MACEDÔNIA MACEDÔNIA GEOGRÁFICA - Estava situada ao Norte da Grécia. Seu solo montanhoso, com vales férteis, produzia trigo, cevada e frutas. Criavam-se cavalos e bois. Sua capital era Pela. O POVO - Os macedônios, descendentes dos primitivos gregos, eram rudes pastores e agricultores. Viviam nos primeiros tempos, na dependência de chefes guerreiros. Gostavam de vinho e de jogos. Eram bons cavaleiros. REINADO DE FELIPE II (359 A 336 a.C.) FELIPE II - Rei da Macedônia, pai de Alexandre Magno, culto inteligente, hábil, ambicioso e grande guerreiro, estabeleceu as bases do poderio macedônico. Estudou a arte da guerra com Pelópidas e Epaminondas, em Tebas, onde permaneceu três anos como refém. Conhecia a civilização Grega. Analisou as riquezas e as rivalidades das cidades-estados da Grécia. Realizou uma série de reformas internas e elaborou notável plano imperialista. REFORMAS MAIS IMPORTANTES DE FELIPE II Reorganizou o exército; Criou a falange macedônica, frente cerrada e profunda na infantaria, protegia por escudos e lanças; Melhorou o sistema monetário ; Construiu uma frota. INTENÇÕES DE FELIPE II Expandir seus domínios até o Mar Egeu; Dominar a Grécia; Reconquistar a Ásia Menor então em poder dos persas. CONQUISTA DA GRÉCIA Felipe II , aproveitando a discórdia reinantes entre os gregos invadiu a Grécia. Os atenienses ofereceram-lhe resistência. Demóstenes, grande orador ateniense, atacou Felipe II nos célebres discursos chamado "Filípicas". Ésquines, outro orador grego, incitava os atenienses a reconhecer o poder da Macedônia. Na batalha de Queronéia, em 338 a.C. . Felipe II derrotou o exército aliado composto por atenienses e tebanos. Morreu dois anos mais tarde, em 336 a.C. REINADO DE ALEXANDRE MAGNO (336 A 323 a.C.) Rei da Macedônia, sucessor de Felipe II, ambicioso, culto, inteligente e notável guerreiro, subiu ao poder com 20 anos. Seu professor foi Aristóteles. Conhecia a literatura grega e tinha preferência pela "Ilíada". Considerava como sua principal missão combater os persas e apodera-se das riquezas do Oriente. CONQUISTA DA GRÉCIA Os gregos, após a morte de Felipe II, revoltaram-se contra o domínio macedônio. Alexandre, propondo-se a realizar os planos de seu pai, invadiu a Grécia. Tebas foi destruída e os tebanos mortos ou escravizados. Depois de aclamado generalíssimo dos helenos, Alexandre dirigiu-se à Ásia Menor, iniciando a luta pela conquista do Império Persa. CONQUISTA DA ÁSIA MENOR Alexandre, em 334 a.C. , atravessou o Helesponto com 30.000 soldados e 5.000 cavaleiros e desembarcou em Tróia, onde celebrou sacrifícios em honra de Aquiles, cujos feitos sonhava igualar. As dificuldades eram muitas: imensidão dos países a conquistar, as longas marchas em regiões mal conhecidas através de desertos e desfiladeiro e a hesitação dos soldados em se aventurar longe da pátria. Por outro lado, os persas, com exércitos mal organizados, não lhe ofereciam grande resistência . Alexandre os derrotou nas margens do Rio Grânico, onde sua vida foi salva por Ciro, a quem mandou matar mais tarde. Na Frígia, Alexandre derrotou um exército persa de 400.000 soldados infantes e 100.000 cavaleiros na célebre batalha de Isso, em 333 a.C. . O rei Dário III fugiu, deixando nas mãos de Alexandre a sua família. CONQUISTA DA FENÍCIA Depois da conquista da Síria, Alexandre sitiou Tiro, na Fenícia. Os tírios resistiam por oito meses, mas foram subjugados. CONQUISTA DA PALESTINA Alexandre entrou em Jerusalém sem luta. Depois tomou Gaza, onde encontrou grande resistência por parte dos filisteus. CONQUISTA DO EGITO No Egito Alexandre recebeu calorosa acolhida em 332 a.C., pois os egípcios tinham aversão aos persas. Visitou Mênfis. Fundou Alexandria. Consultou o oráculo de Ámon, no deserto, e foi saudado como filho de deus. Enviou expedição ao Alto Egito para descobrir as causas das inundações do Nilo. A MORTE DE DARIO III Na batalha de Arbelas, em 331 a.C., antiga cidade da Assíria, na Mesopotâmia, Alexandre derrotou os persas. O rei Dario III, depois de ter fugido, foi assassinado pelo sátrapa Besso. A CONQUISTA DA ÁSIA CENTRAL Conquistou, Alexandre, na Ásia Central, a Bactriana, a Sogdiana e fundou várias cidades. A EXPEDIÇÃO À ÍNDIA No outono de 327 a.C., Alexandre marchou rumo à Índia. Penetrou no Pendjab, onde derrotou o rei Poro. O cansaço dos soldados, as chuva, as tormentas e o calor obrigaram Alexandre a voltar para o Ocidente. A MORTE DE ALEXANDRE Durante o inverno compreendido entre 324 e 323, Alexandre permaneceu em Babilônia, capital do seu vasto Império, fazendo planos. Vítima de febre maligna, ali morreu em junho de 323 a.C., antes de completar 33 anos de idade. OS SUCESSORES DE ALEXANDRE Não deixou Alexandre, herdeiros em condições de substituí-lo. O exército proclamou rei a Filipe Arideu, seu irmão, um imbecil. Dois meses depois, uma de suas esposas, Roxana, princesa Bactriana, deu à luz de Alexandre Egos, que se tornou co-soberano com Filipe Arideu. O regente era o general Pérdicas, que enfrentou os demais generais sequiosos do poder. A DIVISÃO DO IMPÉRIO Os generais chamados ''diádocos'', senhores de grande força, entraram em luta entre si, provocando o esfacelamento do Império e dando origem a novos Estados. O governo destes Estados coube a: Seleuco, que ficou com a Pérsia, Mesopotâmia e Síria; Lisímaco, que recebeu a Ásia Menor e a Trácia; Cassandro, que ficou com a Macedônia e a Grécia. AS CONSEQÜÊNCIAS DAS CONQUISTAS DE ALEXANDRE, ENTRE OUTRAS Formação de grandes focos da cultura helenística: Alexandre fomentou a fusão entre vencedores e vencidos. Dez mil soldados gregos e macedônios casaram-se com mulheres persas. Ele mesmo desposou a filha do rei Dario III, Estátira; Difusão da cultura grega: A língua grega foi assimilada por muitos povos. A escrita grega substitui a escrita cuneiforme e demótica. A indumentária grega e o mobiliário foram adotados pelos vencidos, bem como cerimônias, danças e canções; Progresso econômico: Com desenvolvimento do comércio e renascimento da agricultura. O tráfico da seda e da porcelana intensificou-se. As cidades tornaram-se grandes centros mercantis. Os portos foram restaurados. Estradas foram abertas. Levantaram-se fortalezas para proteger as caravanas de mercadores; Grande circulação da riqueza, devida, em parte, ao enorme tesouro de Dario III que caiu em poder dos conquistadores. O HELENISMO Denomina-se helenismo a civilização formada pela fusão da cultura grega com a cultura oriental. Caracteriza-se por: despotismo no governo: o ideal clássico da democracia foi suplantado pelo absolutismo oriental. realismo exagerado e sensacionalismo nas artes, que substituíram o humanismo e a simplicidade das artes gregas; individualismo, materialismo e fatalismo na Filosofia, defendidos por Zenão e Epicuro; comércio em grande escala, que substituiu o comércio em pequena escala dos gregos; desigualdade social, com grande contraste entre a riqueza e a pobreza. O ricos cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Vida de luxo e de miséria. OS GRANDES CENTROS HELENÍSTICOS Alexandria: Grande centro comercial e intelectual. Possuía magnífico edifício chamado ''Museu'', destinado às investigações científicas e ao cultivo das artes e das letras. Sua famosa biblioteca chegou a ter 400. 000 volumes. Ali viviam cientistas, artistas, poetas e sábios, entre os quais: Euclides, Eratóstenes. Pérgamo: Na Ásia Menor. Possuía grande biblioteca, teatro e escolas. O pergaminho era ali fabricado. Rodes: Distinguiu-se na Escultura. Ali se encontrava o ''Calosso de Rodes'', enorme estátua de Apolo, feita de bronze, uma das sete maravilhas do mundo antigo, destruída por um terremoto. Outros centros de cultura helenística foram Antioquia na Turquia Asiática e Siracusa, na Sicília, pátria de Arquimedes e do poeta Teócrito. A ÉPOCA HELENÍSTICA Na época helenística as cidades tornaram-se maiores, bem cuidadas, com casas confortáveis, templos, palácios, teatros, faróis e ginásios. Desenvolveram-se as artes, a Literatura e as ciências: Escultura: Realista; apresentou obras notáveis; ''Vênus de Milo'', ''Apolo de Belvedere''; Pintura: Retrato, naturezas-mortas e temas mitológicos; Literatura: Um dos grandes representantes foi Menandaro, comediógrafo, político e historiador grego; Astronomia: Aristarco e Cláudio Ptolomeu; Matemática: Euclides, Arquimedes e Hiparco; Física: Héron de Alexandria; Geografia: Estrabão.