Introdução No Século IX a.C., os invasores dórios fundaram a cidade-estado de Esparta, localizava-se no Peloponeso, no vale da Lacônia, nas margens do rio Eurotas. Quando os dórios chegaram a região da Lacônia, ela era dominada pelos aqueus. Alguns aqueus fugiram e outro foram escravizados. As melhores terras foram repartidas entre os dórios e as montanhas ficaram com os antigos habitantes. No século VIII a.C., com o crescimento da população levou os espartanos à expansão colonialista e à conquista de férteis terras da Messênia, sua região vizinha. Os espartanos eram militaristas, aristocráticos, conservadora, provinciana e culturalmente atrasada. A Organização Primitiva de Esparta A princípio os dórios se organizaram em grandes famílias chamadas genos. Cada genos explorava coletivamente sua propriedade e não havia diferença social entre seus membros. Esparta era regida por um conjunto de leis- Constituição- atribuídas a Licurgo, patriarca lendário que era associado ao deus Apolo. Ainda de acordo com essa Constituição, o governo era formado por dois reis, por um Conselho(Gerúsia) e por uma Assembléia(Ápela). O Governo Espartano O governo espartano era uma diarquia aristocrática, que preservava a forma do antigo sistema dos tempos homéricos, segundo as leis deixadas pelo legendário Licurgo. O governo de Esparta era constituída assim: · Diarquia ou Dois reis - representantes das diferentes famílias de categoria, que cuidavam dos negócios internos e externos, com poder hereditário, limitado, de caráter sacerdotal e militar, pois celebravam sacrifícios e comandavam os exércitos. · Gerúsia ou Senado - Conselho de Anciões que assessoravam os reis, composto por 28 nobres (senadores) maiores de 60 anos eleitos por aclamação, vitaliciamente que tinham como funções tomar as medidas mais adequadas tanto em política interna como em política externa, criavam novas leis, fiscalizavam o governo, e atuava como Supremo Tribunal. · Ápela ou Assembléia Popular - formada pelos cidadãos dórios, foi o órgão mais importante, era convocada pela Gerúsia e tomavam as decisões finais sobre todos os assuntos políticos e administrativos da Esparta, podendo aprovar ou reprovar as mesmas, mas não podiam propor nada de novo, elegiam os éforos (principais magistrado) e o gerontes e votava a paz e a guerra · Conselho dos éforos - eram cinco membros, eleitos anualmente pelo povo , sendo elegível qualquer cidadão com plenos direitos, representavam a soberania nacional perante a monarquia. Nas guerras vigiavam os reis, podendo submetê-los a julgamento, eram responsáveis pela execução de leis, administravam os impostos, convocavam e presidiam a gerúsia e a ápela, podiam exigir explicações dos magistrado e, mesmo, demiti-los, dirigiam também, a política externa. A curta duração se seu mandato e possibilidade de prestar contas aos sucessores eram, praticamente, os únicos limites a seu poder. O objetivo desse governo era a conservação dos privilégios da oligarquia e a dominação sobre os escravos e subordinados. Transformações do século VII a.C. Com o crescimento da população e a escassez de terras, os dórios empreenderam, nos fins do século VIII a.C. , novas guerras de conquista a oeste do Peloponeso, dominando a Messênia. No entanto, por volta de 650 a.C., os messênios se revoltaram contra essa dominação e, após uma longa guerra, foram definitivamente derrotadas e transformados em escravos, mas no final do século VII a.C., Esparta passou por uma série de transformações. · Transformações econômicas-sociais As grandes propriedades familiares coletivas desapareceram. Em seu lugar, surgiu um grande propriedade estatal. Essa enorme propriedade foi dividida em lotes menores, que foram distribuídos entre os guerreiros dórios, membros da antiga aristocracia, juntamente com este lotes, foi distribuído um certo número de escravos aqueus e messênios; · Transformações políticas À mediada que ocorreram mudanças na ordem econômica e social, também ocorreram mudanças na ordem política, e essas mudanças visaram manter o privilégio dos dórios e a dominação que exerciam sobre o restante da população. Assim, a parti de VII a.C., as leis foram reformuladas e novamente atribuídas a Licurgo. O governo de Esparta era, oligárquico, pois só uma minoria participava dele, embora todos os membros da oligarquia tivessem os mesmo direitos. · Transformações culturais Depois do século VII a.C., com medo de que alguma mudança pudesse ameaçar a ordem social acabou impedindo o processo artístico e intelectual de Esparta Uma da medidas para impedir a troca e a renovação de idéias foi impedir o contato com povos estrangeiros, outra foi estimular as pessoa a falarem tudo em poucas palavras. Isso veio prejudicar o espírito critico do espartanos, e para garantir uma dominação sobre os escravos e os periecos, eles organizaram um sistema especial de educação A sociedade espartana A sociedade espartana era extremamente conservadora e o Estado não permitia reformas sociais, que poderiam abalar o status da classe dominante. Ela era dividida em três classes sociais: · Cidadãos - descendentes do dórios conquistadores, era a classe social dominante de dirigente de Esparta, eles eram os donos das melhores e mais férteis terras, que teoricamente pertenciam ao Estado, tinham privilégios político e ocupações militares, classificavam-se em espartanos, que viviam na cidade e esparciatas, que viviam na comarca · Periecos - habitantes do arredores das cidades, eram descendentes dos antigos aqueus. Homens livres, dedicavam-se ao comércio, a indústria , ao artesanato e a agricultura, mas não tinha direitos políticos. Não podiam se casar com os espartanos, e pagavam imposto a eles. Em caso de guerra eram convocados. · Hilotas - eram os escravo, descendentes dos antigos habitantes da Lacônia, foram reduzidos à condição de servo, presos a terra, desprezados e perseguidos. Cultivavam as terras e sustentavam com seu trabalho as famílias espartanas. Eram tratados duramente. Não podiam sair a noite, nem ter armas, nem entoar canções guerreiras. Eles se diferenciavam-se do escravos de outra cidades gregas, por pertencerem ao estado; eram escravos do Estado. Também se revoltavam-se constantemente, tentando liberta-se da vida miserável e da violenta pressão a que estavam submetidos. A economia espartana baseava-se na agricultura. O comércio e a industria estavam na mão de particulares. A posse do ouro e do prata eram proibidos. O Sistema Educativo Visava forma grandes guerreiros. A disciplina era severa, aprendiam a dizer a verdade, respeitar os mais velhos e não ter medo. O aprendizado militar, ministrado pelo Estado, começava aos sete anos e prolongava até os dezoitos, quando entravam para o exército. Os jovens eram submetidos a exercícios físicos, castigos corporais e privações. Desde pequenos os jovens espartanos recebiam uma educação muito rigorosa. Entre 12 a 17 anos eles andavam em bando pelos campos. Com a cabeça raspada, sem calçados e quase sem roupas, afim de enrijecer o corpo e o espirito. O meninos tomavam banho nas águas geladas do rios, em pleno inverno. O jovem mais inteligente e mais corajoso na luta era considerado o chefe do grupo, todos tinham os olhos fixados nele; acatavam as suas ordens e sujeitavam-se aos seu castigos. Desse modo a educação era para os espartanos aprenderem a se disciplinarem. Os idosos vigiavam os jogos, que na maior parte do tempo proporcionavam aos jovens motivos para altercações e conflitos. Passada essa fase eles eram mandados para os quartéis. Os jovens não aprendiam letras as senão na medida do estritamente necessário. Todo o resto da educação visava prepara-los para saberem deixarem conduzir, para suportar a fadiga e para vencer em combate. Mas esse sistema educacional tinha também outra finalidade: não permiti que a população espartana aumentasse muito. Embora ocorressem muito nascimentos na cidade, por causa da liberdade sexual admitida pela sociedade. Através de vários meios Esparta conseguiu evitar mudanças radicais, para que a minoria da origem dória pudesse dominar a maioria escrava. As meninas eram preparadas fisicamente e moralmente para ser mães de crianças fortes e sadias. Costumes Espartanos Temendo as revoltas e crescimento constante da população hilota, os espartanos exterminavam anualmente um grande número de escravos. Organizavam destacamentos jovens, que tinha a finalidade de intimar e massacrar os hilotas. Esparta tornou-se então um estado militarista: todos os espartanos tinham funções militares e a educação visava a formação de guerreiros. O Exército Espartano Era composto de cavalaria e de infantaria pesada, armada com lanças, espadas e escudos. O soldado ia para a luta disposto a vencer ou morrer. Sua alimentação consistia em um picadinho de legumes, verduras e carne, chamada sopa negra. O casamento era obrigatório, mas mesmo casados eles continuavam a compartilhar suas refeições com os companheiros de armas, assim conservavam o espírito de união e fidelidade à pátria, colocando a carreira militar em cima da vida familiar. Os celibatários era ridicularizados. A Mulher Espartana Estavam a serviço da pátria. Eram respeitadas e gozavam de grande liberdade. Quando solteiras, praticavam exercícios que a tornavam forte e saudável e casadas, sua missão era dar ao Estado filhos fortes, bons soldados e bons cidadãos. Eram bem diferentes da mulheres das outras cidades da Grécia. Conclusão Este trabalho nos fala de Esparta, mostrando a sociedade, os costumes, o governo, seu sistema educativo, as transformações do mesmo Ao término deste trabalho esperamos ter alcançado o objetivo principal da pesquisa, e julgamos que estas informações tornam o presente trabalho uma obra bem completa e capaz de atualizar e a aumentar o conhecimento a sobre a Esparta Bibliografia I- História Antiga & Medieval- Autor: Osvaldo Rodrigues de Souza- Editora Ática- 1992 / 24ªEdição II- História Geral- vol.- História Antiga e Medieval- 1º grau- Autor: Francisco de Assis Silva- Editora Moderna- 1985 III- História Total- vol.3- Antigüidade e Idade Média- Autor: José Jobson Arruda- Editora Ática- 1998 IV- Enciclopédia Barsa Nº07-1994