Faça outra busca na enciclopédia educacional Ou, se preferir, faça uma SEGUNDA GUERRA MUNDIAL SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, guerra ocorrida entre 1939 e 1945. Fez mais vítimas, custou mais dinheiro, arrasou mais propriedades, afetou mais pessoas e provavelmente provocou maiores mudanças do que qualquer outra guerra ao longo de toda a história. A Segunda Guerra Mundial inaugurou a era atômica e modificou radicalmente os métodos de combate. Soldados de infantaria eram rapidamente transportados em caminhões para a frente de batalha depois que o bombardeio aéreo, os tanques gigantescos e a artilharia de precisão enfraqueciam o inimigo. Os bombardeiros e mísseis balísticos exterminavam igualmente soldados, marinheiros e civis. Os aviões, os navios de guerra e as forças terrestres realizavam operações sincronizadas em ataques anfíbios. As forças de pára-quedistas saltavam dos aviões ou desembarcavam de planadores. É incalculável o número de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas entre setembro de 1939 e setembro de 1945. Mais de dez milhões de soldados aliados e cerca de seis milhões de militares dos países do Eixo morreram nessa guerra, que custou mais de 1.150.000.000.000 de dólares. Mais de 50 países participaram da guerra, e suas conseqüências foram sentidas no mundo inteiro. Em quase todas as partes do mundo travaram-se combates. Os principais campos de batalha foram a Ásia, a Europa, o norte da África, os oceanos Pacífico e Atlântico, e o mar Mediterrâneo. Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha atacou a Polônia. Após o sucesso deste primeiro teste dos métodos de Blitzkrieg, a máquina de guerra alemã, no ano de 1940, esmagou em três meses seis países Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos e França. Adolf Hitler, o ditador da Alemanha, fracassou em suas tentativas de vencer a Grã-Bretanha por meio de bombardeios e bloqueios submarinos. Em 1941, os exércitos de Hitler conquistaram a Iugoslávia e a Grécia que a Itália havia atacado em 1940, após entrar na guerra contra a França e em seguida marcharam em direção à U.R.S.S. Os planos expansionistas do Japão em relação ao extremo oriente levaram esse país a atacar Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, provocando, assim, a entrada dos E.U.A. na guerra. Após uma série de reveses, os Aliados tomaram a ofensiva, e o avanço dos países do Eixo foi detido em três pontos: em El Alamein, no norte da África; nas ilhas Midway do Pacífico; em Stalingrado (atual Volgogrado), na União Soviética. As invasões anfíbias das ilhas do Pacífico colocaram os Aliados às portas do Japão. Na Europa, os exércitos dos Aliados desembarcaram na Itália e na França, e em seguida invadiram a Alemanha. A Itália rendeu-se em 3 de setembro de 1943, a Alemanha, em 7 de maio de 1945, e o Japão, em 2 de setembro de 1945. Uma paz apreensiva, mais semelhante a um cessar-fogo, voltou a reinar em um mundo fatigado pela guerra. Os Aliados chamaram o conflito de guerra pela sobrevivência . Antes mesmo do término das hostilidades, surgiram novas ameaças à paz mundial. Entretanto, a bomba atômica e o míssil balístico passaram a advertir que qualquer guerra futura seria ainda mais destruidora do que a Segunda Guerra Mundial. Causas do Conflito As três causas principais da Segunda Guerra Mundial foram: (1) os problemas gerados pela Primeira Guerra Mundial que ficaram sem solução, (2) a ascensão das ditaduras, com o apoio de países liberais capitalistas e (3) o desejo da Alemanha, Itália e Japão de aumentar seus territórios. Os historiadores discordam quanto à data exata em que teve início a Segunda Guerra Mundial. Muitos consideram a invasão alemã da Polônia em 1º de setembro de 1939 como sendo o começo da guerra. Uns afirmam que a guerra começou quando os japoneses invadiram a Manchúria, em 18 de setembro de 1931. Outros consideram a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais como partes de um mesmo conflito, separadas apenas por um intervalo de tempo. O mundo não desfrutou de uma paz total entre 1918 e 1939. Atos de agressão e "pequenas guerras" ocorreram durante esse período, e surgiram ditaduras em vários países, como a Itália e a Alemanha. Problemas Gerados Pela Primeira Guerra Mundial O Tratado de Versalhes. Muitos historiadores remontam as causas da Segunda Guerra Mundial ao Tratado de Versalhes e outros acordos de paz que se seguiram à Primeira Guerra. Os Aliados ocuparam parte da Alemanha e obrigaram-na a desarmar-se, a ceder territórios, a pagar indenizações e a admitir sua culpa na deflagração da guerra. A Alemanha enfrentou o desemprego generalizado, a inflação e a escassez de alimentos e matérias-primas provocados pelo bloqueio dos Aliados. Para os alemães, foi fácil responsabilizar o Tratado de Versalhes pelos seus problemas. O tratado foi por eles chamado Ditame de Versalhes . A Alemanha estabeleceu uma forma republicana de governo em Weimar, em 1919. Muitos alemães, porém, culparam o novo governo pela aceitação do execrável tratado. Os trabalhadores que não conseguiam encontrar emprego ingressavam nos partidos Comunista e Nacional-Socialista. Os membros desse último partido reivindicavam abertamente a revisão do tratado e a derrubada da república de Weimar. A Liga das Nações foi criada pelos tratados que puseram fim à Primeira Guerra Mundial. Os chefes dos países-membros desejavam que a Liga ajudasse as nações a resolverem pacificamente suas disputas. Mas a Liga não dispunha de uma polícia internacional capaz de exterminar os indícios de guerra, embora chegasse a resolver algumas divergências. Em 1926, a Alemanha tornou-se membro da Liga. Os E.U.A., porém, não ingressaram na Liga, e a organização foi-se enfraquecendo de ano para ano. A maioria dos países da Europa ocidental encontrava-se por demais ocupada com seus próprios problemas para dar uma atenção maior à Alemanha, embora as autoridades desse país clamassem por ajuda. O povo alemão concluiu que seu governo nada podia fazer para ajudá-lo. Este descontentamento geral e a depressão mundial que teve início em 1929 apressaram a queda da república. Com o enfraquecimento do governo, Adolf Hitler e seu Partido Nacional-Socialista, ou Nazista, tornaram-se mais fortes. Tentativa de Desarmamento. Os Aliados desarmaram a Alemanha após a Primeira Guerra Mundial e prometeram lutar pelo desarmamento geral. Em 1921, a conferência Naval de Washington concordou em limitar o número e o tamanho dos grandes navios de guerra das principais potências navais. Conferências navais realizadas em 1927 e 1930 obtiveram menos êxito, e nada foi feito em relação ao desarmamento geral. Muitos países realizaram debates sobre o desarmamento, mas nenhum deles tomou medidas positivas. Em 1932, a Liga das Nações organizou uma conferência de 60 países em Genebra, na Suíça. O chanceler da Alemanha, Heinrich Brüning, anunciou que seu país estaria disposto a manter o nível de desarmamento estabelecido pelo Tratado de Versalhes, caso os outros países reduzissem seus armamentos àquele mesmo nível. A França, porém, se recusou a aceitar o desarmamento, a menos que pudesse ser criado um sistema de policiamento internacional. A conferência de Genebra redundou em fracasso. O governo de Brüning caiu. Oito meses depois, Hitler tornou-se chanceler da Alemanha e quase que imediatamente retirou seu país da conferência e da Liga das Nações. Os Problemas Econômicos foram uma das causas fundamentais da Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, a Itália e o Japão julgavam-se injustamente prejudicados na tentativa de competir com outras nações por mercados, matérias-primas e colônias. Acreditavam que países como a Bélgica, a França, a Grã-Bretanha, os Países Baixos e os E.U.A. controlavam de maneira desleal a maior parte da riqueza e da população mundiais. Nos tempos de prosperidade, a Alemanha, a Itália e o Japão conseguiam encontrar mercados para seus produtos. Entretanto, esses mercados foram fechados na época da depressão econômica. Outros governos impuseram tarifas elevadas às importações e baixaram as cotas dos produtos importados. Assim, a Alemanha, a Itália e o Japão procuraram conquistar territórios para garantir aquilo que julgavam ser a sua parcela das riquezas e dos mercados mundiais. O problema das dívidas e indenizações de guerra afligiu vários países durante esse período. Na Primeira Guerra Mundial, os países aliados haviam tomado dinheiro emprestado uns com os outros para financiar a guerra. Algumas nações começaram a exigir que esses empréstimos fossem pagos. A Alemanha e os outros países derrotados tinham que pagar indenizações pelos prejuízos que haviam causado durante a guerra. Os Aliados exigiam 33 bilhões de dólares em indenizações, somente por parte da Alemanha. A Ascensão das Ditaduras Vários países tiveram governos liberais e democráticos após a Primeira Guerra Mundial. Durante as décadas de 1920 e 1930, porém, a ascensão de ditaduras destruiu os direitos democráticos. Governos totalitários foram estabelecidos na União Soviética, na Itália, na Alemanha e em outros países. O Socialismo na União Soviética chegou ao poder com a revolução de novembro de 1917. Os comunistas, liderados por Lenin, implantaram a ditadura do proletariado, ou seja, dos trabalhadores. Inicialmente Lenin e depois Stalin governaram a União Soviética. O governo se apossou de todos os tipos de propriedade privada e declarou ilegais todos os partidos políticos, com a exceção do Partido Comunista. Esse quadro assustava os governos liberais capitalistas, que temiam o avanço soviético e revoluções socialistas, incentivadas pela União Soviética, em seus países. O Fascismo na Itália. Benito Mussolini fundou o Partido Fascista em 1919. Após tornar-se primeiro-ministro da Itália, em 1922, Mussolini rapidamente enfeixou em suas mãos todos os poderes governamentais e transformou o país em um Estado totalitário. Na época em que foram feitos os acordos de paz da Primeira Guerra Mundial, muitos italianos haviam culpado o governo liberal de não impor as reivindicações da Itália no sentido de obter mais territórios. O país enfrentava problemas causados pela inflação e por uma elevada dívida pública. Mussolini prometeu restituir à Itália a antiga grandeza do tempo em que Roma era o centro de um poderoso império. O Nazismo na Alemanha. O Partido Nacional Socialista, ou Nazista, assumiu o poder em 1933. Adolf Hitler revelara claramente seus planos em 1925, no seu livro Minha luta ( Mein kampf ). Ele recomendava o emprego das forças armadas para remover as restrições do Tratado de Versalhes. Em um programa adotado pelo seu partido em 1920, Hitler pedia o rearmamento e a união de todos os povos de língua alemã em uma "Alemanha maior". Tão logo tornou-se chanceler da Alemanha, Hitler esmagou toda a oposição política e começou a reconstruir o poderio militar alemão. As escolas alemãs, a partir dos jardins de infância, começaram a ensinar às crianças as glórias do poderio militar. Rapazes e moças foram obrigados a ingressar nos grupos da Juventude de Hitler , nos quais se dava ênfase à disciplina militar. O Militarismo no Japão há muito tempo já fazia parte das tradições do país. O povo tinha na mais alta conta os samurais. A guerra e as conquistas, segundo os militaristas japoneses, eram as mais altas realizações humanas. O Japão tivera um governo liberal durante um curto período na década de 1920. Mas, por volta de 1931, os militaristas começaram novamente a dominar o governo. Os chefes militares japoneses consolidaram seu poder invadindo a Manchúria em 18 de setembro de 1931. Vários historiadores consideram este ato como o verdadeiro início da Segunda Guerra Mundial, já que a agressão não pôde ser detida. A Marcha das Agressões Manchúria. Os japoneses tinham um interesse especial pela Manchúria devido à abundância de suas riquezas naturais. Da Manchúria, o Japão poderia partir para a conquista de todo o norte da China. Depois que tivesse consolidado sua liderança na China, o Japão poderia expandir-se em outras partes. Os japoneses atacaram em uma época em que a maioria dos países estava mais preocupada com a depressão do que com uma invasão na longínqua China. A Liga das Nações nada fez senão condenar formalmente o Japão. Os E.U.A. introduziram a doutrina do não-reconhecimento, declarando simplesmente que não reconhecia a conquista do Japão. China. Os japoneses invadiram a China nas proximidades de Xangai, em 1932. No entanto, retiraram-se mais tarde. Iniciaram então uma campanha econômica contra o comércio chinês. O conflito estourou em 7 de julho de 1937, depois que os japoneses simularam um "incidente" perto de Pei-Ping (atual Pequim). A guerra não declarada entre o Japão e a China estendeu-se à maior parte do leste da China. Por volta de dezembro de 1938, os japoneses dominavam a maioria dos principais portos e centros industriais e ferroviários da China. Tchong-King, a capital chinesa durante a guerra, estava situada no alto rio Yang-Tse. O Japão impôs à China um bloqueio econômico. Alguns países ofereceram ajuda e solidariedade à China, mas a maioria continuou a vender provisões de guerra ao Japão. Etiópia e Espanha. Em 1935, as tropas de Mussolini invadiram a Etiópia. Os italianos massacraram as forças etíopes, mal equipadas e insuficientemente treinadas. Em 1936 completaram a conquista. A Liga das Nações votou sanções econômicas contra a Itália; entretanto, retirou-as mais tarde. A Guerra Civil Espanhola estourou em 1936. Tanto Mussolini como Hitler enviaram homens e provisões para ajudar as forças rebeldes de Francisco Franco. A União Soviética ofereceu ajuda aos legalistas espanhóis. Franco derrubou o governo espanhol e, em 1939, estabeleceu uma ditadura absoluta semelhante às existentes na Alemanha e na Itália. Os historiadores muitas vezes se referem à guerra na Espanha como sendo o campo de provas da Segunda Guerra Mundial , pois nela os alemães, italianos e soviéticos testaram alguns armamentos e táticas militares. Renânia. Em 1935, Hitler estabeleceu o recrutamento militar para todos os homens alemães, criou uma força aérea e começou a construir submarinos. O Tratado de Versalhes impôs um limite de 100 mil homens ao Exército alemão, mas em pouco tempo Hitler contava com 600 mil soldados. Alguns governos europeus protestaram contra essas violações do tratado. Mas a Grã-Bretanha concordou em desprezar as limitações do Tratado de Versalhes e permitiu que a Alemanha formasse uma força aérea e uma marinha. Em uma outra violação do tratado, Hitler enviou tropas para os distritos desmilitarizados que ficavam a oeste do rio Reno, em março de 1936. Esse ato trouxe os soldados alemães para a fronteira francesa. Alguns líderes franceses quiseram enviar tropas para forçar o recuo dos alemães. Mas sentiu-se que tal medida poderia provocar uma guerra total, e a Europa não quis correr o risco. Com isto, Hitler saiu ganhando mais uma vez. No final de 1936, a Alemanha e o Japão assinaram um pacto anti-Comintern de oposição ao comunismo. Em 1937, a Itália assinou o pacto. Os três países aliaram-se no que ficou conhecido como Eixo Roma-Berlim-Tóquio . Em 1940, a Alemanha, a Itália e o Japão assinaram um pacto de ajuda militar. Áustria. Confiante no êxito, Hitler voltou-se para o seu próximo objetivo: unificar a Áustria e a Alemanha. Os acordos de paz de 1919 haviam proibido essa unificação. Hitler sustentou falsamente que a Alemanha "não tinha vontade nem intenção...de anexar ou unir-se à Áustria". Mas Hitler, secretamente, encorajara e apoiara um movimento revolucionário nazista na Áustria. Em 1934, conspiradores nazistas haviam assassinado o chanceler da Áustria, Engelbert Dollfuss, sem conseguir porém conquistar o país. Em março de 1938, as tropas alemãs entraram triunfantes na Áustria. Tchecoslováquia. A rápida e incruenta conquista da Áustria atemorizou a Tchecoslováquia. Os alemães defrontavam-se agora com os tchecos em três lados. No país viviam três milhões e meio de alemães dos Sudetos, muitos dos quais haviam ingressado em um partido pró-alemão que recebia ordens de Hitler. Hitler exigiu que os alemães dos Sudetos fossem colocados sob seu domínio. Mas os tchecos prepararam-se para lutar. A França prometeu cumprir as obrigações do tratado e ficar ao lado dos tchecos. A União Soviética fez o mesmo. A Grã-Bretanha comprometeu-se a apoiar a França. Com a Europa às vésperas da guerra, Hitler declarou que a região dos Sudetos era "a última reivindicação territorial que tenho a fazer na Europa". O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Neville Chamberlain, e o primeiro-ministro da França, Edouard Daladier, conferenciaram com Hitler e Mussolini em Munique. Os alemães não permitiram a participação de representantes da Tchecoslováquia na conferência. Chamberlain e Daladier finalmente cederam às exigências dos ditadores. Pelo Acordo de Munique, feito em 29 de setembro de 1938, a Tchecoslováquia perdeu para a Alemanha a região dos Sudetos. Quando regressou a Londres, Chamberlain afirmou que o pacto significava "paz para a nossa época". Polônia. Hitler quebrou então a sua promessa fazendo outra "última reivindicação". Ordenou secretamente que a Polônia cedesse uma faixa de território através do Corredor Polonês para ligar a Alemanha à Prússia oriental. Hitler desejava também anexar Danzig (atual Gdansk) à Alemanha. Em março de 1939, o exército de Hitler ocupou o resto da Tchecoslováquia. Em seguida tomou Memel (atual Klaipeda) da Lituânia. Em abril, a Itália ocupou a Albânia. No oeste, os alemães trabalhavam em um ritmo frenético para concluir as fortificações da Linha Siegfried, destinada a fazer face à Linha Maginot dos franceses. As promessas quebradas por Hitler finalmente convenceram a Grã-Bretanha e a França de que a Alemanha pretendia conquistar toda a Europa oriental. A política de apaziguamento revelara-se um completo fracasso. Quando Hitler novamente exigiu Danzig e uma faixa do Corredor Polonês, Chamberlain anunciou que a Grã-Bretanha ajudaria a Polônia caso esta resistisse a um ataque alemão. Hitler queixou-se de que as garantias dadas por Chamberlain à Polônia encorajavam os poloneses a serem "insensatos". Os jornais alemães destacavam os "terríveis maus tratos" impostos aos povos de língua alemã na Polônia. Hitler rejeitou um tratado de amizade com a Polônia, e aumentaram os conflitos entre alemães e poloneses em Danzig. A tensão crescia à medida que se espalhavam os rumores de guerra. Início da Guerra. Em setembro de 1939, Hitler decidiu-se finalmente a atacar a Polônia. Seu alto comando traçou os planos para a invasão. Os ingleses e os franceses vinham mantendo negociações com os soviéticos no sentido de obter apoio para os poloneses. Na mesma época, a União Soviética procurava melhorar suas relações comerciais com a Alemanha. Alguns historiadores acreditam que a União Soviética soube, na primavera ou no início do verão de 1939, que a Alemanha planejava invadir a Polônia em setembro. Ciente disso, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha em 23 de agosto. Os soviéticos prometeram permanecer neutros no caso de a Alemanha entrar em guerra. Além disso, firmaram em segredo um acordo para dividir a Polônia com os alemães após a conquista. Hitler supôs que a Grã-Bretanha e a França não entrariam na guerra para ajudar a Polônia. Na madrugada de 1º de setembro de 1939, as tropas alemãs invadiram o país. A Grã-Bretanha e a França imediatamente ordenaram a Hitler que retirasse suas forças, advertindo que entrariam em guerra caso ele não obedecesse. Hitler não deu atenção. Em 3 de setembro, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha. Homens e Estratégia Tal como na Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha, a França e os países que estavam a seu lado ficaram conhecidos como Aliados . Os Aliados totalizaram cerca de 50 nações durante a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha e seus oito aliados eram conhecidos como Eixo . No início da guerra, os países do Eixo levaram vantagem, pois haviam treinado forças militares mais poderosas que as dos Aliados e organizado fábricas para produzir material bélico. Mas depois que a guerra tornou-se um conflito global, em 1941, os Aliados passaram a cooperar uns com os outros para vencer os países do Eixo nos campos de batalha e suplantá-los na produção das fábricas. Líderes Durante a Guerra Os Aliados. Os chefes de governo da China, da Grã-Bretanha, da União Soviética e dos E.U.A. ficaram conhecidos como os Quatro Grandes . Duas dessas potências tiveram os mesmos chefes de governo durante toda a guerra. Chang Kai-Chek governou a China, e Iosif Stalin dirigiu a atuação da União Soviética na guerra. Na Grã-Bretanha, Winston Churchill substituiu Neville Chamberlain como primeiro-ministro em 1940, e Clement Atlee sucedeu a Churchill em julho de 1945. Franklin Roosevelt foi reeleito presidente dos E.U.A. em novembro de 1944, mas morreu em abril de 1945. O vice-presidente Harry Truman sucedeu a Roosevelt. Durante a guerra, os líderes das Quatro Grandes potências conferenciaram várias vezes. Churchill encontrou-se com Roosevelt em Washington, Casablanca, Malta e Quebec. Os dois conferenciaram com Chang Kai-Chek no Cairo e com Stalin em Teerã e Ialta. Churchill, Atlee, Stalin e Truman reuniram-se em Potsdam. Após 1942, oficiais do estado-maior da Grã-Bretanha e dos E.U.A. traçaram a estratégia geral da guerra. Dentre os oficiais norte-americanos que fizeram parte desse grupo durante quase toda a guerra estavam os generais George Marshall e Henry Arnold, e os almirantes William Leahy e Ernest King. Representando a Grã-Bretanha, os marechais-de-campo Sir John Dill e Sir Alan Brook, o marechal da Força Aérea Real Sir Charles Portal e os almirantes Sir Dudley Pound e Sir Andrew Cunningham. Os principais comandantes dos Aliados foram os marechais-de-campo Sir Harold Alexander e Henry Wilson no Mediterrâneo, o general Dwight Eisenhower no norte da África e Europa, o general Douglas MacArthur no sudoeste do Pacífico, o almirante lorde Louis Mountbatten no sudeste da Ásia, o almirante Chester Nimitz no Pacífico central e o marechal soviético Georgi Zhukov. Chang Kai-Chek e Stalin haviam recebido das forças militares o título de generalíssimos . O Eixo. Nas três principais potências do Eixo, somente o imperador Hirohito do Japão governou durante toda a guerra. O Japão teve vários primeiros-ministros. O general Hideki Tojo, o mais importante deles, exerceu poderes ditatoriais de outubro de 1941 a julho de 1944. Vítor Emanuel foi o rei da Itália durante a guerra, mas o verdadeiro chefe do governo, Benito Mussolini, renunciou em 1943. Adolf Hitler, o chanceler alemão, suicidou-se em abril de 1945. Os principais comandantes do Eixo foram os marechais-de-campo Karl Gerd von Rundstedt, Albert Kesselring e Erwin Rommel da Alemanha; o marechal Rodolfo Graziani da Itália; o general Tomobumi Yamashita e o almirante Isoroku Yamamoto do Japão. Estratégia da Guerra Guerra Global. Os historiadores não encontraram provas de que a Alemanha, a Itália e o Japão tivessem em comum quaisquer planos estratégicos formais para vencer a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha pretendia construir um poderoso império ocupando territórios a leste e ao sul. Em seguida, após derrotar a França, esperava empregar ataques aéreos para forçar a Grã-Bretanha a assinar a paz. As tropas alemãs derrotariam então a União Soviética, tomariam os campos petrolíferos do Cáucaso e organizariam o plano de Hitler para uma nova ordem européia. A Itália esperava tirar vantagem dos êxitos alemães para obter territórios para si mesma. O Japão pretendia destruir a esquadra norte-americana do Pacífico em Pearl Harbor e depois invadir a Tailândia, a Malásia, as Filipinas e as Índias Holandesas. Em seguida, completaria a conquista da China e colocaria toda a Ásia oriental sob seu domínio. O Japão esperava que uma guerra em dois oceanos esgotasse os Aliados, que então o deixariam conservar os territórios conquistados. O Japão não tinha planos para invadir o continente norte-americano. "Alemanha Primeiro." Os Aliados concordaram quanto a uma estratégia básica logo que a guerra teve início. Roosevelt e Churchill, em sua primeira conferência de guerra, realizada em dezembro de 1941, decidiram concentrar suas ações inicialmente sobre a Alemanha e depois sobre o Japão. Eles consideravam a Alemanha o maior e o mais próximo inimigo. Os Aliados planejavam invadir a Europa ocidental para desafogar a pressão alemã sobre os soviéticos. Avançando para leste, os exércitos dos Aliados prensariam a Alemanha contra as forças soviéticas em marcha para o oeste. Os Aliados planejavam eliminar a Itália da guerra invadindo-a a partir das bases situadas no norte da África. Para derrotar o Japão, os Aliados planejavam tomar as ilhas situadas em pontos estratégicos do Pacífico e construir bases de bombardeiros na China. Utilizando a China e as ilhas do Pacífico como trampolins, os Aliados poderiam então invadir o Japão. Mobilização Quando a guerra começou, em 1939, a Alemanha teve a vantagem de estar substancialmente mobilizada. O país já havia organizado suas fábricas para atender às necessidades do tempo de guerra. Os Aliados, depois que estourou a guerra, tiveram que recrutar e treinar homens para as forças armadas, adaptar as fábricas à produção de provisões de guerra e adotar planos estratégicos. Hitler tinha uma bem equilibrada Wehrmacht , ou força militar, de 106 divisões de combate providas de tanques poderosos, veículos motorizados e artilharia pesada. A Grã-Bretanha, a França e a Polônia tinham maiores reservas de efetivos militares, mas seus exércitos não eram tão bem treinados e equipados como o dos alemães. A Alemanha tinha aproximadamente 12 mil aeronaves militares contra cerca de oito mil dos Aliados. Os Aliados tinham maiores forças navais, com cerca de 5t de navios para uma dos alemães. Mas os Aliados tinham também que patrulhar vastas áreas do mundo, e a Alemanha podia restringir suas atividades navais ao mar do Norte e ao Atlântico. Além disso, os submarinos alemães ameaçavam seriamente os navios aliados que transportavam tropas e material bélico. Do dia em que a Alemanha atacou a Polônia até a rendição do Japão seis anos depois, o Eixo mobilizou cerca de 30 milhões de homens e mulheres em suas forças armadas. Os Aliados mobilizaram cerca de 62 milhões de homens e mulheres. Primeiras Etapas da Guerra O poderio irresistível do Eixo conquistou uma série de importantes vitórias nos dois primeiros anos de guerra. Polônia, Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, Noruega, França, Iugoslávia e Grécia caíram sucessivamente diante da máquina de guerra do Eixo. A Alemanha obteve como ativos aliados Itália, Hungria, Romênia e Bulgária. Os alemães tentaram bombardear a Grã-Bretanha para que esta se rendesse, mas fracassaram. Os exércitos alemães, então, invadiram a União Soviética. Polônia Vencida. O alto comando alemão planejou a campanha polonesa com grande cuidado. Nessa campanha foi introduzido um novo método de combate chamado Blitzkrieg , ou seja, guerra relâmpago. Em 1º de setembro de 1939, os Stuka bombardeiros de mergulho alemães atacaram as tropas polonesas, e outros bombardeiros mais pesados destruíram fortificações e fábricas. Em terra, os tanques e a infantaria romperam as linhas polonesas. Os ingleses e franceses não puderam prestar auxílio direto aos poloneses. Em agosto, a Alemanha e a União Soviética haviam concordado secretamente em dividir a Polônia. Em 17 de setembro, com os exércitos poloneses quase batidos, as tropas soviéticas invadiram o leste da Polônia enfrentando pouca resistência. Os soviéticos afirmaram que desejavam "proteger suas próprias fronteiras". A maior parte da resistência polonesa cessou em três dias. Mas o povo de Varsóvia continuou lutando. Sem alimentos e provisões, a cidade teve que se render em 27 de setembro. No dia seguinte, a Alemanha e a União Soviética dividiram a Polônia. Após a campanha polonesa de 1939, durante sete meses, os alemães e os Aliados não travaram quaisquer batalhas terrestres importantes. Os franceses entrincheiraram-se na Linha Maginot, e os alemães ficaram atrás da Linha Siegfried aguardando a próxima ordem para atacar. Cada lado empreendia pequenos ataques, tirava fotografias aéreas e lançava folhetos de propaganda. Os jornais referiam-se à guerra no oeste como um embuste. Mas no oceano Atlântico os navios de guerra alemães Admiral Graf Spee e Deutschland atacavam os comboios dos Aliados. A Dinamarca e a Noruega dispunham de excelentes bases, de onde os submarinos podiam operar no mar do Norte. Nessas águas navegavam os navios que transportavam minério de ferro da Suécia para a Alemanha. Os alemães decidiram invadir a Dinamarca para facilitar uma invasão da Noruega. Na madrugada de 9 de abril, navios de guerra alemães transportando soldados entraram em Copenhague, na Dinamarca, e em Bergen, Oslo e outras cidades costeiras da Noruega. A Dinamarca rendeu-se quase que imediatamente. As tropas alemãs se apoderaram de campos de aviação em Oslo e perto de Stavanger. Uma quinta coluna norueguesa de espiões e outros simpatizantes da Alemanha, comandada por Vidkun Quisling, ajudou os invasores. Quisling tornou-se chefe do governo títere na Noruega. Após o primeiro impacto causado pela invasão, os noruegueses começaram a reagir. A Grã-Bretanha e a França enviaram tropas para a Noruega, mas não puderam fornecer auxílio aéreo adequado. Os alemães se fortaleceram, especialmente no poderio aéreo, e finalmente expulsaram, em junho, os Aliados da Noruega. Enquanto isso, a Marinha britânica impunha severas perdas à esquadra alemã. Em conseqüência dessa derrota inglesa, Winston Churchill sucedeu a Neville Chamberlain como primeiro-ministro da Grã-Bretanha em maio de 1940. Churchill disse a seu povo que nada poderia oferecer-lhe senão "sangue, labuta, lágrimas e suor". Retirada Para Dunkerque. Em seguida, Hitler acionou a sua terrível máquina de guerra na Europa ocidental. Em 10 de maio de 1940, as tropas alemãs penetraram na Bélgica, em Luxemburgo e nos Países Baixos. Os generais Fedor von Bock, Wilhelm von Leeb e Karl Gerd von Rundstedt comandaram os três exércitos invasores. Os Aliados julgavam que os alemães fossem adotar a mesma manobra tentada na Primeira Guerra Mundial. Em vez disso, unidades blindadas, forças de pára-quedistas e bombardeiros de mergulho atacaram Luxemburgo e a cerrada floresta de Ardenas. Os alemães deslocaram-se para a costa e, na Bélgica, isolaram as tropas dos Aliados de sua força principal que se encontrava na França. Luxemburgo rendeu-se em um dia, e os Países Baixos em cinco dias. Em 19 de maio, o general Maxime Weygand da França substituiu o general Maurice Gamelin como comandante supremo dos Aliados. Weygand começou a formar uma linha de defesa nas margens sul dos rios Soma e Aisne. Em 28 de maio, o rei Leopoldo III rendeu-se com o Exército belga e tornou-se prisioneiro. A rendição da Bélgica deixou em uma situação desesperadora o restante das forças aliadas, comandadas pelo general lorde John Gort. Essas forças retiraram-se para Dunkerque, o único porto a salvo no litoral norte da França. As unidades blindadas alemãs encontravam-se perto do porto, mas detiveram-se a 32km de Dunkerque. Enquanto a reduzida Força Aérea Real formava uma barreira para repelir os bombardeiros alemães, mais de 336 mil soldados ingleses, franceses e belgas embarcaram em navios de salvamento ingleses, dentre os quais havia barcos de pesca e lanchas. Alguns historiadores acreditam que Hitler permitiu a fuga dos soldados aliados por julgar que dessa forma poderia ser mais fácil negociar a paz com a Grã-Bretanha. A Rendição da França. Em 5 de junho, os alemães iniciaram uma nova ofensiva contra a França. Em quatro dias os franceses batiam em retirada. Mussolini decidiu que chegara a hora de a Itália obter uma parte das presas de guerra. Em 10 de junho, declarou à Grã-Bretanha e à França que a Itália entraria na guerra ao lado da Alemanha. Os italianos pouco fizeram a não ser invadir uma pequena parte do litoral do sul da França. Mas algumas das melhores tropas francesas encontravam-se estacionadas junto à fronteira italiana, justamente para prevenir um ataque desse tipo. Os alemães entraram em Paris em 14 de junho e, a partir da Alemanha, romperam a Linha Maginot dois dias depois. A vitória alemã provocou uma grande cisão no governo francês. Um grupo desejava transferir o governo para o norte da África e continuar a guerra. Winston Churchill sugeriu unir a Grã-Bretanha e a França sob um governo único, caso os franceses continuassem a lutar. Mas o primeiro-ministro da França, Henri Philippe Pétain, decidiu render-se. A França assinou um armistício com a Alemanha em 22 de junho. Hitler obrigou os franceses a capitularem no histórico vagão de trem, na floresta de Compiègne, no qual a Alemanha rendera-se aos Aliados em 1918. Os alemães dividiram então a França em duas zonas. Tropas alemãs ocuparam a área norte e oeste do país. Na parte desocupada do sul, Pétain estabeleceu um governo em Vichy. Milhares de franceses fugiram para o norte da África e para a Grã-Bretanha, e continuaram a combater os alemães. O general-de-brigada Charles de Gaulle tornou-se o líder do movimento pela França Livre, sediado em Londres. A Batalha da Grã-Bretanha. A rendição da França deixou a Grã-Bretanha sem aliados na Europa ocidental. A Alemanha derrotara seis países em três meses, e Hitler alardeava que entraria em Londres em um prazo de dois meses. Seu alto comando recebeu ordens para planejar uma invasão das ilhas Britânicas, que foi chamada de Operação Leão do Mar . Mas Hitler esperava poder obrigar a Grã-Bretanha a render-se sem invasão. Em julho, a Luftwaffe alemã começou a bombardear campos de aviação e portos ingleses. A Força Aérea Real, menos numerosa mas provida de melhores aviões e pilotos, abateu tantas aeronaves que os alemães viram-se obrigados a desistir dos ataques diurnos. Em setembro, o marechal Hermann Goering, da Alemanha, assumiu o comando dos ataques aéreos. Sua Luftwaffe passou a realizar incursões noturnas. Os ingleses utilizavam o radar, um invento cuidadosamente mantido em segredo, para localizar os aviões inimigos. De 7 de setembro de 1940 a 10 de maio de 1941, inclusive, os aviões alemães bombardearam Londres quase todas as noites. Estes ataques ficaram conhecidos como Blitz de Londres . Os alemães bombardearam também outras cidades. Hitler sugeriu negociar a paz, mas os ingleses não responderam. Em meados de 1941, a Alemanha desistiu da tentativa de conquistar a Grã-Bretanha através de ataques aéreos, depois de ter lançado mais de 172 mil toneladas de bombas. Mas estes ataques prosseguiram até 1944. Os historiadores consideram a Batalha da Grã-Bretanha um dos pontos decisivos da guerra, já que os ingleses demonstraram que podiam derrotar a Luftwaffe. No auge da batalha, as perdas de aviões alemães totalizavam mais de 2.600 aeronaves. Ofensivas na África. Enquanto a Alemanha e a Grã-Bretanha se defrontavam no ar sobre as ilhas Britânicas, a Itália abria novas frentes de batalha. Em agosto de 1940, as tropas italianas na África avançaram da Etiópia para o leste e invadiram a Somália britânica. Em setembro, as forças do marechal Rodolfo Graziani na Líbia investiram em direção ao leste, até o Egito. Por volta de fevereiro de 1941, um exército aliado comandado pelo general Sir Archibald P. Wavell forçara o recuo dos italianos para a Líbia até Bengasi, no oeste, Wavell fez mais de 130 mil prisioneiros. Para socorrer os italianos, Hitler enviou então o Afrika Korps, um exército altamente motorizado e blindado, sob o comando do general Erwin Rommel. Rommel pegou o Exército britânico de surpresa. Em dois meses o Afrika Korps havia recuperado todos os territórios perdidos pelos italianos e repelido os ingleses de volta para o delta do Nilo, no Egito. No entanto, os alemães não conseguiram proteger a Somália italiana e a Etiópia. As forças britânicas retomaram a Somália britânica e ocuparam toda a África oriental italiana em fins de 1941. Luta na Europa Oriental Os Balcãs. Tendo fracassado na tentativa de vencer os Aliados na Grã-Bretanha e na África, a Alemanha e a Itália modificaram rapidamente sua estratégia. Em outubro de 1940, tropas alemãs penetraram na Romênia a pretexto de proteger seus campos petrolíferos e reorganizar seu exército. Mussolini exigiu o direito de utilizar bases na Grécia, o que o governo grego recusou. Sem avisar a Hitler, Mussolini enviou seus exércitos da Albânia para a Grécia. Os gregos, porém, revidaram brutalmente esse ataque. Obrigaram os italianos a recuarem para a Albânia e tomaram 1/4 do território daquele país. A Hungria e a Romênia juntaram-se ao Eixo em novembro, e a Bulgária fez o mesmo pouco depois. A Iugoslávia assinou também o pacto do Eixo, mas o povo revoltou-se contra seus ministros pró-alemães. Tropas alemãs provenientes dos países do Eixo invadiram a Iugoslávia. Em 12 dias, os alemães desbarataram o Exército iugoslavo. Nas montanhas, porém, forças guerrilheiras chamadas Chetniks e Partisans (estes liderados por Josef Broz Tito ) continuaram a combater os alemães e italianos. Hitler utilizou a Iugoslávia como base para socorrer os italianos em sua campanha grega. As tropas alemãs entraram em Atenas em 27 de abril de 1941 e entregaram o país aos italianos. Os ingleses haviam enviado tropas para a Grécia, mas a maioria delas fugiu para o Egito e para Creta antes da rendição de Atenas. Em seguida, tropas de pára-quedistas alemãs desembarcaram em Creta, na primeira invasão desse tipo, e liquidaram a maioria das tropas inglesas que se encontravam na ilha. A Alemanha e a Itália passaram, então, a dominar as nações balcânicas. A Invasão da União Soviética. Em uma ofensiva destinada a fortalecer suas fronteiras e conquistar mais bases navais no Báltico, os soviéticos atacaram a Finlândia em 30 de novembro de 1939. Em março de 1940, os finlandeses renderam-se, após duros combates. No verão de 1940, a União Soviética tomou três países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Vários indícios deixavam entrever uma invasão alemã da União Soviética. Após a viagem de Rudolf Hess, delegado de Hitler, à Grã-Bretanha em maio de 1941, os ingleses reiteraram suas advertências de que a Alemanha em breve invadiria a União Soviética. Os soviéticos, porém, não se impressionaram com essas advertências. Em 22 de junho de 1941, mais de 150 divisões alemãs e de outros países do Eixo cruzaram a fronteira soviética na chamada Operação Barba-Roxa . Eram três milhões de homens contra cerca de dois milhões de soldados soviéticos. A linha de batalha estendia-se do Ártico ao mar Negro, por 3.200km. À frente das forças invasoras estavam os chefes dos três exércitos que haviam conquistado a França: os marechais-de-campo Von Bock, Von Leeb e Von Rundstedt. Hitler anunciou que ordenara o ataque "para salvar o mundo da ameaça bolchevique". A Alemanha necessitava das vastas provisões de alimentos, petróleo e outras matérias-primas da União Soviética. Os alemães aguardavam confiantemente uma outra Blitzkrieg. Eles não haviam feito preparativos para uma luta prolongada e nem mesmo uniformes de inverno para os soldados. Em quase cinco semanas os alemães fizeram recuar o Exército Vermelho e capturaram milhares de inimigos. Quase todo o mundo esperava uma derrota da União Soviética. A medida que os alemães avançavam, os soviéticos iam incendiando ou destruindo fábricas, represas, ferrovias, provisões de alimentos e tudo o mais que não podiam deslocar. Grupos de soviéticos lutavam atrás das linhas alemãs. O governo começou a transferir fábricas e máquinas para o leste dos montes Urais, uma região relativamente mais segura, e enviou às pressas tropas da Sibéria para o oeste. A Grã-Bretanha e os E.U.A. despacharam provisões para a União Soviética através do oceano Ártico e do golfo Pérsico. Ambos os países perderam vários navios no Ártico para os aviões e submarinos alemães. A Batalha do Atlântico Bloqueio e Comboios. A guerra no oceano Atlântico começou em 3 de setembro de 1939, quando os ingleses anunciaram o bloqueio naval da Alemanha. Em 11 de setembro, os alemães ordenaram, por sua vez, o bloqueio dos Aliados, com o objetivo de evitar o embarque de mantimentos e provisões de guerra destinados à Grã-Bretanha e à França. Os ingleses criaram um sistema de comboio para os navios mercantes que partiam de Halifax, no Canadá, para as ilhas britânicas. Patrulhas aéreas ajudavam a proteger os comboios cobrindo grande parte desta rota. Em 4 de setembro, a Marinha dos E.U.A. recebeu ordens para atirar em qualquer embarcação que ameaçasse os navios norte-americanos ou quaisquer navios escoltados pelos mesmos. Em 31 de outubro de 1941, um submarino alemão torpedeou o destróier Reuben James , o primeiro navio norte-americano a ser destruído pelo inimigo na guerra. Em março de 1943, o alto comando dos Aliados encarregou os navios ingleses e canadenses de protegerem os comboios do Atlântico norte. Os E.U.A. ficaram como os principais responsáveis pelos comboios no Atlântico central e no mar das Caraíbas. Em 1944, quando se aproximava o momento da invasão da Normandia, a esquadra canadense assumiu a tarefa de escoltar os comboios do Atlântico norte. Os Submarinos Alemães ameaçavam constantemente o embarque dos Aliados. A reduzida esquadra de navios alemães também causava grandes problemas. Os pequenos encouraçados alemães eram menores, mas mais velozes que os dos Aliados. No Atlântico, a Alemanha possuía os maiores navios o Bismarck e o Tirpitz . Em maio de 1941, o Bismarck penetrou no Atlântico norte, entre a Islândia e a Groenlândia. O navio pôs a pique o velho cruzador de batalha inglês Hood e danificou o novo encouraçado Príncipe de Gales . Aviões, cruzadores, encouraçados e destróieres ingleses perseguiram e finalmente afundaram o Bismarck a 640km do litoral da França. Isto levou a Alemanha a abandonar o uso de navios gigantescos contra comboios naquela parte do Atlântico. O contra-almirante Karl Doenitz, comandante da esquadra de submarinos alemães, reuniu seus submarinos em grupos de oito ou nove, e às vezes de 20 ou mais, para atacar os navios dos Aliados. Em inícios de 1943, 235 submarinos alemães encontravam-se em ação. Durante a guerra, os Aliados perderam 23.351.000t de navios. Mais da metade deste total foi destruída pelos submarinos alemães. Somente em novembro de 1942 os Aliados perderam 807.754t. Os Aliados combatiam os submarinos alemães bombardeando suas bases e fábricas. Eles localizavam os submarinos com equipamentos de radar e sonar, e os atacavam com comboios de destróieres e de porta-aviões. Os ataques aéreos aos submarinos realizados por aviões instalados em bases terrestres revelaram-se altamente eficazes. Nos dois últimos anos da guerra, os Aliados afundaram submarinos com maior rapidez do que o Eixo podia construí-los. A Guerra Chega aos E.U.A. Conflitos com o Japão. Desde 1937 o Japão vinha comprando algodão, gasolina, sucata e equipamento aéreo dos E.U.A. O país vendia grandes quantidades de seda aos E.U.A. para obter crédito para suas compras. Depois que teve início a "guerra não-declarada" entre o Japão e a China, em 1937, a maioria dos norte-americanos tomou o partido dos chineses. Em 1938, os E.U.A. concederam um crédito de 25 milhões de dólares à China e colocaram um "embargo moral" às exportações de aviões para o Japão. Após a ocupação da Indochina pelo Japão, em 1940, os E.U.A. deixaram de enviar gasolina, ferro, aço e borracha para o Japão e congelaram os bens japoneses no país. Os países do Eixo voltaram-se para a América Latina em busca de material de guerra. Em 1941, o governo dos E.U.A. proibiu as companhias norte-americanas de negociarem com as firmas alemãs, italianas e japonesas estabelecidas na América Latina. As relações entre o Japão e os E.U.A. tornaram-se ainda mais tensas no outono de 1941, quando se formou um novo governo japonês. O tenente-general Hideki Tojo, líder do grupo militar extremista japonês, tornou-se primeiro-ministro e começou a fazer planos para entrar em guerra contra os E.U.A. Tojo enviou um representante especial, Saburo Kurusu, para ajudar nas negociações do embaixador Kichisaburo Nomura com o secretário de Estado Cordell Hull. Os dois países discutiram sobre o auxílio norte-americano à China, as tropas japonesas na Indochina, o congelamento dos bens do Japão e sua exploração das riquezas das Índias Holandesas. Em novembro o governo japonês acatou a decisão de Tojo de entrar em guerra contra os E.U.A., a Grã-Bretanha e os Países Baixos. O Ataque a Pearl Harbor. Em outubro, o Exército e a Marinha do Japão haviam concluído seus planos para bombardear Pearl Harbor, no Havaí, e invadir a Tailândia, a península Malaia e as Filipinas. No início de novembro, o almirante Isoroku Yamamoto, comandante-em-chefe da esquadra japonesa, marcou para 8 de dezembro a data aproximada do ataque. Enquanto os japoneses negociavam com Hull, sua esquadra de 33 navios rumava em segredo para o leste. Na manhã de 7 de dezembro de 1941 começaram a cair as primeiras bombas sobre Pearl Harbor. Cerca de 360 aviões japoneses atacaram a base naval da esquadra do Pacífico, o campo de aviação de Hickam e outras instalações militares vizinhas. Felizmente, para os E.U.A., nenhum porta-aviões encontrava-se ancorado na base durante o ataque. Quando o assalto terminou, quase duas horas depois, a esquadra do Pacífico havia perdido oito encouraçados, três cruzadores leves, três destróieres e quatro outros navios. O ataque destruiu também cerca de 170 aviões norte-americanos. Os japoneses haviam se concentrado nos navios e aviões, deixando o estaleiro, a base de submarinos e o depósito de óleo combustível relativamente intactos. Eles tinham infligido um severo golpe na Esquadra do Pacífico e na defesa aérea do Havaí. Mas o ataque uniu a opinião pública norte-americana contra o Japão e obrigou a Marinha dos E.U.A. a ver em seus porta-aviões sua principal arma de contra-ataque. Em Tóquio, o governo japonês logo declarou guerra aos E.U.A. e à Grã-Bretanha. No dia seguinte, Roosevelt pediu ao Congresso norte-americano uma declaração de guerra ao Japão. Em 11 de dezembro, Alemanha e Itália declararam guerra aos E.U.A. O Congresso norte-americano, então, declarou guerra à Alemanha e à Itália. Os Aliados Atacam na África e na Europa As derrotas dos Aliados na Europa cessaram no final de 1941. Os soviéticos tomaram a ofensiva na frente oriental. Os Aliados invadiram o norte da África em 1942 e obrigaram a Itália a assinar um armistício em 1943. Em 1944, as tropas dos Aliados desembarcaram no norte da França. Ataques provenientes de todos os lados finalmente obrigaram a Alemanha a render-se, em 1945. Na Frente Soviética A sorte começou a mudar na frente oriental com a chegada do rigoroso inverno soviético de 1941-1942. A neve, a lama, o frio e a escuridão paralisaram os exércitos alemães. As tropas de Von Bock avançaram quase até a cidade de Moscou, mas foram rechaçadas pela resistência soviética localizada nas florestas vizinhas. Em seguida, o general Georgi Zhukov, encarregado da defesa de Moscou, iniciou uma contra-ofensiva. Por volta de 16 de dezembro de 1941, os alemães haviam recuado para posições defensivas. A ofensiva soviética prosseguiu até a primavera de 1942. Em maio, os alemães retomaram o ataque. Tomaram Sebastopol, no mar Negro, após sitiarem a cidade durante oito meses. No final de agosto, o VI Exército alemão avançou para o sul em direção ao importante centro distribuidor de petróleo de Stalingrado, no rio Volga. Mas Stalingrado resistiu, e as tropas soviéticas finalmente romperam o cerco alemão, que durou dois meses. Os exércitos do coronel-general Andrei Yeremenko e do coronel-general Konstantin K. Rokossovsky cercaram o VI Exército respectivamente pelo sul e pelo norte, e o destruíram. Em 31 de janeiro de 1943, quando o marechal-de-campo Friedrich von Paulus, comandante do VI Exército, rendeu-se, encontravam-se vivos somente 90 mil de mais de 350 mil soldados alemães. A vitória de Stalingrado, conforme alardeou Stalin, "significou o declínio do exército fascista alemão". A Campanha do Norte da África Os ingleses empreenderam uma campanha vacilante contra os alemães e italianos no norte da África, ganhando e perdendo terreno repetidas vezes. Em maio de 1942, o Afrika Korps de Rommel, auxiliado por tropas italianas, iniciou uma poderosa ofensiva. Tomando Tobruk, na Líbia, avançaram em direção ao Egito. Por volta de julho uma forte resistência inglesa e a escassez de provisões de Rommel haviam paralisado os ataques do Eixo em El Alamein, no Egito. Em outubro, o VIII Exército britânico comandado pelo general Sir Bernard Montgomery, tomou a ofensiva e avançou até Trípoli e o sul da Tunísia. Essa vitória marcou um momento decisivo na guerra. Desembarques. Juntamente com a ofensiva inglesa na Tunísia, os Aliados planejavam uma invasão do norte da África francesa, sob o nome cifrado de Operação Archote . Esperavam expulsar da África os exércitos do Eixo e também aliviar a pressão sobre as forças soviéticas que vacilavam ante uma nova ofensiva alemã. O tenente-general Dwight Eisenhower comandava uma força aliada que desembarcou no litoral da Argélia e do Marrocos em 8 de novembro de 1942. Cerca de 500 navios, escoltados por mais de 350 navios de guerra, transportaram soldados e provisões provenientes dos E.U.A. e das ilhas Britânicas. A invasão tomou de surpresa o alto comando alemão. Os Aliados traçaram planos para tomar o norte da África francesa com o mínimo de luta possível. Os diplomatas dos países aliados passaram a conspirar com os grupos patrióticos franceses. O general-de-divisão Mark Clark desembarcou secretamente no norte da África para se articular com esses grupos. As forças francesas ofereceram resistência aos desembarques, mas o almirante Jean Darlan, líder francês de Vichy, ordenou a paralisação dos combates. Derrocada Final. Tão logo tomou conhecimento dos desembarques dos Aliados no norte da África, Hitler ordenou a ocupação de toda a França. Os alemães tentaram capturar a principal esquadra francesa em Toulon, mas os franceses conseguiram afundar cerca de 50 navios. Darlan foi assassinado em 24 de dezembro de 1942, e o general Henri Giraud sucedeu a ele como chefe de Estado no norte da África. No início de 1943, o presidente Roosevelt e o primeiro-ministro Churchill conferenciaram em Casablanca, Marrocos. Anunciaram que os Aliados aceitariam somente a rendição incondicional das nações do Eixo. Enquanto as tropas norte-americanas avançavam para o leste através da Argélia, o VIII Exército britânico deslocava-se para o sul da Tunísia. Em 12 de maio de 1943, rendeu-se a última força organizada do Eixo que se encontrava na África. Os Aliados tinham matado, ferido ou capturado cerca de 350 mil soldados do Eixo e sofrido aproximadamente 70 mil baixas na campanha do norte da África. A Guerra no Mediterrâneo O domínio dos Aliados no norte da África pôs fim às ameaças do Eixo ao Egito e ao canal de Suez, bem como aos campos petrolíferos ingleses no Oriente Médio. Em junho de 1941, as tropas inglesas haviam derrubado o governo do Iraque, que era apoiado pelos alemães. O Irã foi ocupado por soldados ingleses e soviéticos. A França Livre e as forças britânicas tomaram a Síria e o Líbano das tropas francesas de Vichy. Sicília. Os Aliados agiram com rapidez para tirar vantagem de sua vitória africana. Em 10 de julho de 1943, o general sir Harold Alexander e seu XV Exército desembarcaram na Sicília. Durante a luta, Mussolini caiu do poder na Itália. Em 25 de julho, o marechal Pietro Badoglio tornou-se primeiro-ministro da Itália. O governo italiano prendeu Mussolini, mas um grupo de arrojados pára-quedistas alemães resgatou-o mais tarde. Os Aliados ocuparam toda a Sicília em 17 de agosto, após uma campanha de 39 dias. Em 3 de setembro, o governo de Badoglio assinou um armistício com os Aliados, anunciado cinco dias depois. Itália. As forças britânicas e canadenses do VIII Exército utilizaram a Sicília como trampolim para invadir a ponta da península italiana. Em 3 de setembro de 1943, o VIII Exército britânico atravessou o estreito de Messina e desembarcou na Calábria, no sul da Itália. O V Exército norte-americano, comandado pelo tenente-general Mark Clark, que partira da África, desembarcou em Salerno em 9 de setembro. Um contra-ataque alemão ameaçou repelir o V Exército de volta para o mar. Após intensa luta, as tropas de Clark deixaram a lamacenta cabeça-de-praia e juntaram-se ao VIII Exército. A Itália tornou-se "co-beligerante" e declarou guerra à Alemanha em 13 de outubro. Os Aliados esperavam que os soldados italianos atacassem as guarnições alemãs, mas a maioria deles se deixou render. Os alemães continuaram a combater o avanço dos Aliados. A ofensiva dos Aliados na península italiana revelou-se uma luta demorada contra um exército alemão de 400 mil homens, comandado pelo marechal-de-campo Albert Kesselring. Os Aliados enfrentaram também enchentes, lama, montanhas e o frio do inverno. No início de novembro de 1943, os Aliados formaram uma linha a 121km ao sul de Roma, mas não conseguiram romper as defesas alemãs. Nápoles caíra em mãos dos Aliados após os desembarques efetuados perto de Salerno. No final de janeiro de 1944, os Aliados tentaram flanquear as linhas alemãs desembarcando tropas perto de Anzio, a 53km ao sul de Roma. Mas os alemães dominavam as posições elevadas e cercaram os invasores em uma pequena cabeça-de-praia. A cidade de Cassino ficava praticamente na metade do caminho entre Nápoles e Roma. Os Aliados bombardearam o famoso mosteiro situado no topo do monte Cassino, pensando que os alemães o estivessem utilizando. Mais tarde os alemães afirmaram só ter utilizado o mosteiro depois do bombardeio. Os Aliados finalmente tomaram Cassino e avançaram para o norte. Os italianos fizeram de Roma uma cidade aberta, anunciando que não iriam defendê-la. Em 4 de junho, Roma tornou-se a primeira capital do Eixo a cair em mãos dos Aliados. Dois meses depois os Aliados tomaram Florença. As forças aéreas aliadas do Mediterrâneo colaboraram com as forças terrestres atacando as tropas alemãs e os centros de abastecimento. Os Aliados finalmente alcançaram a Linha Gótica, um sistema alemão de fortificações que se estendia por 6km no norte da Itália. O Brasil, que em 22 de agosto de 1942 declarara guerra à Alemanha, enviou à Itália, em 1944, uma divisão de infantaria chamada Força Expedicionária Brasileira (FEB). As tropas brasileiras tomaram aos alemães e italianos várias aldeias em setembro e outubro de 1944. Em fevereiro e março de 1945, a unidade expedicionária conquistou as fortificações alemãs de Monte Castelo, La Serra e Castelnuovo. Em 29 de abril, as tropas do general Mascarenhas de Morais renderam duas divisões nazistas e o restante da divisão Itália, entrando no dia seguinte em Alessandria. A Guerra Aérea na Europa A Ofensiva Aérea Aliada desempenhou um papel de grande importância na derrota da Alemanha e da Itália. Os alemães haviam destinado a Luftwaffe, sua força aérea, para agir ao lado das forças terrestres nas campanhas de Blitzkrieg. Faziam parte dessa força aérea os aviões de combate Messerschmitt e Focke-Wulf , os bombardeiros Junker , Dornier e Heinkel , e o bombardeiro de mergulho Stuka . Os Aliados se concentraram no planejamento de bombardeiros capazes de voar grandes distâncias. As forças aéreas aliadas expandiram-se a ponto de fazer incursões quase diárias sobre a Europa. Por volta de 1942, mil bombardeiros aliados faziam essas incursões. O marechal da Força Aérea Real, Sir Arthur Harris, era favorável ao bombardeio de saturação realizado à noite. Essa técnica consistia em lançar uma grande quantidade de bombas sobre uma área onde existisse algum alvo, na suposição de que algumas delas atingiriam e destruiriam esse alvo. Os pilotos ingleses utilizavam aviões como o DeHavilland Mosquito , um bombardeiro médio; o Avro Lancaster , um bombardeiro pesado; o Hawker Hurricane e o Supermarine Spitfire , ambos aviões de combate. A VIII Força Aérea dos E.U.A., por sua vez, preferia o bombardeio de precisão. Essa técnica de bombardeio consistia em lançar bombas de grandes altitudes durante o dia sobre alvos importantes. Os pilotos da VIII Força Aérea utilizavam os bombardeiros pesados Flying Fortress e Liberator , e os aviões de combate Thunderbolt , Lightning e Mustang . Em 1944, o tenente-general Carl Spaatz tornou-se comandante das forças aéreas estratégicas dos E.U.A. na Europa. Seu comando abrangia a VIII Força Aérea do tenente-general James Doolittle, com base na Inglaterra, e a XV Força Aérea do general-de-divisão Nathan Twining, com base na Itália. O tenente-general Hoyt Vandenberg comandava a IX Força Aérea dos E.U.A. na Europa ocidental. Destruindo as Fábricas Alemãs. As forças aéreas estratégicas dos Aliados bombardearam os alvos militares e industriais do Eixo. As forças aéreas táticas auxiliaram as tropas terrestres e atacaram os aviões e campos de aviação do inimigo. Durante cinco dias, no final de fevereiro de 1944, os Aliados bombardearam intensamente as fábricas de aviões alemãs. O general Henry Arnold, comandante-chefe das Forças Aéreas dos E.U.A., relatou que "aqueles cinco dias mudaram a história da guerra aérea". Os bombardeiros aliados destruíram fábricas de aviões e outras indústrias em Bernberg, Brunswick, Leipzig e Schweinfurt. Outros aviões atacaram Augsburgo, Regensburg e Stuttgart. O marechal Hermann Goering, comandante supremo da Luftwaffe, afirmara que os bombardeiros aliados jamais alcançariam Berlim. Mas estes conseguiram fazê-lo, a partir de agosto de 1940. Em agosto de 1944, os bombardeiros aliados atacaram os ricos campos petrolíferos de Ploiesti, na Romênia, interrompendo finalmente a sua produção. Ao invés de tentar destruir fábricas inteiras, os Aliados procuraram eliminar os alvos chaves. No vale do Ruhr, por exemplo, os bombardeiros destruíram represas, e dessa forma privaram várias fábricas alemãs de suas fontes de energia. Fábricas de rolamentos foram bombardeadas, atrasando a produção de máquinas, aviões e tanques. Os Aliados destruíram mais de 56 mil aviões alemães e lançaram cerca de 2.450.000t de bombas sobre a Europa. A Invasão da Europa Em sua primeira conferência de guerra, realizada em dezembro de 1941, Roosevelt e Churchill haviam adotado a estratégia de "derrotar primeiro a Alemanha". Já em 1942, os Aliados pensavam em um ataque através do canal da Mancha. Os soviéticos exigiam que os Aliados abrissem uma segunda frente de batalha para aliviar a pressão alemã sobre suas tropas na Europa oriental. O general George Marshall, chefe do estado-maior do Exército norte-americano, há muito insistia que a principal ofensiva contra a Alemanha deveria ser desencadeada no norte da França, e que uma invasão traria uma vitória decisiva. Em agosto de 1942, os Aliados iniciaram um grande ataque contra Dieppe, no litoral norte da França. A incursão forneceu informações valiosas sobre tática anfíbia. Os preparativos para a invasão da costa da Normandia começaram no início de 1943, quando os Aliados formaram um grupo de planejamento chefiado pelo tenente-general Frederick Morgan, da Grã-Bretanha. O plano de invasão recebeu o nome cifrado de Operação Overlord . Roosevelt e Churchill designaram o general Eisenhower para o posto de comandante-chefe da força expedicionária aliada. Hitler nomeara o marechal-de-campo Karl Gerd von Rundstedt comandante-supremo da frente ocidental para defender a Festung Europa (Fortaleza Europa). Os alemães formaram a Muralha do Atlântico, uma linha fortificada que se estendia da Noruega à Espanha. O Dia D. Para a grande invasão, os ingleses, canadenses e norte-americanos reuniram quase três milhões de homens e armazenaram 14 milhões e meio de toneladas em provisões na Grã-Bretanha. Os Aliados tinham cinco mil navios de grande porte, quatro mil barcaças de desembarque e mais de 11 mil aviões. Meses antes da invasão, os bombardeiros aliados atacaram a costa da Normandia para evitar que os alemães organizassem suas forças. A invasão fora marcada para 5 de junho, mas as tempestades obrigaram Eisenhower a adiá-la por um dia. Tropas de pára-quedistas seguiram na frente para bloquear as estradas de ferro, explodir pontes e tomar campos de pouso. Planadores transportaram homens, jipes, artilharia leve e pequenos tanques. Os navios de guerra dos Aliados abriram fogo contra as baterias costeiras alemãs. A primeira leva de infantaria e tropas blindadas, comandada por Montgomery, atravessou o turbulento canal da Mancha sob um céu nublado. Desembarcaram em uma frente de 80km às 6h30min do Dia D: 6 de junho de 1944. Não houve resistência aérea, pois os Aliados tinham vencido a Força Aérea alemã. A oeste, os soldados do I Exército dos E.U.A. desembarcaram em ambas as margens do rio Vire. A leste, os soldados de infantaria ingleses e canadenses do II Exército britânico desembarcaram perto de Caen. Os engenheiros aliados criaram portos pré-fabricados para o desembarque de tropas e provisões. Esses portos e cais flutuantes tinham o nome cifrado de Mulberry . Enquanto as forças de Von Rundstedt resistiam ferozmente ao desembarque dos Aliados, Hitler, inaugurava um nova era no combate aéreo. Em 13 de junho, ele lançou sobre Londres as primeiras bombas voadoras. Os alemães chamavam sua nova arma secreta de Vergeltungswaffe (arma da vingança), ou V-1. Os alemães criaram também as bombas V-2. A Ruptura das Linhas Inimigas. A tomada de Cherbourg, em 27 de junho, deu aos Aliados um excelente porto. Os Aliados tinham também um oleoduto chamado Pluto , que corria sob o canal da Mancha até Cherbourg. Saint Lô caiu em mãos dos Aliados no dia 18 de julho, e assim o tenente-general Omar Bradley e o I Exército dos E.U.A. puderam deixar a península normanda e penetrar na França. Em 20 de julho, culminando uma conspiração de chefes militares alemães, o coronel conde Klaus von Stauffenberg colocou uma bomba-relógio sob a mesa de Hitler, durante uma reunião do estado-maior que estava sendo realizada em uma barraca. A bomba explodiu, mas Hitler ficou apenas ferido. Bradley e Montgomery tornaram-se comandantes supremos em 1º de agosto. Por volta de 6 de agosto, os tanques do III Exército dos E.U.A., comandados pelo tenente-coronel George Patton, tinham avançado para o sul e isolado a península da Bretanha. Após tomarem Caen, as forças canadenses seguiram para Falaise e, juntamente com as unidades do I Exército dos E.U.A., comandadas pelo tenente-general Courtney Hodges, capturaram ou mataram 60 mil soldados alemães. Entre os que escaparam à emboscada estava o marechal-de-campo Günther von Kluge, que acabara de substituir Von Rundstedt como comandante supremo. Em 15 de agosto, o VII Exército norte-americano do tenente-general Alexander Patch e o I Exército francês do general Jean de Lattre, de Tassigny, efetuaram um desembarque anfíbio perto de Cannes, no sul da França, na chamada Operação Anvil . Os soldados franceses e outras forças do I Exército norte-americano, provenientes do noroeste, entraram em Paris no dia 25 de agosto. No norte, a partir do rio Sena, os exércitos aliados avançaram para atravessar os rio Soma e Marne, e cruzar a fronteira belga. Bruxelas caiu em mãos das tropas inglesas e canadenses no início de setembro. Eisenhower esperava tomar Antuérpia e eliminar várias das plataformas de lançamento dos foguetes V-2. Forneceu provisões a seus exércitos no norte, e as unidades blindadas do III Exército ficaram estacionadas na Lorena durante um breve período. As forças de Montgomery invadiram os Países Baixos. O I Exército de Hodges penetrou em Luxemburgo e atravessou a fronteira alemã em 12 de setembro. Na maior operação de pára-quedistas jamais tentada, o tenente-general Lewis Brereton lançou de 4.500 aviões e planadores três divisões de pára-quedistas nos Países Baixos, com o objetivo de tomar pontes que possibilitassem o avanço das forças terrestres. Esta divisões conseguiram cumprir apenas uma parte de seu objetivos. Tropas aliadas provenientes do sul da França abriram caminho pelo vale do Ródano acima e foram juntar-se ao III Exército, perto de Dijon, em 15 de setembro. Os homens de Montgomery tomaram a ilha Walcheren, no mar do Norte, sofrendo pesadas baixas. A feroz resistência inimiga obrigou o I Exército a lutar selvagemente pela posse de Aachen e da floresta de Huertgen na Alemanha. Ofensiva nas Ardenas. Antes que pudessem atravessar o Reno, os Aliados tiveram que enfrentar um último assalto da resistência alemã. Hitler planejou pessoalmente uma rápida ruptura das linhas inimigas para tomar Antuérpia e desbaratar os exércitos aliados. O marechal-de-campo Walter Model, comandante das forças terrestres chefiado por Von Rundstedt, dirigiu o ataque que tinha o nome cifrado de Vigilângia no Reno . Encobertas pelo nevoeiro, 38 divisões alemãs atacaram em uma frente de 80km, no dia 16 de dezembro. Os exércitos de Model fizeram recuar os Aliados quase até o rio Mosa e cercaram Bastogne, no sul de Ardenas. O general-de-brigada Anthony McAuliffe, da 101.ª Divisão de Pára-quedistas, em Bastogne, recusou-se a se render. Unidades blindadas do III Exército provenientes do sul romperam as linhas alemãs e libertaram Bastogne. No início de janeiro de 1945, os Aliados haviam recuperado todo o terreno perdido na batalha. Os alemães tiveram 110 mil homens aprisionados e cerca de 100 mil outras baixas. No início de fevereiro, os Aliados desocuparam a margem ocidental do rio Roer a oeste do Reno. Após tomarem Colônia, as tropas do I Exército avançaram em direção a Remagen. Em 7 de março encontraram ainda intacta a ponte Ludendorff, que cortava o Reno em Remagen. Os soldados alemães tentaram destruir a ponte, mas nem todas as cargas explodiram. As unidades do I Exército apressaram-se em estabelecer uma cabeça-de-ponte a oeste do Reno. Poucos dias depois, o III Exército atravessou o Reno em direção ao sul e, em seguida, três exércitos aliados fizeram o mesmo em direção ao norte. Em 1º de abril, o I Exército e o IX Exército, do tenente-general William Simpsom, encontraram-se nas proximidades de Paderborn. Esta ação isolou o fértil vale do Ruhr e possibilitou a captura de mais de 300 mil soldados inimigos. O Avanço Soviético. Enquanto os Aliados avançavam em direção ao centro da Alemanha, os exércitos soviéticos se aproximavam de Berlim pelo leste. A última grande ofensiva alemã na União Soviética, realizada em julho de 1943, havia fracassado. Em um ano os soviéticos tinham recuperado a Ucrânia, a Criméia, a Bielo-Rússia, o leste da Polônia e a maior parte da Lituânia. As tropas soviéticas entraram na Romênia, na Bulgária e nos países bálticos. Em outubro de 1944, a Finlândia rendeu-se novamente aos soviéticos e declarou guerra à Alemanha. Os exércitos soviéticos invadiram o leste da Hungria e uniram-se a Tito na Iugoslávia; rumando para o norte, tomaram Viena e o leste da Áustria. Em cinco meses a União Soviética tirou da guerra os quatro satélites do Eixo: Romênia, Bulgária, Finlândia e Hungria. No início de janeiro de 1945, o Exército Vermelho penetrou em Varsóvia e na Cracóvia. Os varsovianos esperavam que os soviéticos continuassem a avançar para o oeste e revoltaram-se contra os alemães. Mas os soviéticos detiveram-se a leste da cidade, e os alemães sufocaram a revolta. Para o ataque final à Alemanha, em abril, os soviéticos reuniram mais de quatro milhões de homens. O I Exército bielo-russo do marechal Georgi Zhukov e grupos do I Exército ucraniano avançaram em direção a Berlim, enquanto o II Exército bielo-russo do marechal Konstantin Rokossovsky entrou no norte da Alemanha. Hitler nomeou o coronel-general Heinz Guderian para comandar a frente oriental alemã, que estava desmantelando-se com grande rapidez. Vitória na Europa. Os exércitos aliados cercavam os alemães por todos os lados. Tropas canadenses comandadas pelo general Henry Crerar libertaram os Países Baixos, e o II Exército britânico do tenente-general Miles Dempsey seguiu para Bremen, no norte. Os quatro exércitos de Bradley rumaram para leste, em direção ao rio Elba, com o objetivo de encontrar os soviéticos. No sul os exércitos aliados, comandados pelo general Jacob Devers, avançaram em direção à Áustria e à Tchecoslováquia; esperavam isolar Berlim dos montes bávaros, onde, ao que se dizia, muitos alemães pretendiam resistir até o fim. No final de abril, Heinrich Himmler, chefe da polícia do Reich e da temível Gestapo, tentou negociar a paz com a Grã-Bretanha e os E.U.A. Os Aliados exigiram a rendição das tropas alemãs em todas as frentes de batalha. Em 25 de abril, patrulhas do I Exército e unidades do Exército Vermelho juntaram-se em Torgau, no rio Elba. Três dias depois, os partisans italianos capturaram e executaram Mussolini, que tentara fugir para a Suíça. As forças alemãs que se encontravam na Itália renderam-se no dia 2 de maio. Em 1º de maio, a rádio alemã anunciou que Hitler morrera defendendo Berlim contra os soviéticos e que nomeara o almirante Karl Doenitz seu sucessor. Mais tarde, investigadores aliados souberam que Hitler e sua mulher, Eva Braun, haviam-se suicidado em Berlim no dia 30 de abril, e que seus corpos tinham sido queimados. Em 2 de maio, Berlim caiu finalmente em mãos dos exércitos soviéticos. Na manhã de 7 de maio, o coronel-general Alfred Jodl, do alto comando alemão, entrou no quartel-general dos Aliados, situado em uma escola em Reims, na França. Lá, em nome de seu governo, assinou os termos da rendição incondicional. O tenente-general Walter Smith, chefe do estado-maior de Eisenhower, assinou em nome dos Aliados. O mundo livre comemorou o dia 8 de maio como o Dia da Vitória na Europa. Em 9 de maio, uma cerimônia em Berlim ratificou as cláusulas da rendição. Após cinco anos, oito meses e sete dias estava encerrada a fase européia da Segunda Guerra Mundial. A Guerra na Ásia e no Pacífico A guerra se estendera à Ásia desde o ataque do Japão à China em 1937. A guerra na Europa abriu caminho para a expansão japonesa em direção ao sul. Em setembro de 1940, o Japão invadiu a Indochina Francesa como parte de seu plano para uma Ásia oriental sob sua influência, semelhante à Nova Ordem de Hitler na Europa. Por volta de 1942, os japoneses haviam tomado a Birmânia, a Malásia, as Índias Holandesas, as Filipinas e a Tailândia. A constante expansão japonesa foi paralisada no verão de 1942. Após uma série de campanhas nas ilhas principais, bombardeios aéreos e ataques submarinos, os Aliados obrigaram o Japão a se render incondicionalmente em 2 de setembro de 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. Primeiras Vitórias Japonesas O Japão Lança-se à Frente . Poucas horas após o ataque a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, os bombardeiros japoneses investiram contra as bases norte-americanas localizadas nas ilhas de Guam, Midway e Wake. Manila e Cingapura foram também bombardeadas. Mais de 56 mil soldados japoneses, comandados pelo tenente-general Masaharu Homma, desembarcaram em Luzon, nas Filipinas, entre 10 e 22 de dezembro. Hong Kong, parcialmente defendida pelos canadenses, foi tomada. Os japoneses ocuparam também as ilhas de Guam e Wake. Ao invés de atacarem por mar a fortaleza de Cingapura, como esperavam os ingleses, as forças japonesas avançaram através das cerradas florestas da península Malaia e assaltaram a cidade por trás. Em 16 de fevereiro de 1942, os ingleses se viram forçados a ceder Cingapura ao Japão. As tropas japonesas tomaram rapidamente a Nova Bretanha, a Nova Irlanda e as ilhas do Almirantado e Salomão. Os japoneses derrotaram uma esquadra aliada na batalha do mar de Java e abriram caminho para as Índias Holandesas. A Birmânia e as Filipinas caíram em mãos dos japoneses no início de 1942. Com a aproximação dos invasores, o general Douglas MacArthur, comandante das forças norte-americanas no Extremo Oriente, declarou Manila cidade aberta e retirou suas tropas para a península de Bataan. O inimigo entrou em Manila em 2 de janeiro. Em Bataan as tropas norte-americanas e filipinas resistiram bravamente aos assaltos japoneses. Em 11 de março, por ordem do presidente Roosevelt, MacArthur deixou as Filipinas em um barco torpedeiro, e em seguida voou para a Austrália para comandar a operação no sudoeste do Pacífico. Confiou a defesa de Bataan ao tenente-general Jonathan Wainwright e prometeu aos filipinos que voltaria. A escassez de alimentos e medicamentos provocou a rendição de Bataan em 9 de abril. Em Corregidor, uma fortaleza rochosa situada na baía de Manila, uma guarnição de 11 mil homens resistiu até 6 de maio. Os japoneses obrigaram cerca de 60 mil prisioneiros a marcharem 110km até os campos de prisão. Durante a jornada, 10 mil prisioneiros, aproximadamente, morreram de fome ou em conseqüência de maus tratos. Na Birmânia os japoneses enfrentaram também uma feroz resistência. O país possuía ricas jazidas de petróleo e estanho. Conquistando a Birmânia, os japoneses poderiam fechar a estrada da Birmânia, última rota terrestre aberta para a China. Os ingleses evacuaram Rangum em 7 de março. Tropas chinesas comandadas pelo tenente-general Joseph Stilwell tentaram defender Mandalay e a estrada da Birmânia, mas os japoneses eram demasiado fortes. Stilwell e um punhado de homens caminharam 230km através de montanhas e florestas para chegar até a Índia. Os Aliados Revidam Ataques Rápidos e Certeiros. Após conquistar o oeste e o sul do Pacífico, o Japão esperava que os Aliados buscassem a paz. Mas os japoneses em pouco tempo perceberam que os Aliados jamais lhes permitiriam conservar os territórios recentemente conquistados. No início de 1942, uma unidade naval norte-americana atacou as ilhas Marshall, Gilbert e Marcus. Em 18 de abril, um esquadrão de 16 bombardeiros B-25, comandados pelo tenente-coronel James Doolittle decolou do porta-aviões Hornet , a 1.050km a leste de Honshu, no Japão. Os bombardeiros atacaram Tóquio e outras cidades. O assalto surpreendeu os japoneses, que não acreditavam que os aviões dos Aliados pudessem alcançar seu país. Por falta de combustível, 15 bombardeiros caíram e não puderam alcançar as bases da China. Um deles aterrissou na Sibéria. A resistência secreta chinesa ajudou Doolittle e 63 aviadores seus a se refugiarem. Os japoneses executaram dois pilotos. A Batalha do Mar de Coral. O ataque de Doolittle ajudou a convencer os japoneses quanto à necessidade de expandir suas fronteiras defensivas. Os japoneses planejavam tomar o porto de Moresby, no sudeste da Nova Guiné; em seguida esperavam bloquear as rotas dos navios aliados para a Austrália, e talvez até mesmo invadir esta ilha. Mas a unidade naval do contra-almirante Frank Fletcher interceptou uma esquadra japonesa que seguia para o porto de Moresby, no mar de Coral. As duas esquadras travaram uma batalha de quatro dias, de 4 a 8 de maio, na qual as aeronaves tiveram uma atuação destacada nos combates. A batalha representou uma importante vitória estratégica para os Aliados, pois bloqueou o avanço do Japão em direção ao sudoeste e pôs fim à sua ameaça ao porto de Moresby. A Batalha de Midway. Os principais objetivos da ofensiva retomada pelo Japão eram a tomada das ilhas Midway e das ilhas Aleutas a oeste do Alasca. As ilhas Midway estão situadas 1.600km a noroeste do Havaí. Yamamoto esperava que, tomando Midway, pudesse expulsar do Havaí a esquadra do Pacífico e conquistar uma vitória decisiva com sua força maior. Antes de Pearl Harbor, os E.U.A. alcançaram uma de suas maiores vitórias ao decifrar os códigos secretos do Japão. Esse feito permitiu ao almirante Chester Nimitz, que sucedera ao almirante Husband Kimmel como comandante-em-chefe da esquadra do Pacífico, conhecer antecipadamente os planos de Yamamoto. Em 4 de junho de 1942, os aviões da esquadra japonesa começaram a bombardear Midway. Os comandantes da força-tarefa de Nimitz, os contra-almirantes Frank Fletcher e Raymond Spruance, lançaram aeronaves dos porta-aviões Enterprise , Hornet e Yorktown . Ao fim de dois dias de batalha, o Japão havia perdido quatro porta-aviões e a maior parte de suas aeronaves. Submarinos inimigos afundaram o Yorktown . A Batalha de Midway revelou-se uma das vitórias mais decisivas da história, pois acabou com as ameaças do Japão ao Havaí e aos E.U.A. Embora o Japão tivesse fracassado na tentativa de tomar Midway, suas tropas ocuparam Kiska e Attu, na extremidade das ilhas Aleutas, em 7 de junho. Em julho tomaram Agattu. O Japão não tinha planos para atacar o Alasca. Na primavera de 1943, tropas norte-americanas expulsaram os japoneses de Attu, e o inimigo retirou-se de Agattu e Kiska. O Pacífico Sul A estratégia dos Aliados no sul do Pacífico tinha três objetivos principais: (1) retomar as Filipinas, (2) cortar as linhas de comunicação do Japão com suas bases ultramarinas e (3) estabelecer bases de onde pudessem atacar o Japão. Mas primeiro os Aliados tinham que tomar ou neutralizar Rabaul, uma importante base inimiga situada na ilha de Nova Bretanha, ao norte da Austrália. Uma invasão das ilhas Salomão foi planejada enquanto outras forças aliadas se aproximavam de Rabaul via Nova Guiné. Guadalcanal. Em 7 de agosto de 1942, os Aliados deram inicio à sua primeira ação ofensiva no Pacífico. Fuzileiros navais dos E.U.A., comandados pelo general-de-divisão Alexander Vandegrift, desembarcaram em Guadalcanal, nas ilhas Salomão. A luta foi encarniçada, e a conquista da ilha levou vários meses. Em fevereiro de 1943, as tropas comandadas pelo general-de-divisão Alexander Patch finalmente ocuparam Guadalcanal. Por volta de novembro, outras forças aliadas tinham avançado das ilhas Salomão até a ilha de Bougainville. Os Aliados aprenderam várias lições durante a campanha das ilhas Salomão. Aos poucos foram aperfeiçoando técnicas de guerra anfíbia, que colocava forças aéreas, terrestres e navais operando em conjunto. Os soldados aliados se defrontaram com o código fanático do bushido , que exigia que os soldados japoneses lutassem até a morte. Os japoneses acreditavam que o ato de se render era vergonhoso, e em geral preferiam o suicídio à prisão. Os japoneses maltrataram vários prisioneiros aliados. Nas ilhas Salomão os Aliados realizaram a primeira de uma série de várias campanhas na selva. As estradas se tornaram intransitáveis em conseqüência das fortes chuvas. As tropas passavam com dificuldade pela lama negra e espessa que chegava à altura dos joelhos. Na penumbra esverdeada, os soldados muitas vezes eram incapazes de distinguir as linhas do inimigo das suas. A malária e outras doenças da selva provocaram numerosas mortes. Os atiradores japoneses emboscavam-se por toda parte. Nova Guiné. As bases japonesas na Nova Guiné ameaçavam os campos de pouso dos Aliados na Austrália. No final de 1942, o Japão iniciou uma campanha por terra contra a base aliada do porto de Moresby. Suas tropas chegaram a ficar a 51km da cidade. Forças norte-americanas, australianas e holandesas tomaram então a ofensiva. As tropas aliadas, comandadas por MacArthur, avançaram lentamente em direção a Buna, Gona, Salamaua e Lae, as principais posições inimigas na Nova Guiné. Mas os aviões japoneses com base em Rabaul continuaram a atacar os navios Aliados. Cerco. Em dezembro de 1943, tropas aliadas desembarcaram na ilha vizinha de Nova Bretanha. Após uma breve resistência do inimigo, as ilhas do Almirantado caíram em mãos dos Aliados, no mês de março de 1944. As forças aliadas continuaram a obter uma série de vitórias ao longo da costa da Nova Guiné. Foram invadidas importantes bases como Aitape (22 de abril), Hollandia (22 de abril), Wakde (17 de maio) e Biak (27 de maio). A Conquista das Ilhas Enquanto as forças aliadas no sul do Pacífico seguiam uma rota em direção ao Japão, as forças aliadas no Pacífico central tomavam outro caminho. O império japonês alcançara seu apogeu em agosto de 1942. Os japoneses dominavam as ilhas Gilbert, Marshall, Carolinas e Marianas, que se estendiam por metade do Pacífico e serviam de base para os aviões. Os estrategistas aliados acreditavam que o baluarte japonês no Pacífico central podia ser destruído. Eles não pretendiam tomar cada uma das ilhas separadamente, pois isto seria muito custoso e exigiria tempo demais. Ao invés disso, optaram pelo plano de tomar as ilhas principais, de onde pudessem atacar o alvo seguinte, ignorando os outros alvos. Tarawa. Nimitz escolheu as ilhas Gilbert como a primeira grande meta de sua campanha. Em 20 de novembro de 1943, a esquadra do Pacífico central (mais tarde chamada Quinta Esquadra ), comandada por Spruance, desembarcou fuzileiros navais em Tarawa e tropas do exército em Makin. Makin caiu em três dias. Os fuzileiros navais enfrentaram uma resistência feroz e um complicado sistema de fortificações em Tarawa. Os japoneses haviam guarnecido a ilha com barricadas, abrigos de cimento para metralhadoras, plataformas para canhões e abrigos subterrâneos à prova de bombas. Dos três mil soldados inimigos e 1.800 trabalhadores civis da ilha, os fuzileiros navais capturaram com vida apenas 147 japoneses e coreanos. Os E.U.A. tiveram 3.110 baixas em uma das mais selvagens batalhas da guerra. Kwajalein , um dos maiores atóis do mundo, está situado nas ilhas Marshall. Em janeiro de 1944, a força-tarefa 58 do contra-almirante Marc Mitscher iniciou uma série de ataques às bases japonesas nas ilhas Marshall. Sob seu comando estavam os mais rápidos porta-aviões, encouraçados e cruzadores da Marinha norte-americana. Essa força-tarefa fazia parte da esquadra do Pacífico central, que contava 1.200 navios. Fuzileiros navais e soldados de infantaria desembarcaram em Kwajalein e Majuro em 31 de janeiro, e ocuparam os dois atóis após uma semana de luta. O atol de Enewetak, situado 579km a noroeste de Kwajalein, caiu em mãos dos Aliados em 21 de fevereiro. Saipan. As ilhas Marianas estavam situadas a uma distância do Japão que podia ser coberta por um bombardeiro de longo alcance. A Força Aérea criara os bombardeiros B-29 bem maiores que os B-17 que estavam sendo utilizados nos ataques à Alemanha , e necessitava de bases no Pacífico central para esses aviões. As quatro maiores ilhas do arquipélago das Marianas Saipan, Tinian, Rota e Guam ficavam na extremidade sul. As forças anfíbias do vice-almirante Richmond Turner desembarcaram tropas em Saipan no dia 15 de junho. O tenente-general Holland Smith comandava as forças da marinha e do exército. Suas tropas ocuparam Saipan em 9 de julho, após sofrerem cerca de 16.500 baixas e matarem mais de 28 mil soldados inimigos. O primeiro-ministro do Japão, Hideki Tojo, não resistiu às críticas pela perda de Saipan e renunciou no dia 18 de julho. Os porta-aviões japoneses haviam entrado em ação pela primeira vez no início de 1943. Na batalha do mar das Filipinas, em 19-20 de junho, perto de Guam, os japoneses perderam 395 aviões. Tinian caiu em mãos dos Aliados no final de julho. Forças do exército e da marinha, comandadas pelo general-de-divisão Roy Geiger, invadiram Guam em 21 de julho. Os japoneses lutaram ferozmente. Mais de dez mil deles morreram antes que Geiger anunciasse, no dia 10 de agosto, que a resistência organizada havia terminado. Os norte-americanos tiveram em Guam um total de 7.800 baixas. A força aérea imediatamente instalou grandes bases nas ilhas Marianas para os bombardeiros B-29. O primeiro ataque ao Japão proveniente dessas bases foi realizado em 24 de novembro. De Volta às Filipinas Com as ilhas Marianas ocupadas, as forças aliadas ficaram a 2.570km de Tóquio e Manila. Como medida preparatória para os ataques às Filipinas e ao Japão, a III Esquadra do almirante William Halsey fez-se ao mar. O vice-almirante John McCain comandou suas forças-tarefas de porta-aviões. Em 15 de setembro, fuzileiros navais desembarcaram em Peleliu, nas ilhas Palau. Tropas do exército atacaram a ilha de Marotai nas Índias Holandesas. A conquista dessas duas ilhas colocou os Aliados a 640km das Filipinas. Desembarques em Leyte. Forças aéreas, terrestres e navais haviam operado em conjunto para trazer os Aliados às Filipinas. Em 20 de outubro, o VI Exército norte-americano do tenente-general Walter Krueger ocupou duas praias na ilha central de Leyte. Essas tropas enfrentaram 270 mil homens do Exército e da Força Aérea do Japão nas Filipinas, comandados pelo marechal-de-campo conde Hisaichi Terauchi. MacArthur e seu estado-maior desembarcaram em Tacloban cerca de 5h após os primeiros desembarques; sua promessa de voltar às Filipinas fora mantida. Por volta de dezembro, o VI Exército havia ocupado Leyte. A Batalha Pelo Golfo de Leyte. A Marinha japonesa decidiu reunir o restante de suas forças para tentar expulsar de Leyte os Aliados. A batalha pela posse do golfo de Leyte foi o maior combate naval da história no que toca à tonelagem envolvida. A ação desenrolou-se em quatro áreas distintas: (1) no mar de Sibuyan, (2) no estreito de Surigao, (3) perto de Samar e (4) perto do cabo Engano. Os japoneses planejavam enviar sua força do norte, comandada pelo almirante Jisaburo Ozawa, para o sul do Japão. Eles queriam atrair a III Esquadra na direção dessa força e, desse modo, afastá-la das Filipinas. A força central do almirante Takeo Kurita partiria de Bornéu para o leste através do estreito de San Bernardino e seguiria para o golfo de Leyte. O vice-almirante Shoji Nishimura e uma força do sul partiriam de Bornéu rumo ao estreito de Surigao, situado ao sul de Leyte. A força de ataque do vice-almirante Kiyohide Shima seguiria das ilhas Pescadores para o sul, ao encontro dos outros navios para atacar as cabeças-de-praia de Leyte. Mar de Sibuyan . A batalha pela posse do golfo de Leyte começou em 23 de outubro, quando submarinos norte-americanos torpedearam dois cruzadores da força de Kurita. Na manhã seguinte, aviadores da III Esquadra de Halsey localizaram não só os navios de Kurita, perto do mar de Sibuyan, como a força de Nishimura ao sul, perto do mar de Mindanao. Eles atacaram a força central e afundaram o gigantesco encouraçado Musashi . Em seguida. avistaram os porta-aviões de Ozawa rumando para o sul. Halsey decidiu atacar Ozawa, o que deixou desprotegido o estreito de San Bernardino. Ele julgava que sua esquadra poderia voltar rapidamente para o estreito, caso Kurita tentasse atravessá-lo. Os japoneses conseguiram atraí-lo para o norte em direção à força de Ozawa. Estreito de Surigao . Kurita virou para o leste, passou pelo estreito de San Bernardino e seguiu para o golfo de Leyte. Não muito longe da praia estava de guarda a VII Esquadra do vice-almirante Thomas Kinkaid. Ao saber que a força do sul de Nishimura aproximava-se do golfo pelo estreito de Surigao, ao sul, Kinkaid formou uma força-tarefa comandada pelo contra-almirante Jesse Oldendorf para bloquear o estreito. Quando os navios de Nishimura passavam pelo estreito, os navios de Oldendorf afundaram dois encouraçados e quatro destróieres inimigos. Samar. Enquanto rumava para o sul ao longo da costa de Samar, Kurita atacou uma escolta de porta-aviões da VII Esquadra. As forças japonesas chegaram a três horas de viagem do golfo de Leyte e afundaram um porta-aviões e dois destróieres dos Aliados, mas depois retiraram-se para o norte. Cabo Engano . Enquanto a VII Esquadra lutava perto de Samar, a III Esquadra de Halsey perseguia a força de Ozawa, que rumara para o norte. Seus encouraçados chegaram a ficar a 72km do inimigo. Depois que Kinkaid pediu ajuda, Halsey ordenou que alguns encouraçados e porta-aviões velozes se dirigissem para o sul, mas perdeu todas as oportunidades de destruir a força do norte. A III Esquadra voltou às pressas para o estreito de San Bernardino, mas era tarde demais para liquidar o restante da força de Kurita. A batalha pela posse do golfo de Leyte representou uma vitória decisiva para os E.U.A. No final da batalha, em 26 de outubro, o Japão perdera três encouraçados, quatro porta-aviões, dez cruzadores e nove destróieres. Os Aliados perderam três porta-aviões, dois destróieres e um destróier de escolta. Desesperados, os japoneses iniciaram em 25 de outubro os ataques com os kamikazes, ou aviões suicidas. Os pilotos inimigos lançavam seus aviões contra os navios aliados sabendo que seriam mortos. Rumo a Manila. O VIII Exército, comandado pelo tenente-general Robert Eichelberger, completou a ocupação de Leyte. Em 9 de janeiro de 1945, o VI Exército desembarcou no golfo de Lingayen, situado cerca de 177km ao norte de Manila, na ilha de Luzon. Porta-aviões da III Esquadra percorreram o mar da China meridional, enfrentando uma resistência muito pequena, e cortaram, assim, a última linha de abastecimento que ligava as forças do Japão ao seu império no sul. As tropas japonesas resistiram ferozmente ao avanço dos Aliados em direção a Manila e destruíram parte da capital das Filipinas. No final de fevereiro, os Aliados haviam expulso de Manila e Luzon grande parte das forças inimigas. Não obstante, uma esparsa resistência japonesa continuou agindo nas Filipinas até o final da guerra. China, Birmânia e Índia A conquista das Filipinas forneceu aos Aliados uma outra base de onde poderiam invadir a parte continental chinesa dominada pelos japoneses. Alguns estrategistas aliados eram favoráveis à utilização das Filipinas como trampolim direto para o Japão. Mas também achavam que a China devia continuar na guerra. Os chineses mantinham ocupados milhares de soldados japoneses. A Birmânia desempenhou um papel de suma importância no plano dos Aliados de conservar a China na guerra. O material bélico destinado à China seguia anteriormente pela estrada da Birmânia. Depois que tomou a Birmânia, o Japão imediatamente bloqueou a estrada. Em 1943, os Aliados iniciaram uma campanha para reabrir a estrada e restabelecer as comunicações terrestres com a China. Esperavam penetrar no norte da Birmânia e construir uma estrada que ligasse a ferrovia existente no nordeste da Índia com a parte final chinesa da antiga estrada da Birmânia. Essa estrada foi concluída em janeiro de 1945 e ficou conhecida como estrada de Ledo, passando mais tarde a chamar-se estrada de Stilwell. No norte da Birmânia, as tropas norte-americanas, inglesas e chinesas tiveram que abrir caminho através de cerradas florestas e transpor montanhas escarpadas. Para isso, os Aliados organizaram grupos guerrilheiros. As tropas chinesas de Stilwell avançaram para o sul procurando defender a parte final chinesa da estrada da Birmânia. Os japoneses tentaram bloquear a nova estrada de Ledo. No princípio de 1944, iniciaram uma ofensiva para tomar os campos de pouso dos Aliados no nordeste da Índia. Tropas norte-americanas, inglesas, chinesas e indianas detiveram o avanço japonês. As chuvas fortes, as doenças tropicais e a escassez de provisões serviram também como obstáculos para os japoneses. Em 4 de fevereiro de 1945, o primeiro comboio aliado penetrou na China pela estrada de Stilwell. Em 20 de março, as forças britânicas retomaram Mandalay e, no dia 3 de maio, obrigaram os japoneses a se retirarem para Rangum. A China ficou isolada da maior parte do mundo quando os japoneses bloquearam a estrada da Birmânia. As provisões somente podiam chegar por via aérea. O Comando de Transporte Aéreo norte-americano cobriu a perigosa rota de 800km, conhecida como Corcunda que ficava sobre o Himalaia, entre Assam na Índia, e o planalto de Yun-Nan, no oeste da China. No início da década de 1940, os E.U.A. começaram a construir bases aéreas na China. O grupo de voluntários norte-americanos, conhecido como Tigres Voadores , tornou-se uma eficiente força aérea sob o comando do general-de-divisão Claire Chennault. Em 1944, os japoneses iniciaram uma ofensiva para tomar as bases aéreas dos Aliados. Eles avançaram para o sul na província de Hu-Nan, passando de Tchang-Cha para Hang-Tcheu; rumando para sudoeste, tomaram a maioria dos principais campos de pouso lá existentes. Os japoneses tomaram também as importantes bases de Lieu-Tcheu e Kuei-Lin. A certa altura eles chegaram a ficar a 320km de Tchong-King, capital chinesa durante a guerra. Mas seu avanço foi mais rápido do que o de suas linhas de abastecimento, e eles tiveram que se retirar. No início de 1945, as forças chinesas haviam recuperado a maior parte do território perdido. Tóquio Como Alvo A estratégia dos Aliados para acabar com a guerra exigia uma invasão do Japão. Com o nome cifrado de Operação Olímpica , essa invasão seria desencadeada a partir das ilhas vizinhas àquele país ou de bases chinesas e coreanas. Os navios de guerra dos Aliados continuariam a atacar os navios japoneses e as regiões costeiras, e os bombardeiros aliados intensificariam seus ataques. Os Ataques Aéreos ao Japão realizados pelos bombardeiros B-29 de longo percurso haviam começado em 15 de junho de 1944, a partir de bases na China. Os aviões bombardearam siderúrgicas em Yawata. Durante todo o verão de 1944, praticamente uma vez por semana, a XX Força Aérea dos E.U.A. atacou o Japão, Taiwan e a Manchúria, ocupada pelos japoneses. Os B-29 nas Marianas juntaram-se aos bombardeiros com base na China para atacar Tóquio no dia 24 de novembro. Em março de 1945, os B-29 comandados pelo general-de-divisão Curtis LeMay iniciaram um bombardeio incendiário noturno a uma pequena altitude de aproximadamente 2.100m. Isto permitiu aos bombardeiros transportarem uma carga mais pesada, já que não precisavam de muita gasolina. Participaram desses ataques 800 bombardeiros B-29. Três ataques destruíram o centro de Tóquio, e uma incursão arrasou a maior parte de Yokohama. As forças aéreas realizaram mais de 15 mil missões contra 66 importantes cidades japonesas e lançaram mais de 91 mil toneladas de bombas incendiárias. Tamanha era a superioridade aérea dos Aliados que no início de julho de 1945 o general Carl Spaatz, que assumiu o comando das Forças Aéreas Estratégicas dos E.U.A. no Pacífico após o término da guerra na Europa, publicamente anunciou de antemão os nomes das cidades a serem bombardeadas. A Rota Marítima. As aeronaves da marinha colaboraram nos ataques às cidades japonesas e no serviço de transporte. Sem navios o Japão não poderia resistir durante muito tempo. O país necessitava de navios para ligar as várias partes de seu império e transportar tropas e provisões. Os submarinos aliados intensificaram sua atividade nas águas costeiras do Japão, onde vinham operando desde 1942. Por volta de 1945, a tonelagem dos navios japoneses estava reduzida a 1.400.000t em comparação com as 9.100.000t do início de 1942. Os submarinos responderam por mais da metade das perdas do Japão em navios mercantes. Em abril de 1945, os aviões em atividade no leste do mar da China afundaram o encouraçado japonês Yamato . O Yamato e o Musashi este último afundado em 1944, eram os maiores encouraçados jamais construídos. A III Esquadra dos E.U.A. e a esquadra britânica do Pacífico aproximaram-se a uma curta distância do Japão para bombardear cidades. Iwo Jima ficava na metade do caminho entre Guam e o Japão. A tomada dessa pequena ilha colocaria os Aliados a 1.210km de Tóquio. Durante sete meses antes da invasão as forças aéreas e a marinha bombardearam a ilha quase diariamente. Os japoneses construíram um sistema de fortificações de concreto e abrigos subterrâneos em Iwo Jima. Em 19 de fevereiro de 1945, o general-de-divisão Harry Schmidt e seu corpo de fuzileiros navais desembarcaram em Iwo Jima. Os 60 mil fuzileiros enfrentaram uma feroz resistência por parte das tropas do tenente-general Tadamichi Kuribayashi. No dia 23 de fevereiro os fuzileiros escalaram as íngremes encostas do monte Suribachi e hastearam a bandeira norte-americana. Após 26 dias de duros combates, Iwo Jima caiu finalmente em mãos dos Aliados no dia 16 de março. Os fuzileiros e a marinha liquidaram mais de 20 mil soldados inimigos, o que lhes custou mais de seis mil mortos. Okinawa. O alto comando dos Aliados escolheu Okinawa como o passo seguinte em direção a Tóquio. Esta ilha, situada no arquipélago de Ryukyu, fica a aproximadamente 563km de Kyushu, a ilha sul do arquipélago do Japão. Sua tomada forneceria aos Aliados uma base para desembarques na China ou no Japão. No domingo de Páscoa, 1º de abril de 1945, duas tropas de soldados do exército e fuzileiros navais comandadas pelo tenente-general Simon Buckner Jr. invadiram Okinawa. Os japoneses lutaram desesperadamente. No final da campanha, em meados de junho, seus kamikazes haviam afundado 36 navios e danificado outros 332. A resistência organizada na ilha terminou em 21 de junho. Buckner foi morto durante os combates terrestres. Os Aliados tiveram 49 mil baixas. Mais de 109 mil japoneses foram mortos. A luta em Okinawa foi a última grande batalha terrestre da guerra. Planos de Invasão. Os Aliados planejavam invadir Kyushu em novembro. A esta invasão, que recebeu o nome cifrado de Operação Olímpica , deveria seguir-se um ataque à planície de Tóquio, no leste de Honshu, a principal ilha do arquipélago, em março de 1946. Em julho de 1945, os chefes de governo da Grã-Bretanha, União Soviética e E.U.A. conferenciaram em Potsdam, na Alemanha. Stalin declarou ter recebido uma mensagem revelando o desejo do Japão de negociar a paz e sua relutância em aceitar a rendição incondicional. Em 26 de julho, os governantes dos E.U.A., Grã-Bretanha e China lançaram um ultimato exigindo a rendição incondicional e uma paz justa. Eles planejavam ocupar o Japão, restringir a autoridade do governo japonês às ilhas do arquipélago, desarmar o país e levar à justiça os criminosos de guerra. Quando o Japão ignorou o ultimato, os E.U.A. decidiram utilizar a bomba atômica. A Bomba Atômica contribuiu para tornar desnecessária a invasão do Japão. Em 6 de agosto, um B-29 chamado Enola Gay lançou sobre Hiroshima a primeira bomba atômica utilizada na guerra. Mais de 92 mil pessoas morreram ou desapareceram. Três dias depois, uma bomba atômica lançada sobre Nagasáqui matou pelo menos 40 mil pessoas. O número de feridos pelos dois bombardeios foi quase igual ao número de mortos. Os efeitos da radiação provocaram mais tarde outras mortes. Em 8 de agosto, os soviéticos declararam guerra ao Japão e invadiram a Manchúria. Enfrentaram pouca resistência, pois muitos soldados japoneses haviam sido deslocados para outras frentes. Os soviéticos ocuparam também a metade japonesa da ilha de Sacalina, situada ao norte do Japão. Vitória no Pacífico. Em 10 de agosto, o governo japonês perguntou aos Aliados se a rendição incondicional significava que o imperador Hirohito teria que deixar o trono. Os Aliados responderam que o povo japonês decidiria a sua sorte. Em 14 de agosto (nos E.U.A.), os Aliados receberam uma mensagem do Japão aceitando as condições de Potsdam. Os Aliados nomearam MacArthur comandante supremo das potências aliadas. Em 2 de setembro (no Japão), a bordo do encouraçado Missouri , na baía de Tóquio, os Aliados e o Japão assinaram o acordo de rendição. MacArthur assinou pelas potências aliadas, Nimitz pelos E.U.A. e o ministro do Exterior Mamoru Shigemitsu pelo Japão. O presidente Truman proclamou a data de 2 de setembro como o Dia da Vitória sobre o Japão. Três anos, oito meses e 22 dias após o bombardeio de Pearl Harbor pelos japoneses chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial. A Guerra Secreta Durante toda a Segunda Guerra Mundial, exércitos de homens e mulheres lutaram atrás das frentes de combate. Os espiões procuravam roubar segredos de outros governos. Os sabotadores tentavam prejudicar os transportes e a produção na frente interna. Os movimentos de resistência secreta atormentavam as tropas de ocupação. Espiões e Sabotadores A maioria dos países possuía grupos de homens e mulheres engajados em atividades de espionagem e sabotagem. Os alemães desembarcaram oito sabotadores na costa leste dos E.U.A. em junho de 1942. Todos eles foram presos pelo F.B.I. Seis foram executados e dois receberam sentenças de prisão após serem julgados por um tribunal militar. Os alemães compraram informações secretas de um espião chamado Cícero , que trabalhava na embaixada britânica na Turquia. Richard Sorge, um agente comunista, trabalhava na embaixada alemã em Tóquio. Durante nove anos ele dirigiu uma rede de espionagem soviética antes de ser preso pela polícia japonesa em 1941. Os ingleses se apoderaram do código utilizado pela Alemanha em suas mensagens e passaram a ler milhares de ordens militares alemãs tão logo as mesmas alcançavam os chefes no campo de batalha, ou mesmo antes. Comandos britânicos e noruegueses danificaram uma usina secreta de água pesada da Alemanha na Noruega, e bombardeiros ingleses mais tarde atacaram uma importante remessa dessa usina realizada por via marítima. A água pesada poderia ter sido utilizada juntamente com o urânio na fabricação de bombas atômicas. O Gabinete de Serviços Estratégicos, um órgão do governo norte-americano que funcionou durante a guerra, treinava seus próprios espiões, realizava sabotagens e trabalhava ao lado dos movimentos de resistência secreta. Seus agentes emitiam comunicados secretos radiofônicos sobre os movimentos das tropas e da resistência inimiga. Suas atividades variavam desde o roubo de planos alemães para resistir a uma invasão dos Aliados no norte da África até a organização de grupos guerrilheiros birmaneses contra o Japão. Resistência Secreta Os movimentos de resistência secreta brotaram em todos os países ocupados. Muitos patriotas participaram desses movimentos descarrilando trens, explodindo pontes, distribuindo jornais e folhetos ilegais, e matando funcionários inimigos. Inicialmente, quase todos os ataques eram espontâneos e realizados individualmente. Mais tarde foram desenvolvidas grandes organizações como as Forças Francesas do Interior, ou maquis, que auxiliaram as operações aliadas na França ocupada, e o Exército Polonês do Interior, que se revoltou sem êxito em Varsóvia. As forças dos partisans e chetnits conquistaram extensas áreas da Iugoslávia. Os membros da resistência secreta na União Soviética ocupada pela Alemanha surgiram nas florestas para realizar operações de guerrilha e sabotagem. Os chefes da resistência resgataram pilotos aliados, abrigaram espiões e sabotadores e auxiliaram de outras maneiras as forças armadas dos Aliados. Guerra Psicológica A utilização da propaganda como meio de debilitar o moral do inimigo alcançou um alto estágio de desenvolvimento durante a Segunda Guerra Mundial. Os grupos especializados na guerra psicológica acompanhavam os exércitos aliados à medida que estes avançavam. Eles utilizavam a propaganda para criar discórdia entre o inimigo e aumentar a confiança em suas próprias forças. Seus instrumentos de ação eram os discursos públicos, as emissões radiofônicas, os alto-falantes e as tipografias móveis. Entre as agências de propaganda dos Aliados estavam o Ministério da Informação da Grã-Bretanha e a Agência de Informação de Guerra (OWI [Office of War Information]) dos E.U.A. A OWI operava estações de rádio na Europa e no Pacífico. Na tentativa de destruir o moral do inimigo na frente interna, a OWI, a Corporação de Radiodifusão Inglesa e a Rádio Moscou realizaram transmissões de longo alcance de programas de propaganda. Paul Joseph Goebbels, ministro alemão da propaganda, revidou com transmissões radiofônicas em ondas curtas. Os japoneses transmitiram propaganda através da Rádio Tóquio. Após a guerra, os Aliados levaram à justiça uma série de pessoas que serviram à causa do Eixo. Entre elas estava William Joyce, que transmitira propaganda pelo rádio para a Alemanha. Um tribunal britânico o considerou culpado por traição e ele foi enforcado. Entre os norte-americanos acusados de traição e enviados à prisão estavam Mildred Gillars, que fazia transmissões radiofônicas para os nazistas e ficou conhecida como Sally do Eixo , e Iva D'Aquino, que irradiava para o Japão e era conhecida como Rosa de Tóquio . Em 1977, o presidente Gerald Ford concedeu perdão a D'Aquino, que afirmou ter sido obrigada pelos japoneses a realizar suas transmissões. As Conseqüências da Guerra A Segunda Guerra Mundial foi a maior luta jamais vista pela humanidade. Ela suscitou grandes mudanças em todos os países. Os Aliados dividiram a Áustria e a Alemanha em zonas de ocupação após a guerra. A União Soviética anexou a Estônia, a Lituânia e a Letônia no começo da guerra e recebeu territórios da Finlândia, da Alemanha, do Japão, da Polônia e da Romênia. A Tchecoslováquia recebeu território da Hungria, a Bulgária da Romênia, a Polônia da Alemanha e a Romênia da Hungria. A Itália teve que ceder territórios à França, à Grécia e à Iugoslávia. Os países ocupados pela Alemanha e pela Itália recuperaram sua independência. Na Ásia os Aliados ocuparam o Japão e a Coréia. As antigas ilhas japonesas Carolinas, Marshall, Marianas e Palaus foram confiadas aos E.U.A. Dez países na Ásia conquistaram sua independência em um período de cinco anos após o término da guerra. A guerra resolveu alguns problemas, mas criou outros tantos. Os ditadores já não governavam a Alemanha e a Itália, e os militaristas já não dominavam o Japão. Mas a União Soviética encaminhava-se rapidamente para substituir a Alemanha como o país mais poderoso da Europa. A União Soviética procurou também tomar o lugar do Japão como principal potência na Ásia. A China passou a ser dominada pelos comunistas por volta do outono de 1949. Uma série de países passou a sofrer influência direta tanto da China como da União Soviética. Ocorreu a bipolarização entre soviéticos e norte-americanos, gerando a Guerra Fria. Países da África e da Ásia iniciaram o processo de descolonização e independência, rompendo com as ex-metrópoles européias. O combate ao nazi-fascismo fortaleceu os setores de esquerda e de centro na Europa. No Brasil, pressões de militares derrubaram Getúlio Vargas, que constantemente era acusado de manter laços muito íntimos com os ditadores fascistas. O Preço da Paz Custos da Guerra. Os historiadores acham difícil avaliar os custos da Segunda Guerra Mundial; somente podem fazer estimativas. Ninguém pode precisar o custo individual das propriedades perdidas com os bombardeios. Não se pode avaliar o custo do sofrimento humano e a perda de vidas. Apenas pode ser fornecido um orçamento aproximado dos danos causados pelo conflito. Baixas. A Segunda Guerra Mundial tirou mais vidas do que qualquer outra guerra da história. O total das mortes de civis e militares foi calculado em 55 milhões. A Europa ocidental e o leste da Ásia sofreram as maiores perdas. A Alemanha, a União Soviética e as nações que estavam situadas entre elas devem ter perdido 1/10 de suas populações. O número de mortes na China é inexato, mas chegou à casa dos milhões. Os civis sofreram as maiores perdas, exceto nos E.U.A., Grã-Bretanha, Canadá e alguns outros países. A maioria das mortes de civis foi em conseqüência de bombardeios, massacres, migrações forçadas, epidemias e fome. Custo em Dinheiro . A Segunda Guerra Mundial foi a mais dispendiosa guerra da história. O custo total da guerra foi calculado em 1.154.000.000.000 de dólares, e o valor dos danos causados às propriedades chegou a 239 bilhões de dólares. Os danos causados às principais indústrias, transportes e habitações na Segunda Guerra Mundial foi bem maior e abrangeu áreas bem mais extensas do que na Primeira Guerra Mundial. Os bombardeios, o fogo de artilharia e os combates de rua devastaram grandes cidades como Berlim, Budapeste, Coventry, Dresden, Frankfurt, Hamburgo, Hiroshima, Leningrado, Londres, Manila, Milão, Munique, Nagoia, Nanquim, Rotterdam, Stuttgart, Tóquio e Varsóvia. Preenchendo o Vazio. A Alemanha fora a potência dominante no continente europeu. O Japão desempenhara esse papel na Ásia. A derrota de ambos os países na Segunda Guerra Mundial imediatamente deixou vagas as posições de liderança. A estratégia dos Aliados permitiu à União Soviética agir livremente na Europa oriental durante a guerra. Alguns estrategistas haviam sugerido que os Aliados invadissem o Mediterrâneo central e os Balcãs. Acreditavam eles que a ocupação da Hungria e da Romênia pela União Soviética e sua influência na Iugoslávia representaria uma ameaça à futura paz mundial. Mas as condições geográficas desfavoráveis na Europa oriental obrigaram os Aliados a invadir o norte e o sul da França ao invés daquelas regiões. A Europa ficou assim dividida em uma parte oriental comunista e em uma parte ocidental não-comunista. Na Ásia os soviéticos se apressaram a assumir a posição antes ocupada pelo Japão. A longa luta entre os comunistas e os nacionalistas chineses terminou em 1949, com a vitória dos comunistas em todo o continente chinês. Depois que os exércitos japoneses deixaram o sudeste da Ásia e o sudoeste do Pacífico, os revolucionários rapidamente se apossaram dessas áreas. Com a China, a França, e a Grã-Bretanha devastadas e empobrecidas pela guerra, os E.U.A. e a União Soviética tornaram-se as duas maiores potências mundiais. Mudanças de População A guerra deixou milhões de pessoas na Europa e na Ásia sem alimentos, moradia ou roupas suficientes. Havia escassez de combustível, máquinas, matérias-primas e dinheiro. As propriedades rurais encontravam-se devastadas. A mortalidade infantil e as doenças tinham taxas elevadas. A administração de Assistência e Reabilitação das Nações Unidas (United Nations Relief and Rehabilitation Administration [UNRRA]) e várias organizações sociais particulares forneceram ajuda aos famintos e desabrigados. A guerra provocou grandes deslocamentos populacionais. Milhões de pessoas deixaram seus países por motivo de raça, religião ou idéias políticas, ou foram enviadas para áreas isoladas para cumprir trabalhos forçados. No final da guerra era grande o número de refugiados. Os soldados que regressaram e os prisioneiros de guerra aumentaram os problemas de ajustamento. Cerca de dez milhões de refugiados tiveram de deixar seus países. Alguns retornaram à sua pátria e outros emigraram. Em alguns países grupos inteiros foram exterminados. Os poloneses deixaram o leste da Polônia ocupado pelos soviéticos e rumaram para oeste. Milhões de chineses seguiram em direção ao oeste para fugir dos japoneses e tiveram que regressar. Muitos árabes foram expulsos da Palestina, e os alemães tiveram que abandonar os países bálticos, a Prússia oriental, a Silésia e os Sudetos. Quase seis milhões de judeus europeus morreram nos campos de concentração alemães. Milhares de refugiados mudaram-se para os E.U.A., Canadá, América Latina e Israel. As Nações Unidas Organizando a Paz. Os Aliados estavam decididos a não repetir os erros da Primeira Guerra Mundial. Os Aliados só conseguiram criar uma organização para reforçar a paz depois do fim da Primeira Guerra Mundial. Em junho de 1941, nove governos exilados se juntaram à Grã-Bretanha e aos países da comunidade britânica para assinar a Declaração Interaliada. Este documento pedia que as nações cooperassem e trabalhassem por uma paz duradoura. Em agosto de 1941, o presidente norte-americano Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Churchill elaboraram um programa de metas para o pós-guerra que ficou conhecido como Carta do Atlântico . Pouco depois do ataque a Pearl Harbor, 26 países assinaram em Washington uma Declaração pelas Nações Unidas, onde se comprometiam a combater o Eixo e a não fazer acordos de paz isolados. Em outubro de 1943, os ministros do exterior da China, da Grã-Bretanha, da União Soviética e dos E.U.A. reuniram-se em Moscou e sugeriram a criação de uma organização internacional em sua Declaração de Moscou. Criação das Nações Unidas. A conferência de Dumbarton Oaks, realizada em Washington, em 1944, desenvolveu a idéia da criação de uma organização internacional no pós-guerra. Uma conferência de 50 países, realizada em San Francisco, em 25 de abril de 1945, elaborou uma carta para uma organização das Nações Unidas. A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 24 de outubro de 1945. Suas primeiras sessões foram realizadas em janeiro do ano seguinte, em Londres. A ONU criou também organizações para lidar com agricultura, problemas monetários, saúde, aviação civil e outros assuntos. Os Tratados de Paz A elaboração dos tratados de paz com os países derrotados do Eixo consumiu vários meses de conferências. Os ministros do exterior da China, da França, da Grã-Bretanha, da União Soviética e dos E.U.A. redigiram os tratados que foram, em seguida, submetidos à aprovação da ONU. Os Aliados do tempo de guerra reuniram-se pela primeira vez em Londres, no final de 1945. Os tratados com a Itália, Bulgária, Hungria, Romênia e Finlândia foram assinados em Paris, em 1947. Divergências entre a União Soviética e o Ocidente retardaram os tratados com a Áustria, a Alemanha e o Japão. A maioria dos Aliados assinou o tratado com o Japão em 1951 e com a Áustria e Alemanha em 1955. A União Soviética assinou o tratado somente com a Áustria. Os Satélites do Eixo. Em 10 de fevereiro de 1947, os Aliados assinaram tratados de paz com a Bulgári, Hungria, Romênia e Finlândia. Os E.U.A. não assinaram um tratado com a Finlândia porque os dois países não haviam entrado em guerra. As tropas de ocupação aliadas tiveram que deixar a Bulgária em um prazo de 90 dias. Os tratados de paz encerravam garantias contra a discriminação racial e religiosa, e proibiam a formação de partidos fascistas nos países satélites. Cada nação teve que pagar 2/3 do valor das propriedades que os Aliados haviam perdido no país em conseqüência da guerra. Os Aliados limitaram também o tamanho das forças armadas de cada nação. A Itália lutou ao lado dos Aliados após 1943, mas fora uma importante parceira do Eixo. O tratado de paz com a Itália foi também assinado em Paris, em 10 de fevereiro de 1947, e previa a retirada das forças de ocupação aliadas dentro do prazo de 90 dias após a sua entrada em vigor. O tratado limitou o tamanho das forças armadas da Itália e exigiu do país o pagamento de 360 milhões de dólares em indenizações no prazo de sete anos. A Itália teve que se desfazer das colônias africanas, ceder algumas áreas fronteiriças à França e Iugoslávia, e entregar à Grécia o Dodecaneso. Além disso, o país teve que reconhecer a independência da Albânia e da Etiópia, e Trieste como cidade livre. O Japão foi ocupado pelos Aliados duas semanas após a sua rendição. O general MacArthur, enquanto comandante supremo em nome das potências aliadas, governou o Japão durante a ocupação. A União Soviética e os E.U.A. estabeleceram zonas de ocupação na Coréia, e tropas soviéticas e chinesas invadiram a Manchúria. Representantes de 52 países reuniram-se em San Francisco, em setembro de 1951, para redigir um tratado de paz com o Japão. Em 8 de setembro, diplomatas de 49 desses países assinaram o tratado. A Tchecoslováquia, a União Soviética e a Polônia se opuseram às disposições do tratado e recusaram assiná-lo. O tratado exigiu que o Japão se desfizesse de suas antigas possessões fora das quatro ilhas de seu arquipélago. Os Aliados reclamaram mais de 100 milhões de dólares em indenizações. O tratado deu ao Japão o direito de rearmar-se para a defesa, desenvolver indústrias e negociar acordos de defesa e comércio. Os E.U.A. encerraram oficialmente sua guerra com o Japão em 28 de abril de 1952. Com o fim da ocupação, o Japão assinou tratados com os principais Aliados permitindo que suas tropas permanecessem no país. Em dezembro de 1956, o Japão e a União Soviética assinaram um tratado de paz separadamente. Alemanha e Áustria. Os Aliados dividiram a Alemanha em quatro zonas de ocupação. A União Soviética ficou com a zona leste, a Grã-Bretanha com a zona noroeste, a França com a Renânia e o vale do Saar, e os E.U.A. com a zona sudoeste. A Alemanha cedeu à U.R.S.S. a metade norte da Prússia ocidental e à Polônia a Silésia, Danzig e o território situado a leste do rio Oder. Bélgica, Tchecoslováquia e França receberam também territórios. Berlim ficou sob o domínio de quatro potências. Os Aliados também dividiram e ocuparam a Áustria após a sua libertação da Alemanha. A Áustria tornou-se independente em 15 de maio de 1955, após assinar um tratado com a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os E.U.A. A União Soviética obteve permissão para retirar de sua zona alemã toda a maquinaria desnecessária à economia da Alemanha em tempo de paz. Os outros Aliados conseguiram também obter alguns equipamentos de suas zonas. Os principais nazistas foram julgados por crimes de guerra em Nurembergue, e cada país ocupante realizou julgamentos de crimes de guerra em sua zona. Os E.U.A. encerraram formalmente as hostilidades à Alemanha em 19 de outubro de 1951. Em 5 de maio de 1955, os Aliados do Ocidente assinaram um tratado transformando a Alemanha Ocidental em uma república independente e permitindo-lhe formar uma força defensiva de 500 mil homens. Os Aliados do Ocidente obtiveram o direito de estacionar tropas na Alemanha Ocidental. Este tratado não representou um tratado geral de paz com a Alemanha porque a União Soviética recusou-se a assiná-lo e também porque a Alemanha Ocidental não quis aceitar a divisão da Alemanha nem as fronteiras da Alemanha Oriental. Os Aliados Arábia Saudita (1º de março de 1945) Nova Zelândia (3 de setembro de 1939) África do Sul (6 de setembro de 1939) Nicarágua (11 de dezembro de 1941) Argentina (27 de março de 1945) Noruega (9 de abril de 1940) Austrália (3 de setembro de 1939) Países Baixos (10 de maio de 1940) Bélgica (10 de maio de 1940) Panamá (7 de dezembro de 1941) Bolívia (7 de abril de 1943) Paraguai (7 de fevereiro de 1945) Brasil (22 de agosto de 1942) Peru (12 de fevereiro de 1945) Canadá (10 de setembro de 1939) Polônia (1º de setembro de 1939) Chile (11 de abril de 1945) República Dominicana (8 de dezembro de 1941) China (8 de dezembro de 1941) República Popular da Mongólia (9 de agosto de 1845) Colômbia (26 de novembro de 1943) São Marinho (21 de setembro de 1944) Costa Rica (8 de dezembro de 1941) Síria (8 de junho de 1941) Cuba (9 de dezembro de 1941) Tchecoslováquia (16 de dezembro de 1941) Equador (2 de fevereiro de 1945) Turquia (23 de fevereiro de 1945) Egito (24 de fevereiro de 1945) União Soviética (22 de junho de 1941) El Salvador (8 de dezembro de 1941) Uruguai (15 de fevereiro de 1945) Etiópia (14 de dezembro de 1942) Venezuela (15 de fevereiro de 1945) E.U.A. (8 de dezembro de 1941) França (3 de setembro de 1939) Grã-Bretanha (3 de setembro de 1939) Grécia (28 de outubro de 1940) Guatemala (9 de dezembro de 1941) Haiti (8 de dezembro de 1941) Honduras (8 de dezembro de 1941) Índia (3 de setembro de 1939) Irã (25 de agosto de 1941) Iraque (17 de janeiro de 1943) Iugoslávia (6 de abril de 1941) Líbano (27 de fevereiro de 1945) Libéria (27 de janeiro de 1944) Luxemburgo (10 de maio de 1940) México (22 de maio de 1942) O Eixo Albânia (15 de junho de 1940) Alemanha (1º de setembro de 1939) Bulgária (1º de março de 1941) Finlândia (25 de junho de 1941) Hungria (10 de abril de 1941) Itália (11 de junho de 1940) Japão (7 de dezembro de 1941) Romênia (23 de novembro de 1940) Tailândia (25 de janeiro de 1942) As datas correspondem à entrada de cada país na guerra. DESTAQUES DA GUERRA NA EUROPA E NA ÁFRICA 1939 1º de set. Tropas alemãs invadiram a Polônia. 3 de set. A Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha. 30 de nov. Tropas soviéticas invadiram a Finlândia. 1940 9 de abril A Alemanha atacou a Dinamarca e a Noruega. 10 de maio A Alemanha invadiu a Bélgica, Luxemburgo e os Países Baixos. 10 de jun. A Itália declarou guerra à Grã-Bretanha e à França. 22 de jun. A França rendeu-se à Alemanha. 4 de ag. A Itália invadiu a Somália britânica. 28 de out. Tropas italianas entraram na Grécia. 20 de nov. A Hungria aderiu ao Eixo. 23 de nov. A Romênia aderiu ao Eixo. 1941 15 de jan. Soldados ingleses invadiram a Etiópia. 1º de mar. A Bulgária aderiu ao Eixo. 6 de abril A Alemanha invadiu a Grécia e a Iugoslávia. 22 de jun. Forças do Eixo invadiram a União Soviética. 7 de jul. Tropas norte-americanas desembarcaram na Islândia. 14 de ag. Foi anunciada a Carta do Atlântico. 11 de dez. A Alemanha e a Itália declararam guerra aos E.U.A. Os E.U.A. declararam guerra à Alemanha e à Itália. 1942 5 de jun. Os E.U.A. declararam guerra à Bulgária, Hungria e Romênia. 21 de jun. Tropas alemãs tomaram Tobruk, no norte da África. 2 de jul. Os ingleses detiveram os alemães em El Alamein. 16 de set. Forças alemães entraram em Stalingrado (atual Volgogrado) na União Soviética. 23 de out. Os ingleses iniciaram uma ofensiva em El Alamein. 7-8 de nov. Forças aliadas desembarcaram no norte da África. 11 de nov. Cessou a resistência francesa no norte da África. 12 de nov. Tropas inglesas tomaram Tobruk. 19 de nov. Os soviéticos contra-atacaram em Stalingrado. 27 de nov. Os franceses afundaram sua esquadra em Toulon. 1943 31 de jan. O marechal-de-campo Friedrich von Paulus rendeu-se aos soviéticos. 7 de maio Túnis e Bizerte caíram em mãos dos Aliados. 12 de maio Cessou a resistência organizada do Eixo na África. 10 de jul. Forças aliadas invadiram a Sicília. 3 de set. Os Aliados desembarcaram na Itália. 3 de set. A Itália assinou um armistício secreto com os Aliados. 13 de out. A Itália declarou guerra à Alemanha. 6 de nov. Os soviéticos retomaram Kiev. 1944 27 de jan. Os soviéticos romperam o cerco de Leningrado. 19 de março Tropas alemãs entraram na Hungria. 6 de jun. Os Aliados desembarcaram na Normandia, na França. 13 de jun. Caíram sobre Londres as primeiras bombas V-1. 25 de jul. Forças norte-americanas avançaram a partir da Normandia. 15 de ag. Tropas aliadas desembarcaram no sul da França. 25 de ag. A Romênia declarou guerra à Alemanha. 9 de set. A Bulgária declarou guerra à Alemanha. 10 de set A Finlândia assinou um armistício com a União Soviética. 16 de dez. Os alemães iniciaram a ofensiva nas Ardenas. 27 de dez. Os Aliados detiveram a ofensiva alemã. 1945 11 de jan. Os soldados soviéticos entraram em Varsóvia, na Polônia. 21 de jan. A Hungria declarou guerra à Alemanha. 13 de fev. Forças soviéticas ocuparam Budapeste. 13 de abril Tropas soviéticas tomaram Viena. 22 de abril Os soviéticos chegaram aos subúrbios de Berlim. 25 de abril Forças norte-americanas e soviéticas encontraram-se em Torgau. 2 de maio As tropas alemãs na Itália renderam-se. 2 de maio Berlim rendeu-se às tropas soviéticas. 7 de maio A Alemanha rendeu-se aos Aliados. 26 de jul. Os Aliados lançaram a Declaração de Potsdan. DESTAQUES DA GUERRA NA ÁSIA E NO PACÍFICO 1931 18 de set. O Japão invadiu a Manchúria, no norte da China. 1937 7 de jul. O Japão invadiu a China. 1940 22 de set. O Japão atacou a Indochina Francesa. 1941 13 de abril O Japão e a União Soviética assinaram um pacto não agressão. 8 de jun. Tropas francesas e inglesas invadiram a Síria. 25 de ag. Forças soviéticas e inglesas invadiram o Irã. 7 de dez. Os japoneses atacaram Pearl Harbor. 8 de dez. Os E. U.A. declararam guerra ao Japão. 9 de dez A China declarou guerra à Alemanha, à Itália e ao Japão. 10 de dez Guam rendeu-se aos japoneses. 23 de dez A ilha de Wake rendeu-se aos japoneses. 25 de dez As tropas inglesas em Hong Kong renderam-se. 1942 2 de jan. Manila caiu em mãos das forças invasoras japonesas. 11 de jan. Os japoneses desembarcaram nas Índias Holandesas. 1º de fev. Navios norte-americanos atacaram as ilhas Marshall e Gilbert. 15 de Fev. Cingapura rendeu-se aos japoneses. 27 de fev. Os Aliados perderam a batalha do mar de Java. 7 de março Os japoneses ocuparam as Índias Holandesas. 9 de abril Bataan rendeu-se aos japoneses. 18 de abril Forças norte-americanas bombardearam Tóquio. 4-8 de maio Os Aliados venceram a batalha do mar de Coral. 6 de maio Os japoneses ocuparam Corregidor. 4-6 de Jun. A Batalha de Midway pôs fim à expansão japonesa em direção ao leste. 7 de ag. Fuzileiros navais dos E.U.A. desembarcaram em Guadalcanal. 1943 2-5 de março Os Aliados derrotaram uma unidade naval japonesa na batalha do mar de Bismarck. 13 de maio Tropas japonesas retiraram-se atravessando o rio Yang-Tse. 30 de maio Cessou a resistência organizada dos japoneses em Attu. 2 de out. Forças aliadas tomaram Finschhafen. 1º de nov. Tropas norte-americanas desembarcaram na ilha de Bugainville. 20 de nov. Fuzileiros navais norte-americanos invadiram Tawara e Makin. 22 de nov. Os Aliados conferenciaram no Cairo, no Egito. 1944 31 de jan. Tropas norte-americanas atacaram o atol de Kwajalein. 17 de fev. Forças navais dos E.U.A. atacaram a ilha de Truk. 29 de fev. Soldados aliados desembarcaram nas ilhas do Almirantado. 22 de março Tropas japonesas atravessaram a fronteira da Índia. 22 de abril Forças aliadas desembarcaram em Hollandia. 15 de Jun. Fuzileiros navais dos E.U.A. invadiram a ilha de Saipan. 15 de jun. Os bombardeiros B-29 atacaram o Japão. 19-20 de jun. Forças norte-americanas venceram a batalha das Filipinas. 21 de jul. Tropas norte-americanas desembarcaram na ilha de Guam. 15 de set. Fuzileiros navais dos E.U.A. invadiram a ilha de Peleliu. 20 de out. Forças do Exército norte-americano desembarcaram em Leyte. 23-26 de out. A esquadra norte-americana do Pacífico venceu a esquadra japonesa na batalha pela posse do golfo de Leyte. 1945 9 de jan. Tropas aliadas invadiram Luzon, nas Filipinas. 22 de jan. Os Aliados reataram uma rota terrestre para a China. 19 de fev. Fuzileiros navais dos E.U.A. atacaram a ilha de Iwo Jima. 1º de abril Tropas norte-americanas desembarcaram na ilha Okinawa. 6 de ag. Os E.U.A. lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima. 9 de ag. Os E.U.A. lançaram uma bomba atômica sobre Nagasáqui. 10 de ag. O Japão iniciou negociações de paz. 14 de ag. O Japão aceitou as condições de rendição. 2 de set. O Japão assinou as condições de rendição. 8 de set. As forças japonesas na China renderam-se. 12 de set. As tropas japonesas no sudeste da Ásia renderam-se. B17. Bimotor americano da Segunda Guerra Mundial. B25. Avião de assalto americano utilizado na Segunda Guerra... P51 Mustang. Monomotor utilizado na Segunda Guerra Mundial. CHAMBERLAIN (Neville). Discurso do Primeiro-Ministro inglês... CHURCHILL (sir Winston). Churchill pede a rendição do Japão... CHURCHILL (sir Winston). Churchill pede a ajuda dos aliados...