtidos dos tributos arrecadados dos súditos. A ampla atividade comercial era efetuada pela população dominada pelo Império Persa que estava submetida ao pagamento de pesados tributos e prestação de serviços públicos, seja nas grandes obras urbanas e construção de estradas, seja no exército constituindo a servidões coletiva, típica do Oriente Antigo. Boa parte da atividade comercial que contava com a rede de estradas e garantias imperiais era realizada pelos babilônios, fenícios e judeus, enquanto as atividades agrícolas, pelo restante da população subjugada. Embora a outros respeitos, muito devessem a seus vizinhos mais civilizados, não precisaram os persas de obter empréstimos no campo da religião. A sua própria religião o ZOROASTRISMO, foi das maiores entre todas as religiões do Antigo Oriente, só rivalizada pelo dos hebreus, no seu melhor estágio, e pela dos hindus do Pendjab, que Dario conquistou. Bracelete mostra a luta entre Ormuz-Mazda deus do bem e Arimã deus do Mal. O grande mestre religioso dos persas foi um homem conhecido como ZOROASTRO OU ZARATRUSTRA,que viveu provavelmente na última metade do século VII e na primeira parte do século VI a . C.. Antes dessa época, os persas tinham uma religião primitiva baseada na adoração de muitos deuses representativos das forças da natureza. Os rituais de adoração eram dirigidos por sacerdotes chamados magos. Como os profetas hebreus, Zoroastro procurou expurgar essa religião da superstição e da mesquinharia para ergue-la a um plano ético mais elevado. Teve sucesso nisso, apesar da oposição do velho clero e seus conceitos religiosos foram depois aceitos pela corte no século VI a . C. A reforma religiosa que Zoroastro inspirou estabeleceu a adoração de um deus AHURA-MAZDA ou ORMUZD. Era um deus de retidão e verdade que revezava seus preceitos e a seu profeta Zoroastro. A ele impunha um mal espírito, ANGRA-MAINYU ou ARIMÃ, que representava a mentira, isto é a negação da verdade. O mundo do homem era concebido como um gigante campo de batalha, em que lutavam as forças do bem e do mal. Cada homem devia escolher o lado de um ou de outro desses deuses em guerra a quem serviria.Podia se quicé servir a Arimã e naturalmente esse deus do mal o tentaria faze-lo. Mas se em vez disso, preferisse servir o deus da bondade, devia tomar papel ativo como soldado da causa do bem, sem mostrar complacência ou piedade com o outro lado. O próprio Zoroastro pretendia que a sua religião fosse monoteísta. Considerava Ahura-Mazda um poder supremo que permitia aos homens escolhessem entre o bem e o mal, mas punia os que fizessem esta última escolha. Alguns de seus discípulos, porém modificaram esse monoteísmo ao ensinarem que o mal era obra de um segundo deus, Arimã. Posteriormente, ainda outras divindades, foram reconhecidas. Assim, MITRA, um dos antigos deuses persas, reapareceu como ajudante de Ormuzd, e Anahita, uma deusa semítica da fertilidade foi adotada.Mais tarde, os antigos sacerdotes, os Magos, recuperaram o poder e mais uma vez o ritualismo se tornou importante. Zoroastro acredita na imortalidade e seu ensinamento a esse respeito é de crucial significação.O deus do mal estava fadado a ser por fim derrotado, embora ele e suas cortes o ignoravam. Essa derrota final do mal viria no dia do último grande julgamento, quando os mortos retornariam a vida. Nesse meio tempo, as almas dos mortos sobreviveriam em outro mundo, onde receberiam o tratamento que houvessem merecido por sua vida na terra. Três dias após a morte, cada alma era levada a uma grande ponte, que atravessava as profundezas do inferno. Se o bem que o homem houvesse praticado na terra não ultrapassasse o mal, sua alma atravessaria a ponte para um mundo de celestes felicidades, mas se os feitos do homem o revelasse como um servo do mal sobre a aterra, a ponte se estreitaria e sua alma seria precipitada no refino da pesada escuridão. Contudo, mesmo essas almas não permaneciam no inferno para sempre, pois isso deixaria muitas criaturas de ORMUZD em mãos dos inimigos. Mais tarde no dia do ajuste final, o mal seria purificado em metal derretido, que para o bem, é tão agradável como leite quente. Assim o próprio inferno seria purificado e a vitória pertenceria à verdade e à bondade. O ZOROASTRISMO ATUALMENTE A maior contribuição da civilização persa foi no campo da religião. Zoroastro, que viveu de 628-55l a . c., fundou o zoroastrismo a religião dos persas. Esta doutrina pregava o JUIZO FINAL e a vida eterna no paraíso para os bons. Este princípio religioso influenciou o judaísmo e o cristianismo, que também concebiam o julgmento final. O zoroastrismo se tornou a força religiosa dominante no IRÃ; seu culto ainda é praticado atualmente naquele país. Com a chegada do islamismo, a religião quase desapareceu, embora existam muitos praticantes na Ásia e nos Estados Unidos da América do Norte. Porém o grupo mais numeroso se encontra na Índia. Os adeptos da religião são chamados de parses. Eles deixaram o Irã no fim do século XIX e foram para a Índia. Estabeleceran-se na região de BOMBAIN. A religião dos persas, tal como ensinada por Zoroastro, não permaneceu por muito tempo em seu estado original. Foi corrompida principalmente pela persistência de superstições primitivas, pela magia e pela ambição do clero. Quanto mais a religião se estendia, tanto mais nela se enxertavam essas relíquias do barbarismo. Com o passar dos anos a influência da crença de outras terras, particularmente as dos caldeus, determinou novas modificações. O resultado final foi o desenvolvimento de uma poderosa síntese na qual o primitivo sacerdotalismo, o messianismo e o dualismo dos persas e combinavam como pessimismo e o fatalismo dos neobabilõnicos. Desta síntese emergiu aos poucos uma produção de cultos, semelhantes em seus dogmas, básicos, mas concedendo a eles valores diferentes.O mais antigo dos cultos era o mitraísmo nome que se deriva de MITRA, o principal lugar-tenente deA MAZD na luta contra as forças do mal. Mitra a principio, era apenas uma divindade menor da religião zoroástrica, encontrou finalmente agasalho no coração de muitos persas, como Deus mais merecedor de orações. A razão desta mudança foi, provavelmente, a auréola emocional que cercava os acidentes da vida. Acreditava-se que nascera num rochedo, em presença de um pequeno grupo de pastores, que lhes trouxeram presentes em sinal de reverência pela sua grande missão na terra. Passou então a sujeitar os seres vivos que encontrava, conquistando e tornando úteis ao homem muitos deles. Para melhor desempenhar essa missão, fez um pacto com o sol, obtendo calor e luz para que as plantações pudessem florescer. O mais importante de seus feitos, contudo, foi a captura do touro divino. Agarrando o animal pelos chifres, lutou desesperadamente até força-lo a entrar numa caverna, onde em obediência a uma ordem do sol, o matou. Da carne e do sangue do touro proveriam todas as espécies de ervas, grãos e outras plantas valiosas para o homem. Mal esses feitos foram realizados, Ahriman provocou uma seca na terra, mas Mitra enfiou a sua lança numa rocha e as águas dela borbulharam. Em seguida o Deus do mal mandou um dilúvio, mas Mitra mandou construir uma arca para permitir a salvação de um homem com seu rebanho. Depois de terminado os seus trabalhos, Mitra, participou de um festim sagrado com o sol e subiu aos céus. No devido tempo voltará e dará a todos os crentes a imortalidade. A herança deixada pelos persas, ainda que não tenha sido exclusivamente religiosa, continham muitos elementos da natureza secular. A forma de governo característica desse povo foi adotada pelos monarcas romanos de época avançada, não no seu aspecto puramente político mas no seu caráter de despotismo de direitos divino. Quando os imperadores como Diocleciano, Constantino I invocaram a autoridade divina como base de seu absolutismo e exigiram que os súditos se prostrassem na sua presença, estavam na realidade identificando o estado com a religião como os persas tinham feito na época de Dario. São também discerníveis traços da influência persa em certos filósofos helenistas, mas ainda aqui essa influência foi essencialmente religiosa, pois se limitou quase inteiramente às teorias místicas dos neoplatônicos e dos seus aliados filosóficos. Aos povos e estudiosos do ORIENTE MÉDIO ofereço esta página com grande admiração. JOÃO LOURENÇO DA SILVA NETTO ADVOGADO -HISTORIADOR- PROFESSOR - PESQUISADOR JUIZ DE FORA -MINAS GERAIS - AGOSTO DE 200l e-mail: jlourenco@terra.com.br Colaboração de: PROFª ROSA MARIA DE Q. LOURENÇO FORMADA EM EDUCAÇÃO FISICA PELA UFJF JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - AGOSTO DE 200l . . . . . .