PADRE MARCELO ROSSI MOMENTO DE FÉ AS MELHORES HISTÓRIAS 2004 Digitalizado e corrigido por Maria José Damieri Gomes. Momento de Fé As histórias contidas neste livro foram narradas pelo Pd. Marcelo Rossi em seus programas de Rádio ou em seus diálogos religiosos com os fiéis, servindo para exemplificar a mensagem do Evangelho que ele busca transmitir. Muitos foram os pedidos para que ele as recolhesse numa obra, a exemplo do que já fizera anteriormente com o livro "Parábolas que transformam vidas". Através destas breves e singelas histórias podemos contemplar a grandeza de Deus se manifestando na pequenez e na fraqueza da pessoa humana. Tais relatos querem ser mais que uma ilustração e um modo simples de esclarecimento da doutrina cristã, mas desejam remeter, de um modo bem acessível, à lição espiritual que brota da mensagem de Jesus. O objetivo é pois levar os ouvintes e leitores a se predisporem a ir adiante em busca da Palavra do Senhor e a traduzi-la no cotidiano de suas vidas. Parabéns por este trabalho e as bênçãos de Deus para o autor e para os que, lendo estas histórias, sentem o apelo para reconhecer a dimensão espiritual como a realidade essencial e que só pode ser encontrada plenamente na Palavra de Deus. Dom Fernando A. Figueiredo Bispo de Santo Amaro/SP "Antes bem aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e as observam!" (Lucas 11,28) Foi uma grande alegria para mim, poder selecionar as histórias que conto diariamente no meu programa Momento de Fé na Rádio Globo, as quais têm emocionado as pessoas. Entre as mais de 3.000 histórias que eu tinha em mãos, tornou-se difícil escolher estas 63 para fazerem parte deste livro. O critério que acabei usando, foi no sentido de poder ajudar as pessoas que se encontram tristes ou deprimidas, e também mostrar como a Palavra de Deus pode trazer força e vida para você, querido leitor, e para a sua família. Deus o Abençoe, Pd. Marcelo M. Rossi. O Milho Grande Essa é a história de um fazendeiro bem sucedido. Ano após ano ele ganhava o troféu "MILHO GIGANTE" na Feira de Agricultura do seu município. Chegava na Feira com uma amostra do milho na Feira, e saía vencedor com uma faixa azul recobrindo o seu peito. O milho que produzia era melhor a cada ano. Numa dessas ocasiões, um repórter do jornal, ao abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre como costumava cultivar o seu qualificado e valioso produto. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do milho gigante com os vizinhos. Indagou o repórter: - Como você pode se dispor a compartilhar a sua melhor semente com seus vizinhos, quando eles estão competindo com você a cada ano? O fazendeiro pensou por um instante e respondeu: - Você não sabe? O vento carrega o pó do milho maduro de um campo para o outro. Se meus vizinhos cultivarem um milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade da minha plantação. Se eu quiser cultivar um milho bom eu tenho que ajudar os meus vizinhos a também cultivarem um milho bom. Moral da história: A produção de milho do fazendeiro não poderia melhorar se a do vizinho também não tivesse sua qualidade melhorada. Isto vale para qualquer dimensão de nossas vidas. Os que escolhem estar em paz, devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz, os que querem viver bem, têm que ajudar os outros a viverem bem. E os que querem ser felizes, tem que ajudar os outros a encontrarem a felicidade, pois é também no relacionamento com os outros que depende a construção de nossas vidas. Conselhos Dona Luiza era uma senhora de 92 anos, impecável, elegantemente vestida e bem penteada. Estava de mudança para uma casa de repouso, pois, o marido com quem vivera durante 70 anos, havia morrido e ela ficara só... Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. A caminho de sua nova morada, a atendente ia descrevendo em detalhes o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas floridas que enfeitavam a janela. - Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela, com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho. - Mas a senhora ainda nem viu o seu quarto... - Nem preciso ver - respondeu - a felicidade é algo que você decide de antemão. E eu já decidi que ia gostar! É uma decisão que tomo todos os dias, quando acordo. Sabe, eu tenho duas escolhas: posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em algumas partes do meu corpo que não funcionam bem, ou posso levantar-me da cama agradecendo pelas outras que ainda me obedecem. Cada dia é um presente do alto, e quando meus olhos se abrem, ou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para este momento da minha vida. Moral da história: A vida não é medida pelo número de vezes em que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego ao sorrir ou em ocasiões de surpresa e de felicidade! Fica a pergunta: O que estamos plantando? Amor ou ressentimento? Vida ou morte? Que Jesus nos faça testemunha de uma vida na sua graça! 10 O Pãozinho Há muitos anos, houve um período de grande fome no mundo, e os pobres sofriam muito sem ter o que comer. Um homem rico, que amava crianças, chamou vinte delas e disse: - Nesta cesta há um pão para cada um de vocês. Peguem e voltem todos os dias, até passar esta época de fome. vou lhes dar um pão por dia. As crianças estavam esfomeadas. Partiram para cima da cesta e brigaram pelos maiores pães. Nem se lembraram de agradecer ao homem que tivera tanta bondade para com elas. Após alguns minutos de briga e avanço nos pães todos foram embora correndo, cada um com seu pão, exceto uma menininha chamada Maria. ela, ficou lá, sozinha, à pequena distância do homem. Então, sorrindo, ela pegou o último pão, o menor de todos, e agradeceu de coração. No dia seguinte, as crianças voltaram e se comportaram pior do que no dia anterior. Maria, que não entrava na confusão, ficou somente com um pãozinho bem fininho, que não era nem a metade do tamanho dos outros. Porém, quando chegou em casa e a mãe foi cortar o pãozinho, caíram de dentro dele, seis moedas bem brilhantes de prata. Óh Maria! - exclamou a mãe. - Deve haver algum engano, porquê esse dinheiro não nos pertence. Corra o mais rápido que puder devolva-o ao seu verdadeiro dono! Maria correu para devolver o dinheiro mas, quando deu o recado da mãe, o senhor lhe disse: Não, não foi engano nenhum. Eu mandei colocar as moedas no menor dos pães, para recompensá-la. Lembre-se ainda lembram de agradecer por ele, vão receber muitas bênçãos bem mais valiosas que o dinheiro que você encontrou nesse pão. 11 Moral da história: Jesus, em Sua infinita misericórdia, derrama muitas graças sobre cada um de nós. Ele sempre está com os olhos voltados para a nossa direção. Ele nos pede para sermos humildes e estarmos dispostos a nos despojarmos dos nossos desejos, na realização da Sua vontade e no serviço ao próximo. Cheiro de Deus Um vento frio dançava ao redor da noite, enquanto o médico caminhava pelo pequeno hospital em direção ao quarto de Maria. Ainda meio tonta por causa da anestesia, seu marido, Pedro, segurava sua mão, esperando pelas últimas notícias da cirurgia. Naquela tarde complicações tinham forçado Maria, com apenas 24 semanas de gravidez, a sofrer uma cesariana de emergência, trazendo ao casal a nova filha, Carol. Mas as palavras do médico caíram como uma bomba sobre eles: Não acredito que a criança sobreviva, há apenas 10% de chance dela passar desta noite. Entorpecidos e incrédulos, Pedro e Maria escutaram o médico descrevendo os problemas que Carol enfrentaria se sobrevivesse. Ela nunca andaria, não falaria, provavelmente ficaria cega, e estaria entre a paralisia cerebral e o total retardamento mental. Durante a madrugada, enquanto a vida de Carol estava por um fio, Maria, entre um sono e outro, via crescer a idéia de que sua minúscula filha viveria para ser uma menina feliz e saudável. Mas Pedro, plenamente acordado, sabia que deveria convencer sua esposa do inevitável. Disse então, que eles precisavam conversar sobre o enterro. Maria, sem querer ouvir o marido, ignorava o que ele dizia. Como Carol estava muito fragilizada, mal podiam tocá-la ou levantá-la para demonstrarem seu afeto e que estavam ali esperando que fosse curada. Tudo o que podiam fazer era orar, pedindo a Deus que ficasse 12 perto daquela menina tão querida e preciosa. com o passar das semanas, Carol ganhou um pouco de peso e força. Quando completou dois meses, seus pais puderam dar-lhe o primeiro abraço. E dois meses mais tarde, embora os médicos continuassem a advertir que suas possibilidades de sobrevivência eram remotas, Carol foi para casa, assim como sua mãe acreditava que aconteceria. Hoje, Carol é uma menina com um insaciável amor pela vida. Ela não demonstra sinal de qualquer dano mental ou físico. Numa tarde, Carol estava sentada nas arquibancadas de um estádio, assistindo ao jogo do time de João, seu irmão. Como sempre, ela falava sem parar com sua mãe, quando de repente, deixou-se cair silenciosa, com a cabeça encostada no colo da mãe, e perguntou: -Está sentindo este cheiro? - Sim, cheiro de chuva - respondeu a mãe. Carol fechou os olhos novamente e perguntou: - A senhora está sentindo este cheiro? - Sim, acho que vamos nos molhar, é cheiro de chuva. Carol sacudiu a cabeça e falou: - Não, é o cheiro Dele, é o cheiro de Deus que eu sinto quando coloco a cabeça próxima ao seu coração. Emocionada, Maria viu nas palavras da filha a confirmação do que ela e toda família já sabiam desde o início. Durante aqueles longos dias e noites dos seus primeiros meses de vida, quando seus nervos eram por demais sensíveis para que a mãe pudesse tocá-la, Deus segurava Carol contra Seu peito e deixava em seu coração o Seu perfume de amor, o qual ela jamais esqueceria. Moral da história: Você ainda acha que Jesus não pode fazer o impossível na sua vida? Faça esta experiência, se lance nos braços de Jesus e veja quantos milagres acontecem com você! Deus transforma o impossível em POSSÍVEL... 14- Cuida do Mais Importante Certa vez um jovem recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para usar na jornada. - Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou-se, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E nem sequer pensava em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz. Para cumprir, porém, rapidamente sua tarefa, ele por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal. Quando parava numa estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou lhe providenciar alguma ração. - Assim, meu jovem, acabarás perdendo o animal. - disse alguém. - Não me importo. - respondeu ele. - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Não fará nenhuma falta! com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país, havia poucas fazendas e estas eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já tinha deixado pelo caminho toda a bagagem, com exceção das pedras, pois se lembrava da recomendação do rei: "Cuide do mais importante!" Seu passo se tornou curto e lento. As paradas freqüentes e 15 longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde caiu exausto ao lado da estrada, onde ficou desacordado. Uma caravana de mercadores, que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, percebeu que estava de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera. - Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuidar do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti, não perdi nenhuma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, demonstrando completa frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: "Ao meu irmão, rei da Região do Norte. O jovem que te envio é candidato a casar-se com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor: verifique o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido, nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem aqueles que o servem". Moral da história: Muitas vezes nos preocupamos com o exterior e esquecemos o mais importante: o que está no coração. Jesus nos ensina que em todos os dias, devemos viver como testemunhas vivas do Seu Amor. Vamos assumir esta missão e lançar fora o que nos impede de nos aproximarmos de Deus... 16 O Violinista Havia um violinista cuja competência em sua arte era inigualável. Certa vez, decidido a enfrentar novos desafios, propôs a si mesmo entrar numa selva habitada por animais selvagens. Acreditando no poder de sua música, julgava que chamaria a atenção dos animais, tocando-lhes seus corações despertando o que de melhor havia dentro de cada um deles. As pessoas tentaram impedi-lo, mas não conseguiram. E lá foi o violinista embrenhar-se no mato, levando apenas o seu violino, e sua arte e a sua fé. Estava no meio da floresta quando o leão o farejou. A fera ao sentir a sua presa, veio correndo, e quando ia dar o bote fatal, ouviu o som que saía do violino e admirado com a música, fiou ao lado dele para saborear as notas musicais liberadas pelo violinista através do seu instrumento de trabalho. Pouco depois, o tigre também farejou a refeição em potencial, veio correndo e quando ia abocanhar sua presa, ficou admirado com o som emitido do violino e também se colocou ao lado do leão para contemplar a performance do violinista. E assim, cada animal que avistava ou farejava o homem e seu violino, aproximava-se decidido a devorá-lo, mas quando envolvido pelo som que ele tocava, apaziguado em seu ânimo, superava os próprios instintos e acomodava-se junto aos outros para apreciar o show. Assim prosseguia, até que a onça também passou por perto, farejou o violinista e veio correndo, passou por cima dos outros animais e devorou o pobre homem. Os animais ficaram chocados com tanta maldade e foram perguntar a onça o por quê do ato tão cruel. A porta voz dos animais, a hiena, indagou: - Dona Onça, dona Onça...Como pôde? Será que tamanha música não foi capaz de sensibilizá-la? A onça sem nada entender sobre o que estava acontecendo 17 cada vez nos tornamos melhores e mais santos, embora sempre pecadores... Então, por que devo me preocupar ou me entristecer? O senhor ficou muito admirado com a sabedoria do homem e entendeu a situação daqueles que, embora pecadores. conhecem e amam a Deus. Honestidade Certa vez, um homem rico perdeu uma bolsa com quatrocentas moedas de ouro. Então, anunciou nos jornais da cidade que daria uma boa gratificação a quem achasse a bolsa. Dias depois, apareceu um pobre, muito honesto, conhecido na cidade, trazendo-lhe a bolsa com as quatrocentas moedas. O rico contou as moedas: estavam todas ali; mas, como era muito ganancioso procurou um jeito de não dar a gratificação. Então, olhou para aquele homem humilde e lhe disse: - Faltam cem moedas. Tu não mereces gratificação nenhuma. O pobre homem foi expor o fato ao juiz. O juiz chamou o rico e perguntou: - Quantas moedas havia na bolsa que você perdeu? - Quinhentas respondeu-lhe o rico. - E quantas há na bolsa que este homem trouxe? - Quatrocentas, respondeu o rico. Aí o juiz disse: Então essa bolsa não é a sua. Devolve a este homem e vai embora. Quando aparecer o verdadeiro dono, ele a entregará. Moral da história: Devemos ter em nosso coração a humildade e reconhecer em cada um o verdadeiro valor pessoal. A ganância somente nos leva para o abismo, por isso vamos deixar que Jesus conduza todas as nossas atitudes para assim merecermos a graça divina. 19 Ensinamento de Deus Um homem com vontade de saber sempre mais, procurou três pessoas, sendo uma delas um sacerdote. Ao primeiro homem perguntou se ele conseguiria lhe passar todos os ensinamentos da Bíblia. O homem respondeu que era impossível. Então procurou uma segunda pessoa e fez a mesma pergunta, obtendo como resposta: Você quer um milagre? Então procurou o sacerdote e lhe fez a mesma pergunta. O padre com um sorriso no rosto respondeu: - Claro que posso, disponha-se para acolhê-los. - Pronto - disse o homem. E o padre simplesmente respondeu: -AME! - Mas, só isso? - Respondeu o homem, cheio de dúvidas. O padre lhe respondeu: - A Bíblia nos transmite principalmente o amor. - Mas e o resto? Tornou ele a perguntar. - O restante do conteúdo da Bíblia explica justamente como e o porquê se deve amar. O homem, porém, saiu insatisfeito com a lição que tinha recebido porque não escutou o que queria e o que já tinha em sua mente. Moral da história: Vamos basear nossas vidas nos Ensinamentos de Jesus transmitidos pela Palavra Sagrada, a Bíblia. Não tenha medo de adquirir a Sabedoria Divina e compreenda sempre mais o que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. O Padre e o Homem Um homem chegou exausto ao mosteiro e disse: - Estou procurando Deus há muito tempo, talvez o senhor me ensine a maneira correta de encontrá-Lo. - Entre e veja o nosso convento! disse o padre, pegando-o pela mão e levando-o até à capela. - Aqui estão as mais belas obras de arte do século XVI, que retratam a vida do Senhor e a Sua glória junto aos homens. O homem aguardou, enquanto o padre explicava cada uma das belas pinturas e esculturas que adornavam a capela. No final, repetiu a pergunta: Muito bonito tudo o que vi. Mas eu gostaria de aprender a maneira mais correta de encontrar Deus. Deus! - respondeu o padre. - Você disse muito bem: Deus! E levou o homem até o refeitório, onde estava sendo preparado o jantar dos monges. Olhe à sua volta: daqui a pouco será servido o jantar, e você está convidado para comer conosco. Poderá ouvir a leitura das Escrituras, enquanto sacia sua fome. Não tenho fome, e já li toda a Escritura - insistiu o homem Vim até aqui para encontrar Deus. O padre de novo pegou o estranho pelas mãos, e começaram a caminhar pelo claustro, que circundava um belo jardim. - Peço aos meus monges para manterem a grama sempre cortada, tirarem as folhas secas da água da fonte que você vê ali no meio. Penso que este é o mosteiro mais limpo de toda a região. O estranho caminhou um pouco com o padre, depois pediu licença, dizendo que precisava ir embora. Você não vai ficar para jantar? Perguntou o sacerdote. Enquanto montava no seu cavalo, o estranho comentou: Parabéns por sua bela igreja, pelo refeitório acolhedor, 20 pelo pátio impecavelmente limpo. Entretanto, eu viajei muitas léguas apenas para aprender a encontrar Deus, e não para deslumbrar-me com eficiência, conforto, e disciplina. Um trovão caiu do céu, o cavalo relinchou forte, e a terra foi sacudida. De repente, o estranho tirou seu disfarce, e o padre viu que estava diante de Jesus. - Deus está onde O deixam entrar - disse Jesus - mas vocês fecharam a porta deste mosteiro para Ele, usando regras, orgulho, riqueza e ostentação. Da próxima vez que um estranho se aproximar pedindo para encontrar Deus, não mostre o que vocês conseguiram em nome dele, ouça a pergunta, e tente respondê-la demonstrando amor, caridade e simplicidade. Moral da história: Deus se faz presente em todos os momentos. Para percebê-lo, vê-lo e principalmente senti-lo basta apenas abrirmos o coração e deixai que Jesus faça nele Sua real e verdadeira moradia. Ninguém Pode Estragar o Seu Dia (a menos que você permita) Paulo acompanhava um amigo, Daniel, à banca de jornal. Daniel cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, Daniel sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando os dois amigos desciam pela rua, Paulo perguntou: - Ele sempre lhe trata com tanta grosseria? - Sim, infelizmente é sempre assim. 22 - E você é sempre tão atencioso e amável com ele? - Sim, sou. - Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você? - Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Devemos sempre permanecer de pé perante as dificuldades e não permitir que acabe com a nossa Fé. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à disposição do mau humor, da impaciência, da inveja e da raiva. Moral da história: Jesus é quem sempre conduz os nossos passos e principalmente a nossa vida. com os Olhos do Puro: Amor de Jesus Aconteceu num dia em que estava com minha filha no zoológico. Vi uma avó com uma garotinha cujo rosto era todo salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. As crianças estavam esperando numa fila para que um artista pintasse suas faces com patinhas de tigre. - Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde pintar um menino gritou na fila. Sem graça, a menininha abaixou a cabeça. A avó ajoelhou-se perto dela e disse: - Gosto de suas sardas. - Mas eu detesto - ela replicou. - Quando eu era menina, sempre quis ter sardas - disse a senhora, passando o dedo pela face da neta - sardas são tão bonitas! A menina levantou o rosto: 23 - São mesmo? - Claro - disse a avó - Quer ver? Diga-me uma coisa mais bonita que sardas. A garotinha, olhando para o rosto sorridente da senhora, respondeu suavemente: - Rugas. Aquele momento me ensinou que, se olharmos para os outros com os olhos do amor, não veremos o que eles possam ter de feio ou defeitos. Apenas o que têm de bonito. "As rugas indicavam apenas onde os sorrisos estiveram". Moral da história: Jesus também não enxerga em nós apenas os defeitos ou os problemas, muito pelo contrário, com tanto amor irradiando de Seu Coração, Ele nos observa com muita Misericórdia. O Senhor Palha: Há alguns anos atrás existia um homem chamado senhor Palha. Ele não tinha casa, mulher, nem filhos. Para falar a verdade, só tinha a roupa do corpo. Ele era tão pobre que mal tinha o que comer e era magrinho como fiapo de palha, por isso as pessoas o chamavam de senhor Palha. Todo dia o senhor Palha ia à igreja pedir a Deus para melhorar a sua vida e nada acontecia. Até que um dia ele ouviu uma voz a sussurrar: - A primeira coisa que você tocar quando sair da igreja será um motivo de grande bênção. O senhor Palha levou um susto. Esfregou os olhos, olhou em volta, mas viu que estava bem acordado e a igreja vazia. Mesmo assim saiu pensando: - Eu sonhei ou foi Deus quem falou comigo? 24 Na dúvida correu para fora da igreja, mas na pressa, o pobre senhor Palha tropeçou nos degraus e foi rolando até o final da escada, onde caiu na terra. Ao se por de pé, ajeitou as roupas e percebeu que tinha alguma coisa na mão. Era um fiapo de palha. bom - pensou ele - um fiapo de palha não vale nada, mas se Deus quis que eu pegasse é melhor guardá-lo. Pouco depois apareceu uma libélula zumbindo em volta de sua cabeça. Tentou espantá-la, mas não adiantou. A libélula continuava voando ao seu redor. Muito bem - pensou ele - se não quer ir embora, fique comigo. Apanhou a libélula e a amarrou no fiapo de palha, dando a impressão de ser uma pequena pipa. E continuou descendo a rua com o bichinho preso no fiapo de palha. Logo à frente encontrou uma florista com o filho, a caminho do mercado onde iam vender flores. A criança estava muito cansada, mas quando vin a libélula amarrada no fiapo de palha seu rosto se animou. - Mãe me dá uma libélula! - bom - pensou o senhor Palha - Deus me disse que o fiapo de palha seria um motivo de grande bênção, mas esse garotinho está tão cansado, que pode ficar mais feliz com o presentinho. E deu a libélula para o garoto. - É muita bondade sua - disse a florista - Não tenho nada para lhe dar em troca, além de uma rosa. O senhor Palha agradeceu e continuou seu caminho levando a rosa. Andou mais um pouco e viu um jovem rapaz. de cabeça baixa sentado numa árvore. Parecia tão infeliz, que o senhor Palha lhe perguntou o que estava acontecendo e o rapaz disse que iria pedir à sua namorada em casamento, mas, não tinha nada para dar como presente. - Bem, também sou pobre, não tenho nada de valor, mas se quiser dar a ela esta rosa, é sua. O rapaz ficou tão feliz que em retribuição deu três laranjas 25 ao senhor Palha. E assim seguiu caminhando com as saborosas frutas. Logo em seguida, encontrou um vendedor carregando muito peso e com muita sede, não conseguindo dar nem mais um passo. - Acho que não tem nenhum poço por aqui, disse o senhor Palha, mas se quiser tome essas laranjas, talvez elas matem a sua sede. O vendedor ficou tão grato que pegou um rolo da mais fina seda e deu ao senhor como agradecimento. O senhor Palha seguiu mais uma vez pela rua com o rolo de seda debaixo do braço. Não deu dez passos e viu passar uma carruagem na qual uma moça era conduzida, ela, sem pensar perguntou: -Onde o senhor arrumou essa seda? É justamente o que estou procurando. Hoje é o aniversário de meu pai e quero lhe dar algo belo. -Bem, já que é aniversário dele, tenho o prazer de lhe dar essa seda. -O senhor é muito generoso e como agradecimento aceite essa jóia em troca. A carruagem se afastou deixando o senhor Palha segurando a jóia de inestimável valor. Então ele falou consigo mesmo: -Muito bem, comecei com um fiapo de palha que não valia nada e agora tenho uma jóia. Levou a jóia ao mercado, vendeu-a e com o dinheiro comprou terras. Trabalhou muito, arou, semeou, colheu e a cada ano a plantação produzia mais alimentos. Em pouco tempo o senhor Palha ficou muito bem de vida, podendo ajudar muitas pessoas sem olhar a quem fazia o bem. Diziam que a mudança de sua vida tinha começado com um fiapo de palha, mas muitos tinham a certeza de que foi no momento em que ele ouviu, obedeceu e colocou em prática o que Deus lhe falou... 26 Moral da história: Jesus nos indica o melhor caminho. Mas nós como agimos? Nós o obedecemos ou simplesmente ignoramos as Suas Palavras? Para a nossa total mudança e principalmente para a nossa felicidade, deixemos que Deus restaure por inteiro o nosso coração. Um Par de Sapatos: Era uma tarde fria de inverno. Uma senhora passa pela rua e vê um menino de pé descalços, roupa em frangalhos, diante de uma vitrine. Seus olhinhos estão presos na exposição de sapatos. Ela perguntou sorrindo: - O que está fazendo aqui? Não está sentindo frio? - Estou pedindo ao bom Jesus que me arranje um par de sapatos. -Então venha comigo. Vejamos se Jesus gosta de ajudar meninos como você. Entrou com ele na loja, onde, aliás, era muito conhecida e pediu uma bacia com água quente para lavar os pés do menino. Depois lhe comprou meias de lã e um par de sapatos. O garotinho continuava surpreso sem dizer uma palavra. No final, quando a mulher fez menção de deixá-lo, ele a fitou demoradamente, olhinhos úmidos e perguntou: -A senhora é a Mãe de Jesus? -A Mãe de Jesus? -Não, meu filho, apenas a Sua serva. Moral da história: Jesus espera que sejamos testemunhas do Seu Amor. Por isso, todos os dias, Ele coloca em nosso caminho pessoas que necessitam de alguma ajuda. Basta deixarmos que o Espírito Santo nos conduza e então seremos verdadeiros instrumentos do Amor de Jesus. 27 As Mãos de Jesus Uma pequena menina tinha uma mãe muito bonita, exceto as mãos que eram ressecadas e com horríveis cicatrizes. Um belo dia perguntou à mãe porque suas mãos eram daquela forma. Disse-lhe a mãe que quando a menina era ainda criança, sua casa tinha incendiado e que ela tinha conseguido chegar ao andar superior, onde ela dormia no berço. Com a ajuda do Senhor pôde retirá-la de lá e levá-la para fora, em segurança. Ela nada sofrera, mas suas mãos de mãe acabaram ficando bastante queimadas. Ao ouvir o relato da mãe, a menina, soluçando e com muita ternura lhe falou: - Mãe, você sabe que sempre admirei seu rosto, seu sorriso, seus olhos. Mas agora eu quero lhe dizer que nada é tão lindo quanto as suas mãos. Moral da história: As mãos do Senhor alimentaram a multidão no deserto, repartindo os poucos pães e peixes. Elas purificaram o leproso no caminho. Amassaram o barro que foi colocado nos olhos do cego para que tornasse a ver. E quando disse a Tomé: "Coloca aqui o teu dedo, e vê as minhas MÃOS", (João 20, 27), fortaleceu a fé, não apenas nele, mas em todos os apóstolos. Aquele que deixou a glória dos céus fazendo-Se carne por nós morreu numa cruz para que tivéssemos os pecados perdoados e fôssemos salvos. Ele traz em Suas Mãos compassivas as cicatrizes que serão, para nós, uma lembrança eterna do Seu grande Amor. As Mãos de Jesus poderão transformar a situação difícil em que você vive, em momentos de alegria, basta crer na Misericórdia de Jesus e deixar-se ser conduzido pelo Seu amor, 29 Os Patins Havia um menino apaixonado por patins. Era tudo o que ele queria na vida. Pediu, implorou, tanto fez que um belo dia, eis que conseguiu o que tanto queria! Ficou muito feliz com o par de patins, tão feliz que não desgrudava dele um só minuto. Era dia e noite, o menino e os patins. Só que no primeiro tombo, no primeiro arranhão, ele ficou com medo e resolveu guardá-los. Os patins ainda eram a coisa que ele mais queria naquele momento. O que ele mais gostava de fazer era estar com eles. Mas preferiu não arriscar, não usá-los mais, pois poderia se machucar, se ferir. O tempo foi passando e os patins ficaram guardados. Passaram-se anos e o garoto esqueceu os patins. Então, num belo dia, ele se lembra e resolve recuperar o tempo perdido. Vai até o armário, revira tudo e finalmente os encontra. Corre para calçá-los e aí tem uma surpresa. Os patins não cabem mais em seus pés. O menino, acometido de uma profunda tristeza, chora e lamenta os anos perdidos, lamenta o tempo que não vai mais poder recuperar. É claro que ele poderia comprar outro par, mas nunca seriam iguais àqueles. Muitas vezes somos como o menino, guardamos sentimentos com medo de vivê-los, com medo de nos machucarmos, e depois, quando resolvemos retomá-los já terá passado muito tempo. Aqueles patins eram especiais para o garoto, eram únicos. Por mais que comprasse patins novos, nenhum outro seria igual 31 aquele que ficou guardado tão somente por falta de coragem de continuar tentando. Moral da história: Não permita que os obstáculos, os ressentimentos, mágoas e medos impeçam de você viver a Graça e sentir o Amor de Jesus agindo em sua vida. Não guarde seus patins. Se Queres: Se queres descobrir o amor em teu ser, primeiro observa o nascimento das flores sobre as pedras, o nascimento da borboleta em seu casulo tão limitado... Observa o sol nascendo e iluminando o que há pouco era só escuridão... Se queres conhecer o amor, observa o movimento gracioso do vento por entre as flores e vê as sementes sendo lançadas para outros solos, transformando-os, delicadamente, sem pressa. Observa a generosidade com que a natureza te acolhe, mostrando com seus movimentos a importância de te sentires como ela se sente. Se queres sentir o amor, olha para os teus irmãos com a disposição de, sem julgamento, vê-los como eles são. Olha para ti e aceita o que vem do teu coração. Se queres compartilhar o amor, apenas estende tua intenção e ela chegará ao mundo e a ti retornará, trazendo-te as bênçãos de Deus que sorri com a tua conduta. Se queres prosseguir com o amor, procure viver de acordo com as virtudes que te foram dadas por Deus... Se queres sentir o verdadeiro amor, entrega-te por completo nas mãos de Jesus e verás o Milagre da vida acontecer em ti. 32 O Cavaleiro e o Frei Havia na Europa medieval, num vilarejo, uma ponte onde só podia passar uma pessoa de cada vez, pois a ponte era estreita. Certo dia, vinha de um lado um monge e do outro um cavaleiro com seu exército. Ao chegar no meio da ponte o cavaleiro disse ao religioso: -Frei, volte para eu poder passar! O Frei respondeu: - Eu estava aqui primeiro, e você deverá ceder a vez para que eu possa passar! O cavaleiro lançou então um desafio: - Frei, responda-me uma questão e eu o deixarei passar primeiro: Qual é a diferença entre o céu e o inferno? O Frei se negou a responder e o cavaleiro, tomado de fúria, desembainhou sua espada ameaçando matá-lo. O Frei lhe diz de imediato: - Já lhe respondi sua pergunta, ó nobre cavaleiro! Admirado, o cavaleiro quis saber do Frei qual tinha sido a resposta, que lhe diz com extrema sabedoria: - Quando quisestes me atacar, vós estáveis no inferno. No momento, porém, em que se arrependeu e não me atacou, deixastes o inferno, indo para o Céu. Diante desta resposta o cavaleiro e seu exército retornaram à extremidade da ponte e foram abençoados pelo Frei. Moral da história: Todas as vezes que cometemos alguma falta, Jesus na Sua infinita Misericórdia está de coração aberto esperando que nos voltemos para Ele, arrependidos. Por mais dolorosa que seja a sua queda, não tenha medo, permita que Jesus restaure o seu coração. 33 Honestidade Não Tem Preço A história é comovente. Fala de uma honestidade a toda prova e é contada por Vladimir, um jovem prisioneiro de um campo de concentração no nordeste da Sibéria. Ele tinha um companheiro de prisão chamado André. Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com vida, pois os alimentos que os prisioneiros recebiam não os manteriam vivos por muito tempo. A taxa de mortalidade era extremamente alta, por causa do regime de fome e dos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos. Vladimir tinha, em uma pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar, coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância. Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo. Certo dia, ele foi designado para um trabalho temporário em outro campo. E, como não sabia o que fazer com a caixa, André lhe disse: Deixe comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará em segurança comigo. No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os caminhos, impossibilitando o transporte de provisões. O jovem sabia que no campo de concentração em que ficara André, as coisas deviam estar muito difíceis. Dez dias depois, as estradas foram reabertas e o jovem retornou ao campo. Chegou a noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, menos André que não estava entre os demais. Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou: Onde está André? Ele está em uma cova enorme junto com outros tantos 34 prisioneiros - respondeu ele. Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você. Vladimir sentiu um forte aperto no coração. Nem minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou. Abriu a caixa e dentro dela ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo "Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer as mãos. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço. Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas. André." Moral da história: Jesus sempre age em nossa vida com todo amor que está em Seu Coração. Como somente Ele sabe o que é melhor para nós, devemos sem duvidar, confiar em Sua Misericórdia. O Preço de Um Resgate A missa transcorria dentro do normal quando o jovem padre, no lugar dos avisos dominicais, chamou um senhor para que esse lhes contasse uma história. Depois dos costumeiros cumprimentos, disse aos que lá estavam: - O que vou contar a vocês aconteceu comigo alguns anos atrás. Um pai, seu filho e o amigo dele estavam navegando em pleno mar aberto quando foram surpreendidos por uma tempestade. Mesmo sendo experiente, o pai não conseguiu evitar que a força das ondas arrastasse o seu filho e o amigo para dentro do mar. Sem demora o pai pegou a única bóia de resgate que havia e teve que tomar uma difícil decisão: a qual dos jovens deveria lançar a bóia. Não tinha muito tempo. Sabia que seu filho era temente a Deus, sério cumpridor dos mandamentos; mas seu amigo, infelizmente não era. Como a angústia aumentava na medida em que a tempestade também ficava pior, o pai não teve dúvidas. Gritou ao seu filho: -Querido, sabes que eu te amo e que Deus é todo misericordioso, lança-te nas mãos dEle e recomenda-te a Maria Santíssima! E atirou a bóia para o outro, salvando-o. Seu filho, no entanto, desapareceu nas ondas e nem mesmo seu corpo foi encontrado. Todos olhavam com atenção, e ele concluiu: - O pai tomou essa decisão, pois sabia que seu filho, morrendo, iria para Deus, mas temia pelo destino do seu amigo, que trilhava o mau caminho. Por isso escolheu abandonar o filho e salvar o outro. Depois dos aplausos, no final da missa, um jovem veio ao encontro do senhor e disse: - Foi uma bela história. Reconhecemos nela o Amor que Deus tem para conosco, entregando Seu Filho para a nossa salvação. Mas, no caso real, será que esse pai agiu corretamente, apostando a vida do seu filho na conversão do outro? Será que este se converteu? E o senhor, numa dor expressiva, concluiu: - Compreendo o que você diz. Pode ser que ele não tivesse visto bem a realidade no angustiante momento de tomar aquela terrível decisão. É bem possível. Mas tenho algo a lhe dizer: que esse pai sou eu, e o amigo de meu filho, é este jovem Padre, seu Pároco. Moral da história: Muitas vezes devemos sacrificar o que nos agrada para que possamos ver a graça ou o milagre que Jesus quer fazer em nossa vida. Sacrifício significa amor, confiança e entrega. Deus reserva o melhor para você, confie no Seu Amor e se lance na Sua Misericórdia. O Espelho Um homem procurou o sacerdote. Estava cansado, angustiado, esgotado, desesperado, a ponto de querer acabar com a própria vida. O padre ouviu com paciência e interesse a ladainha de problemas. Depois se levantou da cadeira, tomou o homem pelo braço e o levou até a janela. O dia estava frio, a vidraça baixada: - Amigo, olhe através da vidraça. O que está vendo? -Vejo pessoas, carros, casas... - Agora venha comigo. Ali está um espelho. Coloque-se diante dele. O que está vendo agora? - Estou vendo o meu rosto. Vejo a mim mesmo. - Curioso - continuou o padre - Tanto a vidraça como o espelho são de vidro. Entretanto, pela vidraça você enxerga pessoas, e pelo espelho você vê somente a si. Por que? O espelho é opaco, a vidraça é transparente. Convidando-o para se sentar novamente, o padre continuou O vidro do espelho reflete nossa pessoa devido à camada que o cobre. O vidro da janela nos faz ver outras pessoas porque ele é transparente. Vamos chegar aonde eu quero. Suas angústias e preocupações formam como que uma camada opaca, circunscrevendo você em si mesmo, isolando-o do mundo externo, formando um curto circuito. Se você sair de você mesmo, se olhar para fora, para os outros, para o mundo, vai sentir-se melhor. Moral da história: Precisamos que Jesus restaure o nosso coração e assim nos tornaremos transparentes para as pessoas verem e sentirem o quanto Deus age em nossas vidas. 37 "Se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus." (Mateus 18, 3) O Que é o Amor? Em uma sala de aula, havia várias crianças, quando uma delas perguntou: - Professora, o que é o amor? A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do intervalo, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse: - Quero que cada um mostre o que trouxe consigo. A primeira criança disse: - Eu trouxe esta flor, não é linda? A segunda criança falou: - Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção. A terceira criança completou: - Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho onde estava junto com o outro, seu irmão. Não é uma gracinha? E assim, as crianças foram se manifestando. Terminada a exposição, a professora notou que uma criança tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora dirigiu-se a ela e perguntou: - Meu bem, por que você nada trouxe? E a criança timidamente respondeu: - Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao 39 ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe? Moral da história: A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois ela foi à única a perceber que só no coração podemos trazer o amor... O Poder de Deus Certo dia eu estava ouvindo a programação de uma rádio Católica, e ligou para a rádio uma senhora que disse estar passando por momentos muito difíceis. Aproveitando a oportunidade, ela resolveu fazer o seu apelo e disse: Eu estou passando por uma grande dificuldade, o desemprego bateu em minha porta, tenho filhos pequenos, meu esposo está fazendo apenas alguns serviços extras, porém, a renda não é suficiente. Se algum irmão puder me ajudar com algum alimento eu ficaria muito grata, aquilo que DEUS tocar em seu coração, eu agradeço e será de grande ajuda. E ali ela aproveitou e falou do endereço... Mas no momento deste apelo um homem ateu estava ouvindo a programação e disse: - É hoje que eu mostro que Deus não se importa com ninguém. Então ele se dirigiu ao mercado e fez "aquela" compra". Tudo que havia, ele comprou e, em dobro. Chegou em casa e disse para duas pessoas que trabalhavam com ele: -Vocês vão até a casa dessa senhora e entreguem a compra e quando ela perguntar quem mandou, vocês vão dizer a ela que foi o diabo. É o diabo quem está enviando a compra. E assim seguiram aqueles dois homens rumo à casa da senhora, bateram palmas e ela com toda a sua humildade atendeu, e eles disseram: -Viemos trazer esta compra para a Senhora. -Entrem, por favor, vão colocando aqui. Descarregaram tudo e a senhora disse: -Que Deus abençoe, muito obrigado, muito obrigado mesmo. E aqueles dois homens pararam, olharam um para o outro e sussurraram: Ela não vai perguntar quem mandou a compra? E o outro respondeu: -Não sei. Estranho, né? Então o homem com todo seu atrevimento perguntou: -Hei, você não vai perguntar quem mandou esta compra? E a senhora, com toda sabedoria respondeu: -Eu não. Porque quando o meu Deus manda até o Diabo obedece. E os homens ficaram pasmos e se retiraram. Moral da história: O poder de Deus é incalculável e grandioso, quando colocamos as preocupações, a nossa saúde e principalmente a nossa vida nas Mãos e no Coração de jesus, tudo em nós se transforma: basta apenas CRERMOS em Seu Amor... O Verdadeiro Poder: Era uma vez um guerreiro, famoso por sua invencibilidade na guerra. Era um homem extremamente cruel e, por isso, temido por todos. Quando se aproximava de uma aldeia, os moradores saíam correndo para as montanhas, onde se escondiam do malvado guerreiro. Ele destruiu muitas aldeias. Certo dia, alguém o viu se aproximar com o seu exército, de 41 uma pequena aldeia, onde viviam alguns agricultores e, entre eles, um velhinho muito sábio. Quando as pessoas escutaram a terrível notícia de que o guerreiro se aproximava, trataram de arrumar o que podiam e fugiram rapidamente para as montanhas. Só o velhinho ficou para trás. Ele já não podia fugir. O guerreiro entrou na aldeia e foi cruel, incendiando as casas. Até que chegou à casa do velhinho. O homem, quando o viu, assustou-se. O guerreiro, sem piedade, foi dizendo ao velhinho que seus dias haviam chegado ao fim, mas que ele lhe concederia um último desejo antes de passá-lo pelo fio de sua espada. O senhor pensou um pouco e pediu ao guerreiro que fosse com ele até o bosque e ali lhe cortasse um galho de uma árvore. O guerreiro achou aquilo uma besteira: - Esse velho deve estar louco. Que último desejo mais bobo. mas, se esse é o seu último desejo, vou atendê-lo. E lá foi o guerreiro até o bosque e, com um golpe de sua espada, ele cortou um galho de uma árvore. - Muito bem - disse o homem. -O senhor cortou o galho da árvore. Agora, por favor, coloque esse galho na árvore outra vez. O guerreiro deu uma grande gargalhada, dizendo que acquele velho devia estar louco, pois todo mundo sabia que não seria mais possível colocar o galho cortado na árvore outra vez. O velhinho, então, lhe respondeu: - Louco é você que pensa que tem poder só porque destroi as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir e matar não tem poder. Tem poder a pessoa que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado, que faz reviver o que parece morto. Essa pessoa tem verdadeiro poder. Moral da história: Jesus é o verdadeiro poder e amor de sua vida. Não permita que as dificuldades tomem conta de seu coração, deixe apenas que o Amor de Jesus reine em você. 42 Lembre-se Se você está cansado de trabalhar, lembre-se que um angustiado pede emprego. Se você se decepcionou com alguma coisa, lembre-se daquele cujo nascimento foi uma decepção. Se você reclama uma comida mal feita, lembre-se daquele faminto que morre sem um pedaço de pão. Se você anda triste e aborrecido, lembre-se daquele que esperaum sorriso seu. Se um sonho seu foi desfeito, lembre-se daquele que vive em um pesadelo constante. Se você tem um trabalho que o esgota, uma comida para reclamar, um sonho para desfazer, lembre-se de agradecer a DEUS, porque existem muitos que dariam tudo para ficar no seu lugar. A vida não é um campo de batalha, nem um mar de rosas, mas um campo aberto, onde cada um deverá erguer o seu próprio edifício na força e na graça do Senhor. As Cores Houve um conflito no país das cores. De repente elas se desentenderam e a guerra começou. Cada qual se apresentava como sendo a mais bela e a mais linda. O azul dizia: - Eu sou a cor do céu e pronto! Ninguém pode disputar comigo. Eu sou o máximo! Mas o amarelo tomou a palavra e replicou: - Eu sou a cor do sol. Pode haver alguém que duvide da minha grandeza? De mais a mais o ouro tem a minha cor! Então? O verde não se fez de rogado e disse: - Olhem a natureza! Olhem as matas e as florestas! Olhem as árvores e os campos! Olhem os frutos que nascem! Na verdade, quem de vocês poderá competir comigo? A confusão estava formada. Cada cor se exaltava e menosprzava as outras. O tempo foi passando, até que apareceu entre elas a luz, linda, brilhante, encantadora! Seus raios se espalhavam por toda parte iluminando tudo. Ela tomou a palavra, dizendo: - O que houve? Porque estão brigando? E, dirigindo-se ao azul, disse: - Você não seria tão lindo se eu não brilhasse sobre você. E ao amarelo: -Você também. Depois sem aspereza, antes, com toda delicadeza, a luz concluiu: - Todas vocês são lindas, lindas mesmo! Mas por causa de mim, que sou a luz! Vendo que todas as cores choravam, envergonhadas, a luz as consolou carinhosamente: - Nada de lágrimas! Continuarei brilhando sobre vocês, para que cada uma, ao seu modo, continue sendo bela e admirada. Mas vivam em paz! Moral da história: O mesmo acontece conosco quando deixamos as dificuldades tomarem conta da nossa vida, tudo parece estar em trevas. Para superarmos a escuridão das grandes dificuldades que nos atormentam basta apenas abrirmos a porta do coração e deixarmos que a Luz de Jesus ilumine toda a nossa vida. Ele mesmo diz: "Eu sou a Luz do mundo. Aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da vida." (João, 8, 12) Mantenha Seu Garfo Havia uma jovem mulher que tinha uma doença terminal e lhe foi previsto apenas mais três meses de vida. Desta forma ela começou a colocar as coisas "em ordem". Passado algum tempo, ligou para um amigo e pediu que viesse a sua casa para discutirem alguns aspectos de seus últimos desejos. Conversaram sobre vários pontos e ela lhe falou sobre todas as suas vontades relacionadas ao serviço funerário. Tudo estava em ordem e o amigo preparava-se para sair quando a mulher lembrou-se de algo muito importante para ela. — Tem mais uma coisa! Disse alvoroçada. — Do que se trata? Perguntou o amigo. - Isto é muito importante. Eu quero ser enterrada com um garfo em minha mão direita. O amigo ficou olhando a mulher sem saber o que dizer. — Isto é uma surpresa para você, não é? Perguntou a jovem. — Bem, para ser honesto, estou confuso com este pedido, respondeu o amigo. A mulher então explicou. - Na minha infância quando visitava minha avó, após o jantar, os pratos começavam a ser recolhidos, minha avó inclinava-se em minha direção e cochichava em meu ouvido: "Mantenha o seu garfo". Era minha parte favorita porque eu sabia que algo estava por vir... como um bolo chocolate ou uma torta de maçã. Assim, eu apenas quero que as pessoas me vejam lá no caixão com um garfo em minha mão e então perguntarão: "para que o garfo?" e você lhes dirá: - Ela mantém seu garfo porque o melhor está por vir. Moral da história: Jesus sempre nos reserva o melhor quando confiamos toda a nossa vida em Suas Mãos. 45 Nos Passos de Deus: Era um daqueles dias de muito serviço em casa. com 6 crianças e um a caminho, ele ficava ainda mais agitado. Neste dia em particular, eu estava com mais dificuldades para fazer as tarefas de rotina, por causa de um pequeno menino. Marcos, que tinha cinco anos naquela época, não se desgrudava de mim, aonde quer que eu fosse. Sempre que eu parava para fazer alguma coisa e me virava, eu tropeçava nele. Diversas vezes, eu pacientemente sugeri atividades divertidas para mantê-lo ocupado e afastado. - Você gosta de brincar no balanço, não gosta? Então vai brincar lá. Mas ele simplesmente me lançou um sorriso inocente e disse: - Eu gosto, mãe. Mas eu prefiro ficar aqui com você. E continuou a saltar feliz atrás de mim. Após pisar em seu pé pela quinta vez, eu comecei a perder a paciência e insisti que fosse para fora brincar com as outras crianças. Quando eu lhe perguntei porque estava agindo daquela forma, ele me olhou com aqueles doces olhos e disse: - Sabe o que é? Na aula de domingo o professor disse para a gente andar nos passos de Deus. Como não posso vê-lo, estou seguindo os seus. Eu recolhi Marcos em meus braços e o apertei bastante. Lágrimas me brotaram dos olhos, lágrimas de amor e carinho, e uma prece veio-me ao coração, prece de agradecimento pelo simples, contudo, bonito ponto de vista de um menino de cinco anos. Moral da história: Andemos nos passos de Deus, seguindo Jesus em Sua Vida e em Seus Ensinamentos. 46 Os Cinco Sinos Era uma vez um hotel chamado Estrela de Prata. O hoteleiro não conseguia fazer a receita cobrir as despesas, embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes, oferecendo um hotel confortável, um serviço cordial e preços razoáveis. Por isso, desesperado, foi buscar ajuda de um padre. Depois de ouvi-lo contar suas dificuldades, o sacerdote disse: - É muito simples. Você deve mudar o nome do hotel. - Impossível — retrucou o hoteleiro. Por gerações ele é chamado Estrela de Prata. Ele é assim conhecido em todo o país. — Não, disse o padre com firmeza. Agora você deve chamá-lo de Cinco Sinos e na entrada colocar uma fileira de seis sinos. — Seis sinos? Isso é absurdo! De que adiantaria? - Experimente e verá, recomendou o sacerdote com um sorriso. Bem, não custa fazer uma experiência, pensou o hoteleiro. E eis o que viu: cada viajante que passava pelo hotel fazia questão de entrar e apontar o erro, todos acreditando que ninguém o notara. Uma vez lá dentro, impressionavam-se com a cordialidade do serviço e ficavam para repousar, propiciando ao hoteleiro, desse modo, a satisfação de contar com muitos hóspedes, o que ele em vão buscara por tanto tempo. Moral da história: Poucas coisas dão mais prazer ao coração do que ajudar outras pessoas. Por isso vamos sempre olhar para quem está ao nosso lado com os olhos de Jesus e colocar-nos à Sua disposição. Como Perdoar: Dez Regras Para Pôr Fim ao Ressentimento: 1- Quando alguém o magoa, ponha "iodo espiritual" na ferida imediatamente. Isto é, reze fervorosamente, caso contrário poderá ocorrer uma infecção. 2- Se o ressentimento o tornou duro em seus pensamentos, aplique dreno nos agravos. Isto é, abra o seu coração para deixar que os agravos se encaminhem para fora dele. 3- Faça isso desabafando o peso de suas queixas com um conselheiro de confiança, ou escreva uma carta à pessoa pela qual tem ressentimento. Depois, rasgue a carta e, com os pedaços de papel na mão, reze por aquela pessoa, perdoando-a. 4- Tenha consciência do mal que o ressentimento lhe pode fazer, deixando-o até doente. Pense nisso toda vez em que um pensamento de ódio o assaltar. 5- Não cesse de perdoar, mesmo tendo-o feito uma ou duas vezes. Faça isso, setenta vezes sete ou quatrocentas e noventa vezes... 6- Pensar em perdoar não é o bastante. Deve chegar um momento específico no qual dirá: "com a ajuda de Deus eu agora perdôo...". 7- Repita o Pai Nosso, colocando nele o nome daquele que o ofendeu: "Perdoa-me minhas ofensas, assim como eu perdôo..." 8- Reze pela outra pessoa, pedindo para ela bênçãos específicas, especialmente em relação a assuntos que previamente mais o aborreceram. 9- Fale de maneira bondosa e agradável, tão freqüentemente quanto possível, sobre a pessoa com a qual mantém diferenças. 10- Faça um estudo sincero dos fatores que criaram tão infeliz relacionamento, de forma que o "ponto errado" que existe em você nunca mais se manifeste. 49 Moral da história: Permita que Jesus transforme a sua vida através do perdão. Seja canal da Graça Divina e, para que isso aconteça, basta você abrir o coração e deixar que Deus restaure, por completo a sua vida, e faça de você uma verdadeira tesdemunha do Seu Amor e da Sua Misericórdia... Priorizando O Que é bom "O Senhor é meu socorro, e nada tenho a temer Que poderá fazer-me o homem?" (Hebreus 13:6). Um homem, cuja vida estava comprometida con as coisas de Deus, sempre pronto a levar uma palavra amiga e compartilhar as bênçãos que recebia do Senhor, foi surpreendido e roubado por ladrões. Ao retornar para casa, pegou seu diário onde costumava escrever tudo o que Deus fazia em sua vida e anotou: "Sou muito grato a Deus, em primeiro lugar, por nunca ter sido assaltado antes. Em segundo lugar, eu agradeço a Deus porque apesar de terem levado minha carteira, eles não levaram a minha vida. Em terceiro lugar, porque apesar de terem levado todo o meu dinheiro, não era muito. E, finalmente, porque fui eu o roubado e não aquele que roubou". Moral da história: Enxerguemos as situações ruins que a acontecem em nossa vida, como sendo insignificantes, diante das grandes bênçãos que Jesus nos concede a cada momento. Tudo com Amor Num pequeno casebre morava um homem, cuja idade já estava pesando. Mas, sua bondade e determinação grandes, que ele abraçava com jovialidade os anos que vinha carregando. Este bom velhinho era um verdadeiro mestre em fazer pães. Todos os finais de semana, ele acordava bem cedo, fazia suas orações, tomava seu café, e dizia: Vou fazer mais pães hoje! Tenho certeza que ficarão, mais bonitos e mais gostosos que os da semana passada! Depois de tudo pronto o bom velhinho, com um cesto enorme e uma toalha branquinha, saía para entregar toda sua encomenda. Morava, porém, ali na cidade uma senhora já idosa que tudo queria fazer. Perguntou, então, ao bom senhor: - O senhor me dá a receita desse pão? - com todo prazer! E assim, o fez! Dizendo a ela: Faça como eu! Entregou toda a encomenda e voltou satisfeito, para sua pequena casinha. Passaram-se os dias e ele se depara com aquela senhora, que irritada lhe diz: -O senhor me ensionou errado! Os pães não cresceram, não ficaram assados e sim pesados como um tijolo! E os ingredientes que eu usei, custaram dinheiro. Perdi tudo, até o lucro que imaginei ter, foi por água abaixo. E o senhor lhe perguntou: - O que a senhora usou para fazer os pães? - O que usei? farinha, ovos fermento, açúcar...só isso! - Só isso! - Respondeu o velhinho. - Ah! e o sal também, disse a senhora! - É está tudo certo, mas o principal a senhora não colocou... - Principal? Mas foi só isso que o senhor me disse! Então o senhor não falou tudo. - Sim, eu disse! - respondeu o velhinho. - Não adianta pôr tudo na massa, se você não a fizer com amor, com carinho e dedicação! Poupii dedicação! Porque o amor faz crescer, a dedicação é o sabor, e o carinho, é ver nos olhinhos de quem recebe os pães com satisfação o que se fez com amor! Moral da história: Tudo o que você fizer, faça com amor. 50 51 A Procura de Deus: DEUS, passei tanto tempo Te procurando, não sabia onde estavas. Olhava o infinito, não Te via e pensei comigo mesmo: — Será que Tu existes? Não Te encontrava na busca e prosseguia. Tentava Te encontrar nas religiões e nos templos. E Tu não estavas. Senti-me só e desesperado, então deixei de crer. Na descrença Te ofendi. Na ofensa, tropecei e caí. Na queda, senti-me fraco. Na fraqueza, pedi socorro. No socorro, encontrei amigos. Nos amigos encontrei carinho. No carinho, vi nascer o amor. com o amor vi um mundo novo. No mundo novo, resolvi doar-me. Doando-me, recebi. Recebendo, me senti feliz. Feliz, encontrei a paz. E com paz, foi que Te enxerguei, pois dentro do meu coração é que Tu estavas. E sem Te procurar... foi que Te encontrei. Moral da história: Dizia s. Agostinho: "Deus é mais íntimo, a mim, do que eu a mim mesmo". O Raio de Luz: Todas as noites antes de fazer os filhos adormecerem um pai muito carinhoso conversava com eles, enquanto afagava-lhes os cabelos anelados. Diariamente escolhia um assunto que encontrava no Evangelho ou em algum acontecimento do cotidiano. Naquela noite sem luar, quando as nuvens encobriam as estrelas, ele arranjou uma forma diferente de chamar a atenção das crianças. 52 Colocou-as no sofá da sala e disse-lhes que não se se assustassem com a escuridão, porque apagaria todas as luzes da casa, de propósito. E assim o fez. Deixou a casa às escuras e sentou-se no meio dos filhos que o aguardavam apreensivos. Perguntou-lhes o que eles eram capazes de ver em meio àquele breu. O menininho mais velho omentou que conseguia distinguir os contornos da cadeira que estava a sua frente, mas que não conseguia saber ao certo qual objeto produzia a sombra que se apresentava um pouco mais adiante. O pai, aproveitando a oportunidade esclareceu: - Nossos olhos acostumam-se com a ausência de luz e acabam conseguindo, com algum esforço, distinguir alguns objetos. Porém, não é possível notar tudo quando a luz nos falta. Alguns contornos podem enganar nossos sentidos. Muitos detalhes passam despercebidos. As cores deixam de ser perceptíveis. A ausência de luz dificulta nosso caminhar, porque não conseguimos notar com segurança para onde estamos indo. Nesse momento, ele acendeu uma vela que trazia consigo. As crianças exultaram diante da claridade que se fez na sala. - Vejam! — convidou o pai - percebam como tudo parece diferente na presença da luz. As sombras já não mais nos Confundem. Agora as formas assumem contornos mais exatos. Como é mais fácil buscar um caminho, quando uma luz nos mostra a direção correta! Encantadas com a singela, porém, inesquecível descoberta, as crianças concordaram com o pai, enquanto o cobriam de carinhos antes de serem levadas para a cama. Moral da história: A luz do Evangelho, que é Jesus, nos conduz no caminho certo da felicidade e da paz, na comunhão com o Pai e com as demais pessoas. Com o Olhar do Coração Descalça e suja, a pequena garota ficava sentada no parque olhando as pessoas passarem. Ninguém sequer olhava para ela. Ninguém parava, nem eu! Outro dia, passando pelo parque, vi a menina no lugar de sempre, e dessa vez, resolvi parar. E lá estava ela, empoleirada no alto do banco com o olhar mais triste do mundo. Quando comecei a me aproximar, pude perceber, que debaixo do vestido, havia uma deformidade nas costas da menina. Concluí que essa era a razão porque nenhuma criança brincava com ela. Quando cheguei mais perto a garotinha baixou o olhar. Aí pude ver mais claramente o contorno de suas costas. Era grotescamente corcunda. Sentei-me ao seu lado e disse olá. A garota balbuciou um "oi". Sorri e ela sorriu de volta. E ficamos ali conversando, até que perguntei por que ela estava tão triste. Ela olhou para mim e disse: - Porque sou diferente. - Sim você é, você lembra um anjo, doce e inocente. Aí ela olhou para mim e sorriu: - De verdade? -Sim - respondi - você parece um anjo mandado por Deus. Pois você tem um olhar muito puro e amoroso. - Você foi a única pessoa que se aproximou de mim e possibilitou este momento que jamais esquecerei. As suas palavras me ajudaram muito, pois com a deformidade que tenho, muitos se afastam e me deixam na solidão. Moral da história: Deixemos nossos preconceitos de lado e enxerguemos as pessoas com os olhos de Jesus. Isso só é possível se abrirmos o coração para Deus e deixarmos Ele realizar uma verdadeira transformação em nosso coração. Vivendo em Branco Um homem muito bom teve um sonho que o deixou intrigado. Sonhara que tinha acabado de morrer e chegando à porta do céu viu que queria viver ali para sempre, mas foi recebido por um Anjo, que fez um extenso questionário a respeito de sua existência. No final, embora demonstrando um profundo respeito pelo recém-chegado, deduziu que ele não estava pronto para entrar. - Mas logo eu? - replicou o homem. Enquanto estive na terra, respeitei Os Mandamentos da lei de Deus. Tenho aqui uma lista de todas as coisas boas que fiz! - Pois eu também anotei algo sobre nossa conversa, respondeu o Anjo. Vamos analisar ambas as listas. - Nunca prejudiquei meus semelhantes... - E tampouco ajudou ninguém. - Calei toda palavra ofensiva... - Mas não abriu a boca para defender ninguém. - Calculei todos os meus passos... - com medo de ser criticado. -Jamais procurei defeitos no próximo... - Contudo, não aproveitou os bons exemplos. Desiludido, o homem calou-se. O Anjo passou carinhosamente a mão na sua cabeça, dizendo: - Não basta fugir do mal, é preciso fazer o bem. Você tem uma consciência tranqüila, a sua aparência é acolhedora, mas sua existência na terra passou em branco. Ele acordou com um susto e, a partir daquele momento decidiu mudar as suas atitudes que considerava boas e corretas. Moral da história: Como estamos agindo durante a nossa caminhada neste mundo? Evitamos o mal, mas praticamos o bem? 54 55 Bela Chácara O dono de um pequeno comércio, amigo de um grande poeta, abordou-o na rua: - Senhor poeta, estou precisando vender o meu sítio que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal? O poeta apanhou o papel. e escreveu: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso árvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda". Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio. -Nem penso mais nisso, disse o homem- quando li o anúncio escrito pelo senhor é que percebi a maravilha que tinha! Moral da história: Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros. Valorize o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você; seu emprego, o conhecimento que você adquiriu; sua saúde; o sorriso e tudo aquilo que nos é proporcionado diariamente em nossa vida. Nunca Desista de Deus Existia um lugar onde morava um grande sábio, e muitas pessoas desse local acreditavam que ele fazia milagres e falava com Deus. As pessoas corriam a falar com este sábio, pedir sua intercessão, algumas até ficavam revoltadas quando não conseguiam falar com ele. É claro que todos os pedidos dessas pessoas eram mais do que justos, e o sábio também era uma pessoa mais do que justa, porém ele era um ser humano como qualquer outro, tinha seus defeitos, limitações, e qualidades como todas as pessoas que 56 queriam conversar com ele. Um dia, um rapaz, que já estava cansado de tentar falar com o sábio pedindo ajuda, disse à sua mãe: - Este sábio, não me atende e eu não me conformo, faço tudo o que ele pede. Desde muito assisto as suas explicações e nada, ele nunca fala comigo ou reza por mim, vou desistir de Deus. Sua mãe que era uma mulher de fé não disse nada, mas orou a Deus e a Sua Mãe. Em sua oração ela não falou muito, apenas entregou seu filho a Ele e a Sua Mãe. Passaram-se meses até que um dia este rapaz angustiado, entrou em seu quarto e foi orar, em sua oração também disse a Deus que desistia de querer falar com o sábio e que deveria resolver as suas dúvidas o problemas. Este rapaz ao chegar em sua casa, encontrou sua filha de 7 anos, e começou a brincar com ela. De repente sua filha lhe disse: -Papai sabia que quando eu quero muito uma coisa eu sempre peço diretamente para você? Eu só preciso do seu amor. Quanto a pedir para a titia falar com o senhor, com o titio, o vovô ou mesmo com a mamãe que eu sei que me amam muito também, reconheço que, às vezes, estão muito ocupados. Isto não significa que se esqueceram de mim. Papai eu ia me esquecendo, a escola acabou de ligar e a mamãe disse que eles vão arrumar minha bolsa de estudos que você tanto queria que o sábio "arrumasse" para mim. O pai começou a chorar e abraçou sua filha dizendo: -Filha, hoje aprendi muito com você, nuca devemos desistir do principal que é nossa fé. Moral da história: A fé, dom precioso de Deus, jamais deve desaparecer de nossa vida. Coloquemos em Deus toda nossa confiança, e Ele sempre estará conosco. Não estamos sozinhos. 57 O Milagre Agindo... Certa vez, numa pequena cidade, um ladrão invadiu a igreja, para roubar. Levou dinheiro, alguns objetos para espanto e tristeza do povo, principalmente do pároco, levou também os cálices juntamente com as hóstias consagradas do sacrário. Passaram-se anos sem a recuperação desses objetos que o ladrão levou, até que um dia um trabalhador braçal, capinando um terreno na cidade, esbarrou a enxada em uma touceira de capim, encontrando algo que parecia uma bolsa tecida de fios de aranha, e dentro dela, lá estavam as hóstias intactas como estivessem no sacrário. Nem a chuva, nem o sol e as intempéries as tinham danificado. Os moradores da cidade chegaram à conclusão de que para o ladrão, o objeto de maior valor era o cálice. A aranha entretanto, carregou as hóstias, envolvendo-as com sua teia protegendo-as da ação do tempo, por longos anos. Moral da história: Quantas vezes cuidamos tanto das coisas materiais e desprezamos Jesus? O nosso maior tesouro é o Amor de Deus em nosso coração. Quando deixamos esse Amor agir em nós, passamos a enxergar os milagres diários acontecendo em nossa vida. O Verdadeiro Lar Seu mundo tinha desabado quando o seu marido perdeu o emprego. Quantas contas atrasadas, prestação do plano de saúde. Só ela continuava no emprego de meio expediente que gerava uma renda muito pequena e insuficiente. Sem nenhum apoio financeiro, eles perderam a casa. 58 Com muito sacrifício, Maria e seu marido conseguiram alugar um trailer estacionado num acampamento local para eles e seu filho de cinco anos. Aquilo era só um pouco melhor do que viver num pequeno carro. Eles desejavam, de coração, poder proporcionar algo mais para a sua criança. Certa noite, depois de brincar um pouco com um jogo e ler algumas histórias, Maria mandou seu filho ir brincar do lado de fora até a hora de dormir, enquanto ela e seu marido se debruçavam entristecidos sobre o talão de cheques. Ela ouviu vozes e deu uma olhada pela janela, lá estava o gerente do acampamento falando com seu filho: - Pedro, você não gostaria de ter uma casa de verdade? Maria ficou tensa e prendeu a respiração, chegando mais perto da janela aberta e abriu um largo sorriso quando ouviu a resposta de seu filho: -Nós já temos um lar de verdade, respondeu ele. Só não temos uma casa para colocá-lo. Moral da história: O alicerce do verdadeiro lar é o amor, que une a todos e traz felicidade aos corações. O Poder Que Prevalece "É de vós que vêm a riqueza e a glória, sois vós o Senhor de todas as coisas; é em vossa mão que residem a força e o poder. E é vossa mão que tem o poder de dar a todas as coisas grandeza e solidez." (l Crônicas 29, 12). Um touro, que se gabava de sua força e poder diante de um camundongo, foi mordido por este. Furioso pelo ferimento, tentou capturá-lo. Contudo o camundongo correu e alcançou o buraco onde morava e ali ficou em segurança. O touro cavou na parede, com seus chifres, mas 59 cansou antes de conseguir derrotá-lo. Desanimado acabou dormindo ali fora, perto do buraco. O camundongo, verificando que o touro dormia, rastejou até ele e mordeu-o novamente, voltando rapidamente para dentro do buraco. O touro, perplexo e bastante triste, levantou-se e ficou sem saber o que fazer. Foi então que o camundongo lhe falou: - Nem sempre é o maior que prevalece. Há ocasiõe, em que os pequenos e humildes são mais fortes e vitoriosos. Moral da história: De que vale orgulhar-nos do poder e posição que ocupamos no momento, se tudo isso é de valor inconsistente e passageiro? Que valor será acrescentado à nossa vida se tratamos ao nosso próximo com desprezo e indiferença simplesmente por julgarmos que são inferiores a nós? Uma pessoa só é grande quando suas atitudes mostram grandeza, mesmo que sejam pequenas e, aparentemente, sem qualquer valor. E isto só será real quando deixarmos Jesus agir em nossa vida e nos submetermos à sua vontade. Um Ato de Bondade Para Um Coração Partido Hei, mamãe, o que você está fazendo? Perguntou Ana. - Estou fazendo um pudim para a nossa vizinha, a Sra. Nena - respondeu sua mãe. -Por que? Voltou a perguntar Ana, que tinha apenas seis anos. - Porque a Sra. Nena está muito triste; ela perdeu sua única filha e está com o coração partido. Nós precisamos cuidar dela um pouco. - Por que, Mamãe? - Veja Ana, quando alguém está muito, muito triste, não 60 consegue fazer pequenas coisas como preparar o jantar ou outros afazeres. Como somos parte de uma comunidade c a Sra. Nena é nossa vizinha, nós precisamos fazer algumas coisas para lhe ajudar. A Sra. Nena não poderá mais falar com sua filha ou abraçá-la ou fazer todas aquelas coisas maravilhosas que as mães e filhas fazem juntas. Você é uma menina muito esperta, Ana; talvez pense em alguma maneira de ajudar a cuidar da Sra. Nena. Aninha pensou seriamente sobre este desafio e em como poderia fazer sua parte para cuidar da Sra. Nena. Poucos minutos depois, Ana bateu em sua porta e a Sra. Nena atendeu suas batidas dizendo: - Olá, Aninha. Ela observou que a Sra. Nena não tinha aquela voz que ela conhecia e nem aquele jeito quase musical quando cumprimentava alguém. Ela parecia, também, ter chorado porque seus olhos estavam molhados e inchados. -O que posso fazer por você, Ana? Perguntou a Sra. Nena. - Minha mãe disse que você perdeu sua filha e está muito, muito triste e com o coração partido. Aninha timidamente esticou sua mão. Nela estava um Band-Aid. - Isto é para o seu coração partido. A Sra. Nena engasgou, segurando as lágrimas. Ajoelhou-se, abraçou Ana e, entre lágrimas, disse: - Obrigado, querida, isto ajudará muito. A Sra. Nena aceitou o ato de bondade de Ana e deu um passo a mais, Ela comprou um pequeno chaveiro com um pequeno portaretratos. E colocou o Band-Aid de Ana no porta retratos para lembrar de se curar a cada vez que o visse. Ela sabia que a cura exigiria tempo e apoio... Moral da história: Um simples gesto de bondade, repleto de sinceridade, pode ajudar muito à quem precisa de algum carinho e atenção. Não deixe de fazer sua parte... 61 A Rã e a Falta de Humildade Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima do inverno. Alguns gansos sugeriram que ela emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar. - Deixe-me pensar - disse a rã. Tenho uma mente espetacular. Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, cada um sustentando-o por uma extremidade. pensava em segurar-se pela boca. No devido tempo, os gansos e a rã começaram a travessia. num determinado momento, passaram por uma pequena aldeia e os habitantes dali saíram para ver o inusitado espetáculo. Alguém perguntou: - De quem foi tão brilhante idéia? A rã se sentiu tão orgulhosa que exclamou: - FUI EU! Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento em que abriu a boca, ela se soltou do galho, caiu no vazio e morreu. Moral da história: Há ocasiões em que a falta de humildade e o excesso de orgulho podem fazer cair por terra o plano excelente. Jesus na Sua infinita Misericórdia sempre nos dará uma vida nova, com outros objetivos e valores. Vamos seguir o exemplo de Nossa Senhora que com a humildade superou tudo... A Lição do Abacateiro Havia no meu quintal um abacateiro que produzia pouquíssimos frutos. Por acreditar que uma árvore frutífera precisava ser produtiva, pedi a Deus que abençoasse aquele abacateiro permitindo-lhe 62 frutificar bastante. A florada aconteceu e o abacateiro se encheu de centenas de frutinhos. Quando eles já estavam grandes, para surpresa minha, o galho central, com 69 abacates, quebrou. Um outro galho, também por não suportar o peso, acabou caindo, levando tantos outros frutos. Fiquei perplexo! Deus havia permitido que o abacateiro ficasse recheado de frutos e logo depois quebrasse, sem que eu os aproveitasse, mas porquê? A resposta veio logo. Nem sempre temos estrutura para suportar o tamanho de bênção que pedimos a Deus. Por isso, muitas vezes precisamos esperar algum tempo para recebê-la. Ela só virá quando nossa vida estiver profundamente enraízada no terreno fértil da fé em Jesus Cristo, enrijecida pela leitura constante da Palavra de Deus, fortalecida pela seiva da oração e produzindo os frutos abundantes da presença de Deus em nós. Assim, na certeza de que a glória não é nossa, mas do Senhor Jesus, não sucumbiremos ao volume da bênção. Entre a Fé e a Oração: Há algo mais importante que a oração? Perguntou discípulo ao mestre. O mestre pediu que o discípulo fosse até um árvoredo próximo e cortasse um ramo. O discípulo obedeceu. - A árvore continua viva? Perguntou o mestre. -Tão viva como antes. -Então vá até lá e corte a raíz. - Se eu fizer isso, a árvore morrerá. -As orações são os ramos de uma árvore, cuja raíz se assemelha a fé, disse o mestre. 64 Pode existir fé sem oração, mas não pode existir oração sem fé. Moral da história: Para que a nossa vida seja totalmente transformada, é preciso nos entregarmos por completo nas Mãos de Jesus. Por maior que seja a provação, os sofrimentos e tribulações, cabe a nós crermos na Infinita Misericórdia de Jesus e no Seu incondicional Amor. A Lição do Fogo: Um membro de um determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Já sabendo a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. Ele acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam. Depois de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto 65 de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar para sair, tocou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a se incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardendo em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: -Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão, estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe! Moral da história: Em Jesus somos parte do mesmo corpo. Se nos separarmos dEle perdemos a vitalidade, o brilho e a beleza. Só unidos a Ele brilha em nós a luz divina e reina em nossos corações a verdadeira paz. Pisadas de Deus Dois homens sentados à porta de sua tenda, numa manhã de sol, começaram a dialogar: - Como você sabe que existe um Deus, um Supremo Ser, que criou todas as coisas? Após meditar um momento o outro respondeu: -Como posso saber se foi um homem ou um camelo que rodeou a minha tenda, enquanto eu estava dormindo? -Você sabe pelas pegadas - replicou o companheiro. É este o meu modo de conhecer a Deus, respondeu o humilde homem do deserto. Eu o conheço pelas suas pegadas. - Os sinais de Deus estão por toda parte. Abra seus olhos e você verá evidências do Seu poder, do Seu Amor e do seu cuidado por Seus filhos. - O próprio funcionamento de nosso corpo atesta algo maravilhoso e que está além da nossa compreensão. É uma prova de Sua presença e de que somos criados por Ele. Quem, a não só Deus poderia combinar as cores de um lindo arco-íris ou um magnífico pôr-do-sol! O relâmpago, a chuva, o trovão, e a fúria da tempestade. Tudo isso nos fala de Suas pegadas. Moral da história: Nas circunstâncias diversas da nossa vida vemos os sinais da presença de Jesus. Ele aí está em Sua misericórdia e bondade, convocando-nos à verdade e à paz. O Mais Importante Certo dia, um homem já de idade, abordou um ônibus. Enquanto subia, um dos seus sapatos escorregou para o lado de fora, a porta se fechou e o ônibus partiu; Ele sentiu-se incapaz de recuperar o sapato. Ele então fez algo surpreendente, tranqüilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela. Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou: -Percebi o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato? O homem prontamente respondeu: -De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente, apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará só um pé de sapato. O homem mostrou ao jovem que não vale à pena agarrar-se a algo simplesmente para possuí-lo, nem mesmo porque você não deseja que outro o tenha. Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas só acontece quando deixamos as mudanças ocorrerem em nossas vidas, tornando-nos realmente livres em nosso coração. 66 Moral da história: Às vezes insistimos em permanecer cometendo alguns erros, pecados, sofrimentos em nosso coração, principalmente porque temos medo das mudanças, do novo. quando depositamos nossas vidas nas Mãos de Jesus, Ele nos ensina a despojar-nos de coisas materiais, valorizar os Seus ensinamentos e na liberdade, viver o Seu Amor. O Exemplo Sempre Fala Mais Alto As sandálias do discípulo: fizera um barulho diferente nos degraus da escada de pedra que levava aos porões do velho convento. Era naquele local que vivia um homem muito sábio. O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade. Finalmente, localizou um senhor sentado atrás de uma enorme mesa, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto, forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações emum grande livro, tão velho quanto ele. O discípulo se aproximou com respeito e perguntou, ansioso pela resposta: - Mestre, qual o sentido da vida? O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou para um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou seu indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha. Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em alguma prateleira de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando toda a sujeira que impedia a transparência. O sol inundou o aposento e, com sua luz, iluminou estranhos objetos, instrumentos raros 68 dezenas de papiros e pergaminhos com algumas anotações. Cheio de alegria, o jovem declarou: - Entendi, devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado. Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz de Jesus nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais clareza. Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera. O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e falou: - Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu. Moral da história: A verdade que buscamos não se encontra fora de nós, mas sim no nosso interior, pois "Deus é mais íntimo a nós que nós a nós mesmos". Só então poderemos nos elevar às alturas do Amor do Senhor. Milagre de Deus: Em um consultório médico um menino recebia a notícia de que precisaria fazer uma cirurgia que custaria muito dinheiro. A mãe ficou desesperada, pois eles eram muito pobres. O médico, um homem sem fé, sua crença era o dinheiro, sempre que ouvia seus pacientes dizerem: Graças a Deus estou curada, obrigada meu Deus, ele dizia: "Graças a mim que estudei"; sua reputação não era muito boa entre os seus colegas, 69 que já andavam discutindo sobre o menino, pois não só ele mas todos sabiam que o caso era irreversível e mesmo assim insistia em fazer uma cirurgia sem sucesso. Mais ainda, com uma família tão pobre. O prefeito que havia falado com a mãe, prometeu ajudá-los e foi falar com o médico que garantiu sucesso total na cirurgia, ou seja, o menino voltaria a ver. E assim chegou o dia da cirurgia. Horas antes, o menino e seus pais faziam suas orações para que corresse tudo bbem, Sua mãe, mulher de muita fé, segurou sua mão e rezaram uma única prece para que fosse feita a vontade de Deus. Depois dos procedimentos normais no centro cirúrgico, o médico simplesmente colocou um tampão nos olhos do menino, agindo como se tivesse feito uma cirurgia. Passados alguns dias da "recuperação", o médico foi retirar os curativos, o menino não se agüentava de felicidade, por se sentia perfeitamente bem, certo de sua cura: O médico perguntou-lhe se estava vendo algo. O menino respondeu sem perder a esperança: não, ainda não vejo nada e sorriu para o médico. Ele colocou novamente os curativos e passados 3 dias, os retirou, voltando a perguntar: E aí o que estás vendo? O menino mais feliz do que nunca disse: O senhor doutor, eu estou vendo o senhor. E o menino abraçou o médico, que estava totalmente surpreso, até mesmo assustado. Ele insiste e pergunta novamente, recebendo a confirmação do garoto que estava vendo sim. O médico olhou para os outros médicos que estavam presentes, que sem entenderem estavam se perguntando: como pode ser, pois eles sabiam que o menino não tinha como volltar a enxergar. A mãe e o menino abraçados agradeciam a Deus pelo "milagre". Ela repetia agradecida que já sabia que Ele nunca ON abandonaria. O médico ainda em estado de choque se ajoelhou e pediu perdão a Deus... 70 Moral da história: Se diante das dificuldades o mundo não oferece soluções, Jesus está sempre com as mãos estendidas derramando bênçãos sobre os que se colocam debaixo de sua mão poderosa e misericordiosa.. Uma Ajuda Um dia eu estava na frente de casa secando meu carro. Eu tinha acabado de lavar o carro e esperava minha esposa para sair para o trabalho. Vi, descendo a rua, um homem que a sociedade consideraria um mendigo. Pela sua aparência, não tinha carro, nem casa, nem roupa limpa e nem dinheiro. Algumas vezes você se sente generoso, mas há outras em que você não quer nem ser incomodado. Este era um dia do "não quero ser incomodado" - "Espero que não venha me pedir dinheiro", pensei. Não veio. Passou e sentou-se em frente, no meio-fio do ponto de ônibus e não parecia ter dinheiro nem mesmo para pegar o ônibus. Após alguns minutos falou: - É um carro muito bonito. Sua voz era áspera, mas tinha um ar de dignidade em torno dele. Eu agradeci e continuei secando o carro. Ele ficou lá, quieto, sentado enquanto eu trabalhava. O previsto pedido por dinheiro não veio. Enquanto o silêncio aumentava, uma voz, no coração me dizia: - Pergunte-lhe se precisa de alguma ajuda. Eu tinha certeza que responderia sim, mas atendendo ao meu coração insistente perguntei: - Você precisa de ajuda? Ele respondeu com três simples palavras, acompanhadas de um sorriso, que me deram uma sacudida: - Quem não precisa? Eu precisava de ajuda. Não para a passagem do ônibus 71 ou um lugar para dormir, mas eu precisava de ajuda. Peguei minha carteira e lhe dei dinheiro, não somente o bastante para a passagem do ônibus, mas para conseguir uma refeição e u abrigo. Moral da história: Aquelas três palavras ainda soam verdadeira Não importa o quanto você tem, não importa o quanto você realizou, você também precisa de ajuda. Afinal, "quem não precisa?" A Pior e a Melhor Comida do Mundo Há muito tempo, um rico mercador grego tinha um empregado chamado Tim. Um escravo sem muitos atrativos, mas de sabedoria única no mundo. Um belo dia o fazendeiro, para provar as qualidades de seu escravo, ordenou: - Toma, Tim. Aqui está esse saco cheio de moedas. Corre ao mercado e compre lá o que houver de pior para um banquete, Mas não tentes me enganar. Traze o troco direitinho. Pouco tempo depois Tim voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por um pano. O mercador levantou o pano e ficou surpreso: - Língua? Tim baixou os olhos e respondeu: A língua, Senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos. A medida de todas as discussões. E a língua que separa a humanidade, Que divide os povos. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que xinga, que destrói, que vende, que corrompe. com a língua, 72 dizemos: "morre", "eu te odeio", "você é um infeliz", "você é incapaz". A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos. Aí está, senhor, porque a língua é a pior comida do mundo. - Muito bem, Tim! Tu realmente me trouxeste o que há de pior. Tome agora esta outra sacola de moedas, vá novamente ao mercado e traze o que tiver de melhor... Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Tim voltou do mercado trazendo um prato coberto por um fino pano de linho. O mercador recebeu o com um sorriso e disse: - Hum! Já sei o que há de pior. Vejamos agora o que há de melhor! O mercador levantou o pano e ficou indignado. - Queres ser espancado? Língua? Língua outra vez? Não disseste que a língua é o que há de pior? O escravo, de olhos baixos, explicou sua escolha: - O que há de melhor que a língua? A língua é que nos une a todos quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é o órgão da verdade e da razão. Graças a ela é que se constróem as cidades. Graças a ela é que dizemos o nosso amor. com a língua se ensina, se instrui, se reza, se explica, se canta, se elogia, se demonstra e se afirma. com a língua dizemos: "Querido", como também "Deus", "sim, tudo vai dar certo", "sim", "eu te amo!" A língua é órgão do diálogo. É a língua que torna eternas as idéias dos grandes sal mistas e as idéias dos grandes escritores. Moral da história: Jesus nos deu a possibilidade não só de falarmos, mas igualmente de expressarmos os nossos sentimentos e por isso Ele realizou um verdadeiro milagre em todo o nosso corpo. Cada centímetro foi criado por Deus de forma particular e especial. Que todo o nosso ser, como também a língua, seja instrumento do Amor de Deus. 73 Perguntas: Um professor foi procurar um sacerdote e perguntou-lhe sobre DEUS e sobre algumas outras dúvidas, que ele tinha. O padre ouviu em silêncio o que ele dizia, perguntas e mais perguntas para só então lhe falar. -Você me parece cansado. Veio de um lugar distante e subiu esta montanha que é alta. Deixe-me primeiro servir um chá para você. E o padre foi fazer o chá. O professor esperou, a mente borbulhando de perguntas e quando o sacerdote estava preparando o chá, o seu aroma começou a se espalhar pela sala. Voltando-se para o professor ele pediu que não tivesse tanta pressa, pois quem sabe, ao tomar o chá as questões fossem respondidas. O professor se sentia perdido e começou a pensar que sua viagem havia sido uma perda de tempo. Esse homem parece estar louco, como minhas perguntas sobre DEUS podem ser respondidas só pelo fato de tomar chá? O sacerdote trouxe o bule, começou a verter o chá na xícara, continuou fazendo isso e não parou. A xícara ficou cheia e o chá começou a transbordar pelo pires, mas ele continuou. O pires ficou cheio. Apenas um segundo a mais, e o chá iria começar a escorrer pelo chão, então o professor disse: - O que está fazendo? Você está louco? - É exatamente nesta situação que você se encontra. A sua mente está cheia de perguntas e, mesmo se eu responder, não haverá espaço para que a resposta possa entrar. Vá embora, esvazie sua xícara e depois retorne. Primeiro crie um pouco de espaço dentro de si mesmo. Moral da história: Jesus está sempre disposto a falar ao nosso coração, mas é necessário que façamos espaço em nós para ouvi-lo. 75 O Homem e a Água O rei queria casar sua filha com um homem sábio. Então ele fez um concurso em que o candidato tinha que dar uma grande demonstração de sabedoria. Aos candidatos, porém, foi dito que somente venceria o concurso, aquele que levasse à princesa um presente que refletisse um desejo do próprio candidato. Foi dito também que o escolhido teria o seu desejo realizado pelo próprio rei. Os fidalgos se prepararam, pois a bela princesa era muito cortejada. No dia da festa realizada para a ocasião, lá estavam muitos presentes e entre eles alguns muito cobiçados. De todos, três chamaram mais a atenção do rei: O primeiro levou um pote de ouro e disse que o seu desejo era ter 10 vezes o peso da princesa em ouro. O rei então perguntou o por que daquele desejo: - Este é para que não falte riqueza para sua filha, majestade respondeu o pretendente. O segundo levou o mapa de suas terras e disse que seu desejo era ter todo o reino em suas mãos. E o rei perguntou-lhe o por quê do desejo. Ele responde: -Quero ter todas as terras para dar muitos poderes a princesa, majestade. O terceiro entrou com um lindo e grande jarro bordado com fios de ouro, porém só continha água. E todos riram. Ele disse que o seu desejo era ser igual à água. O rei não entendeu mas perguntou o motivo do desejo, e o jovem continuou: -Majestade, a água pode ser sólida, líqüida, gasosa e se adapta a qualquer superfície. Tem o maior poder de flexibilidade. Assim terei a condição ideal para me adaptar a qualquer circunstância que a vida exigir. Poderei assim, atender aos desejos da princesa; no inverno, tomarei posse de todas as terras 76- como o gelo do continente, teremos então muito poder; na primavera, serei líqüido para garimpar nos córregos e rios as pepitas de ouro que guardam seus leitos, teremos então muita riqueza; no verão, serei as nuvens que regarão as plantações, para alimentar os rebanhos e o nosso povo, assim não faltará alimento no reino. Todos ficaram em silêncio quando o rei perguntou: - E no outono? - No outono promoverei festas ao meu povo, mostrando-lhes, com minha presença constante, que faço parte de suas vidas. E como a água, presente em todos os lugares e corpos. Desta forma, teremos o reinado de maior comunhão com o povo e por isso, o mais próspero. - Mas esse desejo eu não posso lhe conceder. - Isto não é preciso meu rei, basta me conceder o que puder e desejar, que eu deverei me adaptar. Todos então, parabenizaram aquele jovem, quando o rei o escolheu para desposar a princesa, reconhecendo que, embora tivesse pouco para dar naquele momento, teria muito a contribuir para o reino ao longo de sua vida. Moral da história: Precisamos ser como a água, superar todos os problemas mostrando as dificuldades o grande poder que brota do Coração de Deus. Não veja os obstáculos como se eles fossem maiores que o amor de Jesus! O Caracol Invejoso Ocaracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns brincavam, outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua carapaça! - Vê-se que meu futuro é ir devagarzinho, sofrendo todos 77 os males! dizia ele, bastante frustrado. Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas não conseguiam. -Caracolzinho, pense que, se a natureza lhe deu essa carapaça, foi para alguma coisa - disse-lhe a tartaruga, que se encontrava em situação semelhante à dele. - Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me qual é ela? - perguntava o caracolzinho, ainda mais chateado por receber tantos conselhos. O Caracolzinho tornou-se tão insuportável por suas reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu gosto. Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram, inundando tudo, Muitos dos animaizinhos que ele invejara, encontravam-se agora em grandes dificuldades. O Caracolzinho, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro de sua carapaça estava totalmente protegido! Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e perpétua carapaça. Deixou de protestar, tornando-se um animalzinho simpático e querido por todos. Moral da história: Ainda que não vejamos de imediato as razões de algo pelo qual passamos, confiemos na Providência e no Amor de Deus para conosco. Um dia iremos descobrir o porquê nos horizontes insondáveis e amorosos do Senhor. O Cavalo Descontente Caso queiramos, sempre podemos encontrar motivos para nos sentirmos descontentes. Podemos, também, encontrar argumentos para nos considerarmos valorizados 78 e felizes. Tudo depende da maneira como cada um vê a existência. Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno, desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora descansasse tranqüilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca. - Ah, como sinto saudade de comer a erva fresca que nasce na primavera! - dizia o pobre animal. A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita. - Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! Lamentava-se o cavalo. Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte. - Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! Dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação terminariam os seus males. Mas no outono teve que carregar lenha para que seu dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer. Quando o inverno chegou novamente e o cavalo pôde finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso tentar fugir do momento presente e refugiar-se na ilusão do futuro. Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da vida e do trabalho. Moral da história: É melhor descobrir o que a vida tem de bom, momento a momento, vivendo o presente da melhor forma possível, segundo a vontade de Deus. "Para tudo tem um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céu". (Kclesiastes 3, 1). 79 O Leão e o Esquilo: Fazia muito calor e o leão decidiu procurar um fresco onde pudesse descansar. Ali, esticou e agitou sua cauda preguiçosamente, enquanto o tempo passava. De repente, um esquilo saiu de uma árvore próxima e, imprudentemente, passou por debaixo das barbas do rei das selva. O leão sentiu vontade de brincar com o esquilo e começou a persegui-lo. O pobre animalzinho pensou que o leão quizesse comê-lo. Tremendo da cabeça ao rabo, suplicou que lhe poupasse a vida. - Se me soltar, bom leão, prometo ajudá-lo a lutar contra seus inimigos, - disse o esquilo morto de medo. - Ah! ah! ah! Que ajuda você pode me dar, bichinho insignificante? Vá embora depressa antes que eu perca a paciência! respondeu o leão menosprezando-o. O tempo passou. Um dia, o orgulhoso rei das selvas caiu numa armadilha feita por caçadores. Debateu-se muito tentando corajosamente livrar-se da rede, mas nada conseguiu Então apareceu o esquilo que, pacientemente, começou a roer a rede com seus dentinhos afiados. Dessa maneira conseguiu libertar o leão. Arrependido pelo desprezo com que tratava o animalzinho, desculpou-se com ele. -Perdoe-me, esquilo. Agora compreendo que todos os animais, por menores que sejam, merecem o maior respeito. Prometo que nunca mais voltarei a rir de você, - disse o leão. - Não se preocupe, bom amigo. Sábio é aquele que reconhece a tempo os seus erros - respondeu o esquilo. Daquele momento em diante, os dois tornaram-se amigos inseparáveis e puderam, juntos, enfrentar os perigos da selva. O mesmo acontece conosco quando julgamos alguém pela sua 80 aparência. Deixamos de ver o que realmente importa e bloqueamos o nosso coração. Não vemos com os olhos de Deus. Que o nosso olhar se transforme e ficaremos maravilhados diante de tanta beleza e riqueza na variedade de tudo quanto foi criado. "Aprendendo a Partilhar": Um padre, em suas andanças pelo interior, estava evangelizando um grupo de pessoas de uma paróquia. Em seu sermão dizia: - Precisamos aprender a dividir nossos bens com os irmãos mais necessitados! Todos ouviam com atenção as palavras do padre, que para concluir, resolveu perguntar se todos haviam entendido o que ele dissera. E eles responderam: - Entendemos sim, padre! - Então vamos ver, disse o padre. Se vocês tiverem 100 cabeças de gado, o que farão? Eles responderam: - Ficamos com 50 e damos 50 para o nosso irmão. - Se vocês tiverem 100 cabeças de porco, o que farão? -interrogou o padre. E eles responderam: -Ficamos com 50 e damos 50 para o nosso irmão. E o padre insistiu: - E se vocês tiverem 100 cabeças de galinha, o que farão? Ninguém respondeu. O padre tornou a perguntar, e, novamente o silêncio. O padre, desconfiado, perguntou: -Porque vocês dividiriam o gado e os porcos e não dividiriam as galinhas? E a resposta veio em seguida: -Ah! Padre, o gado e os porcos nós não temos, mas as galinhas, nós temos sim! 81 Moral da história: Dividir o que não se tem, apenas com palavras é muito fácil. O difícil é dividir com um gesto concreto o que se tem. Divida o que você tem de mais valioso na vida com as pessoas que o rodeiam, dê a elas o amor que Deus plantou em seu coração. A Ação de Deus: Heitor era um homem de ótima condição profissional. Apesar de estar bem financeiramente e ter tudo o que queria, sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não. Assinou contratos de trabalho que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentado. Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda o estava desviando para uma ruazinha estreita, porque um encanamento tinha se rompido na avenida principal. Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ele passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: "Sem Deus não há paz. Se Entregue a Jesus e conheça a paz. Todos são bem-vindos". Ele achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma rua - De novo! - pensou Heitor. E passou outra vez em frente da igreja. Lá estava o cartaz que mais uma vez lhe chamou a atenção, mas dessa vez ele parou e deu uma olhada para dentro da igreja. No terceiro dia, Heitor pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito bobo, afinal qual era a probabilidade de, em 3 dias seguidos, ter um desvio do trânsito no mesmo local? -Vai ser um teste, pensou. Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal. Quando chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. Um grande acidente, explicou um deles, desviando o trânsito para a conhecida rua. - É demais, falou Heitor. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, estava o padre da Paróquia. Ele ergueu os olhos, olhou para Heitor com um sorriso e perguntou: Por que demorou tanto? O padre havia visto o carro de Heitor passar ali nos três últimos dias. Eles, então, tiveram uma boa conversa e, como resultado, Heitor passou a freqüentar a pequena igreja. Encontrou a paz e a serenidade que estava precisando, enfim, permitiu que Jesus o encontrasse. Moral da história: Para Deus não existe coincidência e sim PROVIDÊNCIA. Por isso, por maior que seja a dificuldade, não desanime e jamais perca a fé. Quando nos abandonamos nas mãos de Deus, tudo concorre para o nosso maior bem. Escreve s. Paulo: "Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus" (Romanos 8, 28). A Estátua e o Azulejo de Mármore... Havia um museu, com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada. Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore. Uma noite, os azulejos começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore: - Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente 83 do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós, só para admirá-la? Não é justo! - Meu querido amigo azulejo de mármore, você ainda se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna Respondeu a estátua. - Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos na mesma caverna e, agora, recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! Então, você ainda se lembra do dia em que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas? - Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como ele pôde usar aquelas ferramentas em mim? Dooeu muito! - Isso é certo! Ele não pôde fazer nada em você, porque você resistiu em ser trabalhado. - Sim. E daí? - Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim, ao invés de resistir, eu soube imediatamente que me tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti, ao invés disso, agüentei todas as ferramentas dolorosas, que ele usou em mim, - Mmmmm... Resmungou o azulejo. - Meu amigo, há preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil. Às vezes, é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer para nos transformarmos em algo mais belo. Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar as pessoas, que passam por você. Moral da história: Passamos por sofrimentos e provações para crescermos e nos tornarmos testemunhas vivas da ação de Deus, Para que isso aconteça é necessário lançarmos fora o medo e deixarmos que Jesus nos molde conforme a Sua vontade. Ele quer fazer de você uma bela obra prima do Seu Amor. 84 A Resposta Uma mulher costumava sempre reclamar de tudo na vida: dos filhos, do marido, da situação financeira... Certo dia encontrou-se com Jesus e disse: - Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me escrava. Tenho um filho que incessantemente me fere o coração. Esperei-o ccom os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto, encontro nele meu suplício. Por que isso, Senhor? Por que tanto sofrimento? E Jesus, em Seu infinito Amor e bondade, respondeu àquela mulher: - Minha filha. Só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do tronco se a terra não o suportasse, ou do ninho sem que a ramada lhe resguardasse a esperança? - Mas, Senhor, e comigo? Quem teria colocado em meus braços semelhante martírio? Quem talvez, por engano, terá colocado em meu peito este filho difícil e indiferente, acreditando que o meu amor ignorante e frágil conseguiria eclucá-lo? Então, com grande surpresa, a pobre mulher escutou de Jesus estas simples palavras: - Minha filha... Fui eu. Moral da história: Todas as vezes que passamos por dificuldades, estamos sendo provados, mas também enriquecidos com a graça de Deus. Não desistamos perante os obstáculos, confiemos plenamente no Amor de Jesus e os fardos se tornarão leves. 85 O Retorno Certo dia, a única filha de um casal desapareceu sem explicações. Os pais sofreram muito com a falta da filha. Procuraram em todos os lugares. Fizeram de tudo e nada de encontrá-la. Passados 15 anos, a filha apareceu em casa. Foi a maior felicidade para todos. Foram abraços e lágrimas. Os pais queriam saber o que havia acontecido, mas a filha pediu para antes, tomar um banho e comer alguma coisa, pois estava faminta. A mãe então, disse à filha para ir a seu quarto, que havia uma toalha limpa e preparar-se para comer, pois ela tinha feito o seu prato preferido. Pensativa, a filha perguntou: - Minha toalha está pronta e meu prato preferido está preparado? Como sabia que eu voltaria hoje para casa? Foi o instinto materno? O pai então lhe respondeu: - Não minha filha. O nome disso é fé. Durante esses longos 15 anos que você esteve desaparecida, sua mãe preparou sua toalha e sua comida favorita todos os dias, pois ela sabia que você voltaria pra casa a qualquer momento. Moral da história: Jesus sempre está esperando o nosso retorno. Tem Seu coração aberto para nos acolher e a mesa preparada para participarmos de Sua graça e de Sua Vida. 86 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Rossi, Marcelo Momento de fé: as melhores histórias / Marcelo Rossi. — Curitiba: Novo Rumo, 2004. 1. Conduta de vida 2. Fé 3. Vida cristã I. Título. 04-7853 CDD-2421 índices para catálogo sistemático: 1. Reflexões diárias: Cristianismo 242.2 Supervisão Editorial: Orlando F. Braga Capa & Projeto Gráfico: Maurício Corrêa Pesquisa Iconográfica: Edson Luiz Fragoso Pré-Impressão (CtP) e Impressão: MaxiGráfica e Editora Ltda. ©2004 by Padre Marcelo Rossi Todos os Direitos Reservados a Editora Novo Rumo. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Editora. Editora Novo Rumo Rua Presidente Rodrigo Otávio, 945 • 80040-230 Curitiba/PR • Tel: (41) 262 3750 novorumo@terra.com.br