Revista Cego à Vista Brincar, sorrir e sonhar, são coisas sérias! Edição: HQ para DV ler. Editor: Luís Campos (Blind Joker) Salvador - Bahia - Brasil - - - Notas sobre esta transcrição: 1. Com a letra "N." descrevo o quadro e digo os personagens que participam da cena; 2. As onomatopéias são escritas com letras maiúsculas; 3. Alguns quadros, nos quais as cenas são quase as mesmas, são suprimidos, mas isso não interfere na compreensão da história. Em outros, acrescento informações para melhor compreensão destes; 4. Esta transcrição foi feita pelo amigo Carlos Rocha, de Portugal, cuja ajuda é valiosa para a realização deste trabalho, a quem agradeço a força; 5. Espero contar com todos para a disseminação desta obra entre os Dvs, especialmente as crianças, a quem é dedicada; 6. Este material destina-se às pessoas portadoras de deficiência visual, sendo vedado seu uso com fins comerciais. - - - DONALD E SOBRINHOS, EM... UMA ÁRVORE DE GRAÇA! N: Estamos em Plena época de Natal e Donald e seus três sobrinhos pretendem encontrar a tradicional árvore de Natal. O ambiente é natalício. Muitas pessoas na rua, carregadas de presentes. Junto a um pequeno parque, um vendedor gritava promovendo os seus pinheiros de Natal. Donald, acompanhado pelos sobrinhos aproximou-se: Vendedor - Comprem, amigos! Comprem! As mais belas e baratas árvores de Natal! Donald - Baratas? Dobraram de preço em quinze dias! Huguinho - Tudo Aumentou, Tio! N: Donald, olhando seriamente o sobrinho que falou, exclama: Donald - Sim, menos o meu salário! Zezinho - E isso é novidade? N: Donald escolheu de entre as arvores expostas, aquela que lhe parecia mais apropriada... Donald - Esta é de bom tamanho. Quanto custa? Vendedor - Cem reais! N: Donald escolhe uma outra bem mais pequenina... Donald - Essa é muito grande, rapazes. Levamos antes esta. Quanto custa esta? Vendedor - Sessenta reais! N: Donald afasta-se rapidamente do local onde estão as árvores, seguido pelos seus sobrinhos... Donald (Com ar zangado) - Não vamos ter árvore de Natal este ano! Luizinho - Como? Huguinho - E não vai ter sobrinhos também! Zezinho - Claro! Vamos fugir de casa! Donald - Façam como quiserem! Mas só teremos uma árvore se for de graça! Os três sobrinhos, juntos - Seria mais fácil uma galinha latir! Donald - Querem apostar? Sobrinhos - Mas, Tio... N: Donald dirige-se para o seu velho carro descapotável, e dirige-se para uma zona de floresta... Donald - Venham! Vocês vão aprender o sentido da palavra HABILIDADE! Nós vamos ter uma árvore... e vai ser de graça! N: Depois de muito andarem, finalmente vêm um jovem pinheiro muito bonito e com o tamanho certo para uma boa árvore de Natal... Donald - Vejam! Luizinho - Eu não acredito! Deve ter dono, Tio! Não pode derrubá-la! Donald - Não posso? Então observem! N: Donald pegou um machado que, guardava na mala do carro, e com aspecto decidido, prepara-se para derrubar o pinheiro. Mas... Guarda-florestal - Que é que você está fazendo? Donald - Que foi? Guarda-florestal - Não sabe ler, Senhor? Donald - Claro que sei! Por que pergunta? N: O guarda aponta para uma pequena placa que estava precisamente por detrás do pinheiro que Donald pretendia derrubar. Na placa estava escrito: "Raro Pinheiro Siberiano"... Guarda-florestal - Leia aquilo! Donald (Engolindo em seco) - Glup! Guarda-florestal - Acontece que este é o único pinheiro que cresce fora da Sibéria. E queremos que continue a crescer! N: O Guarda-florestal pegou Donald pelo pescoço e, segurando na outra mão o machado, o colocou dentro do carro... Guarda-florestal - E aguarde a multa pelo correio! N: Donald, com um ar muito zangado, começou a guiar, enquanto seus sobrinhos gozavam com a situação... Sobrinhos - Apenas aquela multinha vai ser mais cara do que a árvore! Donald - Não digam nada! N: Donald não era pato de desistir. Guiou por muitos quilómetros e acabaram chegando num bosque na periferia da cidade. O bosque era muito denso, cheio de grandes árvores. Donald estacionou o carro e, de machado na mão, seguido pelos sobrinhos, entrou na floresta... Donald - Vejam! Muitos pinheiros. Não são chineses, holandeses ou africanos! Apenas pinheiros! Huguinho - Mas eu pressinto que isto é propriedade particular! Donald - Deixa-te de agoiros! Não vejo nenhuma tabuleta! Zezinho - Da outra vez você também não viu! N: Um pequeno pinheiro surgiu entre as grandes árvores do bosque... Donald - Pronto! Aquela é óptima! N: Donald, com umas breves machadadas, cortou bem rente ao solo a pequena árvore... Donald (Com ar vitorioso) - Eh Eh! Que me dizem, rapazes? N: Donald admirava sua bela árvore. Os sobrinhos, com ar desconfiado, olhavam uns para os outros. Enquanto Donald admirava seu pinheiro, um homem enorme, com aspecto de lenhador, apareceu de repente e gritou: Lenhador - Aonde pensa que vai com essa árvore? Donald - Eu... eu... só queria participar na limpeza do bosque! Lenhador - Muito bem, espertinho... mas eu vou ficar com ela! Donald (Atemorizado) - Claro! Faça favor! N: O lenhador, que na verdade era um ladrão, corria para o seu carro, enquanto Donald e sobrinhos não queriam acreditar no que viam... Ladrão - Adeus, otário! Não és o único ladrão de árvores da zona! Donald (Furioso) - Grrrr! Não se pode confiar em ninguém! Sobrinhos - Só visto! N: Um homem, também muito grande, apareceu correndo, apontando para o pequeno tronco, onde anteriormente estava a árvore. Esse homem era o proprietário do bosque... Proprietário - Apanhei-o com a mão na massa! Onde está ela? Donald - Alguém a roubou! Proprietário (Arregaçando as mangas da camisa ) - Sim, você! Este bosque é meu! Vamos ter uma conversinha, pato! N: Donald e os sobrinhos fogem correndo. O proprietário corre atrás deles, mas tropeça numa raiz de árvore e cai no chão... Donald (correndo) - Corram depressa, meninos! Sobrinhos - Nós avisamos, Tio Donald! N: Donald e os sobrinhos, entrando no carro, rapidamente fogem do bosque. Alguns quilómetros depois, aproximam-se do Parque Ecológico Nacional. Um alce, em primeiro plano, olha para a cena... Donald - Ninguém nos vai ver neste local! É muito isolado! Ninguém deve vir para aqui! Luizinho - Tio Donald, deve estar louco para tentar roubar uma árvore num parque ecológico! N: Donald parou o carro e munido do seu machado, sempre seguido pelos meninos, avança para o interior do parque... Donald - Viram? Quilómetros de floresta e ninguém à vista! Lá está! Olhem para aquele lindo pinheiro! Perfeito! Mesmo à espera de ser cortado! Sobrinhos (Gritando freneticamente) - Tio Donald! Tio Donald! N: Um helicóptero da Guarda-florestal aproximava-se rapidamente, enquanto Donald, de machado na mão, se preparava para abater a árvore... Guarda (Gritando) - Calma aí, pato! Donald - Quac! Já cá não estou! N: Donald e os sobrinhos correm pela floresta afora, tentando fugir dos guardas... Guarda - Pare! Donald (Correndo) - Negativo! Guarda - Entregue-se! Donald - Vamos! Depressa! Sou um pato procurado pela polícia! Huguinho - Ninguém à vista, é? N: Donald, já no carro com os sobrinhos, vai conduzindo rapidamente, enquanto o helicóptero da Guarda o persegue... Donald - Querem estragar o Natal de crianças inocentes! Corações de pedra! Zezinho - Acho que despistamos o helicóptero. Estão a ir embora! Donald - Sim, mas ainda nos seguiram um bom bocado. Estou quase sem gasolina! N: No helicóptero da Guarda-florestal... Primeiro Guarda - Anotaste o número da matrícula do carro do pato? Segundo Guarda - Claro! Foi difícil, mas consegui! N: Donald continua a conduzir o carro e, no final da estrada, aparece uma bomba de gasolina... Donald - Vamos encher o depósito e continuar a busca! Sobrinhos (Juntos) - Glup! N: O empregado da gasolineira está atestando o depósito de gasolina do carro do Donald. Este está próximo e os sobrinhos estão retirando chocolates de uma máquina de venda automática... Empregado - Diga-me o que estão fazendo tão longe de casa, com um frio destes? Donald - Estamos à procura de uma árvore de Natal! Empregado - Estão? Mas que coincidência! Donald - Por quê? Sabe de alguma coisa? Empregado - A Companhia de Propriedades Terrax está a limpar a Ilha do Pinheiro! Quem lá for recebe uma árvore de Natal de graça! Donald - Uau! Como é que eu chego lá? Empregado - Muito simples! Você segue por esta estrada e daqui a uns quarenta quilómetros, vai encontrar um ferry-boat. Atravessa com o carro para a ilha e vai encontrar centenas de pinheiros de Natal! N: Donald e os meninos estão no ferry-boat. Ao longe vê-se muitos pinheiros e no chão muitos ramos de árvores... Donald - Vejam, rapazes! Árvores de graça! Eu não vos disse? Sobrinhos (Juntos) - Só podem ser mesmo de graça! Estão aos bocados! N: Os meninos tentam encontrar nos ramos dispersos pelo chão, algum que possa servir como árvore de Natal... Luizinho - Que azar, Tio! São só pequenos ramos partidos! Donald - Grrrr! Zezinho - O único trabalho que precisava ter, era comprar uma simples árvore! Donald - Atrevidos! Ainda gozam, depois do trabalhão que tive hoje? Huguinho - Só estamos a dizer que era a solução mais fácil! Donald (Gritando) - Mas eu queria economizar! N: Donald, juntando pequenos ramos, monta uma coisa parecida com uma árvore de Natal... Donald - Viram? Acabei de arranjar uma árvore de graça, como eu disse que iria conseguir! Assim fica com o tamanho certo! Sobrinhos (Juntos, com ar perplexo) - Pois! Além de não ser verdadeiramente uma árvore, mas sim um aglomerado de ramos, vai ficar seca em dois dias! N: Donald em casa, olhando para a árvore, já toda enfeitada com motivos natalícios... Donald - Pronto! Valeu a pena! Não estão contentes com o meu espírito econômico? N: Nisto aparece o carteiro... Carteiro - Encomenda especial para o Senhor Donald! Donald - Devem ser cartões de Natal! Zezinho - Abra já, Tio! Vamos ver quem nos mandou! N: Donald abre o pacote e lê... Donald - Que é isto? Oh, não! Uma multa do Jardim Botânico! Quinhentos Reais! E mais outra da Polícia por roubo de árvore! Outros quinhentos! Quac! Outra multa dos Guarda Florestais! Mais quinhentos! Mil e quinhentos Reais! Podia ter comprado quinze verdadeiras e belas árvores de Natal! Huguinho - Exacto! Mas isso não é tudo! Donald (Com uma expressão de medo) - Não é tudo? Vou pagar mais? Luizinho - O Tio gastou ainda para além das multas, em gasolina, bilhetes para o barco e lanches, um total de cem reais! N: Donald sentado na sala, com uma expressão envergonhada, olhando para sua árvore de Natal, muito seca e torta... Donald - Esta é a árvore de Natal mais cara que eu já comprei! Huguinho - Sim! E veja o estado dela! Luizinho - Jure solenemente, Tio Donald! Zezinho - Seja qual for o preço, vai comprar uma árvore de Natal no ano que vem! Donald - Bolas! - - - FIM --~--~---------~--~----~------------~-------~--~----~ Recebeu esta mensagem porque se subscreveu no Grupo "Livresco" do Google Groups. Para postar neste grupo, envie email para livresco@googlegroups.com Para cancelar a sua inscrição deste grupo envie um email para livresco-unsubscribe@googlegroups.com Para mais opções, visite este grupo em http://groups.google.com/group/livresco -~----------~----~----~----~------~----~------~--~---