Da letra à palavra Abelardo Nogueira Júnior Créditos E-book digitalizado e doado por: Angel Lançado por: www.bibliotecacrista.com.br Agradecimentos O Senhor tem levantado muitas pessoas para investirem em meu ministério evangelístico e seria injusto citar nomes, por isto, agradeço a todos os que têm orado e participado de minha caminhada na Obra de Deus. Sumário Apresentação Introdução 1.O Engano 2. A Mentira 3. A Dúvida 4. A Verdade 5. A Mudança 6. A Decisão 7. Vida Nova Conclusão Apresentação Deus tem propósitos para a vida de cada um de nós. É impressionante como Deus agiu na vida do Júnior para conquistá-lo para Jesus, para salvá-lo. Só podemos entender como fruto do grande Amor de Deus. Este segundo livro do Abelardo Nogueira Júnior relata de forma clara e objetiva o testemunho da transformação da vida de um ex-frei franciscano, perdido e sem Deus na religiosidade, em uma pessoa salva, transformada pelo Poder de Deus. Uma nova criatura. Na leitura deste livro fica reafirmada a verdade de que religião nenhuma salva ninguém. Só Jesus salva o homem da condenação por seus pecados, liberta da opressão e do domínio do diabo e o conduz a uma nova vida de paz, de amor e de dedicação a Deus. Recomendo a leitura deste livro e a sua distribuição para pessoas que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus como seu Salvador e Senhor. Que Deus continue abençoando a vida do Júnior. Pr. Ageo Silva Introdução Meu nome é Abelardo Nogueira Júnior, pertenço à Igreja Presbiteriana do Brasil de Rio Claro (SP), e sou casado com Adriana Marins Nogueira desde 1999. Sinto-me privilegiado em poder contar as maravilhas que Jesus Cristo fez em minha vida e creio que meu testemunho servirá para edificar e levar em frente Seu Evangelho com a verdade de que Ele é e deve ser o único Senhor das nossas vidas. Somos muito ligados à religiosidade, à religião, e a cada dia que passa, eu tenho plena certeza de que Jesus quer mudar isto através de um plano especial que tem para cada um de nós e que Ele quer cumprir, manifestando-se como fez em minha vida. Ele veio quebrar todos os meus atos religiosos, transformando-me no que sou hoje, uma pessoa completamente consciente de Seu Evangelho, de Sua Pessoa e da experiência que tive com Ele através do Espírito Santo. Meu objetivo é que você, através deste livro, possa refletir sobre o que Deus fez em minha vida e tomar uma decisão segura e firme em Cristo Jesus. Realizamos um trabalho missionário junto a caminhoneiros, prostitutas e policiais rodoviários nas estradas do Brasil. Atualmente atendemos mais de 2000 pessoas por ano nas estradas, distribuindo a Palavra de Deus e evangelizando em postos de gasolina. Temos parcerias com algumas Igrejas, que tem nos abençoado e possibilitado o trabalho. Estamos também trabalhando em alguns estados do Nordeste, levando a Palavra de Deus, em alguns lugares onde impera a idolatria. Que Deus o abençoe! O ENGANO Durante dez anos da minha vida, eu fui frade franciscano da Igreja Católica Apostólica Romana e até minha conversão, percorri uma caminhada muito difícil, pois não entendia muito bem as coisas ligadas a Jesus, a Deus e ao Espírito Santo. Coisas ligadas à religião. As pessoas sem conhecimento bíblico pensam que Deus, sendo misericordioso, não condenará os homens e que, no final, todos serão salvos. Realmente Ele não nos condena, nós é que condenamos a nós mesmos quando rejeitamos o Salvador Jesus, como está escrito em João 3.18: Quem crê Nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus. Eu era uma pessoa totalmente infeliz, deprimida, angustiada e que professava uma religião. Era até uma autoridade religiosa, mas não conseguia viver o Evangelho como tenho vivido hoje, no meio de tanta gente que já experimentou e está seguindo Jesus. Vivi a minha infância, influenciado por toda uma doutrina da Igreja Católica. Era levado à missa peia minha avó paterna e ficava fascinado com toda beleza e riqueza das igrejas. Via o padre no altar, com aquelas roupas bonitas e coisas interessantes que fazem parte do ritual católico e ficava maravilhado com tudo. Coloquei em minha cabeça que seria um padre. Queria me tornar uma pessoa igual aquele que eu via no altar da igreja e que, naquela época, usava batina preta quando saía às ruas, sendo extremamente paparicado. Tudo isto me chamava bastante atenção, mas eu não via que se tratava de toda uma história de idolatria, ao homem. Muitos crentes falam que os católicos são idólatras em relação às imagens, mas comigo, essa idolatria relacionava-se à pessoa do padre, aquela que falava e ninguém duvidava, dizendo até ser a voz de Deus. O grande respeito concedido a esta autoridade eclesiástica refletia um poder exercido sobre as pessoas, algo que me atraía e fascinava. Aos doze anos de idade fui para o seminário, e já me decepcionei na convivência em regime fechado com tantos padres. Comecei a perceber que eram pessoas comuns e totalmente vaidosas, que seguiam e regiam uma disciplina muito rígida e tradicional. Fui me cansando de tantas rezas e orações, a rotina de um seminário que recebia meninos entrando na adolescência, quase crianças, e que por isto era chamado seminário menor. Logo no primeiro ano, senti muita falta da minha família, muita saudade, mas não tinha orientação psicológica alguma. No segundo ano, a situação foi melhorando e eu, me acostumando, afinal, eu queria ser padre. Independente do que acontecia no seminário, eu queria alcançar o meu objetivo. No terceiro e quarto anos, eu comecei a perceber a questão da homossexualidade no meio da Igreja Católica. Essa é uma questão extremamente delicada, mas muito importante para se enfatizar. Constantemente aparecem notícias nos jornais e nos meios de comunicação em geral, sobre escândalos sexuais envolvendo padres e bispos, principalmente nos Estados Unidos, onde a Igreja Católica gasta fortunas pagando indenizações às famílias de crianças e adolescentes molestados. Mas, a Palavra de Deus é clara quanto a este assunto. Em vários trechos da Bíblia nós encontramos referências sobre o pecado do homossexualismo; já o mundo, ou o vê com naturalidade, encarando-o como doença, trauma de infância ou sob uma discriminação social, preconceito. Em Romanos 1.25-7, lemos: Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário a natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e recebendo em sim mesmos a penalidade devida ao seu erro. Vivi dentro do seminário e, obviamente, tudo isso mexeu com minha personalidade, meu caráter e minha formação, mas continuei meus estudos a fim de alcançar meu objetivo. No entanto, isto não fazia com que me preocupasse em ter um contato, uma experiência pessoal com o Senhor Jesus. Estava cercado por uma religião e não tinha a noção de que Deus tinha um plano especial para a minha vida. Ao terminar o seminário, fiz os votos de pobreza, obediência e castidade, obrigatórios a todo franciscano até hoje, e iniciei um trabalho com doentes de AIDS e usuários de drogas, em uma cidade do interior de São Paulo chamada Votuporanga, na diocese de São José do Rio Preto. Comecei a ter contato com os padres dali e passei a ter uma vida totalmente fora dos planos de Deus. Apesar de ter estudado no seminário, teologia, filosofia e também a Bíblia, não possuía conhecimento bíblico, pois não havia aprendido a ter o temor de Deus, o respeito à Palavra. Um mandamento freqüente ao povo de Deus do Antigo Testamento, é temer a Deus ou temer ao Senhor. É importante que saibamos o que este mandamento significa para nós, pois somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que somos libertos da escravidão e de todas as formas de temores anormais e satânicos. É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a Sua Santidade, Justiça e Retidão como complementos do Seu Amor e Misericórdia, isto é, conhecê-Lo e compreender plenamente quem Ele é. Este temor baseia-se no reconhecimento de que Deus é um Deus Santo, cuja natureza inerente O leva a condenar o pecado. Temer ao Senhor é considerá-Lo em santidade, de forma reverente, honrando-0 em Sua unicidade, por causa de Sua Excelsa Glória, Majestade e Poder. A minha espiritualidade, por exemplo, era uma coisa totalmente mecanizada. Entrava em uma igreja dentro de todo um ritual, ia até o altar, pegava um folheto já pronto, o lia e o povo respondia, não era uma coisa inspirada por Deus e sim, feita por homens. Eu não conseguia rezar, nem orar. No seminário eu era obrigado a rezar, e rezei muito, mas depois que saí de lá, nunca mais o fiz. Só que Deus, em Sua infinita Misericórdia, foi movendo Sua Mão sobre a minha vida. Ele permitiu que eu passasse por muita angústia, depressão, solidão. No celibato, realmente a pessoa se sente muito sozinha, mostrando muitas vezes aos outros o que não são. A minha vida foi se tornando um grande teatro, à medida que me afundava cada vez mais em meu próprio mundo. Eu ia à igreja e falava no altar sobre coisas que o meu coração nunca havia sentido. Falava do Amor de Deus, de Salvação, do que diz a Bíblia, de Jesus, mas não sentia coisa alguma daquilo. A boca fala daquilo que está cheio o coração, mas o meu era totalmente vazio, e isto passou a ser um grande peso em minha vida. Um detalhe muito importante: eu não gostava de crentes; tinha nojo deles porque falavam exatamente do que eu não compreendia e, quando vinham falar comigo, era para discutir religião, criticar, questionar sobre coisas que eu não entendia. Apesar de não viver bem dentro da igreja católica, eu não queria que agredissem minha fé. Existem muitos crentes que falam mais contra o catolicismo do que da Salvação em Jesus. Era muito comum chegarem até mim e dizerem que eu não tinha salvação, que eu era idólatra e que, se eu morresse naquela hora, eu iria para o inferno, e isto, ao invés de ajudar, criava uma barreira cada vez maior entre os crentes e eu. Hoje, dou graças a Deus porque fui evangelizado por uma mulher crente e através de suas orações eu fui resgatado pelo sangue de Jesus. Eu tenho plena convicção de que sou realmente salvo pelo Amor e pela Misericórdia de Deus, e é isto que eu quero que você entenda: que sem Jesus você pode até ter uma religião, mas se não tiver uma experiência pessoal com Ele, jamais será uma pessoa realizada, feliz, equilibrada e salva, o que é o principal. A Salvação da alma não depende de seguir uma religião, filosofia ou igreja, mas sim de ser regenerado pelo Senhor Jesus Cristo. Não é o caminho que nossos pais ou avós seguiram que nos conduz ao céu, mas sim aquele provido por Deus, por Jesus Cristo. Ser religioso, ter religião, pertencer a uma igreja, não provê salvação a ninguém, pois ela é fruto de uma experiência pessoal que só se verifica quando vamos a Jesus mediante o Evangelho. Não importa o que a pessoa seja, importa que ela nasça de novo. A Salvação é um extraordinário milagre de Deus. É mais que arrependimento, que uma confissão de fé, que ser membro de uma igreja. A MENTIRA Eu vivi como frei franciscano durante dez anos e, como já relatei, este foi um tempo de desilusões, pecados, muitos pecados, angústia e decepção. Como a maioria dos homens sem Deus, eu considerava o pecado como coisa inexistente ou de pouca importância. No entanto, a Palavra de Deus nos diz que pecar é transgredir a Lei de Deus, conforme está escrito em I João 3.4: Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade. Um dos principais significados da palavra pecado é errar o alvo. De fato, o pecado é um alvo que o homem atinge quando erra o alvo verdadeiro. O alvo certo é Deus e Sua Glória e, quando pecamos, ficamos separados de Deus. Só o arrependimento e a confissão podem nos trazer o perdão através do sangue de Jesus, podendo estabelecer a comunhão com Deus. O homem foi criado para temer a Deu, adorá-Lo e glorificá-Lo, mas quando peca, erra este alvo. Certa vez, uma senhora veio se aconselhar comigo, dizendo que estava vivendo em adultério, mas queria sair daquela vida, não queria mais continuar no pecado. Eu, na minha ignorância e falta do conhecimento de Deus, a acalmei dizendo que, como o seu marido não prestava, também era um adúltero e, portanto, Deus não se incomodaria com aquele pecadinho. Hoje eu peço perdão a Deus por isso e oro para que essa mulher tenha conhecido Jesus, se arrependido e se convertido. Enquanto estive na Igreja Católica, eu experimentei de tudo, desde a questão moral, sexual - envolvendo a homossexualidade e a heterossexualidade - até a corrupção em nível financeiro. Isto marcou muito a minha vida e hoje eu agradeço a Deus por ter me perdoado e por ter me concedido a oportunidade de testemunhar as maravilhas que Ele tem feito no meu caráter, na minha personalidade. Hoje eu sei e entendo quando leio em Romanos 3.23: Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua Graça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus. Ninguém é excluído do pecado, a não ser o Senhor Jesus porque não procedeu de geração humana. É Deus quem diz em Sua Palavra que todos pecaram. Muitas pessoas, por não reconhecerem que são pecadoras e, muito menos, perdidas, não poderão ser salvas, porque Jesus veio para salvar pecadores, conforme Ele mesmo disse: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. (Mt. 9.12-3) Em Votuporanga, quando comecei minha vida religiosa trabalhando com doentes de AIDS e usuários de drogas, eu era totalmente centralizado em mim mesmo. Era uma pessoa muito egoísta, vaidosa e pensava que fazendo boas obras eu estaria salvo. Ainda levaria alguns anos para aprender que somos salvos pela misericórdia de Deus e não pelas boas obras, como está escrito na Palavra: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. (Ef. 2.8-9). Nós fazemos as boas obras porque somos salvos e não para sermos salvos. Eu, apesar de não deixar transparecer, era triste e vazio e queria ser feliz, transformado e, depois desses dez anos, senti que Deus estava começando a mexer em minha vida. Iniciei, então, a busca de alguma experiência nova dentro da Igreja Católica, de algum objetivo espiritual que preenchesse o aquele vazio que existia dentro de mim. A princípio, fiz uma experiência dentro da renovação carismática católica, que se aproxima dos crentes. Nas reuniões de oração, eu cantava, dançava, erguia os braços, louvava a Deus e até orava em línguas, mas minha depressão e a angústia persistiam. E é por isto que muitos católicos deste movimento, ao passarem por estas experiências e ao se aprofundarem na leitura da Bíblia, buscando-a mais, acabam mudando, aceitando Jesus e se tornando um crente. Na verdade, antes de receberem Jesus, as pessoas conhecem a história de Jesus, mas não o Jesus da história. Eu não era fiel a Deus, à Sua Palavra. Tudo que fazia era muito falso, algo apenas da "boca para fora" e não do coração. Como a renovação carismática não preencheu minha vida, parti, então, para outros caminhos, procurando o que necessitava em outros lugares. Junto com alguns amigos padres e freiras, passei a freqüentar o espiritismo, a cartomancia, lugares onde Deus não está, nos quais não existe compromisso algum com Ele e nem conhecimento de Sua Palavra. Apesar de afirmar que lia a Bíblia, eu nada compreendia sobre o que Deus diz em Levítico 19.31: Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus. Com tudo isso, eu fui prejudicado, pois cheguei a uma situação na qual não conseguia fazer coisa alguma sem consultar uma cartomante, o que foi me derrubando cada vez mais e, pior, o diabo estava fazendo o que queria comigo. Hoje eu sei que era ele quem me conduzia às muitas crises depressivas pelas quais passava enquanto estava dentro da Igreja Católica. Eu ficava horas e horas fechado em meu quarto, sem querer ver ninguém, comer ou até mesmo tomar banho. Vivia totalmente triste, solitário, angustiado mesmo. A pior doença que existe no mundo é a depressão, a falta de objetivo na vida. A pessoa depressiva só quer morrer e não encontra sentido para continuar vivendo. Eu vivi muito esta realidade. Era muito ansioso e pude sentir que para os males do corpo, sempre existe um remédio, mas para os da alma, só Jesus tem a cura. Apesar de ser um frei e de ter passado tantos anos no seminário, eu não conseguia rezar ou orar. Não acreditava em minhas orações. Não tinha intimidade com Deus. Hoje, eu sei que o melhor remédio para a ansiedade e a depressão é a oração, pois, quando oramos, renovamos a confiança na fidelidade do Senhor e recebemos Dele, a Misericórdia, a Graça e a ajuda em tempos de necessidade. Por causa de tudo que passei, hoje entendo as pessoas que vivem em depressão, com problemas emocionais, e sei que só há uma pessoa que pode ajudá-las: Jesus Cristo. Mas, para que eu chegasse aonde cheguei, Deus usou situações e pessoas diferentes. Ele tinha um plano para mim, queria que eu tivesse uma vida digna, honrada e feliz, e a cada dia que passa, eu entendo melhor este plano, e tenho permitido que Ele realmente seja meu Senhor, o Senhor da minha vida. A DÚVIDA Em uma de minhas crises depressivas, Deus permitiu que eu ficasse internado durante quinze dias. Eu só queria morrer, desejava que o mundo acabasse. Tudo era enfadonho, cansativo e sem objetivo. Certo dia, recebi a visita de um casal. Quando percebi que eram crentes, fiquei muito irritado e agressivo, porque, como já relatei, eu não gostava dos crentes e nem da segurança que transmitiam quando explicavam os textos da Bíblia. Aqueles dois eram missionários e, ao entrarem no meu quarto, começaram a falar de Jesus e eu, como bom católico que era, disse-lhes que estavam perdendo seu tempo, pois eu era um padre, uma autoridade da Igreja Católica, muito culto, inteligente, e não tinha tempo a perder com pessoas ignorantes como eles. Cheguei mesmo a humilhá-los. Continuei insistindo em dizer que já conhecia a Palavra de Deus e que possuía Jesus comigo. A mulher colocou o dedo no meu nariz e me disse: Você pode até conhecer a Palavra de Deus, mas não conhece o Deus da Palavra. Se você O conhecesse, não estaria vivendo esta vida miserável, mesquinha, não estaria cheio de angústia, de depressão. Se você estivesse experimentado Jesus, não estaria neste leito, querendo morrer, vivendo neste conflito, num verdadeiro inferno. Essas palavras vieram como um tapa de luvas de pelica sobre o meu rosto, pois era tudo o que eu estava vivendo. Então, comecei a refletir sobre elas. O homem abriu a Bíblia e começou a lê-la. Isto me incomodou tanto que eu os expulsei do quarto. Ele, já sem paciência, disse que não iria mais jogar pérolas aos porcos, ou seja, não iria mais desperdiçar o seu tempo com quem não quer ter um compromisso com o Senhor Jesus, assim como está escrito em Mateus 7.6: Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés, e, voitan-do-se, vos dilacerem. Saíram do quarto e, passados uns quinze minutos, a mulher voltou sozinha. Com aquela atitude, eu aprendi que os homens falam com mais insistência, perdendo facilmente a paciência, mas Deus usa as mulheres para controlar a situação através de sua calma e sabedoria. Ela me contou que estavam passando fora da cidade, quando foram incomodados para visitarem alguém naquele hospital e foi logo dizendo: Eu não posso ir embora sem dar-lhe o recado de Deus. Não sei o que é, mas Deus tem um plano muito grande e muito forte na sua vida e eu vou deixar com você o número do telefone de uma mulher de oração que pode ajudá-lo a sair desta situação. Quando você estiver se sentindo solitário, abandonado, amargurado, ligue para esta mulher, que ela, certamente terá uma Palavra de Deus para você. Confesso que eu até dei risadas da atitude daquela senhora, mas guardei aquele número de telefone. Ali começou toda a ação de Deus na minha vida. Eu creio que os métodos que Deus usou para me resgatar podem ajudar muitas pessoas no processo de evangelização da forma mais sensata, principalmente quando se fala com os católicos. Eu me refiro a evangelização de padres, freiras, bispos e de todas as pessoas que vivem no engano da idolatria, iludindo-se com uma religião que não prega Jesus Cristo, que não vive Jesus Cristo. Melhorei da depressão, tive alta e viajei para a Europa, ficando por lá durante uns três meses. Nesta viagem me envolvi com a orgia e perdição do mundo, buscando preencher o vazio que existia dentro de mim. Quando era frei franciscano, eu viajava muito. Conheci quase toda a Europa por conta da Igreja Católica, usando dinheiro que deveria ser usado com os pobres, nos trabalhos em hospitais, com doentes. Por qualquer motivo eu viajava. Tinha tudo que o dinheiro pode comprar: carros, roupas, viagens, tudo, tudo, mas não tinha paz, não tinha tranqüilidade. Eu achava que nada me faltava, mas hoje eu sei que me faltava o principal: Jesus Cristo. O Salvador, o Redentor, Aquele que reconstrói a vida do ser humano. O vazio dentro de mim era cada vez maior e nada supria as minhas necessidades emocionais e afetivas. Eu era um pecador. As pessoas me confessavam seus pecados, mas eu mesmo era um grande pecador. Eu não conseguia resolver os meus próprios problemas, imagine resolver os problemas dos outros! Quanto mais oportunidades a igreja me dava, mais eu pecava. Eu não tinha noção do que é o pecado. A VERDADE O meu objetivo não é difamar a Igreja Católica, nem falar mal, mas fazer com que os católicos possam se achegar a Jesus e terem uma experiência pessoal e real com Ele. Eu quero unicamente esclarecer às pessoas que Jesus Cristo precisa ser o único Senhor, o único Salvador de nossas vidas. Nós temos que crer nesta palavra viva que pregamos, sem agredir, sem ofender, porque eu sei que a maioria das pessoas desconhece a verdade por falta de informação ou mesmo esclarecimento da Palavra de Deus. Deus nos diz em I Samuel 2.20,21: Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidade são. A idolatria é um pecado e a Bíblia nos deixa claro que o ídolo, em si, nada é. O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, o qual nenhum poder tem em si mesmo. Deus falou a Moisés: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão; Não terás outros deuses diante de mim; Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terá; Não encurvarás a elas nem as servirás: porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. (Ex 20:1-5) No Velho Testamento, este mandamento é repetido inúmeras vezes, em quase todos os livros, e nele Deus amaldiçoa até a quarta geração dos que se prostram diante de imagens. Muitas pessoas dizem que não adoram as imagens, apenas as veneram, mas Deus, enfaticamente, não nos permite sequer fazê-las, proibindo-nos: Não faças para ti imagens de escultura. E ainda temos as palavras de Jesus em João 4:24: Deus é Espírito, e importa que os Seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Em espírito indica o nível em que ocorre a adoração verdadeira. Devemos comparecer diante de Deus com total sinceridade e num espírito dirigido pela vida e atividade do Espírito Santo. Verdade é uma característica de Deus encarnada em Cristo, intrínseca ao Espírito Santo, por isto a adoração deve ser prestada de conformidade com a Verdade do Pai, que se revela no Filho e é recebida mediante o Espírito. Aqueles que propõem um tipo de adoração, que ignoram a Verdade e as doutrinas da Palavra de Deus, desprezam, no seu todo, o único alicerce da verdadeira adoração. Só depois que deixamos Cristo ser o nosso único Senhor e Salvador é que temos o entendimento da Palavra de Deus através do Espírito Santo, como nos mostram vários textos na Bíblia. Em João 16.7,8, Jesus diz: Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas se eu for, enviar-vo-lo-ei, e, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. Também em Atos 1.8, lemos Jesus dizendo aos apóstolos: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. O tempo foi passando e eu estava cada dia pior. Eu procurava ter uma experiência com Deus, mas Deus estava muito longe de mim. Como diz a Palavra, são os nossos pecados que nos impedem de ter um encontro pessoal com o Senhor. E eu estava muito longe de Deus. Eu pensava que todos os caminhos me levariam a Deus, mas hoje eu sei, que só Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. As minhas crises foram aumentando progressivamente. Eu fiz de tudo, promessas, rezei terços, acendi velas, fui várias vezes a Aparecida do Norte, mas nada resolveu minha situação, ninguém pode me ajudar. Muitos, na ignorância da Verdade, na dúvida, buscam aos santos, às almas, e principalmente à chamada "nossa" senhora, mas, nada disto resolve. Os santos existiram, como existem pessoas santas hoje, mas os que já morreram nada podem fazer por nós, como podemos confirmar no Salmo 1.15. Nós podemos amar Maria como nossa irmã em Cristo. Ela foi uma mulher privilegiada por ter sido escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus Cristo feito homem. Ela mesma disse em Lucas 1.38,47: Eis aqui a serva do Serva; cumpra-se em mim, segundo a Tua palavra. E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Maria confiou na mensagem do anjo e submeteu-se plenamente à vontade de Deus. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o opróbrio resultante de ser a mãe da divina criança. Mas reconheceu que ela também era uma pecadora e necessitava de salvação, necessitava de Cristo como Salvador. Ela O via como Salvador e não como seu filho. Não pode ser a mãe de Deus porque Deus é o Criador de todas as coisas e nunca a criatura seria a mãe do Criador. A idéia de que Maria foi concebida imaculada e viveu sem pecado, não se acha em nenhuma parte das Escrituras. Paulo demonstrou em sua carta aos Romanos 3.9 -10, que todos estão debaixo do pecado; não há um justo, nem um sequer. Em alguns adesivos, lê-se: "pede à mãe que o filho atende". Isto é mentira do diabo, porque Jesus disse em João 14.13,14: E tudo o quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Só Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Só Ele tem poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de ler os nossos pensamentos e saber o que se passa em nossas mentes. Como é bom conhecer Jesus Cristo e saber que Ele é o dono absoluto de nossas vidas e que nada acontece sem o Seu consentimento! Mas, hoje eu sei que Deus estava sempre olhando por mim, planejando a minha vida. A MUDANÇA Num momento de muita depressão, num domingo à noite, depois dos trabalhos que havia realizado na igreja, fui para minha casa bastante triste e angustiado, porque, na homilia daquele dia, eu tinha falado muito do amor de Deus para centenas de pessoas, mas, na verdade, eu mesmo nunca sentira aquele amor. Estava cada dia mais vazio. Chegando em minha casa, sozinho, comecei a chorar, totalmente desiludido da vida, sentindo-me abandonado, sem contar com alguém para compartilhar meus problemas, minhas dúvidas, mesmo tendo muitos colegas dentro da Igreja Católica. Neste momento de tanta angústia, abri uma garrafa de vinho e comecei a beber e logo me lembrei do telefone que aquela mulher havia me dado no hospital. Hoje, eu sei que foi o Espírito Santo que tocou no meu coração para lembrar daquilo, mas, naquele momento, eu só pensei: eu já gastei tanto com médicos, com terapeutas (eu fiz terapia durante seis anos e foi o que ajudou a me encontrar como ser humano), e nada resolveu meu problema espiritual, portanto, não me custa fazer mais esta tentativa. Antes de ligar, ouvi uma voz que colocava dúvidas em minha mente, lembrando-me que eu era um padre, uma pessoa culta, uma pessoa que tinha dinheiro e não deveria procurar aquela senhora, já com a avançada idade, simples, e o pior, crente. Eu nem me lembrava de que Jesus era manso e humilde e que sendo rico se fez pobre para destruir a obra do diabo. Mas o poder de Deus foi muito além da terapia e mais profundo do que a voz que eu ouvira. Peguei o telefone e liguei. Eu estava tão desesperado, tão ansioso que quando alguém atendeu, eu nem quis saber quem estava falando. Comecei logo a desabafar, a colocar para fora toda a minha angústia, toda a minha depressão, meu desespero, tudo aquilo que eu estava vivendo, todos os meus pecados, ou seja, tudo o que o ser humano vive no dia a dia sem Jesus. Quanto mais eu desabafava, mais problemas eu tinha para falar e passados uns dez minutos, a pessoa que atendeu, e que era a senhora de 90 anos de idade, me interrompeu. Acho que ela se cansou de ouvir tantas desgraças e tristezas, e disse: Cale a boca, em Nome de Jesus! E eu pensei: "Nossa senhora"! Eu estou perdido mesmo! Um diz que eu vou para o inferno, o outro me chama de porco e agora esta mulher me manda calar a boca em Nome de Jesus. Eu não tenho sorte com crente mesmo! Só que ela usou o Nome de Jesus. E este Nome tem poder. Eu me calei, meio assustado, e meus ouvidos se abriram para o que ela ministrava. E estes, eram ouvidos espirituais. E com que autoridade esta mulher falava do Poder e do Amor de Deus, do Plano de Salvação, da Vida Nova que Jesus, o Senhor, poderia proporcionar para mim se eu O aceitasse como único e absoluto Salvador! Nós ficamos mais ou menos uns quarenta minutos ao telefone e esta senhora me evangelizou com muito amor, autoridade e unção. A partir daquela noite eu passei a ler a Bíblia todos os dias durante, pelo menos, quinze minutos. Enquanto eu estava dentro da Igreja Católica, lia a Bíblia apenas por obrigação. Normalmente, eu só lia os folhetos das missas, fazia tudo automaticamente. Comecei lendo o Novo Testamento: nos Evangelhos, nas cartas de Paulo, a Palavra de Deus foi entrando e penetrando em minha vida. Quando percebi, eu já estava mais convertido do que pensava e questionando a Palavra de Deus com relação às minhas atitudes religiosas: as missas, os sacramentos e tudo aquilo que a Igreja Católica fala e prega. Certo dia, quando me preparava para uma celebração, vi um pedido de missa de sétimo dia. Eu não queria fazer aquilo porque contradizia o que lera em Eclesiastes 9.4-6: Ora, para o que acompanha com todos os vivos, há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não tem parte alguma neste século, em cousa alguma do que se faz debaixo do sol. Comecei a ver, aos olhos da Palavra de Deus, que eu estava no lugar errado, fazendo tudo de acordo com o mundo, com a vontade do homem, do papa, do bispo e de acordo com a minha própria vontade. E tudo isso começou a me incomodar. A Palavra de Deus foi se tornando muito importante para mim, fazendo-me questionar constantemente sobre quem estaria certo: a Igreja Católica ou a Bíblia? Discuti com alguns amigos, padres, bispos, meus superiores, e todos começaram a achar que eu estava esse ficando louco. Mas, cada vez mais eu me apegava à Palavra de Deus. Resolvi ligar mais uma vez para aquela senhora e ela orou comigo, falando-me mais uma vez do Amor de Deus, de Sua Misericórdia; falou-me até da existência do diabo, coisas que não se falava na Igreja Católica. Hoje, com o movimento carismático, toca-se um pouco no assunto, mas ainda superficialmente. Eu me assustei muito quando ela disse que o diabo (nosso adversário, aquele que veio para matar, roubar e destruir), não queria que eu me entregasse, que eu conhecesse Jesus. Mas eu já era de Jesus, e um dia teria a oportunidade de pronunciar com meus lábios que Jesus Cristo é o meu Senhor, o meu Salvador, o meu Rei. Ela disse ainda que Deus tinha um plano grande na minha vida, e que era para eu confiar, pois no momento que eu lia, a verdade ia entrando em minha vida e os meus olhos se abriam para uma realidade nova que era ter Jesus, aceitá-Lo, ser salvo por Ele e trabalhar pelo Seu Reino na face dessa terra. A DECISÃO A trajetória de minha conversão começou a partir da segunda ligação que fiz para aquela senhora. Eu fui chegando a um estágio no qual, à medida que conversava com meus superiores, partilhando com eles das minhas angústias, mais eles achavam que eu estava piorando, ficando cada dia mais louco. Mas eu persistia confiando nas promessas de Jesus, orando, alimentando-me espiritualmente e, aos poucos, abandonando as doutrinas da Igreja Católica, que são contra a Palavra de Deus, Fui me deixando conduzir pelo Espírito Santo. Deus age de modo diferente na vida de cada pessoa, só que na minha, parecia que tudo ia acontecendo de forma errada. Antes eu não tinha paz, não tinha tranqüilidade, mas depois fui sentindo a Mão de Deus sobre mim, tocando-me completamente, de modo com que fizesse minha entrega pessoal e total ao Senhor Jesus. Num momento de muito desespero, em uma dúvida de entregar ou não a minha vida, o meu coração a Jesus, eu telefonei pela terceira vez para minha intercessora. Ela, utilizando-se novamente da autoridade que o Senhor Jesus dá aos que Nele crêem, disse-me muito firmemente: Meu irmão Júnior, ouça o seguinte: eu já falei sobre Jesus, sobre salvação, já falei de tudo que eu poderia falar; eu já fiz por você tudo o que eu poderia ter feito no sentido espiritual. Enquanto você não aceitar Jesus, não se desarmar de toda a sua religiosidade, você não vai ser feliz. Você precisa passar por uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Ele ama você e quer que você se decida peta verdade do Evangelho. E tem mais uma coisa: enquanto eu for viva, vou orar por você, mas, a partir de hoje não me ligue mais, porque eu não quero ser a sua muleta espiritual. Eu não sou a sua salvadora, pois só quem salva é Jesus Cristo. E aquela senhora desligou o telefone praticamente na minha cara. No primeiro telefonema ela mandou que eu calasse a boca, no terceiro ela desligou na minha cara, mas com uma bela mensagem: Decida-se! Você é o dono da sua vida! Precisa se decidir por Jesus! Eu não posso fazer mais nada por você! E com isso eu aprendi, também, a evangelizar as pessoas, a falar de Jesus com autoridade e amor, deixando que elas, realmente, se decidam pela Verdade. Esse momento foi muito especial na minha vida. Essa senhora foi uma benção, um anjo que Deus colocou em meu caminho. Ela soube me evangelizar, falar de Jesus para mim. E eu continuei mais um tempo em crise, até que numa noite eu tive minha experiência pessoal com o Senhor Jesus. Naquele dia eu viajava à noite de Votuporanga para São José do Rio Preto com um carro praticamente novo. Quando peguei a rodovia estava demasiadamente angustiado, com muitos problemas, deprimido por todas as coisas que estavam acontecendo comigo. Na verdade, eu estava totalmente perdido. Não tinha noção de que a Mão de Deus trabalhava em mim, permitindo que toda aquela situação, aparentemente ruim, me envolvesse tanto, transformando aquela noite na mais importante da minha vida. Quando comecei a viagem, orei: Senhor, eu não quero continuar vivendo desta forma, sem objetivo, cheio de dúvidas, angustiado. Eu prefiro morrer a continuar assim, nesta falsidade, levando uma vida totalmente errada, de pecado, longe de tudo aquilo que esperava para mim: alegria, felicidade. Mas estava sendo pressionado, porque já havia começado a mudar. À medida que ia lendo, estudando á Palavra de Deus, já conseguia ver a diferença, o engano que havia na Igreja Católica. Conforme mudava meu comportamento, os padres, bispos e meus superiores, passavam a ter maiores cuidados comigo. Eu já dava sinais de que alguma coisa estava errada. Sabia que estava certo, mas eles, pensavam que eu não estava bem. Continuando minha viagem, eu comecei a correr muito e disse: Jesus, se o Senhor, realmente tem um plano na minha vida, manifeste-se hoje, porque eu prefiro morrer a continuar vivendo desta maneira. E eu comecei a correr com o carro, fazendo 140,160 km, e quanto mais eu corria, mais eu queria correr. Hoje eu sei que o diabo queria acabar com a minha vida naquela noite, pois já previa que estava me perdendo, que eu não o serviria mais. Ele não pode adivinhar o nosso futuro, mas pode prever, sabe que, quando nos convertemos, trabalhamos somente para Jesus. A estrada na qual estava é muito movimentada, ali trafegam muitos caminhões e, na minha cabeça, veio a idéia de que a melhor coisa que poderia acontecer naquela noite era a minha morte. Eu me livraria das dúvidas, não teria mais sofrimentos, angústia, ou depressão e nem faria as pessoas sofrerem por mim. Pensei em soltar as minhas mãos do volante e deixar o carro entrar debaixo de um daqueles caminhões. Nesse momento o carro parou, o motor parou, a luz apagou. Acabou tudo e eu, assustado, conduzi o carro para o acostamento. E nesta hora eu senti a Presença de Deus, do Espírito Santo e comecei a chorar, chorar muito. Fiquei mais de uma hora e meia ali, parado e chorando, mas sentindo paz, tranqüilidade.. Enquanto chorava, toda a minha vida passava como se fosse num filme em minha cabeça, com todos os meus pecados, minhas buscas, angústias. Pensei que morreria ali. Num determinado momento percebi que Jesus estava falando ao meu coração: Nesta noite, apesar de toda a sua vida, Eu quero resgatá-lo, Eu quero salvá-lo. Eu quero fazer de você uma nova criatura. Continuei ali, parado, sem saber o que estava acontecendo, mas sentindo a presença de Deus. Eu sabia que a paz que sentia naquele momento só podia ser de Jesus, só podia ser do Espírito Santo. Quando invocamos Deus, com o coração posto em Cristo e na Sua Palavra, a Paz de Deus transborda em nossas almas aflitas. Essa paz consiste em uma tranqüilidade interior que o Espírito Santo nos transmite. Envolve-nos uma firme convicção de que Jesus está perto e que o Amor de Deus estará ativo em nossas vidas continuamente. Quando colocamos diante de Deus, em oração, as nossas inquietações, essa paz fica como guarda à porta de nossos corações e de nossas mentes, para impedir que os cuidados e angústias nos perturbem a vida e a esperança em Cristo. Se o medo e a ansiedade retornarem, novamente a oração, a súplica e a ação de graças trarão a Paz de Deus que nos guarda. Voltaremos a sentir segurança e nos regozijaremos no Senhor. Saí do carro por alguns momentos e percebi que, depois de todo tempo parado ali, naquela estrada, chorando, eu estava com o meu corpo leve, com o meu coração tranqüilo, confortado. Entrei novamente no carro, dei partida e o carro pegou como se nada estivesse acontecido, e eu terminei a minha viagem. Chegando a São José do Rio Preto, fui direto para o meu quarto, obedecendo a Palavra de Deus que nos diz em Mateus 6.6,7: Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará. E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito faiarem, serão ouvidos. Naquele momento eu senti que precisava falar com Deus através de palavras que viessem direto do meu coração, com sinceridade. Compreendi porque Deus não quer que rezemos o terço, nem aquelas orações prontas. Ele não gosta de repetições e sim de um coração sincero. E naquele quarto, no apartamento onde eu morava, peguei a Bíblia e fiz uma coisa que eu nem sei se é correto. No meio evangélico, eu sei, muitas pessoas fazem isso: uma "roleta bíblica". A gente quer saber o que o Senhor falará e abre a Bíblia. Não concordo muito com isso, mas naquele momento eu precisava de uma palavra direta do Senhor. E eu disse em oração: "Jesus, fala comigo o que o Senhor quer da minha vida, hoje". Abri a minha Bíblia em João 8.31-2 e este foi o momento mais importante da minha vida, com certeza. Estes dois versículos bíblicos entraram no meu coração, através do que disse Jesus aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos. Então conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Jesus nunca encorajou seus discípulos a colocarem sua confiança numa fé ou experiência passadas. É somente quando vós permanecerdes na minha palavra, que é possível ter a certeza da salvação. Este versículo: e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, penetrou no mais profundo do meu coração. No contexto da existência e conhecimento humanos, muitas coisas são verdadeiras. Há, no entanto, uma só Verdade que liberta as pessoas do pecado, da destruição e do domínio de Satanás: a Verdade de Jesus Cristo que se encontra na Palavra de Deus. As Escrituras nos dão testemunho da verdade que nos liberta do pecado, do mundo e do poder do demônio. Não são necessárias mais revelações de verdades para completar o Evangelho de Cristo ou torná-lo mais adequado. A verdade salvífica é revelada da parte de Deus somente "pelo Espírito", não procedendo de qualquer pessoa ou da sabedoria humana. E, naquele momento, sem saber ao certo como era aceitar Jesus, eu dobrei o meu joelho no chão e fiz uma oração de entrega. "Jesus, neste momento, eu O convido para que entre na minha vida, que o Senhor venha perdoar tudo aquilo que eu fiz no passado e que o Senhor venha aqui, agora, com o poder da tua cruz, com o poder do teu sangue, me resgatar, me salvar, me regenerar". Eu me lancei nas mãos de Jesus, sem saber o que Ele iria fazer de mim, e entreguei a minha vida para Ele. A partir daquele dia, nunca mais voltei para a Igreja Católica. Tive muitos problemas nestes anos de conversão, de caminhada, mas Deus tem sido fiel para comigo. Eu nunca mais tive vontade de morrer, nunca mais tive vontade de acabar com a minha vida, e hoje eu tenho a minha vida no altar do Senhor. Vivo realmente o Evangelho. VIDA NOVA Graças a Deus, um dia eu pude experimentar do Seu Poder em minha vida, que de fato foi transformada à medida que me tornava uma nova criatura. Logo depois de minha conversão, passei a orar pedindo a Deus que colocasse em minha vida pessoas sadias que pudessem me orientar e pastorear, pois precisava muito de apoio, em todos os sentidos. Comecei a freqüentar uma determinada denominação, mas sentia que ali não era o meu lugar. Nesse período, iniciei um trabalho itinerante que se resumia em dar meu testemunho em igrejas, apesar de não ter experiência alguma com ministério ou saber o que Deus queria de mim. Aos poucos, fui observando que meu testemunho estava partindo para uma linha sensacionalista e começando a me fazer mal, pois estava centralizado em mim mesmo e não no Poder de Jesus que me libertou e me constituiu Seu servo. Também observava que os crentes gostavam de ouvir a respeito de minhas experiências dentro do catolicismo. No início, lembro-me que falava muito mal da Igreja Católica, chegando até a escrever um livro no qual abordava aspectos negativos de minha vida dentro do catolicismo. Intitulado "A Falsa Mãe", este livro vendeu bastante, mas senti que não me agradava, pois a minha missão não era falar mal de religião e sim, engrandecer o Poder de Deus. Um dia fui parar em Osasco (SP), na Igreja Evangélica da Vila Yara, a fim de testemunhar, e acabei me deparando com o Pr. Ageo Silva e sua esposa, irmã Leila. A partir deste encontro, minha vida espiritual tomou realmente uma direção dentro da Vontade de Deus e aos poucos comecei a receber o apoio que precisava. É muito importante, depois da conversão, cercar-nos de pessoas sadias, que estejam dispostas a nos ensinar a caminhar no Espírito, e isto era o que estava me faltando. O Pr. Ageo e a irmã Leila, foram pessoas especiais que Deus colocou em minha vida. Com eles, pude crescer espiritualmente, pois investiram em mim, sempre me incentivando e orientando, orando por mim. Pela Graça de Deus, tornei-me membro da Igreja Evangélica da Vila Yara, e a partir daí o Senhor começou a abrir as portas para meu ministério. Uma das coisas que mais senti, depois de ser batizado e integrado na obra do Senhor, foi o desejo que Deus colocou em meu coração de ganhar almas. Antes, eu apenas falava de meu testemunho, contava minha história, mas não tinha ainda percebido que Deus queria usar minha vida para a salvação de muitas pessoas. Eu não era muito acostumado a fazer apelo no final de minha pregação ou testemunho, estando preocupado mesmo em, quem sabe, vender meu material. De repente o Senhor mudou meu coração, colocando-me um amor profundo pelas almas e me capacitando a depender única e exclusivamente dele. Fui me entregando e através de momentos de oração, Ele foi mostrando aquilo que de fato queria para minha vida: comprometimento com o seu Reino. Continuei visitando igrejas para levar meu testemunho, mas, de forma diferente, enfocando o Poder de Deus e não simplesmente contando uma história. Com isto o Senhor começou a operar, pois, a cada apelo, muitas vidas respondiam com sede de salvação, e, para Honra e Glória do Senhor, em 3 anos de ministério itinerante, milhares de pessoas ouviram meu testemunho e muitas vidas se renderam a Cristo Jesus. Hoje, minha vida é bastante comprometida com missões e, nas minhas andanças por este Brasil, tenho desenvolvido outro ministério: o de evangelismo nas estradas; um trabalho para o qual Deus tem me colocado e capacitado, abrindo muitas portas. O objetivo é distribuir Bíblias para caminhoneiros, prostitutas e policiais rodoviários, algo que tem sido muito gratificante ao me dar oportunidades para espalhar a Palavra de Deus a um povo sofrido e muitas vezes discriminado pela sociedade em geral. Muitas vezes, eu paro em postos de gasolina e ali faço o trabalho de evangelismo. Tem sido uma grande benção ver a surpresa e a alegria no rosto das pessoas que ganham uma Bíblia. Aos poucos, estamos estruturando este trabalho, procurando pegar o endereço das pessoas a fim de desenvolver um evangelismo por correspondência e também procurar encaminhar aquelas pessoas alcançadas nas estradas, para alguma igreja. Trata-se de um trabalho bastante complexo, mas no qual Deus tem operado grandemente, à medida que o conforto de Sua Palavra chega a pessoas desesperadas que encontramos nas estradas, as quais podemos até chegar a abençoar com uma oração. Deus tem abençoado grandemente a minha vida desde que entreguei seu controle em Suas mãos. Uma das maiores bênçãos foi minha esposa, com quem estou casado há três anos, e meu casamento também foi um dos milagres do Senhor. Ao observar minha vida, vejo que eu nunca teria condições, financeiras ou psicológicas, para ter uma família constituída, mas o Senhor mudou tudo isto, quando comecei a orar ao sentir falta de uma companheira. Numa dessas viagens visitando algumas igrejas, conheci, na cidade de Bauru, minha futura esposa, Adriana, e, aos poucos o Senhor foi abrindo as portas para que pudesse me casar e formar uma família. O apoio do meu pastor e da minha igreja foi fundamental, e, neste período, vi a Mão de Deus agindo com provisão. Tudo saiu de forma abençoada, eu nem acreditava que minha vida estava mudando tanto. Depois de um ano de casamento, o Senhor me presenteou com uma filha, a Rebecca, e nossas vidas têm sido uma benção, apesar das dificuldades que, logicamente, existem em toda família. Glorifico ao Senhor quando olho para o meu passado e me vejo, hoje, na pessoa que o Senhor transformou. Dia a dia tenho aprendido a depender do Senhor para tudo e sinto o cuidado que Ele tem para com minha vida e minha família. Muitos são os problemas e dificuldades, mas em tudo se manifesta a Mão de Deus. Sou missionário itinerante e, como tal, tenho sofrido na pele as dificuldades e necessidades que são comuns na vida daqueles que se consagram a Deus. Muitas vezes, as igrejas não têm uma visão missionária e, infelizmente não investem como deveriam. Mas, aprendi a não lamentar e a depender do Senhor, vivenciando que Deus não desampara aqueles que O servem, nenhum deles. Como missionário, dependo da venda de meus materiais para levar adiante meu ministério; trabalhei durante um bom tempo com fitas de vídeo, as quais vendia nas igrejas que visitava, no final dos cultos, e este, era o modo como o Senhor me sustentava. Certa vez, fui convidado a pregar numa igreja em São Paulo, a qual sabia que pertenciam mais de 2000 membros. Chegando o dia marcado, meu lado humano gritou e eu pensei: "É uma Igreja grande e lá vou vender muitas fitas. Coloquei minhas esperanças nas vendas das fitas e não no Senhor. Fui para São Paulo e cheguei na igreja com o carro cheio de fitas para vender e R$ 30,00 no bolso. Como, ao terminar o culto, precisaria fazer uma viagem de 600 Km, passando por oito pedágios, minha conclusão era que teria que vender muitas fitas para poder continuar minha viagem". O culto começou, preguei naquela noite e muitas vidas aceitaram a Jesus. Foi tudo uma benção. Terminando o culto, as pessoas foram se despedindo, e eu, estava certo de que só precisaria pegar o dinheiro das fitas com os diáconos e ir embora, pois na minha cabeça, todas as minhas fitas tinham sido vendidas. Mas, o que eu recebi foi uma grande surpresa, pois quanto ao dinheiro das fitas, o que o diácono tinha a me dizer é que não sabia o que tinha acontecido, porque nenhuma fita havia sido vendida. Quando ele me deu a noticia, fiquei chocado, e logo percebi que Deus tinha um propósito, mas confesso que fiquei decepcionado. Por um instante orei ao Senhor e pensei comigo: "o pastor me convidou para vir aqui, e é comum nas igrejas, quando convidam alguém, darem alguma oferta", e me apeguei neste pensamento. Quando, de repente, o pastor dirigiu-se a mim, feliz da vida e me agradecendo, vi que o que ele queria era marcar outra data para que eu voltasse, mas nada de falar em oferta. Eu já estava ficando incomodado com tanta conversa e, na verdade, só esperava a oferta, quando o pastor, muito alegre, me perguntou: O irmão já vai embora? Rapidamente respondi que sim, esperando a oferta e ele, sempre muito alegre, pegou na minha mão e disse: Vai com Deus, Deus te abençoe! , e não me deu um tostão. Fiquei olhando para aquele pastor e me senti o missionário mais abandonado da face da terra, Peguei as minhas sacolas de fitas e fui para o carro, me sentido arrasado, entrei e comecei a orar a Deus, pois estava indignado com a minha situação. Orando, peguei os trinta reais que tinha no bolso e falei para Deus: "Este dinheiro, não dá para abastecer o carro e nem mesmo pagar os pedágios...", e ao terminar de me lamentar com o Senhor, de repente ouvi a Sua Voz me dizendo: De uma forma muito clara: Pegue o carro agora, do jeito que você está e vá para a estrada, porque eu hoje vou mostrar a você quem sou Eu em sua vida. Senti de forma muito clara a presença de Deus, e uma fé sobrenatural entrou no meu coração. Mais que depressa, dei partida no carro, e fui para minha viagem. Estava consciente de que não tinha dinheiro, mas sabia que Deus iria providenciar de alguma forma, não sabia como. Estava me sentindo seguro, literalmente na fé. Ao olhar para o marcador de gasolina , vi que o combustível já estava na reserva, com o tanque quase vazio, mas eu, estava firme, e conforme via a gasolina acabando, pensava com muita fé: "O Deus que eu sirvo é dono de todo o petróleo que existe na face da terra. Glória a Deus!" Parecia que eu estava totalmente louco! Deparei-me com o primeiro pedágio, paguei e atravessei, mas logo no momento seguinte, minha fé desapareceu. Me senti totalmente desprotegido, fiquei transtornado por saber que estava abandonado naquela estrada e frustrado por saber que Deus não tinha falado comigo coisa nenhuma e o que tinha ouvido era coisa de minha cabeça. Parei em um posto de gasolina, que, por sinal, era grande, muito bonito e movimentado. Estacionei o carro e pensei comigo: "Tá vendo? Vai ser missionário! Você pensa que Deus está preocupado com você?" Nestes momentos, aparecem mil coisas na cabeça e a minha decepção era tamanha que pensava estar realmente abandonado por Deus. Estava ali, no estacionamento daquele posto, decepcionado comigo, com Deus e com a igreja que havia visitado. Pensei: "Vou ter que dormir no carro e amanhã de manhã terei que ligar para o meu Pastor. E vai ser difícil explicar o quê aconteceu". Nesse meio tempo, bateu a fome e com o resto de dinheiro que eu tinha, pensei: "Vou tomar um café", e entrei naquele restaurante, cheio de gente. Pedi o café, desanimado da vida, e quando o estava tomando, alguém bateu em meu ombro. Virei-me e me deparei com uma mulher, uma senhora muito bem vestida, que olhou bem dentro dos meus olhos, perguntando-me: Você é um servo de Deus? Respondi meio desconfiado que sim, pensando que ela devia ter me visto em alguma igreja por aí, quando me falou: Nunca o vi em minha vida, mas a hora em que o irmão entrou aqui, estava jantando com meu esposo e, ao vê-lo, o Espírito Santo me tocou. Comecei a orar por você, e Deus me pediu que viesse aqui te abençoar com esta oferta, e tirou de sua bolsa um dinheiro, colocando-o no meu bolso. Fiquei totalmente paralisado. Quando percebi, estava chorando e olhando para aquela serva de Deus que também chorava. Fomos visitados pelo Senhor. Ela me abraçou e falou ao meu ouvido: Vá em paz, porque o Senhor nunca abandona aqueles que estão no Seu Caminho. Saí dali e fui direto para o carro, e comecei a orar agradecendo ao Senhor pela sua manifestação, mas não sabia ainda o quanto de dinheiro aquela senhora havia colocado em meu bolso. Quando o peguei, comecei a contar e vi que tinha R$2000,00 em dinheiro, aí que chorei mesmo, pois Deus sabia de minhas necessidades. Esta foi uma das muitas experiências que tive e tenho tido com o Senhor. Ele de fato nos capacita e sustenta o ministério e a vida daqueles que se propõem a serví-Lo. Para Honra e Glória do Senhor, tenho aprendido a caminhar no Espírito, e isto é um aprendizado. Passo a passo, tenho percebido que viver pelo Espírito significa reconhecer, dia a dia, a minha dependência total do Senhor. Fraquezas e pecados existem, sinto-me consciente de que buscar a santidade é deixar o Senhor nos tratar e nos moldar do jeito que Ele deseja. Diariamente tenho procurado orar e aprender com a Palavra de Deus. Momentos difíceis existem, mas quando entregamos as nossas vidas nas Mãos do Senhor, Ele age fazendo sempre o melhor para nós. Nem sempre o melhor é aquilo que a gente quer, mas temos que confiar na ação Deus, que faz sempre o melhor para seus servos. Caminhando no Espírito, posso contemplar as Vitórias de Deus, na minha vida, na minha família e no meu ministério. A cada dia sinto-me mais compromissado com a obra de Deus, pois não existe nada melhor do que ser dirigido pelo Espírito Santo. Mas lembre-se, é uma caminhada e precisamos dar o primeiro passo. Conclusão O meu desejo é que este livro lhe ajude a ter uma experiência genuína com o Senhor Jesus. Creio que religião não salva ninguém, nem transforma o interior de ninguém. Mas a igreja é algo muito importante na vida das pessoas, pois é nela que aprendemos mais a respeito do Senhor e também é através dela que nos inserimos no corpo de Cristo. Existem muitas denominações evangélicas. São tantas, que devemos estar sempre pedindo discernimento para saber se estão obedecendo a Palavra de Deus, pois não podemos nos iludir com falsas pregações. Aliás, este é um grande problema. Precisamos saber que a Palavra de Deus, não nos promete "sombra e água fresca", uma vida boa, mas sempre nos coloca o compromisso para com Deus e para com o próximo. Existem muitas teologias por aí, e muitas igrejas hoje, que pregam muito a respeito de prosperidade e de coisas que não tem a ver com o Verdadeiro Evangelho de Jesus. Precisamos sempre orar, pedindo ao Senhor que nos coloque numa igreja que zela pela sua Palavra, que é comprometida com ensino e missões, que não esteja fechada entre quatro paredes, mas aberta às necessidades do mundo, e que não perde oportunidades de levar Jesus a esta sociedade tão deteriorada pelo pecado. Agradeço muito ao Senhor Jesus pela igreja que pertenço, e sei que é muito importante a minha integração no corpo de Cristo! Sabemos que o Senhor Jesus espera de nós uma resposta a seu apelo de compromisso. Nunca podemos nos esquecer da Graça do Senhor, que nos acompanha e nos capacita.