BIOLOGIA - 1° GRAU CORPO HUMANO CÉLULAS E TECIDOS O homem, como todos os seres vivos, é formado por pequeninas partes vivas chamadas células. Um conjunto de células que realizam a mesma função chama-se tecido. - a célula: Alguns seres possuem uma única célula, sendo chamados de unicelurares. A maioria possui várias células sendo chamados de pluricelurares. As células só podem ser vistas ao microscópio. São geralmente esféricas, mas podem ser também cilíndricas, discóides, fusiformes e estreladas. A célula compõe-se de 3 partes: - membrana: envolve e protege todo o interior da célula e controla a entrada e saída de substâncias; - citoplasma: é toda substância entre a membrana e o núcleo. Realiza as funções indispensáveis para a conservação da vida, como digestão, respiração, circulação e excreção; - núcleo: pequeno corpo encontrado no citoplasma. Em geral, as células possuem apenas um núcleo, mas podem possuir mais. É formado pelas seguintes partes: a) membrana nuclear: que envolve o núcleo, separando-o do citoplasma; b) suco nuclear: líquido que preenche todo o núcleo; c) nucléolos: corpúsculos arredondados encontrados no núcleo; d) cromatina: filamentos dispostos em forma de rede; e) cromossomos: formados pelos filamentos de cromatina, são os elementos responsáveis pela transmissão de caracteres hereditários. A célula faz a sua digestão deixando entrar e sair substâncias através de sua membrana. As substâncias que entram na célula se encontram misturadas com água, o que chamamos de solução. A respiração celular é o processo de queima da glicose na presença do oxigênio. Nas mitocôndrias, orgânulos especiais existentes nas células, existem enzimas que são empregadas no fenômeno, que ao terminar libera água e gás carbônico como resultado da reação química que libera energia. Muitas substâncias que formam-se no interior das células e que são nocivas à ela precisam ser eliminadas, como o gás carbônico, uréia e ácido úrico. A excreção celular é extremamente importante por isso. As substâncias precisam circular no interior da célula. Essa circulação é feita graças a um conjunto de canais ou tubos, que funcionam como um pequeno sistema circulatório e chama-se retículo endoplasmático. A divisão celular pode ocorrer por meiose ou mitose. A mitose é a divisão celular mais simples. Garante a reprodução dos seres unicelulares e o crescimento dos pluricelurares. Os cromossomos são transmitodos em igual número ao da célula-mãe. Essas células são denominadas diplóides ou somáticas. A meiose são duas mitoses sucessivas. Uma célula diplóide origina quatro células novas, com a metade do número de cromossomos. Essas novas células são chamadas haplóides. - tecidos: Existem vários tipos de tecidos: - epitelial: reveste nosso corpo e as paredes dos órgãos. Está presente na pele e nas cavidades dos órgãos ocos, como estômago, boca e intestino; - conjuntivo: forma os ossos do esqueleto - é um tecido de sustentação. Tem também a função de unir os órgãos, preenchendo os espaços vazios entre eles. Está presente nos ossos, na gordura e nas cartilagens, por exemplo; - sanguíneo: é líquido e vermelho, formado por glóbulos vermelhos, brancos ou plaquetas. As hemácias (vermelhos) são células sem núcleo e possuem hemoglobina, a substância que dá cor ao sangue. Os leucócitos (brancos) são células com núcleo e servem para defender o organismo, destruindo os micróbios que penetram no corpo. As plaquetas são fragmentos de células que interferem na coagulação do sangue. Além disso, o sangue apresenta o plasma, líquido formado por água e sais minerais; - muscular: é o tecido do movimento, da carne do nosso corpo. As células são alongadas, as fibras, que podem ser lisas (movimento independente da nossa vontade) ou estriadas (movimentos conforme a nossa vontade); - nervoso: comanda o organismo da maioria dos animais. Cada neurônio (célula) é formada por 3 partes: corpo celular, axônio, prolongamento extenso que se ramifica apenas na extremidade, e dentritos, prolomgamentos que se ramificam diretamente do corpo celular. DIGESTÃO Os órgãos digestivos são: - boca: nela se encontram os dentes, com a função de cortar, perfurar e triturar os alimentos, a língua, órgão musculoso e muito importante para a mastigação e deglutição dos alimentos, e as glândulas salivares, que fabricam a saliva, muito importante na digestão de amidos; - faringe: é uma cavidade alongada em forma de funil, situada logo após a boca. Dá passagem ao alimento; - esôfago: é um órgão em forma de tubo, com paredes moles. Mede aproximadamente 25 cm de comprimento e também serve para dar passagem ao alimento; - estômago: tem a forma de um saco com uma curvatura côncava e outra convexa. Comunica-se com o esôfago com uma válvula chamada cárdia e com o intestino delgado pelo piloro. É forrado por uma membrana chamada mucosa gástrica, que possui glândulas especiais para a fabricação de suco gástrico; - intestino delgado: nele ocorre a absorção dos alimentos. Divide-se em duas partes: o duodeno, onde penetram os canais do pâncreas e do fígado, e jejuno-íleo, onde os alimentos são absorvidos pelas vilosidades intestinais; - intestino grosso: nele os restos dos alimentos transformam-se em fezes para serem eliminados. Divide-se em 3 partes: cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente. A última porção do colon descendente tem a forma de um S e é chamada cólon sigmóide; - reto: é a última parte do intestino grosso. Sua abertura é a ânus, que se comunica com o exterior; Agora veja alguns órgãos anexos do aparelho digestivo: - fígado: É a maior glândula do nosso organismo e situa-se à direita do abdome, logo abaixo do diafragma. Na parte inferior encontra-se a vesícula biliar, bolsa que serve para guardar a bile, líquido amarelo esverdeado fabricado pelo fígado. É importante para a digestão devido à ação de seus componentes: os sais biliares combatem a acidez e os pigmentos biliares colaboram na formação das fezes. A bile tem uma ação anti-séptica e facilita a ação de várias enzimas digestivas; - pâncreas: é uma glândula arredondada, situada entre o estômago e o duodeno. O pâncreas é uma glândula de excreção mista, produzindo a insulina, substância que vai diretamente ao sangue, nom qual controla a quantidade de glicose. Além da insulina, o pâncreas produz uma mistura chamada suco pancreático, no qual se encontram fermentos digestivos: lipase pancreática, tripsina e amílase. A digestão começa na boca, onde ocorre a mastigação (trituração dos alimentos) e a insalivação (reação química que transforma o amido em açúcar, com a ptialina). Depois disso, o bolo alimentar passa da boca para a faringe e dessa para o esôfago. É a deglutição. A partir do esôfago a musculatura do tubo digestivo apresenta ondas de contração, os movimentos peristálticos, devido à posição irregular dos órgãos. No estômago, o bolo alimentar mistura-se com o suco gástrico e as proteínas são decompostas pela pepsina. Depois desse trabalho do estômago, o bolo alimentar recebe o nome de quimo. Chegando ao duodeno, os fermentos do suco intestinal e do pancreático, ajudados pela bile, que emulsiona as gorduras, facilitam o trabalho digestivo; o bolo alimentar recebe o nome de quilo. Nessa fase os alimentos já estão digeridos, pois o amido transformou-se em glicose e as proteínas em aminoácidos. No jejuno-íleo, as substâncias alimentares digeridas são absorvidas penetrando na mucosa intestinal, chegando ao sangue, graças às vilosidades intestinais. A parte que sobrou percorre todo o intestino grosso. Como a água vai sendo absorvida, essa parte vai ficando pastosa, constituindo as fezes, passa pelo reto e é eliminada pelo ânus. RESPIRAÇÃO Os órgãos da respiração são: - fossas nasais: são duas cavidades existentes na face. Suas aberturas chamam-se narinas. As fossas nasais deixam passar o ar que vai para os pulmões. Possuem pelos que filtram o ar que entra. A boca e a faringe também participam da respiração permitindo a passagem do ar. - laringe: é a parte superior da traquéia. Comunica-se com a faringe por uma abertura chamada glote. Também permita a passagem do ar. - traquéia: é um órgão anelado, em forma de tubo, que se bifurca na parte inferior e dá origem aos brônquios. - brônquios: são as ramificações da traquéia. Existem os brônquios esquerdo e direito. Os brônquios também se dividem: o esquerdo dá origem a dois ramos e o direito a três. Cada ramo divide-se várias vezes, formando a árvore brônquica. - bronquíolos: são as ramificações mais finas dos brônquios. terminam dentro de pequenos sacos agrupados que formam os alvéolos pulmonares, que fazem as trocas gasosas. Os alvéolos estão envolvidos por uma rede de vasos sanguíneos. O sangue que vem de todas as partes do corpo passa por eles, onde deixa o gás carbônico que foi fabricado pelas células; o gás carbônicopassa então para o ar dos pulmões, sendo eliminado durante a respiração. Ao mesmo tempo, o sangue absorve o oxigênio do ar que se encontra nos pulmões, levando-o para todas as células do corpo. - pulmões: se apresentam como uma massa esponjosa e elástica. Revestindo os pulmões há uma membrana finíssima, a pleura. O pulmão direito tem 3 lobos (partes arredondadas e salientes) e o esquerdo, dois. Entre os pulmões há um espaço chamado mediastino, onde se aloja o coração. - movimentos respiratórios: Num primeiro movimento, sua caixa torácica se dilata, permitindo a entrada de ar nos pulmões. Então esses também se dilatam, preenchendo todo o espaço da caixa torácica. Esse movimento chama-se inspiração. Realiza-se graças à ação do diafragma (músculo que separa o tórax do abdome) e de alguns outros músculos, chamados músculos inspiradores. Num segundo movimento, sua caixa torácica se contrai, espulsando o ar existente nos pulmões: é a expiração. Esse movimento é provocado pelo relaxamento dos músculos inspiradores e do diafragma. CIRCULAÇÃO - sangue: É um líquido vermelho, formado por duas partes: plasma - parte líquida do sangue, formada de água (90%), proteínas, glicose, sais minerais e outras substâncias - e pelos glóbulos sanguíneos: - glóbulos vermelhos ou hemácias: possuem uma substância chamada hemoglobina, que dá cor vermelha ao sangue. A principal função das hemácias é transportar o oxigênio a todas as células do corpo e trazer de volta o gás carbônico para ser eliminado; - glóbulos brancos ou leocócitos: possuem núcleo, ao contrário das hemácias, e sua principal função é defender o organismo contra a entrada de micróbios pelo sangue,por meio da fagocitose; - plaquetas sanguíneas são fragmentos de células que interferem na coagulação do sangue. Existem dois tipos de sangue: o arterial (carregado de oxigênio) e o venoso (carregado de gás carbônico). Os vasos sanguineos por onde circula o sangue, dividindo-se em: artérias (vasos grossos por onde circula sangue arterial, com exceção da artéria pulmonar, por onde circula sangue venoso), veias (vasos grossos por onde circula sangue venoso, com exceção das veias pulmonares, por onde passa sangue arterial), e os capilares (vasos finos onde circulam os dois tipos de sangue, entrando em contato direto com as células). - coração: As paredes do coração são formadas por 3 camadas: o pericárdio (externamente), o miocárdio (músculo responsável pelo batimento cardíaco), e o endocárdio (internamente). O coração tem 4 cavidades: as aurículas esquerda e direita, e os ventrículos direito e esquerdo. Essas cavidades só se cominucam de cima para baixo, nunca lateralmente. A aurícula direita comunica-se com o ventrículo direito e a aurícula esquerda com o ventrículo esquerdo. Isso ocorre porque o sangue arterial não pode misturar-se com o venoso. No lado esquerdo do coração passa sangue arterial e no lado direito, o venoso. Os movimentos de relaxamento e contração do miocárdio recebem o nome de pulsação cardíaca. O relaxamento é a diástole: nesse momento, o coração puxa o sangue, enchendo suas cavidades. A contração chama-se sístole: agora o coração expulsa o sangue de suas cavidades. Pressão arterial é a pressão exercida sobre as paredes da artéria durante a passagem do sangue. A máxima corresponde ao momento do bombeamento do sangue por parte do coração e a mínima quando as paredes das artérias voltam à posição inicial. Numa pessoa adulta, a pressão considerada boa é 120 x 80 mm Hg. A medida da pressão arterial é importante porque permite avaliar as condições de saúde do aparelho circulatório. - grupos sanguíneos: Na espécie humana existem 4 grupos sanguíneos: o A, o B, o AB e o O. Entre esses grupos, alguns não combinam, e se fizerem uma transfusão com grupos imcompatíveis, haverá uma aglutinação das hemácias (um agrupamento), o que pode levar à morte. Nas hemácias existem aglutinogênios. O grupo A, contém o A, o B o B, o AB o A e o B, e o O nenhum. No plasma existem as aglutininas, uma que reage com o aglutinogênio A, a anti-A, e uma que reage com o aglutinogênio B, a anti-B. Assim, as aglutininas não podem ficar na presença de seus respectivos aglutinogênios, senão ocorrerá aglutinação. Veja o tipo de aglutinina e aglutinogênio de cada grupo: GRUPO - AGLUTINOGÊNIO - AGLUTININA A A anti-B B B anti-A AB A e B não possui O não possui anti-A e -B O grupo AB é um o receptor universal, por não possuir aglutininas, e o O é o doador universal, por não possuir aglutinogênios. - fator Rh: Pode (Rh+) ou não (Rh-) existir no sangue das pessoas. Durante a transfusão de sangue, deve-se ter cuidado também com o fator Rh. Uma pessoa Rh- não deve receber sangue Rh+. Isso porque seu organismo vai produzir anticorpos para destruir o Rh, que para esse organismo será um corpo estranho. Esse mesmo problema pode acontecer em certos casamentos, como, por exemplo, o de um homem Rh+ com uma mulher Rh-. Se o primeiro filho desse casal for Rh+, o organismo da mão poderá produzir anticorpos que irão afetar os próximos filhos Rh+, causando-lhes anemia e até a morte. O fenômeno chama-se eritroblastose fetal. - linfa: É um líquido incolor, formado principalmente pelo plasma e pelos leucócitos. Tem a função de fazer a manutenção das células, fornecendo-lhes substâncias nutritivas e recolhendo os resíduos que devem ser eliminados. A linfa circula pelos vasos linfáticos, onde existem pequenas dilatações chamadas gânglios linfáticos, produtores de leucócitos, que defendem o organismo. EXCREÇÃO O organismo precisa eliminar várias substâncias que são nocivas ao seu funcionamento: - gás carbônico: é produzido pelas células e eliminado pela respiração; - suor: é fabricado pelas glândulas sebáceas localizadas na pele e é eliminado pela própria pele. É composto de água, uréia, ácido úrico e cloreto de sódio, e tem como funções eliminar as substõncias tóxicas e o excesso de água e cloreto de sódio, e manter estável a temperatura do corpo; - urina: é formada de água, cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e outras substâncias. A urina é eliminada pelo aparelho urinário. - aparelho urinário: - rins: situam-se na cavidade abdominal, ao lado da coluna vertebral e tem duas faces, uma convexa externa e outra côncava interna. Na face interna, há o hilo renal, de onde parte a veia renal e onde entra a artéria renal. São envolvidos externamente pela cápsula fibrosa e internamente pelas camadas cortical e medular. Cada rim contém cerca de um milhão de néfrons, onde ocorre o trabalho de filtração, ficando as substâncias úteis e passando as nocivas ao organismo; - vias urinárias: a) bacinetes: um pra cada rim, servem para guadar temporariamente a urina; tem a forma de um funil, que vai se estreitando para formar os ureteres. b) ureteres: são tubos compridos e finos, ligados ao bacinetes; transportam a urina dos rins à bexiga; c) bexiga: é uma bolsa onde desembocam os ureteres e serve de depósito para a urina. Quando cheia, provoca uma excitação nas suas paredes, provocando a vontade de urinar. A pessoa adulta elimina cerca de 1,5 litro p/dia. d) uretra: é um canal que conduz a urina da bexiga até o exterior. OSSOS Nosso esqueleto é formado por 208 ossos e se divide em 3 partes: cabeça, tronco e membros. Os ossos se prendem uns aos outros por meio de articulações ou juntas, que podem ser de 3 tipos: sinartroses (fixas, encontradas principalmente na cabeça), anfiartroses (semi-móveis, encontradas na coluna vertebral) e diartroses (bastante móveis, encontradas nos membros). A estrutura dos ossos: - epífises: são as extremidades recobertas pela cartilagem articular; - periósteo: é a membrana fibrosa que reveste o osso externamente; - diáfise: é o corpo do osso envolvido pelo periósteo; - canal ósseo: é o local onde se encontra a medula óssea. Há ossos longos, curtos e chatos. Os ossos longos apresentam o canal ósseo, que contém um tecido conjuntivo rico em gorduras, chamado medula amarela ou tutano. Ex: fêmur. Os ossos curtos apresentam as 3 dimensões quase iguais. Ex: o calcâneo. Os ossos chatos são mais largos e compridos que espessos. Ex: omoplata. Na cabeça existem 22 ossos: 8 no crânio (frontal, temporais, parietais, etc) e 14 na face (maxilares, nasais, malares, etc). No tronco o esqueleto é formado por duas partes: - coluna vertebral: é o eixo de sustentação do corpo, formado por 33 pequenos ossos, as vértebras. Toda vértebra tem um pequeno orifício, o buraco vertebral. o conjunto desses orifícios forma o canal vertebral. A coluna vertebral tem 5 regiões, a cervical,dorsal ou torácica, lombar, sacra e coccigiana. - caixa torácica: parecendo uma gaiola, tem como função proteger o coração e os pulmões, é formado por 12 pares de costelas, agrupadas em costelas verdadeiras, falsas e flutuantes. O esterno é um osso situado no meio do peito. O esqueleto dos membros superiores é formado por: - ombro: clavícula e omoplata; - braço: úmero; - antebraço: rádio e cúbito; - mão: carpo, metacarpo e dedos; O esqueleto dos membros inferiores é formado por: - quadris: ilíacos; - coxa: fêmur; - perna: tíbia, perônio e rótula; - pé: tarso, metatarso e dedos; Toda vez que um osso se quebra dizemos que houve uma fratura: - fratura completa: quando o osso se divide em duas ou mais partes. Pode ser transversal, vertical, oblíqua ou espiral; - fratura incompleta: quando apresenta apenas uma rachadura; - fratura fechada: quando o osso se quebra totalmente, mas os tecidos que o rodeiam se conservam inteiros; - fratura exposta: caracteriza-se pelo rompimento dos tecidos que rodeiam o osso quebrado, o que faz com que esse osso fique exposto. As fraturas tem como causa: uma pancada forte ou uma queda de mau jeito e a debilidade da estrutura óssea, que facilita a quebra dos mesmos. MÚSCULOS Os músculos cobrem os ossos e formam os órgãos internos do corpo. Dividem-se em: - músculos estriados ou voluntários: cobrem os ossos e obedecem à nossa vontade; - músculos lisos ou involuntários: formam os órgãos internos e não obedecem à nossa vontade. O coração, que tem músculos estriados que não obedecem à nossa vontade, e a bexiga, que tem músculos lisos que obedecem à nossa vontade, são as exceções . Os músculos tem duas propriedades importantes: - contratilidade ou contração: os músculos se contraem; - elasticidade ou relaxamento: os músculos voltam ao seu tamanho original, após a contração. - músculos da cabeça: Temos os músculos mastigadores, que trabalham quando mastigamos alguma coisa, como temporal, masseter e pterigóideos e os músculos mímicos, que modificam a expressão do rosto quando rimos, choramos, etc, como frontal, orbicular das pálpebras e orbicular dos lábios. - músculos do pescoço: Representados principalmente pelo esternoclidomastóideo (movimenta a cabeça para os lados) e pelos escalenos (ajudam a elevar a caixa torácica). - músculos do tronco: Os principais são grande peitoral (permite que o braço se aproxime do tórax), pequeno peitoral, grande denteado, grande dorsal, trapézio (movimenta a cabeça para cima e eleva os ombros), grande reto (movimenta o tórax para frente), grande oblíquo (contribui para a micção e a defecação) e diafragma (separa o tórax do abdome e é responsável pela inspiração). - músculos dos membros superiores: Os principais são: deltóide (levanta o braço), infra-espinhoso, bíceps (aproxima o antebraço do braço), tríceps (afasta), flexor dos dedos (dobra os dedos), grande palmar (flexiona as mãos), estensor comum dos dedos. - músculos dos membros inferiores: Grande, médio e pequeno glúteo, quadríceps (formado por outros músculos, como reto anterior, vasto externo, vasto interno e crural), costureiro (cruza a coxa em diagonal, flexiona a perna sobre a coxa e aproxima as coxas), bíceps crural (puxa a perna para trás e para cima), tibial anterior (levanta o pé)e gêmeos (elevam o corpo quando ficamos nas pontas dos pés). SENTIDOS - tato: A pele é uma membrana que reveste todo o corpo e é uma proteção contra as variações de temperatura, os micróbios e outros fatores do ambiente. É formada por duas camadas principais: a derme (+ profunda) e a epiderme (+ superficial). Nela existem terminações nervosas encarregadas de sentir as coisas. Chamam-se corpúsculos táteis e se dividem em 4 tipos: - corpúsculos de Paccini: responsáveis pelo tato propriamente dito; - corpúsculos de Meissner: sentem a pressão; - corpúsculos de Krause: respondem pelo frio; - corpúsculos de Ruffini: sentem o calor. A dor é percebida por terminações livres que chegam até a pele. Os corpúsculos são mais numerosos em determinados lugares do corpo, e é por isso que sentimos mais frio em determinado lugar, mais calor em outro, etc. Também em regiões profundas do nosso organismo - como nos músculos, articulações, intestinos e demais órgãos - existem terminações nervosas e corpúsculos táteis, razão pela qual temos sensações táteis também no interior do nosso corpo. Exs: dor de ouvido, reumática, etc. - olfato: Os órgãos do olfato são as fossas nasais. Elas são revestidas por uma mucosa chamada pituitária. Na parte superior das fossas existem células olfativas, que constituem as terminações do nervo olfativo. Sentimos o cheiro porque o ar transporta, até as fossas nasais, partículas de substâncias que produzem cheiro. Essas partículas aderem à pituitária. Em seguida, as células olfativas são estimuladas e transmitem a sensação recebida ao nervo olfativo, que a conduz ao cérebro. Quando estamos resfriados, não sentimos cheiros porque as secreções enchem nossas fossas nasais. Quando uma pessoa fica exposta a um determinado cheiro durante muito tempo, acaba não o sentindo mais, pois as células olfativas não se estimulam mais com o cheiro, porque já acostumaram-se a ele. A capacidade de sentir cheiros chama-se olfação no homem e faro nos animais, sendo que alguns, como o cão, apresenta um faro muito mais desenvolvido do que o do homem. - gustação: Distinguimos os sabores pela gustação ou paladar. O órgão da gustação é a língua. Ela apresenta duas superfícies: a superior ou dorsal, com numerosas rugosidades chamadas papilas linguais, e a inferior ou ventral, completamente lisa. As papilas linguais acham-se espalhadas pela língua e dividem-se em: - filiformes: com a forma de fios; - caliciformes: semelhantes a cálices ou taças; - foliadas: com aspecto de folhas; - fungiformes: semelhantes a cogumelos . Nas papilas linguais existem terminações nervosas especializadas em sentir o gosto, chamadas corpúsculos gustativos. Acham-se espalhados por toda a língua. Cada sabor é sentido em determinada região da língua. Assim, o doce e o salgado são percebidos com maior intensidade na ponta (o doce no centro e o salgado nas partes laterais da ponta); o azedo, nas bordas; o amargo, na base. - audição: É a capacidade de ouvir os sons. Os seus órgãos são os ouvidos. Dividem-se em 3 partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O ouvido externo é formado por duas partes: - pavilhão auditivo: é a orelha. É formada por uma cartilagem cheia de saliências e reetrâncias. Sua função é captar e ampliar os sons; - conduto auditivo externo: é um canal que conduz ao interior do ouvido. Nele existem pelos e glândulas que produzem o cerúmen. Os pelos e o cerúmen impedem a entrada de corpos estranhos. No ouvido médio encontra-se a membrana do tímpano, que se limita com o conduto auditivo. A parte interna é óssea e possui dois orifícios, a janela oval e a janela redonda. Existem ainda 3 pequenos ossos: a bigorna, o martelo e o estribo. Eles se articulam entre si e recebem a vibração da membrana do tímpano. Do ouvido médio parte um canal que vai até a faringe - a trompa de Eustáquio. Sua função é manter a pressão da caixa do tímpano igual à pressão atmosférica. O ouvido interno recebe o nome de labirinto e divide-se em: - vestíbulo: é uma cavidade separada do ouvido médio pela janela oval; - canais semicirculares: são 3 tubos em forma de semicírculo; - cóclea ou caracol: é um canal de 2,5 a 3 cm, com forma de espiral. Além da audição, o ouvido é responsável pelo equilíbrio do corpo. O ponto central são os canais semicirculares. Nele existe um líquido que provoca estímulos num nervo, o qual informa ao sistema nervoso a posição do corpo. - visão: A parede do globo ocular é formada por 3 membranas: - esclerótica: é a membrana externa do olho, de cor branca.A parte da frente é saliente e transparente a córnea. - coróide: localiza-se depois da esclerótica e apresenta vasos sanguíneos que alimentam o globo ocular. O que varia na cor dos olhos é a íris, formada pela coróide na parte da frente. No centro da íris há a pupila, que regula a entrada de luz no olho,variando de diâmetro conforme a intensidade da luz. - retina: é formada por um prolongamento do nervo óptico, o qual tem origem no cérebro e penetra no olho atravessando a esclerótica e a coróide. O interior dos olhos é formado por 3 elementos transparentes: - humor aquoso: é líquido e preenche o espaço entre a córnea e a íris. Esse espaço é a câmara anterior do olho; - cristalino: é sólido e é uma espécie de lente biconvexa, situada atrás da íris; - humor vítreo: é gelatinoso e preenche a cavidade maior do globo ocular, atrás do cristalino. Quando olhamos um objeto, a luz penetra em nosso olho atravessando todos os meios transparentes, levando a imagem até a retina. A imagem fica invertida e é levada ao cérebro pelo nervo óptico, onde é corrigida. FONAÇÃO A voz é produzida pela laringe, auxiliada por outros órgãos (boca, articula a voz, graças ao trabalho da língua, dentes, lábios; traquéia e brônquios, dão passagem ao ar; pulmões, fornecem o ar). A laringe é subdividida em: - epiglote: pequena lâmina cartilaginosa que fecha a glote durante a alimentação; - cordas vocais: são divididas em superiores (falsas) e inferiores (verdadeiras); - ventrículo laríngeo: é o ressonador do ar expirado. O ar que sai dos pulmões chega até a laringe. Os músculos da glote se contraem, alargando ou estreitando a passagem do ar e fazendo vibrar as cordas vocais. O som se amplia nas cavidades dos órgãos até chegar a boca, onde o som laringeano é articulado, graças à ação da língua, lábios, etc. FUNÇõES DE COORDENAÇÃO As funções do nosso corpo são: - funções vegetativas: as que mantém o organismo vivo, como digestão, respiração, circulação e excreção; - funções de relação: as que o homem se comunica com o meio exterior, como locomoção, os cinco sentidos e a fonação; Essas funções, porém, devem se integrar perfeitamente. Para haver esse controle e essa harmonia, existem as funções de coordenação, ou seja, o sistema nervoso e o glandular. SISTEMA NERVOSO O nosso sistema nervoso divide-se em 3 partes: - sistema nervoso central: é formado pelo encéfalo e pela medula; - sistema nervoso periférico: é formado pelos nervos; - sistema nervoso autônomo: coordena as funções do organismo que são autônomas, isto é, que dispensam a nossa vontade. Os estímulos nervosos podem ser de dois tipos: estímulos sensitivos, quando vão de alguma parte do corpo para o cérebro e estímulos motores, quando partem do cérebro para alguma parte do corpo. - sistema nervoso central: Divide-se em duas partes: o encéfalo (localizado no crânio, é formado por cérebro, cerebelo, protuberância e bulbo) e medula (formada por um cordão de nervos e localizada no canal vertebral). a)encéfalo: É formado por esses órgãos: - cérebro: é formado por células estreladas chamadas neurônios. O conjunto dos corpos celulares apresentam uma cor acinzentada. Esse conjunto forma a camada externa do cérebro e é chamado substância cinzenta ou córtex cerebral. O conjunto dos axônios denomina-se substõncia branca e localiza-se na parte interna do cérebro. O cérebro divide-se em dois hemisférios cerebrais, um direito e um esquerdo. Apresenta também reentrâncias e saliências situadas no cortex cerebral denominadas circunvoluções cerebrais. O cérebro é o órgão que coordena os atos de inteligência, regula as ativiades sensoriais e comanda os movimentos voluntários do corpo. - cerebelo: divide-se em córtex cerebelar, uma parte superficial formada por substância cinzenta e uma parte interna, formada de substância branca e cheia de ramificações, lembrando uma árvore, sendo por isso o cerebelo chamado de árvore da vida. Suas principais funções são: a) coordenar os movimentos executados sob a ação do cérebro; b) regular a quantidade exata de energia que deve ser exercida por cada músculo (tônus muscular); c) manter o equilíbrio do corpo; - protuberância: localiza-se abaixo do cérebro, diante do cerebelo e acima do bulbo. A parte externa é formada de substância branca e a interna, de substância cinza. A função da ponte ou protuberância é servir de passagem aos estímulos que vão ao cérebro. - bulbo: localiza-se abaixo da ponte. Controla importantes funções do nosso organismo, entre elas as funções vegetativas. Por isso, a região onde ele se situa recebe o nome de nó vital. - meninges: membranas que envolvem o encéfalo e a medula, separando-os dos ossos. Dividem-se em: a) dura-máter: membrana externa em contato com os ossos; b) pia-máter: membrana interna, que envolve diretamente os órgãos; c) aracnóide: membrana intermediária . d) líquido cefalorraquidiano: existente entre a pia-máter e a aracnóide, defende os órgãos do sistema nervoso central contra os choques do exterior. b)medula: É a continuação do bulbo. Tem a forma de um cordão e ocupa o canal vertebral. A substância cinzenta da medula é interna e se distribui em ramos de um H. A substância branca é externa e envolve completamente a substância cinzenta. A medula funciona como centro nervoso de atos involuntários e, também, como veículo condutor de estímulos sensitivos para o cérebro e de ordens motoras comandadas por ele. c)sistema nervoso periférico: Compreende os nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo. Nervo é uma reunião de várias fibras nervosas. Elas são formadas por um eixo chamado axônio e por uma ou duas membranas que envolvem-no,chamadas bainhas nervosas. A rede nervosa do nosso corpo está classificada em três grupos: nervos sensitivos, nervos motores e nervos mistos. Os nervos originam-se do sistema nervoso central. Os que partem do encéfalo são os nervos cranianos e os que partem da medula espinhal são os nervos raquidianos. - os nervos cranianos: São doze pares e servem principalmente os órgãos da cabeça. São eles: a)olfativo (estímulos do olfato); b)óptico (estímulos da visão); c)patético (movimento dos olhos); d)trigêmeo (mov. músculos mastig.); e)motor ocular externo; f)facial (mov. os músculos da face); g)auditivo (estímulos da audição); h)glossofaríngeo (est. paladar); i)pneumogástrico (mov. músculos do intestino e estômago e transmite impressões dos aparelhos dig. e resp.); j)espinhal (mov. músc. nuca e fonação); l)hipoglosso (movimenta a língua); - nervos raquidianos: São em número de 32 pares e todos são mistos. Se distribuem da seguinte maneira ao longo da medula: a)8 pares cervicais. b)12 pares dorsais. c)5 pares lombares. d)7 pares sacrococcigianos. d)sistema nervoso autônomo: É formado por nervos que funcionam independentemente da nossa vontade. Esse sistema divide-se em 2 partes: - sistema nervoso simpático: compreende duas fileiras de nervos que descem do encéfalo, uma de cada lado da coluna vertebral. De cada fileira saem nervos menores, alguns dos quais se ligam à medula e outros se dirigem à outros órgãos do corpo; - sistema nervoso parassimpático: é formado de nervos que saem de outros nervos. Sempre se estabelece um equilíbrio entre os dois sistemas nervosos, pois quando um acelera demais o funcionamento de um órgão, o outro entra em ação e procura retardar os movimentos. Quando ocorre desequilíbrios, surgem as alterações neurovegetativas, isto é, o mau funcionamento de órgãos que independem de nossa vontade. Quando você recebe uma alfinetada no braço, este se contrai rapidamente. Isto é um exemplo de atos involuntários, ou reflexos. O estímulo produzido pelo alfinete na pele é recebido por terminações nervosase conduzido por uma raiz sensitiva até a medula. Esta envia uma ordem, através de uma raiz motora, ao músculo do braço, determinando que este entre em ação. E o braço se contrai numa fração de segundo. O caminho percorrido pelo estímulo doloroso até a medula , e pela ordem motora, da medula até o músculo, constitui o arco reflexo. SISTEMA GLANDULAR Em nosso corpo existem 3 tipos de glândulas: - exócrinas: derramam seus produtos na superfície do corpo ou na cavidade de algum órgão (secreção externa); - endócrinas: são as que fabricam hormônios, substâncias químicas que, por meio da circulação sanguínea, controlam a atividade de certos tecidos ou órgãos sensíveis à sua influência (secreção interna); - mistas: são exócrinas e endócrinas ao mesmo tempo; - glândulas exócrinas: a)glândulas salivares: fabricam a saliva, lançada na cavidade bucal; b)glândulas lacrimais: fabricam as lágrimas, líquido lançado na cavidade ocular, banhando o rosto; c)glândulas sebáceas: fabricam uma gordura lançada sobre a pele; d)glândulas sudoríparas: produzem o suor, eliminado através da pele; e)glândulas das paredes internas do estômago: são responsáveis pelo suco gástrico. - glândulas endócrinas: a)hipófise: situa-se na base do encéfalo. Produz diversos tipos de hormônios que regulam o crescimento do corpo e influenciam o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos sexuais. Entre eles citamos o hormônio do crescimento que pode causar o nanismo (insuficiência) e on gigantismo (excesso). Outros hormônios são os que influenciam o amadurecimento dos óvulos na mulher e estimulam o funcionamento das glândulas mamárias, durante a gravidez e os que influenciam a formação de espermatozóides no homem; b)tireóide: localiza-se no pescoço e produz a tireoxina, um hormônio de grande importância no cescimento do corpo e no desenvolvimento da inteligência. Nas regiões pobres em iodo, a tireóide é obrigada a trabalhar mais e, consequentemente, ela se desenvolve exageradamente, produzindo o bócio ou papo. Na criança, a produção excassa de tireoxina pode levar ao nanismo e ao cretinismo. No adulto, produz o mixedema e a idiotia. c)paratireóides: são 4 pequenas glândulas situadas perto da tireóide. O hormônio regula a assimilação de cálcio e fósforo pelo organismo. A insuficiência desse hormônio causa convulsões musculares. O excesso pode provocar calcificação acentuada nos dentes e ossos, podendo ocorrer fraturas espontâneas; d)supra-renais: situam-se em cima dos rins e fabricam a adrenalina. Uma emoção muito forte provoca um aumento na produção de adrenalina que, lançada no sangue, estimula o sistema nervoso simpático e os batimentos cardíacos. A insuficiência pode causar pressão baixa. As supra-renais também fabricam hormônios que controlam a assimilação de sósio e de potássio do organismo e a reserva de glicogênio no fígado e contribui também para a defesa do organismo nas intixicações. e)testículos e ovários: são as glândulas sexuais respectivamente do homem e da mulher. - glândulas mistas: a)pâncreas: externamente secreta o suco pancreático e internamente a insulina, no sangue, que regula a assimilação de glicose pelas células. Por isso, a insuficiência provoca o aumento de glicose no sangue (diabete); b)fígado: sua secreção externa é a bile. A secreção interna do fígado é a glicose, que, depoisde armazenada, é distribuída no organismo de acordo com suas necessidades. REPRODUÇÃO - aparelho reprodutor masculino: É formado por: a)testículos: são duas glândulas alojadas no saco escrotal, que se situa na parte inferior e externa do abdome. No interior de cada testículo encontram-se os canais seminíferos, onde se encontram as células que fabricam os espermatozóides. Também produzem o hormônio sexual masculino, ou testosterona. Lançado no sangue, esse hormônio provoca o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos; b)canais deferentes: são dois tubos que se originam dos epidídimos e sobem para a cavidade abdominal. Servam para conduzir os espermatozóides; c)epidídimos: são dois tubos extremamentes enovelados localizados sobre os testículos. Servem como depósito temporário dos espermatozóides e fabricam uma secreção que facilita o movimento destes. d)vesículas seminais: são duas bolsas que fabricam um líquido denso e leitoso, destinado a facilitar o transporte dos espermatozóides e a protegê-los contra a urina. e)próstata: é uma glândula atravessada pela uretra e pelo canal ejaculador. Também produz um líquido semelhante ao das vesículas seminais. O conjunto desses líquidos recebe o nome de esperma ou sêmen e é nele que os espermatozóides são transportados; f)pênis: é um órgão de forma cilindrica. No seu interior encontramos a uretra. Conduz ao exterior a urina e o esperma; g)uretra: é um pequeno tubo procedente da bexiga e que passa pelo interior do pênis. Por meio dele, o esperma é ejaculado. - aparelho reprodutor feminino: É formado por: a)ovários: são em número de dois e situam-se no interior da cavidade abdominal. Sua função é produzir óvulos. Os ovários produzem um óvulo a cada 28 dias, mais ou menos. Produzem também a progesterona e o estrogênio. Este é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres físicos da mulher. A progesterona age durante a gestação, preparando o útero para a implantação do ovo e interrompendo a ovulação. b)trompas uterinas (de Falópio): são dois tubos finos e longos que unem os ovários ao útero. Sua função é servir de caminho ao óvulo quando este sai do ovário e se dirige ao útero. Nas trompas é que ocorre a fecundação. c)útero: é um órgão parecido com uma pera de cabeça para baixo. Sua função é guardar o óvulo depois de fecundado a alojar o novo ser até o nascimento. O interior do útero é revestido por uma membrana, a mucosa uterina. d)vagina: é um canal que liga o útero à vulva . e)vulva: é o conjunto dos órgãos externos do aparelho genital feminino. - fecundação: É a fusão do espermatozóide com o óvulo, dando origem à célula-ovo ou zigoto. Uma vez depositados no interior do corpo da mulher, os espermatozóides passam pelo útero e entram nas trompas uterinas, atraídos pelo óvulo. O encontro dos espermatozóides com o óvulo ocorre somente nas trompas. Não havendo nenhum óvulo nas trompas, não se realiza a fecundação. Somente um espermatozóide penetra no óvulo, perdendo a cauda. No interior do óvulo, o núcleo do espermatozóide se une ao núcleo do óvulo, dando origem ao zigoto. O zigoto, ou célula-ovo, já é um novo ser, que nascerá depois de nove meses. Após a fecundação, a célula-ovo vai caminhando em direção ao útero. Durante o percurso, ela vai dividindo-se sucessivamente em 2, 4, 8, 16, 32, 64 células, até chegar às primeiras fases da formação do embrião. Finalmente, se aninha no útero, para dar continuidade a formação do novo ser. Ao redor do embrião desenvolve-se uma bolsa cheia de líquido que serve para protegê-lo. Os alimentos são passados ao embrião pela mãe, através do cordão umbilical. Durante as doze primeiras semanas de vida, o novo ser recebe o nome de embrião. A partir da 12° semana, passa a chamar-se feto. Depois de nove meses, as paredes do útero começam a sofrer contrações para expulsar o feto. Então a bolsa de água se rompe e a criança nasce, saindo através da vagina. É o parto normal. Em muitos casos, a criança encontra dificuldades para sair. Realiza-se então uma operação cesariana, que consiste num corte no abdome, através do qual é retirada a criança. É o parto cesariano. - gameta masculino: O gameta masculino é o espermatozóide, que é formado por três partes: cabeça, colo e flagelo ou cauda. Movimentam-se num líquido chamado esperma e para movimentarem-se vibram sua cauda com grande velocidade. No homem, a formação dos espermatozóides começa quando o menino atinge a puberdade, entre 13 e 14 anos. Os espermatozóides se formam a partir de células germinativas localizadas nos canais seminíferos dos testículos. Cada uma dessas células tem 46 cromossomos e dá origem a quatro espermatozóides, cada um com 23 cromossomos. - gameta feminino: O óvulo é considerado uma célula-gigante, devido ao seu enorme tamanho se comparado ao espermatozóide. Ambos os gametas, o masculino e o feminino, não podem ser vistos a olho nu. As células germinativas que dão origem aos óvulos encontram-se no interior dos ovários. Quando a menina atinge a puberdade, os óvulos começam a amadurecer e saem dos ovários, prontos para serem fecundados. Ao contrário do homem, que produz espermatozóides de forma contínua, na mulher amadurece geralmente um óvulo a cada 28 dias. Uma outra diferença é que a célula germinativado ovário produz um só óvulo e há a formação de outras 3 células sem muito citoplasma, chamadas de corpúsculos polares. HEREDITARIEDADE - 1° lei de Mendel: "Cada caráter é condicionado por dois fatores. Eles se separam na formação dos gametas, ficando apenas um fator por gameta." Mendel cruzou plantas puras de sementes amarelas com plantas puras de sementes verdes. Chamou essa geração de parental (P). Na primeira geração de filhos (F1) obteve somente plantas com sementes amarelas. Deixando os F1 se autofecundarem, conseguiu a segunda geração de filhos (F2) onde aparecia plantas de sementes amarelas e verdes. Se o caráter verde reapareceu em F2 isto significa que de alguma forma ele permaneceu em F1 "escondido" e voltando a manifestar-se na segunda geração. Esse caráter recebeu o nome de recessivo e o outro, que se manifestou na primeira geração e em maior proporção, dominante. Cientificamente, veja o que aconteceu: P - AA x vv A é o gen para amarela, dominante, e v é o gen para verde, recessivo. F1 - Todos Av (genótipo) e amarelos (fenótipo) porque o gen A é o dominante. F1 - Av x Av | A | v ------------------- A | AA | Av v | Av | vv F2 - 1 AA:2 Av:1 vv (proporção genotípica) F2 - 75% amarelas e 25% verdes (proporção fenotípica) Assim sendo, veja que os amarelos predominam na proporção de 3:1 sobre os verdes, porque como são recessivos precisam ocorrer em dose dupla para manifestarem-se no fenótipo. E veja também que apenas um dos gens de cada par é transmitido. - 2° lei de Mendel: "Os caracteres hereditários não estão ligados entre si; cada um deles se transmite aos descendentes com absoluta independência dos demais, como se estes não existissem." Observando a combinação dos caracteres que estudava isoladamente concluiu que eles independiam do arranjo original presente nos genitores. Os fatores hereditários não só segregavam-se sem se influenciarem, mas também segregavam-se independentemente. Ou seja, não se associavam uns aos outros, não andavam aos pares nem aos grupos. Cada qual era transmitido com autonomia em relação aos outros; isso significa que a cor das sementes era transmitida aos descendentes sem que houvesse associação com a altura, cor da flor ou qualquer uma das características estudadas. Essas características passavam aos descendentes como se fossem independentes umas das outras. OS SERES VIVOS CLASSIFICAÇÃO Analisando diferenças e semelhanças entre seres de um mesmo reino, podemos reuni-los em grupos menores. A partir desses grupos podemos formar outros, cada vez menores, até chegarmos à espécie, que é a unidade de classificação. A espécie é, então, o grupo que reúne o menor número de indivíduos, quando fazemos a distribuição dos seres que pertencem a um mesmo reino. Os grupos que geralmente usamos para classificar um ser vivo são os seguintes, começando do mais numeroso até chegarmos ao menos numeroso: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie. A espécie é a unidade de classificação. É um conjunto de indivíduos semelhantes, que diferem de todos os outros pelo menos em um aspecto. Para classificar um ser vivo, mencionamos os grupos sistemáticos aos quais ele pertence. O nome da espécie é o nome científico do ser. O nome científico é sempre duplo: Canis familiares (cão), Crotalus terrificus (cascavel), etc. O primeiro nome é o gênero, e se escreve com letra inicial maiúscula (Canis). O segundo se escreve com letra minúscula (familiares). Os dois juntos formam o nome da espécie. Todo ser vivo tem o seu nome científico, pelo qual é conhecido no mundo inteiro, pois a nomenclatura binária é universal. Eis os seis reinos em que estão divididos os seres vivos: - reino dos Vírus: são os seres vivos mais simples e menos conhecidos; - reino dos Moneras: é formado basicamente por bactérias, que são pequenos organismos microscópicos; - reino dos Protistas: é formado principalmente por protozoários, que são seres unicelulares e microscópicos; - reino dos Fungos: apresenta algumas formas macroscópicas e bem conhecidas, como o cogumelo; - reino dos Animais: é um dos maiores, juntamente com o dos Vegetais. Os principais filos são: a)Poríferos: Calcários, Hexactinelídeos, Demospongios. Ex: esponjas; b)Celenterados: Hidrozoários, Cifozoários, Antozoários. Ex: medusas; c)Platelmintos: Turbelários, Trematódeos, Cestódeos. Ex: tênias; d)Nematelmintos: Rotíferos, Nematódeos, Nematomorfos, etc. Ex: lombrigas; e)Anelídeos: Poliquetos, Oligoquetos, Hirudíneos, etc. Ex: minhocas; f)Moluscos: Anfineuros, Escafópodes, Gastropódes, Pelecípodes, Cefalópodes, etc. Ex: polvos, caracóis; g)Artrópodes: Crustáceos, Insetos, Aracnídeos, Quilópodes, Diplópodes, etc. Ex: besouros, aranhas; h)Equinodermos: Crinóides, Asteróides, Ofiuróides, Equinóides, Holoturóides. Ex: estrela-do-mar; i)Cordados: Ciclóstomos, Condríctios, Osteícteos, Anfíbios, Répteis, Aves, Mamíferos. Ex: gatos, sapos; - reino das Plantas: é um dos maiores reinos, juntamente com o dos animais. Existem dois grandes sub-reinos de plantas: a)fanerógamas: são as plantas com flores. Possuem o corpo dividido em raiz, caule, folhas e flores.Divide-se em: - angiospermas: são as fanerógamas com frutos e podem ser divididas em duas classes: Dicotiledôneas e Monocotiledôneas; - gimnospermas: são as fanerógamas sem frutos. As sementes são nuas; b)criptógamas: são as plantas sem flores. Distribuem-se por 3 grupos: - pteridófitas: possuem raiz, caule e folhas. O caule geralmete é sbterrâneo. Ex: samambaia e avenca; - briófitas: possuem caule e folhas, mas não possuem raízes típicas. São os musgos e as hepáticas; - talófitas: não possuem raiz, nem caule e nem folhas. Seu corpo é um talo. São as algas. OS SERES MAIS SIMPLES BACTÉRIAS As bactérias são seres microscópicos, observados com microscópios ópticos. São formadas por uma única célula, que é, no entanto, diferente das células que formam os animais e plantas. São classificadas em função de suas formas: - cocos: são redondas; - bacilos: alongadas; - espirilos: são espiraladas; - vibriões: são parecidas com uma vírgula . Acompanhe uma bactéria ao microscópio: passados alguns minutos ou horas, ela se parte em duas bactérias iguais. Essas duas se partirão em quatro, oito, dezesseis, e assim por diante, enquanto existirem condições favoráveis de ambiente. Elas podem se associar, formando colônias. Ex: diplococos, estreptococos, estafilococos, etc. As bactérias podem causar doenças, algumas benignas e outras graves. a furunculose é um exemplo de infecção bacteriana sem gravidade. Exemplos de doenças são: - meningite: é a inflamação das meninges. Pode ser causada também por vírus. A principal bactéria causadora da meningite é o meningococo. A meningite por meningococo pode ser prevenida por vacinação; - tuberculose: causada por bacilo, afeta principalmente os pulmões. Pode ser prevenida com a vacina BCG; - difteria: causada por bacilo e, como a tuberculose e a meningite, é transmitida pelo ar. É doença que afeta a faringe, podendo atingir a laringe e os brônquios. Prevenção: vacinação; - lepra: causada por bacilo, afeta a pele e o sistema nervoso. Foi um verdadeiro flagelo para a humanidade, mas atualmente é curável e relativamente rara.Também é conhecida por hanseníase; - disenteria bacilar: causada por bacilos transmitidos pelos alimentos e pela água. Sintomas: diarréias com muco e sangue, perda de peso e desidratação; - febre tifóide: também causada por bacilos transmitidos pelos alimentos e pela água. Sintomas: febre, falta de apetite, dores musculares, diarréia e manchas vermelhas na pele; - tétano: causado por um bacilo encontrado no solo, que penetra no corpo humano, principalmente nos cortes da pele. Afeta o sistema nevoso e provoca violentas contrações musculares, muito doloridas. É uma doença muito grave e pode ser prevenida pela vacinação. PROTOZOÁRIOS Protozoários são seres vivos formados por uma única célula, que contém um ou mais núcleos limitados por membranas. Eles podem ser encontrados em água doce, no mar, no solo e no interior do corpo de animais e do homem. Divide-se em 4 classes: - Rizópodes: locomovem-se por pseudópodes. Há quatro ordens: Amebozoários (ameba), Radiolários (Rizópodes marinhos), Foraminíferos (Rizópodes marinhos), Heliozoários (água doce).As amebas podem ser de vida livre ou parasitas; - Ciliados: locomovem-se por cílios, que são filamentos pequenos e numerosos situados na superfície do corpo. A maioria vive em água doce. Exemplos: paramécio e Vorticella. O paramécio realiza movimentos de rotação quando se locomove. A Vorticella pode prender-se ao substrato por um pedúnculo; frequentemente forma colônias; - Flagelados: locomovem-se por flagelos, que são filamentos maiores que os cílios e menos numerosos. Alguns são parasitas do homem, causando doenças; - Esporozoários: não se locomovem; são parasitas de animais e homens. Um dos exemplos é o plasmódio. Os protozoários nos causam muitas doenças, como: - amebíase: é causada por uma ameba. Seus sintomas são diarréia, emagrecimento, subnutrição e crises nervosas. A prevenção é através de cuidados com os alimentos e a água que ingerimos, pois eles são os maiores transmissores da doença; - doença de Chagas: É causada pelo tripanossomo. Seus sintomas são: inflamação e crescimento anormal de certos órgãos, como o coração, o esôfago e o intestino. O tripanossomo é transmitido pelo barbeiro (inseto). Quando ele pica, defeca e libera junto os tripanossomos. Essa picada produz coceira e, ao coçar, a pessoa favorece a penetração dos protozoários. A prevenção da doença é o combate ao barbeiro. - giardíase: caracteriza-se por diarréia, dores e vômitos. É causada pelo protozoário flagelado chamado giárdia e é geralmente transmitida ao homem pela água e alimentos contaminados; - malária: é transmitida pelo plasmódio. É transmitida por um mosquito denominado anófeles e os plasmódios passam para o sangue humano quando a pessoa é picada. O combate à malária é feito com o extermínio do mosquito e das larvas, evitando a formação de águas paradas. FUNGOS Os fungos são seres vivos encontrados em ambientes úmidos, junto a material orgânico em decomposição. Podem também ser encontrados como parasitas, no corpo de animais e plantas. Diferem das plantas principalmente por não serem produtores, e dos animais por não se locomoverem, além de muitos outros fatores. Os fungos saprófitas podem ser observados facilmente; alguns são bem desenvolvidos, formando os cogumelos, que são corpos de frutificação dos fungos. Eles abrigam formações especiais que produzem esporos. São os esporos que, germinando, formam novos fungos. O corpo de um fungo é formado principalmente por lâminas finas (hifas) que, em conjunto, formam o micélio. É do micélio que brota o cogumelo. Alguns cogumelos são comestíveis e outros são venenosos. Existem 3 grupos de fungos: - Ficomicetos: são os mais simples. Alguns bolores são Ficomicetos; - Ascomicetos: abrigam os esporos em ascos; - Basidiomicetos: abrigam os esporos em basídios. A penicilina é uma substância produzida por um Ascomiceto e tem a propriedade de impedir a multiplicação das bactérias. Foi a primeira substância antibiótica conhecida, e é usada largamente no combate a infecção por bactérias. Micose é o nome que se dá às doenças causadas por fungos. Exs: "sapinho", pé-de-atleta, micose do couro cabeludo, da barba, etc. ALGAS São plantas aquáticas, sem diferenciação quanto à raiz, caule ou folhas. Seu corpo é um talo. As algas possuem diversos pigmentos, que servem de base para a sua classificação em algas verdes, pardas, vermelhas, etc. Algumas algas são microscópicas, mas existem as que medem centenas de metros de comprimento. As algas fazem fotossíntese e possuem várias utilidades, como indústrias de gelatina, dentifrícios e outros produtos gelatinosos. É também utilizada na alimentação, principalmente dos povos orientais. Algumas unicelulares locomovem-se na água. Em lugar do pólen das flores, a maioria das algas solta na água células masculinas e femininas. Contudo, a maioria também pode se reproduzir sem as células sexuadas. Nesse caso, o conteúdo de uma célula divide-se em certo número de "unidades" e, num momento determinado, a célula arrebenta. Cada "unidade" libertada é capaz de formar uma nova alga. INVERTEBRADOS PORÍFEROS Seus únicos representantes são as esponjas. Vivem no mar ou na água doce. Possuem um grande número de canais, que atravessam o seu corpo e permitem que a água circule por dentro dele. A água entra pelos poros (orifícios da pele da esponja), percorre os canais, passa pela cavidade central da esponja e sai pela abertura superior, chamada ósculo. Assim, leva para a esponja o alimento e o oxigênio de que ela necessita, pois é um animal séssil (imóvel). As esponjas tem numerosas maneiras de se reproduzir. Em geral, a reprodução é assexuada, através de gemas que se desprendem do corpo materno. A reprodução sexuada verifica-se pela produção de ovos fertilizados, que são expelidos pelo ósculo juntamente com o fluxo de água. Outra maneira é a incrível propriedade de regeneração das esponjas, através da qual uma esponja partida em duas torna-se dois animais completos. As esponjas possuem grande número de espículas, que auxiliam a sustentação do corpo. Elas podem provocar intensa irritação em nossa pele, principalmente quando manuseamos demoradamente as esponjas. É uma irritação que não apresenta gravidade, mas chega a incomodar bastante. Algumas espécies, depois de secas, são pulverizadas e utilizadas como substituto do rouge. Outras apresentam o corpo totalmente macio, não apresentando espículas. São usadas para esfregar o corpo durante o banho. São as esponjas de banho. CELENTERADOS Os celenterados são a maioria marinhos e apenas uma minoria vive na água doce. Apresentam uma forma fixa, o pólipo, e uma móvel, a medusa. São classificados em 3 grupos: - hidrozoários: a forma principal é a de pólipo. Um dos mais conhecidos representantes é a hidra de água doce, pólipo pequeno e verde que apresenta um pequeno movimento por cambalhotas, e a caravela, uma colônia de diversos indivíduos que apresenta tentáculos muito compridos; - cifozoários: a forma principal é a de medusas, que são maiores que as hidrozoárias. Os hidrozoários que desenvolvem pólipos e medusas apresentam alternância de geração: as medusas formam pólipos e vice-versa. A medusa é a forma que produz elementos especiais para a reprodução. A união de elementos masculinos e femininos forma ovos. Cada ovo dá origem a um pólipo. Os pólipos adultos de cifozoários sofrem um tipo de reprodução assexuada, chamada estrobilação: seu corpo sofre diversas divisões, dando origem a diversas medusas. Os pólipos de hdrozoários formam medusas por um processo de reprodução assexuada chamado brotamento. - antozoários: nesse grupo só existem pólipos. A anêmona-do-mar é um animal belíssimo, lembrando uma flor. Vive presa às rochas, podendo deslocar-se de maneira imperceptível. Os corais vivem em colônias e formam uma substância calcária que, em grande quantidade, pode formar os recifes, barreiras encontradas nos mares . Os celenterados apresentam um tipo de célula especial, o cnidoblasto. Ao ser tocado, o cnidoblasto liberta uma substância urticante que pode provocar queimaduras graves. Localizam-se mais nos tentáculos. PLATELMINTOS São os vermes de corpo chato. Alguns são de vida livre e outros são parasitas. Dividem-se em turbelários (vida livre), trematódeos e cestóides (vida parasitária). - turbelários: O principal representante é a planária. Possuem ventosas. A boca situa-se no meio do corpo e é um animal hermafrodita. Apesar disso, para elas se reproduzirem sexuadamente há necessidade de dois indivíduos. Elas se unem pela região posterior do corpo e os espermatozóides de uma fecunda os ovos da outra, formando os ovos. As planárias também reproduzem-se assexuadamente, por bipartição: seu corpo divide-se em dois, e cada parte forma uma planária inteira. Podemos até mesmo cortar uma planária em alguns pedaços, que cada um deles regenera o resto do corpo. - trematódeos e cestóideos: Os esquistossomos são animais de sexos separados. Os machos possuem um sulco longitudinal no corpo, onde a fêmea se aloja. Os principais representantes são as tênias. Seu corpo pode atingir vários metros. É achatado e dividido em vários segmentos, os proglótides. Na cabeça, possui ventosas e ganchos, formações usadas para fixação nos intestinos. As solitárias são hermafroditas. Em todas as proglótides existem elementos masculinos e femininos. Elas se reproduzem sozinhas, formando grande número de ovos nas proglótides. Veja algumas doenças causadas pelos platelmintos: - esquistossomose: causada pelo esquistossomo, que vive nas veias do intestino humano. É conhecida como barriga-d'água e afeta milhões de brasileiros. A transmissão é feita desse modo: os ovos existentes nas fezes transformam-se em larvas, que entram em certos caramujos. As larvas transformam-se dentro dos caramujos e são libertadas na água, podendo penetrar no corpo humano através da pele. A prevenção é a seguinte: não tomar banhos em lagoas, rios e alagados, Se tiver que trabalhar nesses lugares, proteger as partes do corpo que entram em contato na água.Combater os caramujos que abrigam as larvas e defecar sempre em sanitários. - teníase: causa emagrecimento, diarréia e dor abdominal. Existem as tênias solium (porco) e saginata (boi).Os ovos libertados juntamente com as fezes são ingeridos pelo porco ou boi, em cujo corpo o ovo vai se desenvolver até chegar a forma de cisticerco (larva) que se abriga nos músculos do animal. Os cisticercos libertam suas larvas dentro do intestino humano e uma delas se desenvolve para verme adulto. A prevenção é a seguinte: não comer carne mal-passada e de procedência desconhecida. Criar bois e porcos em condições higiênicas adequadas e utilizar os sanitários. NEMATELMINTOS Nematelmintos são vermes cilíndricos, de extremidades afuniladas. São encontrados no mar, na água doce, no solo e como parasitas do corpo de alguns animais. São em sua maioria animais de sexos separados, e se reproduzem sexuadamente. Os representantes mais significativos são a lombriga, o ancilóstomo e a filária. Esses são os mais conhecidos devido ao fato de causarem graves doenças no corpo humano, como: - ascaridíase: causada pela lombriga, que vive no intestino humano, onde pode ocorrer em grande número, provocando obstrução intestinal. Causa fraqueza, mal-estar e prejudica o desenvolvimento físico e mental. - transmissão: os ovos são libertados no intestino e eliminado com as fezes, podendo contaminar alimentos que, ingeridos pelo homem, levam os ovos com as larvas para o intestino humano; as larvas saem dos ovos, atravessam o intestino, entram no sangue, circulam pelo corpo, chegam aos pulmões (onde se desenvolvem), passam para a garganta, são deglutidas e chegam novamente ao intestino; - prevenção: lavar e cozinhar bem os alimentos e não defecar no chão. - amarelão: causado pelo ancilóstomo, ou pelo necátor. Tem esse nome porque a pessoa doente fica amarela em consequencia das constantes hemorragias provocadas, no intestino, pelos "dentes" do verme. O amarelão causa cansaço, fraqueza, sonolência preguiça e alterações de apetite; - transmissão: os ovos são libertados no intestinos e eliminados com as fezes. Desses ovos saem as larvas, que podem penetrar no corpo humano através da pele. Entram na circulação sanguínea, passam pelo coração, pelos pulmões, chegam à garganta e são deglutidas; desta forma, chegam ao estômago e depois ao intestino; - prevenção: usar calçado e não defecar no solo . - "bicho geográfico" é o nome que se dá à larva de um ancilóstomo, encontrada nas fezes do cachorro e do gato. Pode penetrar na pele humana, onde escava túneis e provoca coceira. - prevenção: evitar contato com areia frequentada por cães e gatos; - elefantíase: tem esse nome porque causa inchaço exagerado, principalmente dos membros inferiores. É causada por um nematelminto muito fino, a filária. As larvas são transmitidas por um pernilongo e a prevenção é feita pelo combate aos pernilongos. MOLUSCOS Moluscos são animais de corpo mole. Alguns tem seu corpo protegido por uma concha, que pode ser externa ou interna, dupla ou simples. Dividem-se em 3 classes: - gastrópodes: caracteriza-se pela boa distinção entre cabeça, massa visceral e pé ventral, sendo este último bem desenvolvido. A concha, quando existente, é sempre simples e enrolada, como os caracóis e caramujos. A lesma não possui concha. Muitos gastrópodes, como os caracóis, são terrestres e de respiração pulmonar. Outros como os caramujos, são aquáticos e de respiração branquial. Todos, no entanto, são hermafroditas; - bivalves: são os moluscos que possuem concha dupla, como a ostra e o mexilhão. Não possuem cabeça e possuem a massa visceral muito desenvolvida. São aquáticos e todos são de sexos separados. Algumas ostras fabricam uma jóia, a pérola. É formada quando a ostra é ferida internamente: o animal segrega um material calcário (madrepérola) semelhante ao de sua concha, e envolve o corpo que a feriu. Forma-se a pérola; - cefalópodes: possuem cabeça extremamente grande e muitos tentáculos (pés). Embora existam pequenos, os maiores cefalópodes estão entre os maiores invertebrados. Nos tentáculos existem numerosas ventosas, que ajudam a segurar a presa, que é levada para a boca. São exclusivamente marinhos; locomovem-se utilizando os tentáculos ou à custa de jatos d'água que espelem por intermédio de um sifão. Possuem uma bolsa de tinta. Quando são perseguidos, libertam essa tinta pelo sifão, escurecendo a água e impedindo que os inimigos o vejam. Seus maiores representantes são o polvo e a lula; Com exceção dos gastrópodes, em todos os moluscos os sexos são separados. Machos e fêmeas se acasalam e os filhotes nascem de ovos. Alguns moluscos são comestíveis: polvo, lula, sururu, ostra etc. Dentre eles, alguns podem transmitir micróbios, adquiridos na água contaminada. Alguns moluscos não comestíveis também podem participar de transmissão de doenças ao homem: é o caso dos caramujos que libertam a larva do esquistossomo na água, por exemplo. ANELÍDEOS São animais de corpo cilíndrico e dividido em anéis. Os anelídeos são divididos em 3 classes: - hirundíneos: são as sanguessugas, animais parasitas que se fixam no corpo de animais e do homem para retirar sangue. São encontradas na água e na terra úmida. Não possuem cerdas; As cerdas são encontradas nos poliquetas e nos oligoquetas; são formações parecidas com espinhos, que servem de apoio ao animal. - poliquetas: possuem muitas cerdas, são todos marinhos e de sexos separados. Podem ser encontrados livres, ou dentro de tubos escavados no solo. Os espermatozóides e óvulos encontram-se na água, formando os ovos que darão origem a novos poliquetos; - oligoquetas: são as minhocas. Possuem poucas cerdas, são hermafroditas e possuem clitelo. O clitelo é um espessamento de alguns anéis do corpo. É no clitelo que se abre o poro genital feminino e o masculino abre-se logo depois. Embora sejam hermafroditas, as minhocas não se reproduzem sozinhas. São necessárias duas minhocas para a reprodução, sendo que os espermatozóides de uma fecundam os óvulos da outra. A minhoca é um animal útil, pois vive no solo, escavando-o e, assim, tornando-o arejado e fofo, o que beneficia a agricultura. Os anelídeos nocivos são representados pela sanguessuga. O mal que faz depende do número de sanguessugas em um mesmo indivíduo e da quantidade de sangue que sugam. ARTRÓPODES São os animais invertebrados que possuem as patas e as demais extremidades articuladas. Existem 5 classes, reconhecidas pelo número de patas: insetos (6), aracnídeos (8), crustáceos (10), quilópodes (1 par por segmento) e diplópodes (2 pares por segmento). - insetos: Todos os insetos adultos são hexápodes, isto é, possuem 6 patas. O corpo deixa ver claramente 3 regiões: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça destacam-se as antenas, os olhos e as peças bucais. O tórax é igualmente dividido em 3 partes, cada uma ligada a um par de patas. A maioria dos insetos é alada, salvo poucas exceções como s formiga, podendo ter 1 ou 2 pares de asas. As asas dos insetos prendem-se no tórax. Ao longo de todo o corpo podemos notar os estigmas, nos quais se abrem as traquéias, através das quais se realiza a respiração dos insetos. Os insetos tem sexos separados e são ovíparos. A traça, por exemplo, é um inseto que já nasce do ovo com a forma que vai ter quando ficar adulta. Mas isso não é comum entre os insetos. A mosca, por exemplo, nasce diferente do adulto. Ela passa por mudanças na forma do corpo, enquanto se transforma de recém-nascida em adulta. Dizemos que a mosca sofre metamorfose, assim como a borboleta e muitos outros insetos. Durante a metamorfose, a maioria das larvas se desenvolvem dentro de envoltórios que depois são abandonados. Os insetos podem ser divididos em muitas ordens. O critério de classificação consiste basicamente no número e forma das asas. Veja as 5 principais ordens da classe dos insetos: a)himenópteros: asas parecidas com membranas e insetos sem asas. Ex: formiga e abelha; b)dípteros: duas asas. Ex: mosca; c)coleópteros: asas formando estojo. Ex: besouro; d)ortópteros: asas retas, formando ângulo reto com o corpo. Ex: barata; e)lepidópteros: asas com escamas. Ex: borboleta; - aracnídeos: Possuem um par de quelíceras (apêndices em forma de pinça, situados na parte anterior da cabeça) e 4 pares de patas locomotoras. São representados pelas aranhas, escorpiões e carrapatos, principalmente. Nenhum aracnídeo sofre metamorfose. Já nasce com a forma que terá quando adulto. Outra característica importante é que eles tem a cabeça e o tórax fundidos numa peça só, chamada cefalotórax. Outra parte do corpo dos aracnídeos é o abdome. São distribuídos em 3 ordens, com base no aspecto externo do corpo: a)araneídeos: cefalotórax e abdome. São as aranhas; b)escorpionídeos: cefalotórax, abdome e pós-abdome. São os escorpiões; c)acarinos: cefalotórax fundido com o abdome. São os carrapatos. - crustáceos: São os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. São todos decápodes (5 pares de patas) e seus principais representantes são os camarões, lagostas, carangueijos, etc. Existe também o grupo dos isópodes (muitas patas) e seu maior representante é o tatuzinho de praia. O revestimento externo, a crosta dos crustáceos é formada por quitina e carbonato de cálcio formando um esqueleto externo. O corpo é dividido em cefalotórax e abdome. São na maioria animais aquáticos e respiram por brânquias. Uma importante característica dos crustáceos é que possuem dois pares de antenas e 1 par de olhos compostos, que geralmente são pedunculados. Esses olhos podem ser movimentados pelos pedúnculos, que os sustentam. - quilópodes e diplópodes: Tem como principal característica a divisão do corpo em vários segmentos onde se prendem as patas, que se apresentam em abundância. Nos quilópodes, existe 1 par de patas para cada segmento. Ex: centopéia. Nos diplópodes, existem 2 pares de patas para cada segmento. Ex: piolho-de-cobra. Os quilópodes tem o corpo dividido em cabeça e tronco; os diplópodes possuem cabeça, tórax e abdome. Na cabeça, tanto os quilópodes quanto os diplópodes possuem um par de antenas e olhos simples. No que diz respeito à saúde humana: - crustáceos: são inofensivos ao homem. Muitos são utilizados na alimentação das pessoas; - quilópodes e diplópodes: apenas picadas doloridas de alguns quilópodes; - aracnídeos: alguns são bastante venenosos como a aranha e o escorpião e outros são parasitas, como carrapato, cravo, bicho-de-pé, bicho da sarna; - insetos: a)úteis: diversos insetos que polinizam flores, abelhas que produzem mel, bicho-da-seda; b)nocivos: são numerosos os insetos nocivos ao homem. A nocividade manifesta-se como predação e transmissão de doenças. Ex. de predação: gafanhotos que destróem plantações. Ex. de transmissão de doenças: pernilongos de vários tipos transmitem: filária (elefantíase), plasmódio (malária), vírus da febre amarela. O percevejo do mato (barbeiro) transmite o tripanossomo (doença de Chagas). EQUINODERMOS Os equinodermos tem esse nome por causa dos espinhos que possuem na pele. São todos marinhos, de sexos separados e dotados de grande capacidade de regeneração. Apresentam metamorfose. Respiram por brânquias. A locomoção é feita graças à pés ambulacrários, que participam também da respiração e da excreção. Dividem-se em 5 classes: - asteróide: estrela-do-mar; - ofiuróide: estrela-serpente (serpente-do-mar); - holoturóide: pepino-do-mar; - crinóide: lírio-do-mar; - equinóide: ouriço-do-mar; Para a reprodução, as células masculinas e femininas encontram-se na água, formando a célula-ovo. Por exemplo, o ouriço-do-mar, como todos os equinodermos, apresenta metamorfose. Do ovo, nasce uma larva, que se modifica até adquirir a forma do animal adulto. Eles tem grande poder de regeneração. Se uma estrela-do-mar tiver um dos seus braços cortados, ela regenera o braço perdido. O incrível é que o braço também pode regenerar a estrela ! Alguns são utilizados na alimentação humana, principalmente certos ouriços e pepinos. São inofensivos ao homem. No entanto, os banhistas podem machucar-se acidentalmente com os espinhos desses animais, especialmente dos ouriços-do-mar. VERTEBRADOS PEIXES Os peixes vivem exclusivamente em água-doce e no mar. Assim, apresentam respiração branquial. A água entra pela boca, pois as fossas nasais só servem ao olfato, banha as brânquias e sai pelo opérculo ou pelas fossas branquiais. As brânquias, ao serem banhadas,retiram o oxigênio dissolvido na água. Os peixes podem ser: - ósseos: possuem boca anterior, opérculo protegendo as brânquias, bexiga natatória e esqueleto ósseo. Exs: dourado verdadeiro, sardinha, lambari, tambaqui, etc; - cartilaginosos: possuem boca ventral, fendas branquiais, válvula espiralada e esqueleto cartilaginoso. Exs: tubarão, arraia, bagre, etc; Nos peixes ósseos há a bexiga natatória, como um balão, ajudando o peixe a subir e a descer na água. Quando ela se enche de ar, o peixe sobe; quando ela se esvazia, o peixe desce. Alguns peixes, como a pirambóia, tem uma função respiratória para a bexiga, que funciona semelhante a um pulmão. Os peixes cartilaginosos não a possuem mas possuem uma formação que não existe nos ósseos: a válvula espiralada. Esta situa-se dentro do intestino e serve para aumentar sua superfície. Todos os peixes são heterotermos ou pecilotermos, isto é, a temperatura do corpo varia conforme a temperatura ambiente, nesse caso, da água. O coração também é idêntico em todos os peixes, possuindo duas cavidades: um átrio e um ventrículo. Existe uma linha lateral que percorre o corpo do peixe, desde a cabeça até a cauda. Essa linha auxilia o peixe na sua orientação. O corpo da maioria dos peixes é revestido de escamas. Os que não as possui são chamados peixes de couro. As nadadeiras são formações com as quais o peixe mantem o seu equilíbrio na água. Existem um par de nanadeiras peitorais e ventrais e apenas uma nadadeira dorsal, caudal e anal. Como todos os vertebrados, os peixes são animais de sexos separados. A maioria dos peixes é ovípara e de fecundação externa. As fêmeas libertam os óvulos livremente na água e os machoslibertam os espermatozóides. O encontro, para se formar o ovo, se dá ao acaso. A possibilidade desse encontro é aumentada porque os peixes costuman subir os rios na época da reprodução. Isso é a piracema. Alguns peixes são vivíparos: os filhotes já nascem formados, de dentro do corpo das fêmeas. Todos os vivíparos são, evidentemente, animais de fecundação interna. Exs: tubarão e alguns peixes de aquário. O peixe é um excelente alimento, rico em proteínas, gordurasb e vitaminas. É importante que sejam utilizados na alimentação peixes frescos, ou corretamente conservados, pois é um alimento que se deteriora facilmente e nesse estado produz graves intoxicações e doenças. ANFÍBIOS Anfíbios são vertebrados que iniciam sua vida na água e passando depois à vida terrestre. Os filhotes dos sapos nascem muito diferentes dos pais, são os girinos. Entretanto, quando vão crescendo, vão tornando-se bem parecidos com seus pais, devido à metamorfose que vão sofrendo nessa fase. Para a reprodução, o macho segura a fêmea e ambos libertam suas células reprodutoras na água. Há a fecundação e a formação dos ovos, que dão origem aos girinos. Durante a metamorfose do sapo, os girinos perdem a cauda e ganham patas. Primeiro as de trás e depois as da frente. Uma profunda modificação ocorre no sistema respiratório: os girinos respiram por brânquias e os sapos adultos por pulmões. Os girinos perdem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões, pois estão passando da vida aquática (respiração por brânquias) para a vida terrestre (respiração por pulmões). Os sapos vivem em ambiente úmido mesmo quando adulto. Isso porque sua pele não possui revestimento de proteção contra perda de água. A pele é ricamente vascularizada, permitindo ao sapo retirar através dela o oxigênio existente na água do ambiente úmido em que vive. A respiração cutânea só é intensa nos vertebrados nos anfíbios, graças a pele nua, úmida e ricamente vascularizada. A umidade é garantida por glândulas especiais, as glândulas mucosas. A classificação dos anfíbios é feita da seguinte maneira: - anuros: sem cauda e com patas. Exs: sapos, rõs, pererecas; - urodelos: com cauda e com patas. Exs: salamandras, tritões; - ápodes: com cauda e sem patas. Exs: cobra-cega. Os anfíbios são todos pecilotermos (heterotermos) e se alimentam principalmente de insetos. A língua dos sapos é presa na parte anterior da boca, ficando dobrada para trás. Para alimentar-se, o sapo desdobra a língua e captura o inseto. O coração possui 2 átrios e um ventrículo. Os sapos são úteis por comerem insetos que atacam plantas. As rõs são comestíveis. Muitos sapos possuem uma glândula de veneno, que só elimina veneno quando é comprimida. Se, de alguma forma, esse veneno chega a atingir alguma mucosa, como a do olho, por exemplo, provoca irritação violenta. RÉPTEIS São animais de patas curtas ou rastejantes, com o corpo coberto de escamas e às vezes placas ósseas (dérmicas). Os répteis são divididos em: - escamosos: mesmo com as semelhanças entre aas cobras e lagartos, representantes dessa ordem, é fácil distinguí-los um do outro: os lagartos possuem patas e as cobras rastejam pelo chão. Os lagartos formam a subordem dos lacertílios e as cobras formam a subordem dos ofídios. Algumas cobras possuem glândulas de veneno junto à boca. As cobras venenosas possuem escamas com nervuras, cabeça triangular e achatada, pupila vertical, cauda que se afunila rapidamente e os dentes de veneno. As cobras não venenosas possuem escamas lisas, cabeça arredondada, pupila arredondada, cauda afinando aos poucos e ausência dos dentes do veneno; - quelônios: seus principais representantes são as tartarugas (marinhas), os cágados (água doce) e os jabutis (terrestres). Os jabutis são arredondados e suas patas lembramas do elefante; as tartarugas são achatadas e possuem patas que auxiliam a natação e os cágados são intermediários. Os 3 nomes são usados praticamente como sinônimos. As placas dérmicas dos quelônios formam duas carapaças: uma dorsal, sempre recurvada, e uma ventral, chamada plastrão, que é côncava nos machos e quase plana nas fêmeas; - crocodilianos: os jacarés possuem dois pares de patas pequenas, sobre as quais podem se apoiar, ficando com o corpo um pouco acima do solo. São animais de hábitos aquáticos, estando frequentemente às margens de rios, ou dentro deles. Quando dentro d'água, repousam, deixando para fora apenas as fossas nasais e os olhos. Algumas espécies de jacarés podem chegar a mais de 4 metros de comprimento. Todos os répteis são heterotermos (pecilotermos), ou seja, a temperatura do corpo varia conforme a do ambiente. Outra característica é o tipo de coração: o coração dos répteis possui 2 átrios e 1 ventrículo. Do ventrículo partem dois troncos aórticos, que se fundem em um só. A exceção é os crocodilianos, que possuem 2 átrios e 2 ventrículos. O tipo de reprodução é sexuada, são ovíparos e de fecundação interna. Embora a grande maioria dos répteis seja ovípara, as cobras venenosas são vivíparas. Uma outra característica dos répteis é a respiração pulmonar, realizada por dois pulmões. Nas cobras, um dos pulmões é atrofiado. Alguns répteis, como os cágados e as tartarugas, tem sido utilizados como alimento pelo homem. Como o uso na alimentação chegou a compremeter a existência desses animais, houve necessidade de proibição legal da sua captura no Brasil. O mesmo é válido para jacarés, cuja principal causa do enorme ataque do homem é a comercialização da pele, de alto valor econômico. As mordidas de cobras venenosas são perigosas e seu veneno é combatido por soro específico. Existem soros: anticrotálico (veneno de cascavel), antibotrópico (veneno de jararaca e urutu), antielapídico (veneno de coral), antilaquético (veneno de surucucu). Existe ainda o soro antiofídico polivalente, que é uma mistura do anticrotálico e do antibotrópico. Em casos de mordida por cobras venenosas , ferir com estilete ou canivete a região da mordida e chupar o sangue. Procurar assitência médica imediata, para identificação da cobra e aplicação do soro (se possível, leve a cobra). Não aplique torniquete no local. AVES As aves são vertebrados adaptados ao vôo. Muitos fatores contribuem para essa aptidão, como: - ossos pneumáticos: as aves tem muito ar dentro do corpo e dos ossos, que são ocos. Muito ar significa pouco peso para o vôo; - sacos aéreos: os pulmões das aves comunicam-se com várias bolsas cheias de ar, os sacos aéreos. Comunicam-se com os ossos pneumáticos; - o corpo coberto de penas: as penas retém o ar, diminuindo o peso e auxiliando o vôo. A ave mesmo estando na água não molha as penas, por causa do óleo secretado pela glândula uropigiana (localizadajunto á cauda) que as aves espalham sobre as penas; - os membros anteriores transformados em asas, que contam com penas muito desenvolvidas que aumentam a superfície das asas, favorecendo o vôo. Representam o plano de sustentação das aves; Outra característica das aves é a siringe, formação do aparelho respiratório cuja função é a de produzir os sons das aves. Nas aves canoras, evidentemente, a siringe é muito bem desenvolvida, transformando o canto dessas aves uma melodia das mais bonitas. As aves tem a audição e a visão muito desenvolvidos, mas a olfação é geralmente muito pouco desenvolvida. O vôo das aves pode ser ativo ou passivo. O vôo ativo é o remado: a ave bate vigorosamente as asas, graças aos fortes músculos peitorais. O vôo passivo é o planado: a ave aproveita as correntes de ar e se desloca sem movimentar as asas. O coração das aves apresenta dois átrios e dois ventrículos. Pelo lado esquerdo passa sangue arterial e pelo direito venoso, sangues que não se misturam. As aves são animais homeotermos: a temperatura do corpo não varia conforme a do meio-ambiente. As aves não tem dentes e se alimentam de alimentos duros, como grãos. Por isso possuem duas formações bem desenvolvidas no aparelho digestivo destinadas a esse fim: - o papo é uma dilatação do esôfago, e serve para amolecer os alimentos, que permanecem ali durante algum tempo; - a moela é formada por forte musculatura, que comprime os alimentos, triturando-os; - o bico também serve para perfurar, rasgar e segurar os alimentos. Não é utilizado para a mastigação. As aves tem os sexos separados, são ovíparas e de fecundação interna. os ovos são botados e chocados. Para esse fim, as aves costumam construir ninhos de capim, palha, galhos, etc. Desenvolve-se, então, o filhote, que nasce do ovo depois de alguns dias. Esse prazo varia de ave para ave. Algumas aves fazem migrações periódicas sempre para o mesmo lugar. Viajam em enormes bandos e percorrem às vezez milhares de quilômetros. As duas principais causas da migração são a reprodução e as condições climáticas. O critério para a classificação das aves é a aptidão para o vôo. As aves que voam possuem asas grandes e uma quilha no osso do peito (esterno). Esse osso também é conhecido como carena. As aves que não voam possuem as asas pequenas e o osso esterno achatado. Assim, as aves subdividem-se em: - carenadas: aves que voam, com numerosas subdivisões. A grande maioria das aves pertence a essa classe. - ratitas: aves que não voam, com poucas subdivisões. Possuem na maioria asas pequenas. Exs: ema, avestruz,etc. Muitas aves, assim como seus ovos, são utilizados na alimentação humana, pelo sabor apreciado e pelo valor nutritivo. Podem transmitir alguma doenças aos homens, principalmente a toxoplasmose e a psitacose. MAMÍFEROS Mamíferos são animais que mamam quando pequenos, em glândulas mamárias que são desenvolvidas nas fêmeas e atrofiadas nos machos. Além dessas, os mamíferos possuem também as glândulas sudoríparas (segregam o suor) e sebáceas. Os pelos revestem totalmente ou parcialmente o corpo de alguns mamíferos. As unhas situam-se nas extremidades dos dedos, podendo ser transformadas em garras. Os mamíferos, juntamente com as aves, são homeotermos. A homeotermia exige que os mamíferos e as aves alimentem-se constantemente. Quanto à alimentação, os mamíferos podem ser: - herbívoros: alimentam-se exclusivamente de plantas. Exs: boi, coelho, jegue, bode, etc; - carnívoros: na natureza, alimentam-se exclusivamente de carne. Exs: leão, cachorro, gato, tigre, etc; - onívoros: alimentam-se de tudo, carne e vegetais. O principal é o homem. Os mamíferos respiram por pulmões, em número de dois, bem desenvolvidos. O músculo diafragma separa o tórax do abdome. São o único grupo animal com essa separação. Outro órgão importante situado no torax é o coração, entre os dois pulmões. O dos mamíferos possui 2 átrios e 2 ventrículos. Os mamíferos são animais de fecundação interna. Quase todos são vivíparos. Neles, os filhotes desenvolvem-se dentro do organismo materno. Isso é a gestação. O tempo de gestação não é o mesmo para todos os mamíferos. De um modo geral, os mamíferos apresentam os sentidos bem desenvolvidos, mas existem exemplos de mamíferos com dificuldades em tal sentido. O morcego enxerga mal, mas possui a audição excelente e complexa. O cão tem excelentes faro e audição. O gato e o lince possuem apurada visão. A maioria dos mamíferos vive em terra firme, mas há alguns que são aquáticos. Os mamíferos pertencem a 3 grupos: 2 pequenos e 1 grande, com muitas ordens: - monotremos: São os mamíferos ovíparos. Esse grupo é representado pelo ornitorrinco e pela équidna. O ornitorrinco tem hábitos aquáticos, sendo um pouco parecido com o pato, pois tem bico e pés palmados. A équidna é terrestre. - marsupiais: Esses mamíferos são vivíparos, mas seus filhotes nascem muito pequenos, pois a gestação, nesses animais, é de poucos dias. Os filhotes terminam o seu desenvolvimento dentro de uma bolsa que existe no ventre da mãe. Essa bolsa é chamada marsúpio. O canguru é o maior marsupial que existe. No Brasil, dois bons exemplos são o gambá e a cuíca. - placentários: São todos os mamíferos que se desenvolvem dentro da mãe até terem condições de sobrevivência fora do organismo materno. Compreende a maioria dos mamíferos e pode ser subdividido em várias ordens: a)insetívoros: alimentam-se principalmente de insetos e vermes. Exs: toupeira, animal que vive em galerias sob a terra; b)quirópteros: são mamíferos voadores, possuidores de asas. São os morcegos, animais que vivem em cavernas e outros locais escuros, voando livremente à noite. Alguns morcegos são hematófagos, ou seja, alimentam-se de sangue de animais; c)desdentados: são mamíferos que não possuem dentes, ou possuem dentes incompletos. O tamanduá é desdentado de verdade, enquanto o tatu possui dentes incompletos, sem esmalte; d)roedores: são os mamíferos que roem os alimentos. Exs: rato, coelho, capivara. A capivara é o maior roedor que existe no mundo, e é muito comum no Brasil; e)carnívoros: são mamíferos que se alimentam principalmente de carne; possuem dentes caninos bem desenvolvidos, adaptados a rasgar e perfurar a carne. A maioria é terrestre, mas alguns são aquáticos. Estes, como a foca, a lontra e o leão-marinho, alimentam-se principalmente de carne de peixes. Os terrestres, como o gato, o cachorro, o tigre e o leão, alimentam-se principalmente de animais herbívoros; f)cetáceos: são mamíferos marinhos. Entre eles estão as baleias, que são os maiores animais vivos atualmente. Interessante também são os golfinhos, animais inteligentes e brincalhões. Saltam frequentemente acima da superfície da água,causando surpresa e admiração. ø sirênios: são aquáticos, alguns de água doce e outros marinhos. O representante brasileiro é o peixe-boi, que vive nos rios da Amazônia. g)proboscídeos: são os elefantes, animais que se caracterizam pela tromba, que é o nariz desenvolvido junto com o lábio superior; h)ungulados: são os mamíferos que possuem casco. Exs: cavalo, porco, boi, camelo, etc; i)primatas: são os mamíferos mais desenvolvidos e inteligentes que existem. Possuem 5 dedos, com unhas. Todos os macacos pertencem a essa ordem. Dentre eles, alguns possuem cauda bem desenvolvida e outros a apresentam atrofiada. O homem é o animal mais desenvolvido e inteligente da Terra. É o único animal racional e é classificado como Primata, subordem dos Antropóides. Os mamíferos fornecem inúmeros alimentos para o homem. São, portanto, importantes para nossa saúde. Muitos mamíferos, no entanto, podem ser nocivos, principalmente porque transmitem ao homem algumas doenças: - a raiva é causada por um vírus, transmitido ao homem pela mordida de animais, principalmente cão e gato. - a leptospirose é causada por uma bactéria e é transmitida principalmente pela urina do rato. - a toxoplasmose é causada por protozoários e transmitida por animais, principalmente o cão e o gato. VEGETAIS CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE CADA GRUPO Existem dois grandes grupos de plantas: as fanerógamas (plantas com flores) e as criptógamas (plantas sem flores) . - fanerógamas: Possuem o corpo dividido em raiz, caule e folhas. Podem ser divididas em dois grupos: angiospermas (fanerógamas com frutos) e gimnospermas (fanerógamas sem frutos) . a)angiospermas: Podem ser divididas em duas classes: - dicotiledôneas: raízes ramificadas. O caule é um tronco. As folhas possuem pecíolo e nervuras ramificadas. As flores são organizadas à base dos números 2 e 5, os frutos apresentam 2 ou 5 lojas e as sementes, 2 cotilédones. Exs: mangueira, feijoeiro, laranjeira, etc; - monocotiledôneas: raízes fasciculadas (em cabeleira). O caule é estipe ou colmo. as folhas possuem bainha e as nervuras paralelas, as flores são organizadas à base do número 3, os frutos possuem 3 lojas e as sementes tem apenas 1 cotilédone. Exs: cana-de-açúcar, milho, coqueiro, etc; b)gimnospermas: possuem raiz, caule e folhas, desenvolvem flores, mas não formam frutos. As sementes são nuas; - criptógamas: São as plantas sem flores. Distribuem-se por 3 grupos: a)pteridófitas: possuem raiz, caule e folhas. O caule geralmente é subterrâneo. Exs: samambaia e avenca. b)briófitas: possuem caule e folhas, mas não possuem raízes típicas. São os musgos e as hepáticas. c)talófitas: não possuem raiz, nem caule e nem folhas. Seu corpo é um talo. São as algas. FUNÇõES ORGÂNICAS A nutrição das plantas é feita à custa de 4 processos principais: absorção, circulação, repiração e fotossíntese. - absorção: as raízes retiram água e sais minerais do ambiente, principalmente do solo, constituindo a seiva bruta; - circulação: a seiva bruta passa da raiz para o caule, e é transportada através dele até as folhas. Nas folhas, a seiva bruta é transformada em seiva elaborada. A seiva elaborada circula pelo caule, desde as folhas até as raízes. Há, então, circulação constante de seiva bruta, das raízes para as folhas, e de seiva elaborada, das folhas para as raízes. - fotossíntese: é o processo através do qual a seiva bruta é transformada em seiva elaborada. As folhas utilizam a energia da luz para produzor matéria orgânica (alimentos), a partir da água da seiva bruta e do gás carbônico existente no ar. Os alimentos orgânicos que se formam são conduzidos pelo caule, podendo ser armazenados em diversos locais das plantas. Durante a fotossíntese, a planta consome gás carbônico e liberta oxigênio. - respiração: é a reação que permita aos seres vivos a utilização da matéria orgânica para obter a energia necessária à vida. Para a respiração, os seres vivos utilizam oxigênio e libertam bás carbônico. ÓRGÃOS DA REPRODUÇÃO, FECUNDAÇÃO E GERMINAÇÃO Fanerógamas são plantas que desenvolvem flores e sementes. Podem ser angiospermas ou gimnospermas. As flores das angiospermas possuem óvulos dentro dos ovários e, por isso, as sementes ficam dentro dos frutos; as flores das gimnospermas não possuem ovário e, por isso, as sementes são nuas. A flor da angiosperma é composta pelos seguintes elementos: cálice (formado por sépalas), corola (formada por pétalas), androceu (formado por estames. É o sistema masculino e cada estame contém a antera, que produz os grãos de pólen), e gineceu (sistema feminino e constituído por ovário, que contem os óvulos, estilete e estigma. A polinização é o transporte do grão de pólen da antera de uma flor para o estigma de outra. É realizado pelo vento e por insetos e aves. A fecundação ocorre quando os grãos de pólen germinam no estigma e desenvolvem um tubo que penetra no estilete, chegando aos ovários e fecundando os óvulos. Após a fecundação, o ovário transforma-se em fruto e os óvulos em sementes. O fruto é constituído de: - pericarpo: fruto propriamente dito; - semente: contém o embrião da planta, e também material nutritivo; germinando, o embrião forma a nova planta. Pode ser uma semente ou mais; O pericarpo é dividido em 3 partes: a)epicarpo: a mais externa, ou seja, a casca; b)mesocarpo: a porção média; c)endocarpo: a mais interna; Muitos frutos possuem pericarpo bem desenvolvido, suculento: são os frutos carnosos. Outros possuem pericarpo pouco desenvolvido, não-suculento: são os frutos secos. Os frutos carnosos são de dois tipos: bagas, que possuem várias sementes, como a laranja e o tomata; e drupas, possuem uma semente, que se desenvolve junto com o epicarpo, formando o caroço, como a manga e o pêssego. Em geral, a parte bem comestível e desenvolvida é o mesacarpo, mas na laranja, por exemplo, a parte suculenta e comestível é o endocarpo. Os frutos secos podem ser de vários tipos. Neles, o pericarpo é pouco desenvolvido e a parte comestível é praticamente reduzida á semente. Nem todos, evidentemente, são comestíveis. Algumas vezes ocorrem formações parecidas com frutos, mas que não se priginam do desenvolvimento de um ovário: são os pseudofrutos. Exs: caju, maça, morango, abacaxi, etc. As gimnospermas produzem flores e sementes, mas não desenvolvem frutos, pois não possuem ovários. As sementes são nuas, localizando-se em folhas carpelares abertas. A flor das gimnospermas são formadas por estróbilos (inflorescências) masculinos ou femininos e a polinização é feita pelo vento, pois não conseguem atrair aves e insetos porque não são vistosas como as flores das angiospermas. As pinhas são formadas pelo desenvolvimento das folhas carpelares e dos óvulos, após a fecundação, pelos grãos de pólen provenientes do estróbilo masculino. São constituídas principalmente pelas sementes. Ex: pinheiro-do-paraná. As pinhas não são frutos, são reuniões de sementes. O pinhão é uma semente. Em algumas gimnospermas, a pinha é pequena e arredondada, com folhas carpelares desenvolvidas e resistentes. É o caso do cipestre, por exemplo. Neste caso, as pinhas chama-se gálbulas. ECOLOGIA RELAÇõES ENTRE OS SERES Os seres se relacionam de várias maneiras. Veja os principais modos de relacionamento: - predatismo: um animal (predator) mata outro (presa) para usar como alimento. O leão, o lobo e o tigre são predadores que comem outros animais e o gafanhoto é predador de plantas. - parasitismo: um ser vivo (parasita) retira alimento de outro ser vivo (hospedeiro). Existem parasitas externos (piolho, carrapato) e parasitas internos (lombriga, solitária). Muitos causam doenças no hospedeiro. - saprofitismo: um ser vivo alimenta-se de seres vivos em decomposição. Exs: cogumelos em pau podre. As relações estudadas até aqui são hostis, pois nelas sempre um leva vantagem e pode prejudicar o outro. Mas algumas relações são harmônicas: pelo menos um se beneficia, e ninguém se prejudica. São os casos a seguir: - inquilinismo: um animal vive dentro do corpo de outro animal, ou sobre ele, mas não retira alimento, nem causa mal algum a ele. Para alimentar-se, abandona o hospedeiro e depois volta. Exs: peixinho Fierasfer e o pepino-do-mar. - comensalismo: é uma associação em busca de alimento. No entanto, o alimento não é retirado do outro animal. Exs: o peixe-piloto alimentando-se de restos de comida que escapam da boca do tubarão. - mutualismo: associação íntima, em que os dois se beneficiam. Exs: a) paguro e anêmona-do-mar. O paguro protege seu corpo dentro de uma concha abandonada e a anêmona fixa-se sobre essa concha. O paguro carrega a anêmona e ela produz uma substância que protege o paguro. b)o líquen é uma associação muito íntima entre uma alga e um fungo. - simbiose: qualquer associação íntima entre indivíduos - parasitismo, comensalismo e mutualismo. IMPORTÂNCIA DO AR E DA ÁGUA PARA OS SERES VIVOS FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO - fotossíntese: As plantas não se alimentam de outros seres vivos, como fazem os animais. Elas fabricam os seus próprios alimentos: são, por isso, chamadas de produtoras. O processo através do qual as plantas produzem os alimentos orgânicos tem o nome de fotossíntese (síntese pela luz). De fato, o processo só se realiza através da luz. Essas plantas são em geral verdes, cor dada por um pigmento especial denominado clorofila. Embora algumas possuam pigmentos amarelos, vermelhos ou pardos, é a clorofila o pigmento mais presente nas folhas, parte da planta onde se realiza a fotossíntese. Na fabricação de alimentos, as plantas clorofiladas utilizam a água retirada do solo pelas raízes, e o gás carbônico absorvido do ar através de pequenos poros existentes nas folhas - os estômatos. Embora a fotossíntese inclua uma enorme sequência de reações, pode ser dividida em duas fases básicas: - na primeira, chamada luminosa, a clorofila (a chave química do processo) é ativada, absorvendo uma determinada quantidade de luz. Com isso se inicia a cadeia de reações, através das quais são sintetizados os compostos ricos em energia (ATP - o trifosfato de adenosina - e a NADPH2, forma reduzida da nicotinamida-adenina-dinucleotí deo-fosfato) e a água decomposta para produzir oxigênio livre; - na segunda fase, dita escura, o ATP e a NADPH2 fornecem a energia e os elétrons necessários à redução do gás carbônico para a formação de vários açúcares, a partir dos quais outros, como o amido, podem ser facilmente formados; Em geral, esse processo ocorre nas folhas, mas em algumas plantas ele pode ocorrer no caule (como nos cactos), ou nas raízes (como em algumas orquídeas). Os açúcares produzidos são armazenados em folhas, caules, raízes e sementes, geralmente sob a forma de amido. É a partir desses açúcares que são fabricadas todas as substâncias que a planta necessita para sobreviver e desenvolver-se. O oxigênio produzido durante a fotossíntese, e liberado na atmosfera, constitui outro fator de extrema importância. Retirando grande quantidade de gás carbônico da atmosfera e liberando oxigênio, as plantas clorofiladas contribuem para a manutenção das condições necessárias à vida. Além disso, constituindo o processo de nutrição da grande maioria dos vegetais existentes e dos quais, direta ou indiretamente, todos os animais dependem, a importância biológica da fotossíntese está ligada à própria existência de vida em nosso planeta. Vale lembrar também que embora o corpo das algas seja um talo, elas são responsáveis por grande parte do oxigênio liberado pelo processo de fotossíntese. - respiração: A glicose é uma substância formada no processo de fotossíntese e que fornece energia ao organismo. Mas ela não é capaz de produzir energia sozinha. Para isso, precisa de um auxiliar, que é o oxigênio. A combinação de glicose com oxigênio, no interior da célula, produz duas novas substâncias: água e gás carbônico. Enquanto se realizam essas transformações, há produção de energia. A glicose é retirada pela digestão dos alimentos que contém amido e açúcares. Já o oxigênio é retirado da atmosfera pelo aparelho respiratório, que já estudamos. Todos os seres vivos precisam da respiração para viver. A respiração celular é aquela onde o oxigênio trazido dos pulmões pela corrente sanguínea é trocado pelo gás carbônico, levado de volta aos pulmões para ser expirado. A conceituação de respiração ao nível celular corresponde à oxidação dos alimentos para liberar a energia utilizada na síntese de nova matéria viva e na atividade celular (movimento, etc). Esta oxidação pode ocorrer consumindo oxigênio (aeróbica) ou sem consumir oxigênio (anaeróbica). Nos vegetais, ocorre respiração celular em todos os seus tecidos vivos, havendo equilíbrio de troca de gases com a fotossíntese. A respiração pode ser considerada o processo inverso da fotossíntese: enquanto a fotossíntese retira do ar gás carbônico e transforma a energia em açúcares, a respiração celular retira do ar oxigênio e transforma os açúcares em energia. ECOSSISTEMAS A biosfera é constituída pelo conjunto de todos os seres vivos mais o meio ambiente que eles habitam. Ela compreende todos os lugares onde existe alguma forma de vida: no solo, atinge pequena profundidade; nos lagos e rios, estende-se desde o fundo até a superfície; nos oceanos, desde até cerca de 6000 m de profundidade; no ar, chega a aproximadamente 8000 m acima do nível do mar. Ecossistema é o nome que se dá a uma parte da biosfera que pode ser estudada de forma isolada. Uma floresta, um lago, um pântano ou a caatinga, tomados em sua totalidade, são exemplos de ecossistemas. De maneira geral, ecossistema é o conjunto de seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantém entre si e com o meio. Vamos analisar uma floresta para compreender melhor essa idéia. Várias espécies de animais e vegetais habitam essa floresta. Seu meio ambiente apresenta características físicas, como luminosidade, temperatura, umidade e ventos. O solo e a água contem ompostos químicos, como os sais minerais. Alguns desses compostos são essenciais à vida e, por isso, são chamados nutrientes. Todas as características da floresta dependem umas das outras; os seres vivos relacionam-se com todas elas, cada espécie à sua maneira. Entendida dessa forma, na sua totalidade, a floresta constitui um ecossistema. Da mesma forma, um lago é um exemplo de cossistema quando considerado em sua totalidade: água, nutrientes, clima e toda a vida nele contida. Um ecossistema pode ser grande ou pequeno. Não há limite de tamanho em sua definição. O maior ecossistema é a própria biosfera. Um aquário que atingiu o estágio de auto-suficiência também constitui um exemplo de ecossistema. Nesse caso, é um ecossistema que contou com a participação do homem em sua formação. HABITAT, POPULAÇÃO E COMUNIDADE O lugar do ecossistema em que uma certa espécie vive é o seu habitat. Os indivíduos de uma população vivem em lugares mais ou menos bem determinados no ecossistema. As rõs, por exemplo, vivem nos charcos, as minhocas na terra e as onças nas matas. Esses são os habitats desses animais. Espécies diferentes, como onças e veados, podem ter o mesmo habitat, mas cada espécie tem atribuições diferentes no lugar onde vive. Elas são diferentes quanto à maneira de que se alimentam, ao tipo de alimento que preferem, ao lugar que usam para se esconder, etc. Quanto a alimentação, os seres são classificados em herbívoros (que se alimentam de ervas e vegetais) e carnívoros (que se alimentam de carne). Existem seres também que se alimentam tanto de vegetais quanto de animais, como o homem. Estes não se enquadram nessa classificação. Em uma floresta, os consumidores podem ser representados pelos seguintes animais: gafanhotos, camundongos, coelhos e veados (primários) e coruja, cobra, sapo e onça (secundários). No ecossistema marinho, os produtores são as algas; os consumidores primários são os que delas se alimentam, como os pequenos crustáceos e os peixes. Os consumidores secundários são os seres carnívoros, como o tubarão e a baleia. A cadeia alimentar representa os tipos mais simples de relações alimentares que se observam na natureza. Entretanto, as relações alimentares em um ecossistema são em geral mais complicadas, sendo melhor representadas pelas teias alimentares, que é como se fosse uma sequência bem mais intricada do que a cadeia alimentar, em que um indivíduo pode servir de alimento a vários outros, e constituir diversas cadeias alimentares. A base da chamada pirâmide alimentar são os vegetais, porque são autótrofos, enquanto os animais, bactérias e fungos são os elementos heterótrofos, que se alimentam à custa dos outros. Como as espécies se encontram em permanente competição pela sobrevivência, o decréscimo de alimento na base da pirâmide alimentar logo produz, nos níveis superiores, a extinção daqueles que se mostram menos aptos. A passagem de energia acumulada nos alimentos de um para outro nível da pirâmide é regulada pelas leis da termodinâmica. Por exemplo, cada vez que um carnívoro come um herbívoro, ou este devora uma planta, cerca de nove décimos da energia total contida nas plantas é perdida sob a forma de entropia (energia dissipada no ambiente sob a forma de calor). Por isso, calcula-se que, para manter 1 kg de herbívoros, em qualquer ecossistema, são necessários pelo menos 10 kg de vegetais. E, para manter 1 kg de carnívoros, 10 kg de herbívoros. Assim, para 1 leão de 100 kg sobreviver numa savana, esta deve produzir 10 mil hg de vegetais e ervas comidos pelas gazelas (prato predileto do leão), com a agravante que raras vezes essa cadeia alimentar é tão simples. Geralmente, há vários graus de carnívoros menores e maiores que se devoram entre si, desequilibrando a distribuição. Quando os consumidores morrem, seus restos servem de alimento aos seres decompositores. Também através da decomposição uma certa quantidade de matéria e de energia se incorpora ao solo, ao ar e à água. Algumas das substâncias que retornam ao ambiente constituirão nutrientes para as novas plantas. Essas plantas serão o alimento de novos animais. Assim, a cadeia alimentar não tem fim.