Faça outra busca na enciclopédia educacional Ou, se preferir, faça uma BIBLIOTECA BIBLIOTECA s.f. Lugar onde se guardam, conservam e organizam livros e outras publicações, para estudo, leitura e consulta do público. Assim, as bibliotecas têm três finalidades: (1) guardar livros e outras publicações em local seguro, a salvo de furto, incêndio e outros riscos; (2) conservá-los, evitando que se estraguem em virtude do constante manuseio pelo público, ou da ação da umidade, do calor e de problemas semelhantes; (3) organizá-los de acordo com certas normas de catalogação e arquivamento, a fim de que possam ser imediatamente encontrados em função do autor, do assunto ou de outro aspecto importante. Os profissionais que tratam dessas finalidades são os biblioteconomistas; formados em biblioteconomia, curso de nível universitário. Os objetivos básicos das bibliotecas são estudo, leitura e a consulta do público. As pessoas que procuram as bibliotecas comumente estão em busca de estudar um determinado assunto ou de ler simplesmente por lazer. Por isso, o público das bibliotecas e bastante variado quando se trata de bibliotecas gerais. Atualmente, as bibliotecas não guardam apenas livros, mas também jornais, revistas, mapas, cartazes, manuscritos, filmes, discos, fotos, telas e microfilmes. Acervos e Tipos de Bibliotecas Variedade dos Acervos. O conjunto das obras de uma biblioteca chama-se acervo . De acordo com a natureza do acervo, as bibliotecas podem ser divididas em gerais e especializadas . As bibliotecas gerais são também chamadas de bibliotecas públicas. Em geral são mantidas pelo governo federal, estadual ou municipal e franqueadas ao público, como é o caso da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. As bibliotecas gerais são ainda denominadas enciclopédicas, em virtude de o seu acervo abranger praticamente todos os ramos do saber humano. As bibliotecas especializadas são aquelas cujo acervo versa sobre uma determinada área de conhecimento. Evidentemente, como nenhuma área do saber é estanque e independente das demais, por mais especializado que seja o acervo, este contará com livros e publicações de mais de um assunto. Exemplos de bibliotecas especializadas são as do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, e a Biblioteca da Câmara dos Deputados, em Brasília. Variedade de Tipos. A classificação das bibliotecas pode obedecer a vários critérios. Já vimos que, de acordo com o acervo, elas podem ser gerais ou especializadas. Outra classificação é a que considera a situação do possuidor: o Estado ou uma pessoa ou empresa. Nesse caso, elas são estatais ou privadas . As estatais podem ser federais, estaduais ou municipais. As privadas podem ser bibliotecas destinadas a atender os funcionários de determinada empresa ou instituição, ou mantidas por colecionadores ricos. Quanto ao acesso do público, as bibliotecas podem ser públicas , isto é, abertas a qualquer pessoa, ou particulares , franqueadas apenas a determinadas pessoas. Muitas bibliotecas privadas, que pela sua própria natureza deveriam ser também particulares, são, no entanto, franqueadas a estudantes e pesquisadores. Por outro lado, algumas bibliotecas públicas, embora abertas a qualquer pessoa só recebem determinado tipo de consulente (aquele que consulta a biblioteca) devido à especialização do seu acervo, como o da Biblioteca do Departamento Nacional da Produção Mineral, no Rio de Janeiro. Finalmente, em relação ao grau de ensino, as bibliotecas podem ser universitárias, colegiais, escolares e infantis . Todas as universidades brasileiras mantêm uma ou mais bibliotecas universitárias. Algumas têm uma biblioteca central, que congrega as diversas bibliotecas especializadas, como a da Universidade de Brasília, considerada modelo, a da Universidade de São Paulo, a da Universidade Federal de Pernambuco e a da Universidade Estadual de Campinas. Vale a pena acrescentar que as bibliotecas públicas possuem, às vezes, um setor para empréstimos a domicílio, como a Biblioteca Municipal de São Paulo. E existem ainda as bibliotecas ambulantes, com coleções de livros de nível médio e populares, como as mantidas pelo Ministério da Educação. De tudo que foi exposto até agora, observa-se que a classificação das bibliotecas não pode obedecer a uma forma rígida. Nem toda biblioteca pública é estatal e geral, assim como nem toda biblioteca particular é privada e especializada. Por isso, deve-se sempre adotar um critério múltiplo de classificação, que especifique cada particularidade. Dessa forma, a Biblioteca Nacional deve ser classificada como estatal, federal, pública e geral. Já a Biblioteca das Centrais Elétricas de Furnas S/A é estatal, federal, especializada e particular. Certas bibliotecas de colecionadores ricos são privadas, públicas e gerais. Serviços Prestados Até meados do séc. XIX, as bibliotecas serviam apenas a certos grupos, como universitários, professores ou pessoas ricas. Desde a invenção da tipografia, os acervos das bibliotecas passaram a aumentar em relação ao número de pessoas interessadas em consultar os livros. Finalmente, no séc. XX assistimos à multiplicação das bibliotecas públicas, prestando um inestimável serviço à educação das comunidades. Isso é resultado, sobretudo, do trabalho paciente de milhares de biblioteconomistas em todo o mundo, que serviu para elaborar uma forma de organização dos livros e demais publicações, tornando possível sua utilização pelo público. Ao mesmo tempo, as bibliotecas estão permanentemente informadas do que está sendo publicado, a fim de que seus acervos estejam atualizados e completos. Em certos países, como o Brasil, a lei obriga que de toda obra publicada sejam enviados um exemplar para a Biblioteca Nacional, outro para o Instituto Nacional do Livro (I.N.L.) e um terceiro para a Biblioteca Estadual. Essa lei, chamada Depósito Legal, é de 1909. Existe ainda lei do Registro Autoral, pela qual o autor ou a editora, diretamente ou através do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, deve registrar a obra ou a edição (cada nova edição é considerada uma obra independente) na Biblioteca Nacional. O Sindicato dos Editores, em todo o país, e Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo e estados do sul, organizam também as fichas catalográficas (registro de identificação e classificação de livros), padronizadas pela biblioteconomia. Nas bibliotecas é possível obter cópias e reproduções, geralmente mediante pagamento. Algumas bibliotecas dão permissão para fotografia de peças do seu acervo. Certas bibliotecas brasileiras dispõem também de serviço de microfilmagem. E qualquer uma delas pode prestar o serviço assistência ao público que mais as caracteriza, ou seja, a orientação dos usuários quanto ao acervo, quais as obras existentes sobre determinado assunto ou quais os livros determinado autor. A função de responder a consultas dos usuários chama-se serviço de referência. Bibliotecas no Mundo Europa Ocidental. Algumas das maiores e mais tradicionais bibliotecas do mundo estão localizadas em países da Europa. As mais importantes são a Biblioteca Britânica (British Library), em Londres, e a Biblioteca Nacional (Bibliothèque Nationale), em Paris, cada uma com um acervo de mais de sete milhões de volumes. Além das bibliotecas nacionais, a Europa possui grandes bibliotecas universitárias, famosas em todo o mundo, como as das universidade de Oxford e Cambridge, na Inglaterra, e a da universidade de Paris. A Biblioteca Vaticana, em Roma, é famosa por sua coleção de manuscritos e livros antigos e é a maior biblioteca católica do mundo. O sistema de bibliotecas públicas da Grã-Bretanha foi estabelecido em meados do séc. XIX. No restante da Europa, as bibliotecas públicas começaram a firmar-se após a Segunda Guerra Mundial. Um dos sistemas mais perfeitos é o da Dinamarca. Outros países vêm aperfeiçoando seus sistemas, como França, Alemanha e Holanda. Paralelamente, vêm sendo aperfeiçoados e incentivados os cursos de biblioteconomia, sobretudo na Alemanha, na França, na Inglaterra e nos países escandinavos. Praticamente todos os países da Europa possuem associações de bibliotecas e publicam revistas especializadas sobre o assunto. Na Alemanha encontra-se a Biblioteca Nacional Alemã, com mais de quatro milhões e quinhentos mil volumes. Essa biblioteca fazia parte da antiga Biblioteca Estatal Prussiana, desmembrada após a Segunda Guerra Mundial; e reunida após a própria reunificação da Alemanha. Europa Oriental e Rússia. Os países da Europa oriental possuem uma rica tradição de bibliotecas. A biblioteca universitária de Praga, na República Tcheca, fundada em 1348, e a da Universidade Jagielloska, funda em 1364, estão entre as mais antigas do mundo. A Biblioteca Estatal da República Tcheca é a maior do país, com mais de três milhões e 500 mil volumes. Na Polônia, as mais importantes são a Biblioteca Narodowa, com mais de dois milhões e 300 mil volumes. A Biblioteca Nacional Széchényi possui mais de dois milhões de obras impressas, além de numerosos manuscritos. As bibliotecas representam um papel de grande importância nos programas educacionais dos outrora países socialistas da Europa Oriental. Todas as cidades grandes e pequenas e até mesmo as aldeias possuem suas bibliotecas públicas. Os sindicatos e conselhos de trabalhadores também possuem suas bibliotecas. A Polônia tem 25 mil bibliotecas, a República Tcheca e a Eslováquia 20 mil, a Romênia 6.800, a Bulgária 6.500 e a Hungria cinco mil. A Rússia tem cerca de 370 mil bibliotecas, muito mais do que qualquer outro país do mundo. A Biblioteca Lênin, em Moscou, com mais de 25 milhões de volumes, é a maior do país e uma das maiores do mundo. A Biblioteca da Academia de Ciências da Rússia, em São Petersburgo, tem cerca de 14 milhões de volumes. Mas a segunda maior biblioteca da Rússia é a SaltykovShchedrin, com mais de 17 milhões de volumes, incluindo uma riquíssima coleção de manuscritos antigos. América do Norte. A biblioteca nacional dos E.U.A. é a Biblioteca do Congresso, em Washington, com cerca de 15 milhões de volumes. A Biblioteca Pública de Boston é a mais antiga do país no gênero, possuindo mais de dois milhões e 200 mil volumes. A Biblioteca Estadual de Nova York tem três milhões e 100 mil volumes. A principal biblioteca universitária americana é a da Universidade de Michigan, com três milhões e 440 mil volumes. No Canadá, as duas bibliotecas mais importantes são a Biblioteca Nacional do Canadá, em Ottawa, com 450 mil volumes, e a Biblioteca Universitária de Toronto, com mais de um milhão e 200 mil volumes. A mais importante biblioteca mexicana é a Biblioteca Nacional do México, na capital do país, com 800 mil volumes, além de numerosos documentos maias e astecas do período colonial. África. Os países da África, submetidos a longo período de dominação colonial, não puderam ainda formar grandes bibliotecas. As maiores do continente estão no Egito, Argélia, Gana, Tunísia e África do Sul. Uma das bibliotecas mais antigas do mundo, fundada no séc. I da era cristã, é a da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, com cerca de 800 mil volumes e grandes coleções de manuscritos. Mas a maior do país é a Biblioteca Nacional Egípcia, também no Cairo, com mais de um milhão de volumes. A Biblioteca Pública de Acra, em Gana, tem cerca de 400 mil volumes. A Biblioteca Nacional da Tunísia tem mais de 350 mil volumes. Na Argélia, as duas bibliotecas mais importantes são a Nacional, reconstruída após um incêndio, e a Biblioteca Universitária, com 600 mil volumes. Na África do Sul, a maior biblioteca é a Biblioteca Pública, de Joanesburgo, com mais de um milhão de volumes. Ásia e Oriente Médio. As duas maiores bibliotecas da China são a Biblioteca Nacional de Pequim, com mais de quatro milhões de volumes, e a de Nanquim, com dois milhões e 300 mil. O governo comunista tem-se esforçado para criar uma rede nacional de bibliotecas, com bibliotecas públicas e em fábricas e sindicatos. A Biblioteca Municipal de Xangai tem um total de 900 mil volumes. Cada província chinesa tem, pelo menos, uma biblioteca central, com acervos que variam entre 100 mil e três milhões e 500 mil volumes. O Japão tem um sistema de bibliotecas moderno e altamente eficiente. A Biblioteca do Parlamento, em Tóquio, tem mais de seis milhões de volumes, distribuídos inclusive pelas suas afiliadas, que são mais de 30. Existem ainda as bibliotecas universitárias, sendo as mais importantes as de Tóquio e Kyoto, cada uma com mais de três milhões de volumes, e as de Tohoku, Hokkaido e Kyushu, cada uma com mais de um milhão. São comuns no Japão as bibliotecas itinerantes, que percorrem as fábricas. A maior biblioteca do Oriente médio e a biblioteca Judaica Nacional e Universitária de Jerusalém, em Israel, com mais de dois milhões de volumes. Outras bibliotecas importantes da região são as bibliotecas nacionais da Turquia e a do Líbano, e as universitárias de Beirute, no Líbano, de Teerã, no Ira, e a de Ancara, na Turquia. América Central e do Sul. A maior e mais antiga biblioteca da América Central é a biblioteca Nacional de José Marti, em Havana, Cuba, fundada em 1901, com 841 mil volumes. Seguem-se a Biblioteca Central, em Port of Spain, Trinidad e Tobago, com 268 mil volumes, a Biblioteca Nacional de San José, na Costa Rica, com 100 mil e a Biblioteca da Universidade de São Domingos, na República Dominicana, com 83 mil. Na América do Sul, com exceção do Brasil, as bibliotecas nacionais mais importantes são as da Argentina, Chile e Peru, cada uma com acervos de 800 a um milhão e 300 volumes. Entre as bibliotecas universitárias, as mais importantes são as da Universidade de Buenos Aires e da Universidade do Chile, ambas com mais de um milhão. A Biblioteca Nacional de Caracas, na Venezuela, tem 400 mil volumes, e a do Museu Histórico Nacional de Montevidéu, no Uruguai, 60 mil. Brasil. A maior é mais antiga biblioteca pública brasileira é a Biblioteca Nacional, com oito milhões e 900 mil volumes, incluindo grande número de manuscritos, estampas e mapas, e 185 incunábulos. Fundada em 1810, com o nome de Real Biblioteca, contava com a coleção trazida pela família real portuguesa, em 1808. Quatro anos após sua fundação, foi franqueada ao público, possuindo nessa época 60 mil volumes. Em 1878, passou a chamar-se Biblioteca Nacional. Além de organizar exposições periódicas, a Biblioteca Nacional mantém o mais antigo curso de biblioteconomia do país, inaugurado em 1911, e edita os Anais , o Boletim Bibliográfico e várias outras publicações avulsas. Ainda no Rio de Janeiro, as bibliotecas mais importantes são as do Ministério das Relações Exteriores, a do Ministério da Educação e Cultura, a da Fundação Casa de Rui Barbosa, a do Gabinete Português de Leitura e a Biblioteca Estadual, com filiais em diversos bairros. Entre as bibliotecas especializadas, as mais importantes são a do Banco do Brasil, a Central de Educação, a do Centro Brasileiro de Estudos Demográficos, a do Centro de Informações das Nações Unidas, a da Comissão Econômica Para a América Latina (CEPAL), a da Companhia Vale do Rio Doce, a do Departamento Nacional de Produção Mineral, a da Escola Superior de Guerra, a da Fundação Getúlio Vargas, a de Furnas, a do Serviço Federal de Processamento de Dados e a da Petrobras. Todas as capitais brasileiras possuem bibliotecas públicas estaduais e algumas municipais. As mais importantes são as de São Paulo (a Biblioteca Estadual e a Biblioteca Municipal Mário de Andrade), de Minas Gerais, do Paraná, da Bahia, de Pernambuco e do Rio Grande do Sul. Outras bibliotecas importantes são a Biblioteca Pública Estatal do Ceará, a Biblioteca da Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Biblioteca Pública do Pará. _ A Biblioteca Central da Universidade de Brasília é a mais bem organizada biblioteca universitária do país. Outras bibliotecas centrais universitárias que contam com acervos importantes são as da Universidade de São Paulo, da Pontitifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade de Campinas, e as bibliotecas centrais das universidades federais de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará e Paraná. História A história das bibliotecas segue paralela à história da escrita. Há cerca de seis mil anos, os homens tem mantido registros pictóricos ou escritos de suas idéias e de suas relações com os outros homens e o mundo em seu redor. Esses registros foram feitos em diversos materiais osso, argila, metal, cera, madeira, papiro, seda, couro, pergaminho, papel, filme, plástico e fita magnética. Em quase todas as etapas do aproveitamento desses materiais, os homens reuniramoleções de seus registros em bibliotecas. Bibliotecas de Argila foram criadas na antiga Mesopotâmia, região que atualmente corresponde a partes do Iraque, Síria e Turquia. Os antigos povos da Messopotâmia descobriram que era possível obter registros duradouros fazendo-se marcas na argila úmida, que depois era posta a secar ao sol ou em um forno. Milhares de placas de argila ainda existem, mas os estudos ainda não revelaram o significado das marcas encontradas em todas elas. Algumas das mais antigas placas de argila já descobertas foram feitas mais de dois mil anos antes do nascimento de Cristo pelos sumérios, povo que viveu no sul da Mesopotâmia. Elas foram encontradas no local da antiga cidade de Nippur. Em 1850, arqueólogos britânicos descobriram milhares de placas de argila na região de Nínive. Nínive era a capital da antiga Assíria, que ocupava o norte da Mesopotâmia. Estas placas faziam parte da biblioteca do palácio do rei Senáquerib da Assíria, que governou de 704 a 681 a.C. Em 1853, uma biblioteca ainda maior foi encontrada nas proximidades. Essa coleção fora reunida pelo neto de Senáquerib, Assurbanipal, que recolheu uma vasta coleção de registros de reinados e impérios anteriores. Bibliotecas de Papiro. No período em que os povos da Mesopotâmia escreviam em argila, os egípcios usavam o papiro, material feito de talos de uma planta também chamada papiro . Essa planta crescia nas terras alagadas das margens do rio Nilo. Os egípcios cortavam os t_5alos em tiras, prensavam as tiras para formar folhas, e reuniam as folhas para formar rolos. Alguns desses rolos eram muito compridos Um deles, o chamado Papiro Harris 1 , tem 41m de comprimento, e se encontra na Biblioteca Britânica. O papiro conserva-se muito mal. Mesmo assim, alguns antigos escritos em papiro conservaram-se até hoje. Os mais antigos datam de cerca de 2500 a.C. O Papiro Harris 1 é do séc. XII a.C. O papiro tornou-se o material preferido para a escrita entre os povos do Mediterrâneo no séc. VI a.C., e assim permaneceu até o séc. IV d.C. Os egípcios usaram-no até o séc. X. As grandes bibliotecas do Egito, da Grécia e de Roma, na Antiguidade, consistiam todas de coleções de rolos de papiro. Essas bibliotecas desapareceram, e a maior parte do que sabemos sobre elas chegou até nós indiretamente. Estudiosos encontraram, por exemplo, referências às bibliotecas egípcias de Amarna (séc. XIV a.C.) e de Tebas (séc. XIII a.C.). Mas as próprias bibliotecas não mais existem. Egito. A maifamosa biblioteca da Antiguidade era a Biblioteca de Alexandria, criada pelos gregos na era helênica. Ficava em Alexandria, no Egito. A cidade de Alexandria foi fundada por Alexandre, o Grande, por volta de 330 a. C. Seus sucessores como reis do Egito, Ptolomeu I e Ptolomeu II, fizeram da Biblioteca de Alexandria a maior coleção de papiros do mundo antigo. Os reis egípcios tomavam emprestado livros das bibliotecas de Atenas e de outras cidades, e mandavam copiá-los. Segundo a lenda, Ptolomeu II encerrou 70 sábios judeus em celas na ilha de Faros até que eles tivessem acabado de produzir a Septuaginta, a primeira tradução para o grego do Antigo Testamento hebraico. A Biblioteca de Alexandria tinha uma cópia de todos os papiros que fossem conhecidos pelos administradores da biblioteca. É possível que tivesse mais de 700 mil rolos. Uma série de sábios dirigiu essa biblioteca, que se tornou famosa pelos estudos eruditos que promovia, bem como por sua coleção. Nada restou desta biblioteca, e ninguém sabe ao certo o que lhe sucedeu. Grécia. Os gregos também usavam o papiro. Alguns historiadores atribuem a Pisístrato, que governou Atenas no séc. VI a.C., a criação da primeira biblioteca ateniense mantida pelo governo. Na Antiguidade, a maioria das pessoas não sabia ler, e assim as bibliotecas públicas como a de Pisístrato serviam apenas a uma pequena minoria da população. A biblioteca mais famosa da Grécia antiga foi fundada pelo filósofo Aristóteles em sua escola, o Liceu. Tinha a mesma finalidade de uma biblioteca universitária de nossos dias. A biblioteca já não existe. Segundo a tradição, os sucessores de Aristóteles venderam sua coleção para a Biblioteca de Alexandria. Segundo outras fontes, Lúcio Cornélio Sula, general romano que saqueou Atenas, levou a coleção para seu palácio em Roma. Roma. Os romanos antigos conservaram a tradição egípcia e grega de fundar bibliotecas. As primeiras bibliotecas romanas eram coleções particulares. A literatura grega, que os romanos admiravam, constituía a parte principal dessas coleções. A posse de uma biblioteca particular tornou-se em Roma um símbolo de posição social, e os escritores satíricos às vezes troçavam dessa prática. Júlio César, chefe militar e estadista romano, planejou a criação de uma biblioteca pública em Roma. A Biblioteca Otaviana resultou provavelmente de seus planos. O imperador Augusto construiu essa biblioteca na colina Palatina, em 37 a.C., sete anos depois da morte de César. A Biblioteca Otaviana talvez tenha sido a primeira biblioteca pública de Roma. Muitas outras bibliotecas públicas foram criadas logo depois. Um levantamento das construções mais importantes de Roma em 337 d. C. registrava 28 bibliotecas. A melhor era a Biblioteca Ulpia construída por volta de 110 d.C. pelo imperador Trajano. Tinha prédios separados para livros em grego e latim. Os romanos estimularam a criação de bibliotecas em todo o seu vasto império. Algumas dessas construções ainda existem, como a Biblioteca de Adriano, construída pelo imperador Adriano ao pé da Acrópole, em Atenas, por volta de 125 d.C. As grandes coleções das bibliotecas de papiro do Império Romano desapareceram, assim como as da Antiguidade egípcia e grega. Mas uma coleção, que pertenceu a um nobre romano chamado Lúcio Calpúrnio Pisão, foi recuperada. Pisão viveu em Herculano, cidade situada junto ao vulcão Vesúvio. Em 79 d.C., o Vesúvio entrou em erupção, e Herculano e as cidades próximas, Pompéia e Stabia, foram soterradas. Na década de 1750, escavadores desenterraram uma biblioteca. Os rolos de papiro ainda estavam em seu lagar. O Museu Nacional de Nápoles tem cerca de 1.800 desses rolos. Bibliotecas de Peles de Animais. Os sábios do mundo antigo escreviam em couro quando não dispunham de papiro. Na década de 1940 e no começo da década de 1950, centenas de manuscritos, principalmente rolos de couro, foram encontrados em cavernas próximas às margens do mar Morto. Esses Manuscritos do Mar Morto , como são chamados, provavelmente pertenciam à biblioteca de um grupo religioso judaico, os essênios. Os essênios viviam nas elevações próximas ao mar Morto mais ou menos na época de Cristo. Uma das principais atividades dos membros do grupo era copiar textos religiosos. Os Manuscritos do Mar Morto contêm os mais antigos manuscritos conhecidos da Bíblia. O pergaminho, feito de finas camadas de pele de animal, representou um grande avanço em relação ao couro. Segundo a lenda, o pergaminho generalizou-se devido à rivalidade entre as bibliotecas de Alexandria e de Pérgamo, cidade que se situava na região onde hoje é a Turquia. Quando a biblioteca de Pérgamo ameaçou tornar-se melhor do que a de Alexandria, os egípcios cortaram o fornecimento de papiro para Pérgamo. Assim os habitantes dessa cidade criaram o pergaminho, cujo nome vem de Pérgamo. As folhas de pergaminho não são fáceis de juntar para formar rolos, como as de papiro. Portanto, os escribas e bibliotecários adotaram a prática de dobrar várias folhas de pergaminho pelo meio e juntá-las por meio de uma costura na dobra. Desse modo, os livros adotaram a forma que têm ainda hoje. Quando o Império Romano do Ocidente acabou, em 476 d. C., o pergaminho já tinha em grande parte substituído o papiro na Europa. Idade Média. Em 378 d.C., quando o Império Romano estava em declínio, o historiador Amiano Marcelino queixou-se de que "as bibliotecas estão fechando-se para sempre, como tumbas". Sua declaração refletia um aspecto do declínio de todas as formas de educação que ocorria na Europa. Em 476, o Império Romano do Ocidente chegou ao fim e começou o período chamado de Idade Média . Esse período prolongou-se até o séc. XV. A primeira metade da Idade Média, até por volta do final do séc. X, é conhecida como uma época de obscurantismo. A atividade educacional e artística tornou-se própria dos mosteiros e castelos, considerados os melhores locais de defesa da cultura Ocidental, diante das invasões bárbaras, descendo então a um nível muito baixo na Europa. Destacava-se entre os locais em que florescia a educação a cidade de Constantinopla (atual Istambul, na Turquia), capital do Império Bizantino, ou Império Romano do Oriente. O estudo e a atividade cultural que ali prosseguiam constituíram a ligação entre as civilizações européias antiga e moderna. No séc. VI em Constantinopla, por exemplo, um grupo de jurista utilizou materiais colhidos em bibliotecas e outras fonte para redigir o Código Justiniano. Essa coleção de leis romanas é um dos mais importantes documentos jurídicos de todos os tempos. Tornou-se a base dos sistemas jurídicos de muitos países da atualidade. Também em Constantinopla, no séc. X, o trabalho enciclopédico conhecido como Suidas registrou muitos conhecimentos que de outra maneira se teriam perdido. Os cruzados saquearam Constantinopla em 1205. Depois que os turcos conquistaram Constantinopla em 1453, as bibliotecas da cidade desapareceram. Os mosteiros cristãos muito contribuíram também para a preservação das bibliotecas e do conhecimento na Idade Média. A cópia de manuscritos tornou-se a principal atividade dos monges que viviam em mosteiros em toda a Europa e em partes da Ásia e da África. Os monges trabalhavam numa sala chamada scriptorium . A maioria dos manuscritos que copiavam eram de obras religiosas, principalmente da Bíblia. Mas também copiavam outros trabalhos, inclusive escritos da Grécia e de Roma antigas. Os monges vendiam algumas das cópias dos manuscritos que faziam e conservavam outras nas bibliotecas dos mosteiros. Uma das mais antigas cópias da Bíblia foi encontrada no mosteiro de Santa Catarina, na península do Sinai, na extremidade ocidental da Ásia. Esse manuscrito, chamado Codex Sinaiticus , data de inícios do séc. IV. Foi encontrado em 1844 e acha-se atualmente na Biblioteca Britânica. Outros textos importantes foram descobertos em bibliotecas de mosteiros gregos do monte Atos e em mosteiros coptas no Egito. Em Belém, de 386 a 420, São Jerônimo produziu um grande número de escritos sacros, entre os quais sua famosa tradução latina da Bíblia, chamada a Vulgata , ainda em uso. Em 533, Cassiodoro, nobre romano, criou um mosteiro em sua propriedade, no sul da Itália. O mosteiro dedicava-se à feitura de livros, religiosos ou não. Cassiodoro tem sido chamado de pai do monasticismo literário no Ocidente . Muitos outros mosteiros adquiriram renome pelos seus scriptoria e bibliotecas. A Irlanda trouxe uma grande contribuição para o movimento. Monges irlandeses produziram muitos livros e também fundaram mosteiros em outras partes da Europa. A universidade moderna surgiu na Europa no séc. XII. As primeiras não tinham bibliotecas. A instrução e o debate, em vez da pesquisa, eram as principais características dessas escolas. Mas a pesquisa foi ganhando importância através dos anos, e as universidades aos poucos formaram grandes bibliotecas. O crescimento das universidades foi um sinal de que a Europa deixava a Idade Média. A Europa estava pronta para o Renascimento, que começou na Itália por volta de 1300. Os europeus adquiriram um grande desejo de arte e erudição, e voltaram-se para a Antiguidade grega e romana em busca de inspiração. Estudiosos descobriram e traduziram escritos antigos, enquanto escritores criavam obras próprias. O renovado interesse pelo conhecimento levou muitos nobres a organizar bibliotecas particulares. Uma delas foi iniciada por Cosme de Médicis em Florença, na Itália, no séc. XV. Constituiu a base da Biblioteca Laurenciana, uma das melhores bibliotecas da atualidade. O famoso artista Miguel Ângelo projetou o prédio da biblioteca. Na Inglaterra, Humphrey, duque de Gloucester, acumulou uma vasta e valiosa coleção de escritos. Doou-a à Universidade de Oxford no começo do séc. XV. A biblioteca da universidade ainda possui alguns dos escritos. A Biblioteca Vaticana também data do séc. XV. Esta biblioteca da Igreja Católica abriga alguns dos tesouros literários de maior valor do mundo. O Oriente. Os chineses desde longo tempo tinham um profundo respeito pelos sábios e pela erudição. Na China antiga, tinham sido criadas bibliotecas para o uso de estudiosos, nobres e aristocratas. As bibliotecas ajudaram a preservar e fazer progredir a cultura chinesa. Essa cultura exerceu grande influência sobre a China e outros países do Oriente. O Oriente não conheceu um declínio nos conhecimentos durante a Idade Média, como o Ocidente. Mas as bibliotecas e outros instrumentos educacionais só eram utilizados pelos eruditos e as classes altas até o séc. XX. Papel, Imprensa e Bibliotecas. Os chineses inventaram o papel por volta de 105 d.C. O papel prestava-se melhor para a feitura de livros do que qualquer outro material. A arte de fabricar papel chegou a Bagdá, no Iraque, em torno de 800, ao Egito em torno de 900, e à Europa, em torno de 1100. O uso do papel expandiu-se rapidamente na Europa, e em 1500 o papel já tinha substituído quase completamente o pergaminho. Durante o Renascimento, na Europa, a difusão da educação e o crescente desejo de saber criaram uma demanda de livros que excedia de muito o suprimento de cópias feitas a mão. O problema foi resolvido pela invenção da imprensa com tipos móveis. Os coreanos tinham criado essa técnica no séc. XIV, mas se atribui a Johannes Gutenberg, da Alemanha, a invenção do tipo móvel na Europa. Gutenberg começou a imprimir livros em meados do séc. XV, e sua técnica difundiu-se rapidamente. A impressão em papel revolucionou a feitura de livros. Muito mais livros podiam ser impressos, e muito mais pessoas podiam comprá-los. O livro impresso também provocou muitas mudanças nas bibliotecas. Os livros aos poucos substituíram os manuscritos. Os livros eram colocados em prateleiras, e não em arcas, como os manuscritos. Em 1600, as bibliotecas tinham começado a ter a aparência que conservam até hoje. Estantes forravam as paredes, e no meio da sala ficavam as mesas para os leitores. Os Séculos XVII e XVIII foram uma idade de ouro para as bibliotecas. Muitas grandes bibliotecas ainda hoje existentes foram criadas na Europa, muitas delas em universidades. As primeiras bibliotecas mantidas pelo Estado também foram fundadas. Grã-Bretanha. A biblioteca do duque Humphrey, em Oxford, fora quase completamente destruída em meados do séc. XVI, quando o governo tentou apagar todos os traços do catolicismo. Sir Thomas Bodley, estadista inglês, começou a reconstituir a biblioteca em fins do séc. XVI. Ela foi rebatizada de Biblioteca Bodleiana, e foi crescendo através dos anos, sendo hoje a segunda maior da Grã-Bretanha. Em 1759, a Grã-Bretanha inaugurou o Museu Britânico, que abrangia um museu e uma biblioteca nacional. Esta, que se transformou em Biblioteca Britânica em 1973, é a maior da nação, e possui muitos tesouros inestimáveis. A tradição da biblioteca pública na Grã-Bretanha tem sido acentuada desde meados do séc. XIX. Mas seus primórdios datam de centenas de anos atrás. A primeira biblioteca pública nas ilhas britânicas foi fundada em Guildhall, em Londres, em 1425. A segunda foi aberta em Edimburgo, Escócia, em 1580. Essas bibliotecas já não existem. A mais antiga biblioteca pública ainda em funcionamento foi fundada em Manchester, na Inglaterra, em 1653. Muitas outras bibliotecas públicas foram abertas pouco depois. O Parlamento aprovou a Lei das Bibliotecas Públicas em 1850, determinando a criação de bibliotecas públicas em toda a Grã-Bretanha. França . A biblioteca nacional francesa, situada em Paris, começou em 1367 como a Biblioteca Real do rei Carlos V. Durante a Revolução Francesa (1789-1799), a Biblioteca Real tornou-se a Biblioteca Nacional, que é uma das maiores e mais importantes da Europa. Em 1643, o cardeal Mazarino fundou a grande Biblioteca Mazarina de Paris. Ele adquiriu livros e manuscritos de todas as partes da Europa e abriu a biblioteca para o público. Além de sua notável coleção, a biblioteca é famosa por sua influência sobre os métodos de operação. O bibliotecário do cardeal Mazarino, Gabriel Naudé, escreveu um dos primeiros tratados sobre administração de bibliotecas. Os bibliotecônomos consideram grande parte do que Naudé escreveu como válido ainda hoje. A Biblioteca Mazarina pertence atualmente ao governo francês. Itália . As grandes bibliotecas da Itália compreendem a Laurenciana, em Florença, a Vaticana, na Cidade do Vaticano, a Ambrosiana, em Milão, e a Central Nacional, em Florença. A Biblioteca Ambrosiana, fundada em 1609, é notável por suas coleções de manuscritos monásticos, orientais e científicos. A coleção da Biblioteca Central Nacional baseia-se na de Antonio Magliabecchi, famoso colecionador de livros e bibliógrafo falecido em 1714. Alemanha . Antes do começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a biblioteca nacional da Alemanha encontrava-se em Berlim. Fora fundada em 1661 por Frederico Guilherme, soberano do Estado de Brandemburgo. A biblioteca tornou-se, sucessivamente, a Biblioteca Real, a Biblioteca Estatal Prussiana e a Biblioteca Estatal Alemã. Sofreu pesados danos na Segunda Guerra Mundial. Hoje se encontra em Berlim. A biblioteca nacional da Alemanha fica em Marburgo. Rússia . A Biblioteca Pública Estatal M. E. Saltykov-Shchedrin, em São Petersburgo, tem sido uma das principais bibliotecas russas desde sua fundação em fins do séc. XVIII pela imperatriz Catarina, a Grande. A maior biblioteca da Rússia, a Biblioteca Estatal Lênin, em Moscou, data de 1862. Outras Bibliotecas Européias. A Biblioteca Real da Dinamarca, em Copenhague, foi criada em 1657. O rei Filipe V fundou a Biblioteca Nacional da Espanha, em Madri, em 1711. Em Portugal, a Biblioteca Nacional, em Lisboa, data de 1796. Bibliotecas nacionais, bem como grandes bibliotecas universitárias, foram fundadas em muitos outros países europeus nos séc. XVII e XVIII. Bibliotecas na América Latina. Os conquistadores, sacerdotes e colonizadores espanhóis e portugueses trouxeram as primeiras grandes coleções de livros para a América Latina nos séc. XVI e XVII. As mais antigas bibliotecas latino-americanas foram bibliotecas universitárias. A Universidade de São Domingos, na República Dominicana, foi fundada em 1538, sendo a mais antiga do hemisfério ocidental. A Universidade Autônoma Nacional do México, na Cidade do México, e a Universidade de São Marcos, em Lima, Peru, foram criadas em 1551. As bibliotecas dessas universidades talvez datem da época da fundação dessas escolas. No Brasil, as bibliotecas mais antigas são a do mosteiro de São Bento, em Salvador, de 1584, e a do mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, 1586. As maiores bibliotecas nacionais latino-americanas foram criadas no séc. XIX. A Biblioteca Nacional da Argentina, em Buenos Aires e a Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, foram abertas em 1810. A Biblioteca Nacional do Chile foi fundada em Santiago em 1813. A Biblioteca Nacional do México data de 1833. Bibliotecas nos E.U.A. e Canadá. A Biblioteca da Universidade de Harvard, a mais antiga biblioteca norte-americana foi fundada em 1638. A biblioteca resultou de uma doação em dinheiro e cerca de 400 livros, feita por John Harvard, um religioso de Massachusetts. Em 1731, Benjamin Franklin fundou na Filadélfia a primeira biblioteca por subscrição na América: os sócios pagavam taxas utilizadas na compra de livros que eram emprestados gratuitamente aos sócios. Muitos líderes da colônia organizaram importantes bibliotecas particulares. Thomas Jefferson foi um que juntou uma coleção notável. Em 1815, o Congresso comprou a coleção de Jefferson para a Biblioteca do Congresso, que fora incendiada durante a guerra contra a Inglaterra em 1812. A Biblioteca do Congresso foi reconstituída em torno dos livros de Jefferson. Muitos progressos importantes na história das bibliotecas ocorreram na segunda metade do séc. XIX. Em 1847, John Edmands, bibliotecário-estudante na Universidade de Yale, preparou um índice de periódicos para ajudar os colegas a encontrar material para seus debates. O sucessor de Edmands, William Frederick Poole, ampliou e publicou o índice em 1848. O índice recebeu grandes louvores. Em 1876, a Associação Americana de Bibliotecas sugeriu que se fizesse uma reedição do índice de Poole, que se tomara o primeiro bibliotecário da Biblioteca Pública de Chicago. Melvil Dewey tornou-se uma das maiores figuras da história das bibliotecas. Ele participou de três importantes eventos ocorridos em 1876: ajudou a fundar a Associação Americana de Bibliotecas; ajudou também a lançar o Library Journal (Revista das Bibliotecas) que traz novidades e tendências do mundos das bibliotecas, bem como resenhas de livros; além disso, o Sistema de Classificação Decimal de Dewey, neste mesmo ano de 1876. No séc. XX, os E.U.A. fizeram grandes progressos no setor das bibliotecas e serviços correlatos. Em 1900, apenas uma biblioteca norte-americana, a Biblioteca do Congresso, tinha mais de um milhão de volumes. No começo da década de 1970, mais de 90 bibliotecas do país tinham ultrapassado essa marca. No Canadá, a primeira biblioteca universitária foi fundada em 1635, no Colégio Jesuíta, de Quebec. A Associação Canadense de Bibliotecas foi criada em 1946. Em 1953, o Canadá instalou uma biblioteca nacional em Ottawa. Biblioteca doméstica.... Biblioteca Edward M. Doheny. Los Angeles, E.U.A.... Biblioteca pública de Los Angeles....