UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO Aluna Sheila Christine Freire de Matos Hussar RA 62.0803-7 ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL DO DESENVOLVIMENTO E O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO Trabalho final como exigência da disciplina Processos Educativos, Cognição e Linguagem do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba, Profª Ana Maria Lunardi Padilha. Piracicaba, Julho de 2010 Introdução Humanizar o ser humano! A princípio pareceu-nos absurda essa afirmação. Não nascemos humanos? Como tornar humano o que por natureza já o é? Tais indagações, inquietantes, se tornaram para nós desde os primeiros contatos com a idéia de humanização do ser humano, objeto de estudos e reflexões. Nesse percurso, a leitura de um texto que relatava o caso de duas meninas, Amala e Kamala1, encontradas no meio de uma "família" de lobos, concorreu para significativa perda de sentido de antigos pressupostos, arraigados numa concepção determinista/reducionista de desenvolvimento humano. Segundo depoimentos dos que as acolheram e as acompanharam, as duas meninas "não tinham nada de humano", ao contrário, se assemelhavam aos lobos, o que nos leva a concluir que o fato de pertencerem à espécie humana não assegurou às mesmas o desenvolvimento das características tipicamente humanas. Em busca de novas perspectivas, os primeiros contatos com as idéias de Vigotski significaram então a possibilidade de preenchimento do vazio teórico decorrente do abandono dos pressupostos a que nos referimos anteriormente, o que se solidificou no desenvolvimento da disciplina Processos Educativos, Cognição e Linguagem, do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba, na qual tratamos dos conceitos fundamentais da abordagem Histórico-Cultural do desenvolvimento humano, particularmente das proposições de Lev Semenovich Vigotski, sobre as quais discorreremos a seguir. Retomaremos, para início da nossa reflexão, uma das questões anteriormente colocadas, e que a nosso ver implica diretamente no novo paradigma da abordagem em questão: Como tornar humano o que por natureza já o é? Na perspectiva histórico-cultural não é a natureza que confere ao ser humano a sua especificidade, mas sim a cultura, historicamente e dialeticamente produzida no contexto das relações sociais, num processo de significação. Diferentemente das demais espécies animais, o ser humano é um ser cultural, posto que suas "funções superiores" são de natureza cultural, ou seja, "só o nascimento biológico não dá conta da emergência dessas funções definidoras do humano." (Pino, 2005). A começar pelas palavras história e dialética ? cujo significado significa as seguintes ? as palavras cultura, relações sociais e significação, propositalmente destacadas no parágrafo anterior constituem-se, inseparáveis, palavras-chave ou conceitos fundamentais da abordagem histórico-cultural. Portanto, a compreensão da teoria de Vigotsky requer o entendimento do significado de tais palavras, o que nos remete, inevitavelmente, à matriz teórica do autor em questão: o Materialismo Histórico e Dialético (Karl Marx, 1818 - 1883). Nascido em 1896, em Orcha (Bielorussia), Vigotski, judeu, no contexto da Revolução Russa (1917) viveu a discriminação e a exclusão; desde os 15 anos, quando já lecionava, estudou filosofia, história, literatura, teatro, medicina, direito, psicologia e política. Buscava nos seus estudos formas concretas de enfrentamento dos problemas sociais de sua época, tais como o analfabetismo e a ausência de atenção aos deficientes. Almejou e trabalhou pela superação da sociedade capitalista na instauração da sociedade socialista ? transformação social para a qual, segundo o autor, a educação, particularmente a escola, deveria se empenhar. Nessa perspectiva, Vigotski encontrou no Materialismo Histórico e Dialético, além da identificação, as bases para sua formulação teórica, o que o qualifica como um líder teórico marxista. Contrariamente às visões idealista e positivista de ser humano e sociedade, as quais arraigadas numa visão dualista de mundo (que opõem corpo e alma/mente, indivíduo e sociedade) postulam que a consciência humana define a vida, segundo Marx, a consciência humana emerge das condições materiais e volta-se para as mesmas, numa relação dialética de produção da vida, ou, de produção da cultura; processo esse histórico, mediado pelo trabalho e pela linguagem. Desse modo, o ser humano, transformando a natureza em cultura se transforma em ser cultural, sem, contudo, deixar de ser biológico. Vigotsky, valendo-se do pressuposto teórico de Marx, rompe com as bases da psicologia tradicional (cuja visão dualista se fazia observar na oposição corpo e mente, organismo e meio) ao postular a interdependência, numa relação dialética, entre desenvolvimento biológico e desenvolvimento cultural; este último, desconsiderado nos estudos de psicologia até então, passa a constituir-se no grande diferencial que confere ineditismo à teoria em questão. Voltando aos conceitos fundamentais da teoria de Vigotski, é na "história dialética geral das coisas" que se insere a "história humana" (Marx, apud Pino, 2000) marcada por um "nascimento cultural". Ou seja, na evolução das espécies, o ser humano supera o estado de um ser biológico tornando-se um ser cultural e passa a carregar, em sua constituição biológica, as marcas da cultura, caracterizando-se "biologicamente cultural e culturalmente biológico" (Padilha). Desse modo, herdamos dos nossos antepassados (diversas espécies que deram origem ao homo sapiens) a aptidão para a cultura (Dobzhansky, 1972), uma espécie de memória genética que nos permite adquirir a condição humana (a própria cultura), no desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Assim, na história da espécie humana ou Filogênese o desenvolvimento biológico originou o homo sapiens e o desenvolvimento histórico possibilitou ao homem primitivo tornar-se um ser cultural. Mas de que modo ocorreu esse "nascimento cultural"? Como já mencionamos anteriormente, o trabalho e a linguagem foram os meios através dos quais se deu essa passagem do biológico para o cultural, contexto em que cultura é entendida como "a totalidade das produções humanas (técnicas, artísticas, científicas, tradições, instituições sociais e práticas sociais)" (Pino, 2000, p. 54), caracterizando-se como atividade semiótica. Observemos o que diz Pino a esse respeito: Historicamente, a emergência de homo sapiens está ligada à invenção por seus ancestrais de meios artificiais (ou seja, criados por eles) capazes de alterar as suas relações com a natureza e com os seus semelhantes, as quais por isso mesmo deixam de ser imediatas e diretas, como ocorre no mundo não humano, tornando-se mediadas e indiretas. Esses meios são de dois tipos: os técnicos e os simbólicos. (PINO, 2000, p. 09) Imaginemos que um indivíduo da espécie homo, sem intenção, fez com uma pedra um corte num galho de árvore caído ao chão. Repetiu a ação que o levou novamente ao resultado anterior; repetindo sucessivamente a ação que o levou ao mesmo resultado ou a outros foi adquirindo a consciência dos seus atos e, a partir de então, passava a agir com intenção. A pedra, inicialmente usada em seu estado natural passou a ser lapidada, esculpida, transformada em instrumento; suas ações passaram a ser planejadas e compartilhadas: a espécie homo mudava significativamente a sua relação com a natureza e com os seus semelhantes. Se por um lado a criação e uso de instrumentos possibilitou a ampliação das possibilidades de atuação no mundo, por outro a organização das atividades, bem como a troca de experiências impulsionou o processo de simbolização, dentre esses a criação da linguagem, o que possibilitou a significação e a representação ou abstração da realidade material e social. Nesse longo processo a espécie homo, não mais condicionada aos reflexos e instintos, mas orientada pelas funções culturais, ou funções psicológicas superiores, se humanizava, ou seja: "o humano do homem é obra do próprio homem" (Pino, 2004). Assumindo novas formas de conduta, tais como atentar, pensar, sentir, falar, memorizar, a sociabilidade humana se distingue da sociabilidade biológica ou natural; processo esse coletivo, que envolve necessariamente o relacionar-se com o outro. Para compreendermos melhor o sentido da palavra social, chamamos novamente Pino: Anterior à cultura, o social adquire dentro dela novas formas de existência. Sob a ação criadora do homem, a sociabilidade biológica adquire formas humanas, tornando-se modos de organização das relações sociais dos homens. Nesse sentido, o social é, ao mesmo tempo, condição e resultado do aparecimento da cultura. È condição porque sem essa sociabilidade natural a sociabilidade humana seria historicamente impossível e a emergência da cultura seria impensável. É porém resultado porque as formas humanas de sociabilidade são produções do homem, portanto, obras culturais. (PINO, 2000, p.53) Cabe-nos ainda ressaltar que nessa passagem de um ser biológico a um ser cultural as funções elementares ou biológicas não desaparecem (mesmo porque necessitamos de uma base material para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores) mas são modificadas, passando a ser regidas por leis históricas. Nesse processo de simbolização "nem a natureza e nem o homem perdem a sua condição natural ao adquirirem formas simbólicas de existência". (Pino, apud Padilha, 2004) Uma vez explicitado o processo de desenvolvimento da espécie humana (história da sua humanização) ou Filogênese, trataremos a seguir de explicitar como ocorre o processo de humanização dos membros dessa espécie ou Ontogênese. Como já dissemos anteriormente herdamos dos nossos antepassados o que Dobzhansky (1972) chamou de aptidão para a cultura. Muito embora Vigotski não tenha deixado clara essa questão, uma leitura atenta da sua obra nos autoriza a pensar que "A natureza biológica que cada um herda dos seus genitores já leva as marcas da cultura, pois é natureza transformada ao longo da história filogenética da espécie". (Pino, apud Padilha, 2004). No entanto, ao mencionarmos o caso das duas meninas bengalis, também retomado por Pino (2005, p. 56) concluímos que pertencer à espécie humana não assegura o desenvolvimento das características tipicamente humanas, consequentemente, cada membro dessa espécie necessita de se humanizar. A mediação semiótica que originou a espécie humana na sua história (filogênese) deve ocorrer no plano pessoal (ontogênese) pela ação do outro. Assim, ainda segundo Pino (2005) "as funções elementares se propagam por meio da herança genética; já as superiores propagam-se por meio das práticas sociais", ou seja, é nas relações sociais que o novo membro da espécie humana se apropria da cultura humana, no desenvolvimento das funções psicológicas superiores. O que ocorrera separadamente na constituição da espécie humana ? desenvolvimento biológico e desenvolvimento cultural ? se funde na História pessoal dos membros da espécie: "segundo Vigotski, na filogênese essas duas linhas caminham separadas; já na ontogênese elas caminham juntas, constituindo um processo único e complexo". (Pino, 2000, p. 7) Em comparação aos bebês das demais espécies animais o bebê humano apresenta um atraso considerável no seu desenvolvimento biológico: no locomover-se, alimentar-se, dentre outras funções, o que o torna totalmente dependente dos cuidados do adulto; no entanto, esse atraso ou lentidão se potencializa quando entra em ação o desenvolvimento cultural ou a educação. Assim "a aparente desvantagem em termos biológicos constitui uma vantagem em termos culturais". (Pino, 2005, p. 46). Nesse sentido, se o bebê potencialmente humano (posto que carrega em sua constituição biológica as marcas da cultura humana) terá que se apropriar da cultura humana para humanizar-se, podemos concluir que, ao nascer, este se encontra sob a influência apenas de sua herança genética. Trata-se do possível momento zero cultural (Pino, 2005, p. 47), passível de questionamentos uma vez que o próprio ato de cuidar (ou não) do bebê, ou mesmo o desejar (ou não) implica numa conduta de ordem cultural. Parece-nos então razoável que se existe esse momento zero cultural por parte do novo ser, esse momento é mínimo e praticamente insignificante, pois os reflexos e instintos do bebê são desde os primeiros momentos de sua existência convertidos pelo outro em ações culturais. O gesto de apontar, descrito por Vigotski, exemplifica como se dá o processo de significação, considerado um caso particular do que ocorrera/ocorre na história do desenvolvimento cultural: ao desejar alcançar um objeto, a criança estende o seu braço, fracassando; imediatamente ao ocorrido o adulto responde ao respectivo gesto aproximando o objeto da criança, dando-lhe o objeto ou mesmo perguntando-lhe o que deseja, desse modo, significando a ação da criança, que volta para si própria, não mais como simples reflexo ou ação biológica, mas como função superior. Nessa perspectiva, o meio no qual se insere o bebê é decisivo no desenvolvimento das funções superiores, ou seja, o modo de ser ou forma de expressão cultural do grupo a que pertence o afeta de modo significante, pois segundo Pino (2005) a cultura é portadora de significação. Podemos afirmar, então, que educar é humanizar: processo de significação no qual o novo membro da espécie se apropria dos significados atribuídos pelos outros às coisas, no desenvolvimento das características tipicamente humanas. Tal processo, no entanto, não deve ser entendido como absorção passiva das produções humanas ou da cultura humana, mas sim como um complexo trabalho de conversão, o qual implica observar, descobrir, produzir, criar, interpretar, apreender, (re)elaborando ou reconstruindo os sistemas de símbolos presentes em seu contexto. A conversão pressupõe, portanto, a atividade do sujeito na interpretação dos signos2, atividade capaz de transformar-se e transformar o outro, conforme nos mostra Pino: "Segundo Vigotski, o desenvolvimento cultural passa por três estágios ou momentos, lembrando a análise hegeliana: o desenvolvimento em si, para os outros e para si". O primeiro momento é constituído pelo "dado" em si, realidade natural ou biológica da criança enquanto algo que está dado. É o momento teórico que precede a emergência da cultura. O segundo momento é aquele em que o "dado" em si adquire significação para os outros (para os homens, em sentido de coletividade ou gênero, como diz Marx). É o momento histórico da emergência do estado de cultura; momento de distanciamento do homem em si, a qual se desdobra nele na forma de representação, testemunhando a presença da consciência. Enfim, o terceiro momento é aquele em que a significação que os outros atribuem ao "dado" natural se torna significativo para si, ou seja, para o indivíduo singular. (Pino, 2000, p. 65). Nesse processo de internalização ou conversão da cultura humana os novos membros da espécie humana, ao contrário de copiarem o que já existe, como já dissemos (re)elaboram a cultura humana, (re)significando-a, num processo infinito e dialético de construção de (novos) significados, em que se preserva a originalidade das manifestações individuais. Cada nova significação origina outras tantas e nas relações entre as pessoas os objetos, os gestos, as palavras, as funções ganham significados que podem variar de acordo com as diferentes manifestações culturais, constituindo-se interpretantes: informações idéias, conceitos que nos permitem relacionar palavras a pessoas, situações, funções, na atividade de interpretar (Peirce, apud Pino, 2000). Finalmente, chegamos à "lei genética geral do desenvolvimento cultural" (1989, p. 58; 1997, p. 106), segundo a qual toda função psicológica foi anteriormente uma relação entre duas pessoas, ou seja, um acontecimento social" (Pino, 2000, p.46), idéia essa que se aplica a todas as instâncias da existência humana em toda a sua história. Se, como já dissemos anteriormente, a totalidade das formas de conduta humana expressas em diferentes modos de pensar, agir, falar, são produzidas nas relações entre as pessoas e em função das mesmas, mais do que as palavras em si, internalizamos, sob a forma de funções psicológicas superiores, funções sociais ou papéis sociais, como as relações sociais, dialéticas (pois um não existe sem o outro e, ao negá-lo se constitui), entre senhor e servo, patrão e empregado, mãe e filho, professor e aluno. E uma vez que os interpretantes não são os mesmos para pessoas distintas, em lugares distintos e em épocas distintas, os significados dessas relações sociais também não o são, ainda assim sua existência, já significada por outros, nos influencia de algum modo. Considerações Finais No contexto da educação, particularmente da educação escolar, a compreensão dos pressupostos teóricos da abordagem Histórico-Cultural nos obriga a (re)significar idéias, atitudes e procedimentos, abrangendo a importância e papel da escola, o estabelecimento de objetivos e metas a serem atingidos, a seleção de conteúdos e materiais, a construção de conceitos, bem como o desenvolvimento do papel do professor. Já sabemos que toda relação social implica em mediação; importa-nos então refletir sobre a qualidade da mediação que realizamos, porque a realizamos e para quê a realizamos, uma vez que estamos conscientes de que, mais do que ensinar, humanizamos nossos alunos. Que tipo de relações desejamos que sejam internalizadas ou se convertam em funções tipicamente humanas? Dentre os elementos acima levantados, merece especial atenção o processo de construção de conceitos, em nossa opinião pouco explorados/trabalhados em sala de aula. Se o conjunto das produções humanas resulta de um longo e complexo processo de abstração/síntese e significação das suas experiências a partir da realidade concreta/material pela mediação semiótica, qualquer tentativa de elaboração de conceitos deve considerar tais processos, sob pena de restringir ou limitar sua significação. No entanto, para que a escola promova a apropriação da cultura humana ou dos conhecimentos sistematizados pela humanidade, o processo de conceituação deve se constituir num processo de significação que envolve, segundo Padilha (2003, p. 6-12): vivências ou experiências com os elementos constitutivos desse conceito, seleção, generalização e hierarquização de informações sobre o mesmo, a participação de pessoas que tem experiência sobre o conceito, utilização de diferentes meios de significação. Processo esse que pressupõe planejamento e pesquisa. Assim como a questão da elaboração conceitual, brevemente exemplificada acima, outras questões são significativamente afetadas diante do pressuposto teórico abordado no presente trabalho. Finalmente, ainda há muito que estudar/aprender sobre a abordagem Histórico-Cultural, contudo, o conhecimento que já adquirimos sobre a mesma se constitui num motivador ponto de partida rumo ao seu aprofundamento/ampliação. Referências Bibliográficas LURIA, A.R. A atividade consciente do homem e suas raízes histórico-sociais. In: LURIA, A.R. Curso de Psicologia Geral - vol 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979, (p.71-84). PINO, A. O social e o cultural na obra de Vigotski. Revista Educação & Sociedade, n. 71. CEDES, Julho de 2000. ____ . "Natureza e Cultura nos fundamentos da constituição humana". Mímeo. ____. As marcas do humano - pistas para o conhecimento de nossa identidade pessoal. (CD-ROM XII ENDIPE, 2004). ____. A criança, um ser cultural ou da passagem do biológico ao simbólico. In: PINO, A. As marcas do humano: às origens da constituição cultural da criança na perspectiva de Lev. S. Vigotski, cap. I e II ____. Revendo Conceitos. Problemas conceituais na obra de Vigotski, idem, cap. III (pp.95-112). VYGOTSKI, L.S. Génesis de las funciones psíquicas superiores. In, VYGOTSKI, L.S. Problemas del desarrollo de la psique. Obras Escogidas - vol. 3. Madri: Visor, 1995. PADILHA, A.M.L. "Elaboração Conceitual: papel fundamental da escola". Revista ACTA Científica, v. 2, n.3. Engenheiro Coelho: Imprensa Universitária Adventista, 2002, pp.6-12. ____. "Conhecimento e elaboração conceitual: relações de ensino". XI Seminário Capixaba de Educação Inclusiva. Universidade Federal do Esp. Santo, 2008. 1 REYMNOND, B. Lê development social de L'enfant et de L'adolescent. Bruxelas, Dessart, 1965, p. 25 - 26. 2 Pino (2000) relaciona o conceito de signo para Vigotski com a proposição de Ch. S. Peirce. ?? ?? ?? ??